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BIOMAS DO BRASIL

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Biomas do Brasil: da exploração à convivência<br />

Apresentação<br />

Foi motivo de alegria a notícia de que a CNBB assumiu os Biomas do<br />

Brasil como temática da Campanha da Fraternidade de 2017. De certa forma<br />

ela já o fizera ao propor a Amazônia como tema de uma CF, mas agora<br />

o convite pascal é o de ligar a prática da fraternidade com todos os biomas<br />

do Brasil.<br />

O texto que estou disponibilizando via internet foi elaborado e revisto<br />

durante alguns anos. Seu objetivo é de criar oportunidade para que<br />

mais pessoas pudessem conhecer melhor o Brasil, e conhecê-lo a partir da<br />

história da Terra. Os primeiros seres humanos que chegaram aqui já encontraram<br />

diferentes “jardins” em que podiam viver. Quem os criou foi a mãe<br />

Terra, com a presença do Espírito criador, e não os seres humanos. O que<br />

estes fizeram em cada “jardim” é o conteúdo da história humana, com suas<br />

engenhosidades e contradições.<br />

Como verão na leitura do livro Biomas do Brasil: da exploração à convivência,<br />

a melhor tradução popular do substantivo bioma é berço de vida. E o<br />

território brasileiro foi contemplado com sete diferentes berços de vida —<br />

sete biomas. Tenho consciência de que o texto-base da CF preferiu assumir<br />

que só existem seis — Caatinga, Cerrado, Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica<br />

e Pampa —, mas prefiro avançar junto com os estudiosos que consideram<br />

necessário destacar as diferenças existentes entre a Mata Atlântica<br />

e a Zona Costeira. Por isso, tudo que constitui a Zona Costeira, incluídos,<br />

evidentemente, os seus povos, é o sétimo bioma brasileiro.<br />

Ao desejar que se conheça melhor o Brasil, a proposta do livro é que<br />

ele seja pensado, ou repensado, a partir dos diferentes biomas, a partir das<br />

diferentes histórias humanas nos sete biomas que constituem o seu território.<br />

Esse é, evidentemente, um imenso desafio, já que todas as pessoas<br />

foram educadas a partir da ilusão de que essas diferenças não existem, não<br />

são importantes. Ao encarar o caminho contrário a essa visão será possível<br />

dar-se conta das violências que os seres humanos fizeram aos diferentes<br />

berços de vida por não levarem a sério suas especificidades, potencialidades<br />

e fragilidades.<br />

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