09.05.2017 Views

Maturidade, a responsabilidade de ser voce mesmo, Osho

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

COPYRIGHTS®TELMO ARISTIDES DOS SANTOS<br />

16<br />

Veja o que o autor neste sentido menciona: “Sozinhos, vocês estavam se<br />

sentindo frustrados; agora, juntos vocês se sentem frustrados. Há algo bom<br />

nisso, no sentido <strong>de</strong> que agora você po<strong>de</strong> atribuir a <strong>responsabilida<strong>de</strong></strong> ao<br />

outro – o outro o está fazendo infeliz; esse é o ponto positivo. você po<strong>de</strong> se<br />

sentir à vonta<strong>de</strong>. ‘Nada está erra comigo, mas o outro...” (p. 73).<br />

“Você po<strong>de</strong> continuar trocando <strong>de</strong> marido ou mulher mil e uma vezes,<br />

você achará <strong>de</strong> novo <strong>de</strong> novo o <strong>mesmo</strong> tipo <strong>de</strong> pessoa e a mesma infelicida<strong>de</strong><br />

se repetirá – <strong>de</strong> maneiras diferentes, mas a mesma infelicida<strong>de</strong>, quase a<br />

mesma” (p. 73/74).<br />

Por isto, afirmo que <strong>de</strong>vemos buscar no outro o amor e cultivar o amor<br />

sublime, porque não há príncipes nem princesas, há homens e mulheres com<br />

qualida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>feitos e, se não i<strong>de</strong>ntificarmos em nós <strong>mesmo</strong>s as causas dos<br />

embates relacionais trocaremos sempre <strong>de</strong> algo e sempre estaremos vazios e<br />

sozinhos.<br />

Digo sempre que os sonhos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> realizados são apenas momentos. A<br />

mansão se torna casa; o príncipe se torna simples homem; o carrão se torna<br />

mera condução; o ídolo mera peça <strong>de</strong> enfeite; e assim suce<strong>de</strong> sucessivamente,<br />

pois, o prazer e a alegria <strong>de</strong> <strong>ser</strong> só existe quando <strong>de</strong>scobrimos nós <strong>mesmo</strong>s e<br />

nos completamos conscientemente no outro.<br />

“A esposa nunca parece bonita, o marido nunca parece bonito; uma vez<br />

que você se familiariza, a beleza <strong>de</strong>saparece” (p. 77).<br />

“Na realida<strong>de</strong>, a pessoa madura não ‘cai <strong>de</strong> amores’; amando ela ‘se<br />

ergue’. A palavra cai não é correta. Só pessoas imaturas caem; elas tropeçam<br />

e caem apaixonadas. De alguma forma, estavam controlando as coisas e se<br />

mantendo <strong>de</strong> pé. Agora não po<strong>de</strong>m controlar nada nem ficar <strong>de</strong> pé – acham<br />

uma mulher e eles se vão, acham um homem e se vão. Elas sempre estiveram<br />

prontas para cair por terra e rastejar” (p. 74).<br />

Minha experiência leva a uma conclusão diferente. A paixão consciente<br />

que se manifesta pelo espírito, que se manifesta do amor verda<strong>de</strong>iro e<br />

aproxima as pessoas, esta não <strong>de</strong>rruba, os ‘apaixonados’ não caem; elas têm<br />

consciência da dimensão do sentimento, <strong>de</strong> sua fonte, e o que representa<br />

cada qual em sua vida; é como disse o próprio autor há uma sincronicida<strong>de</strong><br />

como “uma alma em dois corpos”.<br />

O autor parece concordar com este raciocínio porque <strong>mesmo</strong> expressando<br />

sobre a paixão como fruto da imaturida<strong>de</strong>, diz ele: “E quando duas pessoas<br />

maduras estão apaixonadas, um dos maiores paradoxos da vida acontece,<br />

um dos fenômenos mais belos: elas estão juntas e ainda se sentem<br />

imensamente sós. Estão <strong>de</strong> tal modo juntas que são quase uma única pessoa;<br />

mas sua unida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>strói a sua individualida<strong>de</strong> – na realida<strong>de</strong>, aumentaa,<br />

elas se tornam mais individuais. Duas pessoas maduras e apaixonadas se<br />

ajuda uma à outra para se tornarem mais livres. Não há nenhuma política<br />

envolvida, nenhuma diplomacia, nenhum esforço para dominar” (p. 74/75).<br />

ALL RIGHTS RESERVED

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!