Ganhos do Processo Produtivo: Uma abordagem de Melhoria na Migração do Sistema Empurrado para o Sistema Puxado de Produção em uma Indústria do Segmento Automotivo

eliminação de tempos e tarefas ociosas, no excesso de estoque, na falta de padrões e métodos
gerenciais, na qualidade dos produtos e redução dos custos, visando atingir a maior
lucratividade possível.
Especialmente nas indústrias manufatureiras, a busca por ganhos em espaço físico,
redução de estoque e inventário, obtenção de ganhos em produtividade e uso de ferramentas
gerenciais como a cronoanálise, são cada vez mais usadas para impulsionar os ganhos em
eficiência e melhorar o processo produtivo com o mínimo de recursos, visando obter o
máximo de otimização.
Segundo Corrêa e Gianesi (2011), um dos principais aspectos que as organizações
devem se preocupar, é melhorar a eficiência, afinal, a cada dia que passa a capacidade das
empresas de influenciar o preço dos produtos com total autonomia é cada vez menor. Assim
torna-se extremamente necessário para as organizações que seu sistema de custos tenha o
máximo de eficácia, aumento de produtividade, diminuição das perdas e utilização
racionalizada dos recursos disponíveis, garantindo desta forma a maior lucratividade possível
para elas.
De acordo com Womack, Jones e Roos (2004), embora o mundo tenha imensa
variedade de recursos e conhecimentos de técnicas avançadas de produção, ainda existe uma
imensa carência de capacidade competitiva de produção enxuta e um excesso de capacidade
não-competitiva de produção em massa. Ou seja, as empresas possuem as técnicas na questão
teórica, porém, na prática a realidade é completamente diferente e, isso faz o processo ficar
ineficiente.
A cada dia as pressões estão cada vez maiores e mais constantes sobre as
organizações, que trazem consigo igual rigidez com seus profissionais em diversas áreas. As
operações também mudam a cada instante e fazem com que os envolvidos no processo façam
esforços cada vez maiores para conseguir superar as expectativas e alcançar melhores
resultados. A área manufatureira tem um papel extremamente importante neste processo,
afinal, ela é uma das mais precionadas e requisitadas no cumprimento das diversas prioridades
competitivas. Sendo assim, as pressões se tornam cada vez mais constantes e evidentes dentro
das organizações, que passam a procurar melhores custos, melhores prazos de entrega,
melhores métodos de fabricação de seus produtos e flexibilidade no atendimento das
necessidades dos clientes.
Na visão de Nunes, Lopes e Martins (2009), no passado o preço dos produtos era
determinado de forma que se somava os custos obtidos em seus processos de fabricação com
a margem de lucro almejada, os prejuízos adquiridos pelos desperdícios e perdas ao longo de
seus processos e eram impostos ao mercado. Porém com uma alta competitividade existente
nos dias de hoje e a exigência dos consumidores cada vez maior somada a uma concorrência
voraz, passou-se a ter a necessidade de se extinguir todas as perdas e desperdícios existentes
para que as através da redução dos custos as empresas obtivessem lucro.
Shingo (1996) e Ohno (1997), propõem sete perdas, as mesmas são descritas abaixo
segundo Ghinato (1996):
• Superprodução, identificada como a maior fonte de desperdício;
• Transporte, não agregam valor no produto;
• Processamento, alguns tipos de operações em um processo não são necessárias;
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