Maturidade, a responsabilidade de ser voce mesmo, Osho
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COPYRIGHTS®TELMO ARISTIDES DOS SANTOS<br />
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“Não po<strong>de</strong>m aceitar que as crianças sejam felizes, que dancem, cantem,<br />
soltem gritos <strong>de</strong> alegria – eles não toleram isso. Isso é um aborrecimento para<br />
eles porque sua vida já passou” (p. 130).<br />
“Só uma pessoa que <strong>de</strong>spertou po<strong>de</strong> <strong>ser</strong> doce na velhice – porque a morte<br />
está chegando, a vida se foi, não há motivo para <strong>ser</strong> feliz? A pessoa<br />
simplesmente está com raiva” (p. 131).<br />
E <strong>de</strong>spertar significa encontrar sua essência e segui-la, encontrar-se com<br />
Deus e seguir o amor, viver o amor, cultivar o amor em todos os níveis que<br />
possamos concebê-lo. Enquanto a pessoa se sujeita a um sistema <strong>de</strong><br />
aprisionamento, seja ela qual for, sutil ou não, ela se reprime, ela reduz e<br />
aprisiona a criança que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la <strong>de</strong>ve amadurecer. Passa pela vida, não<br />
vive. Adquire conhecimento científico a ponto <strong>de</strong> o transmitir com<br />
habilida<strong>de</strong> e tenacida<strong>de</strong>, mas, não evolui, não amadurece.<br />
“A amargura é um estado <strong>de</strong> ignorância. Você tem <strong>de</strong> ir além <strong>de</strong>la, tem <strong>de</strong><br />
assimilar a consciência que se torna uma ponte para levá-lo além. E esse<br />
<strong>mesmo</strong> processo é uma revolução” (p. 131).<br />
E toda revolução é traumática <strong>de</strong>ntro e fora. Dentro porque coloca em<br />
choque a personalida<strong>de</strong>, as regras, as culturas com a essência e, fora porque<br />
se torna um estranho aos olhos daqueles que estão habituados ao antigo e o<br />
querem <strong>de</strong> volta a qualquer preço, pois, <strong>de</strong>le se alimentavam da energia fácil<br />
e, temem com a mudança, não alcançarem mais este alimento.<br />
Por isto, há uma tendência a evitar esta mudança, na medida que ela traz<br />
para o neófito uma sensação <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> bens, po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> pessoas queridas –<br />
o afastamento momentâneo po<strong>de</strong> ocorrer – mas o tempo encarregará da<br />
reaproximação quando perceberem a nova pessoa, verda<strong>de</strong>iramente amorosa<br />
e brilhante que se tornou. Po<strong>de</strong>rão se alimentar mais facilmente <strong>de</strong> sua força.<br />
Este período <strong>de</strong> transição o autor aborda e faz a seguinte indagação: Se a<br />
pessoa for livre somente para fazer o que se estabeleceu como correto, que<br />
tipo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>ser</strong>á esta? E repon<strong>de</strong>: “Se você só for livre para agir correto,<br />
então você não é livre. A liberda<strong>de</strong> implica ambas as alternativas – agir<br />
corretamente e agir errado. A liberda<strong>de</strong> implica o direito <strong>de</strong> dizer sim ou<br />
dizer não” (p. 132).<br />
Interessante ob<strong>ser</strong>vação porque tanto no que <strong>de</strong>nominamos certo e errado,<br />
ninguém po<strong>de</strong> <strong>ser</strong> con<strong>de</strong>nado. Primeiro, porque a física quântica <strong>de</strong>monstrou<br />
que esta realida<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong> não realida<strong>de</strong>. Segundo, porque o<br />
aprendizado rumo a apuração do espírito – processo evolutivo – significa<br />
permitir-se escolha e, mais tar<strong>de</strong>, vir a saber que tal era “errada”, <strong>de</strong>ntro da<br />
relativida<strong>de</strong> do certo e errado. Terceiro, porque na dimensão racionalmaterial<br />
não temos como auferir ou aferir a gran<strong>de</strong>za do universo e <strong>de</strong> nós<br />
<strong>mesmo</strong>s <strong>de</strong> sorte a dizer que esta ou aquela escolha é errada. Quarto, porque<br />
Deus o Onipotente nos conce<strong>de</strong>u o maior bem que se possa conceber: o livre<br />
arbítrio, e este ninguém po<strong>de</strong> nos subtrair, reduzir, limitar, somos livre para<br />
este amor divino.<br />
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