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Maturidade, a responsabilidade de ser voce mesmo, Osho

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COPYRIGHTS®TELMO ARISTIDES DOS SANTOS<br />

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“Agora você gostaria <strong>de</strong> viver nesse momento para sempre, gostaria que<br />

esse momento se tornasse toda sua vida. Ele se torna – e a menos que se<br />

torne, o homem continua insatisfeito” (p. 97).<br />

O autor com muita proprieda<strong>de</strong> adverte que a on<strong>de</strong> vamos e a que<br />

velocida<strong>de</strong> vamos se vamos <strong>de</strong> um ponto a outro horizontalmente, porque<br />

assim sempre terminará num cemitério. E narra a história <strong>de</strong> um rei que<br />

recebeu a mensagem <strong>de</strong> que naquela noite <strong>ser</strong>ia a sua última. Então,<br />

tomando conselho com seus sábios, um <strong>de</strong>les sugeriu que tomasse o cavalo<br />

mais rápido e fosse para longe, assim, quando a noite chegasse ele não<br />

estaria naquele local e não po<strong>de</strong>ria <strong>ser</strong> morto. Assim fez o rei. Quando então<br />

distante <strong>de</strong> seu reino e a noite chegou a “sombra” e lhe disse agra<strong>de</strong>ço a seu<br />

cavalo excelente, porque esta é a hora e lugar e, acrescentou: “Eu estava<br />

preocupado – você estava tão longe, como po<strong>de</strong>ria trazê-lo? O cavalou<br />

cumpriu o <strong>de</strong>stino” (p.98/100).<br />

Portanto, <strong>de</strong>vemos crescer verticalmente. E crescer verticalmente é entrar<br />

em contato consigo <strong>mesmo</strong> e mergulhar na direção a Deus, entregando-se e<br />

libertando-se do passado representando pelas posses, pelo orgulho, pelo<br />

egoísmo, pela vaida<strong>de</strong>, pela aparência, pela personalida<strong>de</strong>. Só assim,<br />

viveremos no amor e teremos a expansivida<strong>de</strong> indispensável para <strong>ser</strong>mos<br />

essência.<br />

Pois, “aon<strong>de</strong> quer que você vá horizontalmente, a qualquer velocida<strong>de</strong>,<br />

você terminará em algum cemitério. É estranho que a todo momento nossos<br />

túmulos estejam se aproximando <strong>de</strong> nós – <strong>mesmo</strong> que você não arre<strong>de</strong> pé,<br />

seu túmulo está rumando para você. Em outras palavras, na linha horizontal<br />

do tempo é a mortalida<strong>de</strong> do homem” (p. 100).<br />

“As mãos <strong>de</strong> Cristo estão na horizontal; sua cabeça e seu corpo apontam<br />

numa direção diferente. Num momento <strong>de</strong> meditação, você <strong>de</strong> repente vê<br />

que po<strong>de</strong> mover-se em duas direções – na horizontal e na vertical. A vertical<br />

é feita <strong>de</strong> silêncio, beatitu<strong>de</strong>, êxtase; a horizontal é feita <strong>de</strong> mãos, <strong>de</strong> trabalho,<br />

do mundo. [...] A horizontal ele conhece, mas a vertical abre uma porta para<br />

a eternida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> a morte não existe, on<strong>de</strong> a pessoa simplesmente se torna<br />

cada vez mais parte do todo cósmico – on<strong>de</strong> a pessoa per<strong>de</strong> todas as formas<br />

<strong>de</strong> escravidão, até <strong>mesmo</strong> a escravidão do corpo” (p. 101).<br />

Citando a filosofia oci<strong>de</strong>ntal segundo a qual a vida é sem sentido – Jean-<br />

Paul Sartre, Jaspers, Hei<strong>de</strong>gger, Kierkegaard e outros – afirma: “No plano<br />

horizontal ela é, porque é simplesmente agonia, dor, doença e velhice. E você<br />

está aprisionado num corpo pequeno, enquanto sua consciência é tão gran<strong>de</strong><br />

quanto todo o universo. Quando a vertical é <strong>de</strong>scoberta, a pessoa começa a se<br />

mover na linha vertical. Essa linha não significa que você tem <strong>de</strong> renunciar<br />

ao mundo, mas certamente significa que você não é mais do mundo, que o<br />

mundo se torna efêmero, per<strong>de</strong> a importância. Isso não quer dizer que você<br />

tem <strong>de</strong> renunciar ao mundo e fugir para as montanhas e os mosteiros. Quer<br />

dizer simplesmente que – on<strong>de</strong> quer que você esteja – você começa a viver<br />

uma vida interior que antes não era possível” (p. 102).<br />

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