Maturidade, a responsabilidade de ser voce mesmo, Osho
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COPYRIGHTS®TELMO ARISTIDES DOS SANTOS<br />
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<strong>de</strong> renunciar a toda aquela pseudofamília que você criou. Seja verda<strong>de</strong>iro,<br />
autêntico. Às vezes, <strong>ser</strong>á muito doloroso <strong>ser</strong> verda<strong>de</strong>iro e autêntico – isso<br />
custa caro” (p. 165).<br />
“Entretanto, você <strong>de</strong>ixará escapar a verda<strong>de</strong> que vinha trazendo em sua<br />
alma. Então você nunca saberá o que é Deus, porque Deus só po<strong>de</strong> <strong>ser</strong><br />
conhecido <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> você” (p. 165).<br />
Citando Nietzsche o autor afirma que insistimos na mentira, na criação <strong>de</strong><br />
uma falsida<strong>de</strong> sociofamiliar. “Elas funcionam como uma lubrificação; você<br />
não vai para a frente se entrar em conflito com as pessoas. Você sorri e o<br />
outro sorri – essa é a lubrificação. você po<strong>de</strong> estar se sentindo nervoso, po<strong>de</strong><br />
estar cheio <strong>de</strong> raiva, mas prossegue dizendo à sua mulher, ‘Eu te amo’.<br />
Expressar a raiva é entrar em dificulda<strong>de</strong>” (p. 166).<br />
“Não há nenhum compartimento impermeável guardando ódio e o amor;<br />
eles estão juntos, misturados. São a mesma energia. Se você reprimir a raiva,<br />
também terá <strong>de</strong> reprimir o amor” (p. 166).<br />
“As pessoas só fingem que amam porque espera-se que amem. Amem<br />
seus filhos, sua mulher ou marido, seus amigos, porque espera-se que façam<br />
certas coisas. Elas fazem esses coisas como se fossem <strong>de</strong>veres” (p. 166).<br />
Na verda<strong>de</strong> cumpram-se um “protocolo” sociofamiliar. As pessoas<br />
mergulham na própria fantasia e com o tempo não são capazes <strong>de</strong> distinguir<br />
a mentira <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>, tornam-se a própria mentira, fun<strong>de</strong>m-se a ela e,<br />
portanto, não percebem o que se per<strong>de</strong>.<br />
“Você faz amor com a sua mulher mas nunca vai longe nele. Isso po<strong>de</strong><br />
realmente levá-lo longe, po<strong>de</strong> levá-lo à bênção máxima, você po<strong>de</strong> se<br />
dissolver nisso; mas se você nunca aceitou sua raiva e nunca se dissolveu<br />
nela, como po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar que o amor o dissolva?” (p. 166/167).<br />
“Quando você se aprofunda muito, você se torna selvagem, porque sua<br />
civilida<strong>de</strong> é só um verniz. Então, a raiva aflora, tudo aquilo que está oculto<br />
em você surge e você quase fica louco. Para evitar essa loucura, você faz<br />
amor <strong>de</strong> um modo muito superficial” (p. 167).<br />
Quando se entra em contato com o que realmente sente, com a própria<br />
essência, <strong>de</strong>scobre-se a verda<strong>de</strong> e, a partir <strong>de</strong>la po<strong>de</strong>-se assumir o controle <strong>de</strong><br />
si <strong>mesmo</strong> sem qualquer interferência.<br />
Encontro aqui correspondência à prática do amor a partir da ligação dos<br />
chakras. O amor que se revela pleno pelo espírito <strong>de</strong> ambos e, assim,<br />
aproxima intimamente dois corpos que se fun<strong>de</strong>m sendo um só (ou como um<br />
só), do quais o prazer transcen<strong>de</strong> o momento físico e a energia se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> um para o outro e para todo o Universo. Por isto, o amor “tem <strong>de</strong> <strong>ser</strong><br />
êxtase – não como um espirro, não só uma liberação, mas uma realização,<br />
uma libertação” (p. 167).<br />
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