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SÃO MUDANÇAS NAS MAIS DIVERSAS FRENTES QUE (...) AFETAM OS SERVIÇOS PÚBLICOS,<br />
OS GASTOS DO GOVERNO, A POUPANÇA DAS FAMÍLIAS, OS ENCARGOS DAS EMPRESAS,<br />
A CULTURA FINANCEIRA DAS PESSOAS, O PLANEJAMENTO FAMILIAR, O MERCADO DE TRABALHO<br />
Bom, são mudanças nas mais diversas<br />
frentes que são estudadas exaustivamente<br />
pelos centros de pesquisas. Elas afetam os<br />
serviços públicos, os gastos do governo, a<br />
poupança das famílias, os encargos das empresas,<br />
a cultura financeira das pessoas, o<br />
planejamento familiar, o mercado de trabalho,<br />
dentre outras. Para entender melhor,<br />
vamos focar em alguma dessas. Em virtude<br />
da amplitude do tema, optamos pelas finanças<br />
pessoais, mais especificamente em aposentadoria.<br />
Va mos raciocinar: caso você seja<br />
trabalhador autônomo ou possui carteira de<br />
trabalho assinada e planeja se aposentar<br />
apenas pelo INSS, imagino que terá problemas<br />
pela frente para manter as despesas<br />
nos padrões atuais. Nosso sistema de previdência<br />
pública depende da contribuição de<br />
quem está ativo no mercado de trabalho<br />
para financiar os apo senta dos e pensionistas.<br />
Como esta mos ca min hando aceleradamente<br />
para o envelhecimento da população,<br />
nota-se que algo terá de ser feito nas regras<br />
atuais do siste ma de previdência. Serão<br />
cada vez me nos cidadãos em idade ativa<br />
contribuindo para sustentar o volume crescente<br />
de aposentados. A conta não fecha!<br />
Projeções divulgadas recentemente pe -<br />
lo Instituto de Estudos da Saúde Su ple -<br />
men tar — IESS, com base em pesquisas<br />
do IBGE e no comportamento atual das<br />
variáveis, estimam que algo entre 46% e<br />
57% do PIB estarão comprometidos com<br />
previdência dentro de 20 anos. Atualmente<br />
esse percentual está em 19% e já<br />
temos o cenário deficitário do INSS.<br />
Assim, devemos nos preparar para o futuro.<br />
A solução seria buscar alguma forma<br />
de poupança para arcar com as despesas<br />
que a terceira idade acaba trazendo, como<br />
medicamentos, exames, consultas além<br />
das despesas normais de moradia, alimentação.<br />
Uma alternativa seriam os planos de<br />
previdência complementar. Nos últimos<br />
anos eles tem se tornado bastante populares.<br />
Outros buscam fugir das taxas de administração<br />
desses planos estudando um<br />
pouco mais sobre o mercado de capitais.<br />
Há casos de pessoas que aplicam diretamente<br />
em títulos públicos do governo ou<br />
ainda partem para aplicações de renda variável,<br />
como as ações. Cabe a cada um de<br />
nós escolher viver a melhor idade da maneira<br />
que queremos: viajando e conhecendo<br />
pessoas e lugares ou frequentando<br />
as filas do serviço público de saúde.<br />
(*) Rodrigo Mazzei<br />
é economista do Sebrae<br />
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