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BIOMAS DO BRASIL

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Biomas do Brasil: da exploração à convivência<br />

Aproveitaremos para pensar sobre isso na linha da participação política<br />

cidadã, como sugerido pela Andreia. Até o próximo encontro!<br />

Pedro ficou, mais uma vez, encantado com a alegria com que o grupo<br />

partia para suas casas. Isso o levou a um sentimento de alegria e tristeza<br />

misturadas, insistente em sua vida. Alegria por perceber como a juventude<br />

continua aberta ao novo, fervilhando desejos de mudança. Tristeza por dar-<br />

-se conta que a educação está cada dia mais submetendo a juventude ao<br />

espírito da modernidade reduzida ao mercado capitalista, que tudo transforma,<br />

ou tenta transformar, em mercadoria, inclusive o conhecimento.<br />

Perde-se, com isso, a chance de uma educação que desperte nos educandos<br />

o prazer de gerar novos conhecimentos, e, ao mesmo tempo, a alegria de<br />

cada pessoa construir-se como personalidade única, que participa da criação<br />

de novas relações na sociedade e com a Terra.<br />

Uma vez mais, recolheu-se num misto de emoção e agradecimento<br />

pela oportunidade que Ana lhe abriu de conhecer e dialogar com pessoas<br />

tão espetaculares...<br />

O mar<br />

O mar quando quebra na praia<br />

É bonito, é bonito<br />

O mar... quando pescador sai<br />

Nunca se sabe se volta, nem sabe se fica<br />

O mar quando quebra na praia<br />

É bonito, é bonito<br />

Quanta gente perdeu seus maridos, seus filhos<br />

Nas ondas do mar<br />

O mar<br />

Pedro vivia da pesca<br />

Saía no barco seis horas da tarde<br />

só vinha na hora do sol raiar<br />

todos gostavam de Pedro<br />

e mais do que todos, Rosinha de Chica<br />

a mais bonitinha e mais benfeitinha<br />

de todas as mocinhas lá do arraiá<br />

Pedro saiu no seu barco seis horas da tarde<br />

Passou toda a noite e não veio na hora do sol raiar<br />

Deram com o corpo de Pedro jogado na praia<br />

Roído de peixe, sem barco, sem nada<br />

Num canto bem longe lá do arraiá<br />

Pobre Rosinha de Chica<br />

Que era bonita e agora parece que endoideceu<br />

Vive na beira da praia olhando pras ondas<br />

Andando, rondando, dizendo baixinho:<br />

“Morreu, morreu, morreu, oh”<br />

O mar<br />

Quando quebra na praia<br />

É bonito, é bonito.<br />

(Dorival Caymmi)<br />

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