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Medicina
O que temos observado é que em
nosso país e no nosso estado essa
situação é igualmente grave ou até
pior. Estudos realizados pela Unimed
Goiânia, como o Levantamento do
Índice de Solicitação de Exames (ISE),
apresentaram uma série de abusos.
Outras instituições médicas, como o
Conselho Regional de Medicina do Piauí,
apontaram os prejuízos do excesso de
exames em pacientes com câncer de
mama.
Segundo reportagem da Folha de
São Paulo de abril do ano passado,
sociedades médicas americanas já
fazem campanhas contra excesso
de exames. No Brasil, a discussão
está apenas começando e algumas
especialidades como a Cardiologia tem
se manifestado, questionando também
o abuso de tratamentos invasivos. A
situação tem exigido providências da
Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) e do Ministério Público Federal
com relação, por exemplo, às fraudes
ocorridas nas atividades praticadas entre
empresas distribuidoras de materiais
descartáveis e médicos cirurgiões, após
denúncias feitas à Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Por causa
disso, as operadoras de planos de saúde
receberam circulares da ANS com a
recomendação de verificar, por meio de
auditoria, a real utilização das OPMEs
solicitadas pelos médicos.
Coletiva | Janeiro Fevereiro 2013 60