REFERÊNCIA INDUSTRIAL QUÍMICA NA MADEIRA FIXADORES METÁLICOS PARA MADEIRA TRATADA QUANDO O ASSUNTO É O USO DE PREGOS E PARAFUSOS METÁLICOS, MUITOS PROFISSIONAIS SE SURPREENDEM COM A FALTA DE INFORMAÇÃO CONFIÁVEL PARA ORIENTAR A ESCOLHA DOS MATERIAIS MAIS ADEQUADOS Fotos: divulgação 62 | www.referenciaindustrial.com.br
Q uem é do ramo sabe que existem normas técnicas para estruturas de telhados de madeira, tratamento preservativo com base em categorias de uso, entre outras, que orientam tecnicamente os responsáveis pelas obras civis quanto a processos e produtos químicos mais adequados ao tratamento da madeira em função dos usos previstos. Para o emprego da madeira, material construtivo de alto desempenho e ecologicamente correto, os calculistas estruturais dispõem de métodos avançados para dar confiabilidade aos seus projetos. Levam em conta itens vitais de desempenho, como o tratamento adequado para evitar ataques de insetos e fungos, para aumentar a vida útil do conjunto. Persiste, porém, o risco inerente aos detalhes. A exemplo daqueles que atendem pelo nome de fixadores metálicos, capazes de comprometer o conjunto da obra. Ainda não existem critérios práticos que definam claramente os materiais de que são feitos os fixadores, para junção das peças de madeira tratada, como pregos, parafusos e porcas de ferro ou aço. Por isso engenheiros, arquitetos, designers, paisagistas e construtores em geral contam muitas vezes com a sorte na hora de fazer suas escolhas. É imprescindível que passem a contar com um balizamento técnico seguro, para validar suas decisões também neste detalhe da obra. PROCESSO CORROSIVO Basicamente, o problema a ser enfrentado na escolha de fixadores vem da química conceitual e envolve a corrosão metálica. Trata-se de um processo eletroquímico que induz ganhos e perdas de elétrons em reações tecnicamente denominadas óxido redução. Em uma ponta deste processo está o ânodo, onde ocorre a oxidação que corresponde à perda de elétrons; na outra o cátodo, onde ocorre a redução ou ganho de elétrons. O que provoca esta reação é a diferença de potencial elétrico entre os dois. Como isto funciona na prática? Os metais contidos pelos fixadores podem perder sua capacidade de carga quando instalados mesmo em madeiras sem tratamento ou em contato com elementos corrosivos. Ficam expostos a condições que favorecem as trocas elétricas que se traduzem, a olho nu, na pura e simples oxidação, a popular ferrugem. Exemplo clássico de ambiente corrosivo é a maresia. Os níveis de corrosão podem variar dos mais leves, incapazes de comprometer o desempenho dos fixadores, até os altamente críticos que demandam substituição das peças. Por isso é importante que se faça inspeções regulares, especialmente em instalações nos ambientes externos, com exposição ao intemperismo. De maneira geral, existem fatores externos que aumentam a probabilidade da corrosão se desenvolver. Basicamente, o problema a ser enfrentado na escolha de fixadores vem da química conceitual e envolve a corrosão metálica MAIO | 63