voce_pode_curar_a_sua_vida_-_louise_hay (1)
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alto bem. Sou seguro. (Artrite): Amor. Perdão. Deixo os outros serem como são e sou livre.<br />
GLÂNDULAS: Estou em total equilíbrio. Meu organismo está em ordem. Amo a <strong>vida</strong> e ela circula<br />
livremente.<br />
PÉS: Fico em pé sob a verdade. Avanço com alegria. Tenho compreensão espiritual.<br />
Novos padrões de pensamento (afirmações positivas)<br />
<strong>pode</strong>m <strong>curar</strong> e relaxar seu corpo<br />
Somos todos um.<br />
QUARTA PARTE<br />
Capítulo 16<br />
MINHA HISTORIA<br />
"Conte-me alguma coisa sobre <strong>sua</strong> infância, sem se estender muito”. Já pedi isso a muitos clientes<br />
meus. Não preciso ouvir todos os detalhes, mas quero ter um panorama geral de <strong>sua</strong>s origens. Se<br />
tiverem problemas agora, os padrões que os criaram foram formados muito tempo atrás.<br />
Quando eu era uma menininha de 18 meses, meus pais se divorciaram. Não tenho lembranças do<br />
fato. O que me lembro com horror é minha mãe ter ido trabalhar como empregada doméstica<br />
dormindo no serviço e sendo obrigada a me deixar com outra família. Segundo contam, chorei por<br />
três semanas seguidas. As pessoas que cuidavam de mim não conseguiram suportar isso e minha<br />
mãe se viu forçada a me pegar de volta e fazer outros arranjos. Hoje em dia admiro o modo como<br />
ela conseguiu ser pai e mãe para mim. Na época, porém, tudo o que eu sabia e que tinha<br />
importância para mim era que eu não estava recebendo a mesma atenção carinhosa que tinha<br />
antes.<br />
Nunca fui capaz de determinar se minha mãe amava meu padrasto ou se só se casou com ele para<br />
arrumar um lar para nós duas. Todavia, não foi uma boa decisão. Esse homem fora criado na<br />
Europa, num sombrio lar alemão onde reinava a brutalidade, e não teve a oportunidade de aprender<br />
outro modo de lidar com uma família. Minha mãe ficou grá<strong>vida</strong> de minha irmã, e então, nos anos<br />
30, a Grande Depressão caiu sobre nós e nós três nos encontramos presas num lar cheio de<br />
violência. Eu tinha cinco anos de idade.<br />
Para piorar o quadro, foi mais ou menos nessa época que um vizinho, um velho bêbado, como me<br />
recordo, me estuprou. O exame médico ainda está vívido em minha mente, como está também o<br />
julgamento em que fui a estrela do caso. O homem foi condenado a 15 anos de prisão. Ouvi<br />
repetirem com tanta frequência "A culpa foi <strong>sua</strong>" que passei muitos anos temendo que quando o<br />
velho bêbado fosse libertado ele iria voltar e me pegar por eu ter sido tão má a ponto de colocá-lo<br />
na cadeia.<br />
A maior parte de minha infância foi passada suportando tanto abusos físicos como sexuais,<br />
entremeados de muito trabalho pesado. Minha auto-imagem ia ficando cada vez pior e poucas<br />
coisas pareciam dar certo para mim. Passei a expressar esse padrão no mundo exterior.<br />
Ocorreu um incidente quando eu estava no quarto grau que mostra bem como era minha <strong>vida</strong> na<br />
época. Houve uma festa na escola, com muitos bolos para as crianças. A maioria dos meus colegas<br />
era de famílias de classe média. Eu me vestia mal, meus cabelos pareciam cortados com uma<br />
tigela. Estava sempre com os mesmos sapatos fechados e tinha um cheiro forte por causa do alho<br />
cru que era obrigada a comer todos os dias "para espantar os vermes" Nunca comíamos bolo em<br />
casa, pois não podíamos nos dar a esse luxo. Uma velha vizinha me dava dez centavos por semana<br />
e um dólar no Natal e no meu aniversário. Os dez centavos iam para o orçamento familiar e o<br />
restante era usado para comprar minhas roupas de baixo para o ano inteiro em lojas baratas.<br />
Bem, naquele dia estava havendo a festa na escola, e havia tanto bolo que, enquanto estavam<br />
cortando e servindo, algumas das crianças que podiam comer bolo todos os dias estavam ganhando<br />
dois, até três pedaços. Quando finalmente chegou a minha vez (e claro, eu era a última da fila), não<br />
havia mais bolo. Nem ao menos uma fatia.<br />
Entendo claramente agora que foi minha "crença já confirmada" de que eu era indigna e não<br />
merecia nada que me colocou no final da fila sem nenhum pedacinho de bolo. Foi o meu padrão.<br />
Eles estavam apenas refletindo minhas crenças.<br />
Quando eu estava com 15 anos, resolvi que não podia mais aguentar abusos sexuais e fugi de casa<br />
e da escola. O emprego que arranjei como garçonete me pareceu muito mais fácil do que o trabalho<br />
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