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Ao Leitor Dr. Sizenando da Silva Campos Jr. Diretor-presidente da Unimed Goiânia O aumento do ganho e o controle dos excessos estão em nossas mãos Os custos assistenciais da Unimed Goiânia – leia-se sinistralidade - alcançaram o índice de 91,63% em 2012 e vem extrapolando, há tempos, a média nacional de 82% e o índice recomendado de 75%. Este quadro representa um risco iminente para Cooperativa, assim como para qualquer entidade ou empresa, comprometendo, sobretudo, o aumento do ganho do conjunto dos cooperados. Em uma Cooperativa quem determina o controle dos custos assistenciais são os próprios cooperados. Cada centavo mal gasto, cada exame desnecessário realizado irá fatalmente interferir no equilíbrio financeiro e nas sobras e/ ou perdas a serem distribuídas. O cooperado mais do que qualquer outro administrador, ao solicitar um procedimento desnecessário ou que gere um ganho secundário, produz um prejuízo para todos. (Ver matéria sobre o assunto na página 59) Vários alertas têm sido registrados Coletiva | Janeiro Fevereiro 2013 4 ao longo dos últimos cinco anos em circulares do Conselho de Administração (Consad), informativos, demonstrações trimestrais, relatórios de gestão e reuniões com o Conselho de Especialidades, mas a situação persiste. Por esse motivo, foi feito o levantamento do Índice de Solicitação de Exames por Especialidade (ISE), no período de janeiro a dezembro de 2011, que identificou, entre outras coisas, as dez especialidades campeãs em pedidos de exames e os dez cooperados que mais fizeram solicitações. Foram encontrados casos como o de um cooperado que solicitou 26.417 exames em 1.199 consultas, ou seja, uma média de mais de 20 exames complementares por consulta. Também foram identificados outros cooperados com proporções exageradas: cerca de 8.000 exames para 2.000 consultas em um caso e 1.000 em outro. Traduzindo esta conduta em reais, significa dizer que, enquanto a média de solicitação de exames de determinada especialidade é de R$ 150,00, há médicos que ultrapassam R$ 2.500,00. O quadro que se apresenta é de consultas crônicas e exames autogerados além da racionalidade. A quantidade de exames, desde os mais simples aos mais sofisticados, privilegia a máquina e/ou os fornecedores “que não têm nenhuma responsabilidade com a Cooperativa”. É um absurdo, diga-se de passagem, pois todos integram a família unimediana. Por essa e outras razões, o Consad, por meio do Conselho Técnico e das Câmaras Julgadoras, realiza uma média de 60 sindicâncias por mês para apurar irregularidades. Várias outras medidas estão sendo adotadas, como a renegociação dos valores de SADT para alcançar a média praticada no mercado pelo Sistema Unimed em vários segmentos, mais recentemente os referentes à ressonância magnética, tomografia computadorizada, densitometria óssea e exames de análises clínicas em geral, que são pagos para pessoa jurídica. Não tem sido fácil, mas esperamos a anuência desses segmentos a fim de evitar dificuldades irreparáveis para a cooperativa. Hoje, uma ressonância magnética do crânio é remunerada na Unimed Goiânia a R$ 581,60, uma tomografia de abdome total a R$ 479,29, um hemograma a R$ 8,40, enquanto que a média no Sistema Unimed (Intercâmbio) é de R$ 523,26, 473,06 e R$ 7,20, respectivamente. Nos últimos anos os gastos com SADT subiram muito devido aos valores acima da média de mercado nacional e a alta frequência de utilização. Estas atitudes também acabam gerando uma contrapartida negativa para a ampliação da carteira de clientes da Cooperativa, que é a origem do ganho do cooperado, pois, para sustentar esse gasto exacerbado, é preciso aumentar as tabelas de venda. Mais uma vez, o Consad reafirma sua disposição para combater os maus cooperados e conta com o apoio de todos na luta para racionalizar os custos assistenciais, trazendo-os para os patamares aceitáveis a fim de superar esta ameaça contra a existência da Cooperativa e dos próprios cooperados. Conclamamos cada um dos associados para que aplique em sua plenitude os ideais que norteiam o cooperativismo, em especial os do Sistema Unimed, como a união, a solidariedade e a ética para o fortalecimento de sua Cooperativa. O cooperado deve assumir verdadeiramente sua condição de sócio em um empreendimento nitidamente social, com frutos econômicos e que valorizam o exercício da medicina. Em contrapartida, a Cooperativa continuará sendo capaz de proporcionar ao cooperado o trabalho médico com remuneração adequada e paga em dia; os benefícios e subsídios que aumentam seus ganhos; aumentar a carteira de clientes, hoje em torno de 320 mil beneficiários; e dar visibilidade ao cooperado no mercado de saúde suplementar e na própria comunidade.
D NA Palestra de Caco Barcellos na comemoração de 35 anos de fundação da Unimed Goiânia realizada no Teatro Rio Vermelho, no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia. Da esquerda para direita: Dr. Raimundo Viana de Macedo , presidente da Unimed Santos; Dr. Sizenando da Silva Campos Jr., presidente da Unimed Goiânia; jornalista Caco Barcellos e Dr. Ricardo Esperidião, diretor de Recursos e Serviços Próprios I. O diretor de Mercado, Dr. Sérgio Baiocchi Carneiro, e o gerente de Marketing, Edney Vascurado, participaram da corrida noturna Dia de Saúde, em comemoração aos 35 anos da Unimed Goiânia. Lançamento do Projeto NOS no encontro Integra + dos colaboradores da Unimed Goiânia. Da esquerda para direita: Edimar Santos, coordenador do Call Center; Dr. Lueiz Amorim Canêdo, diretor de Auditoria Médica; Dr. Sérgio Baiocchi, diretor de Mercado; Dra. Ilza Pascoal Trevenzol, diretora do Conselho Técnico; Dra. Selma Trad, diretora-financeira; Dr. João Damasceno, diretor administrativo; Alessandra Santana, coordenadora do Setor de Compras; Simone Manira, consultora de RH; e Dr. Sizenando da Silva Campos Jr., presidente da Unimed Goiânia. Coletiva | Janeiro Fevereiro 2013 5
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