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revista cruzilia

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Neste período de existência, o Museu já<br />

recebeu, até o fechamento desta edição,<br />

23.500 visitantes de todos os estados brasileiros<br />

e também do exterior, como<br />

Estados Unidos, Canadá, Argentina,<br />

Colômbia, Chile, Itália, Holanda, França,<br />

Alemanha, Portugal e Espanha.<br />

Destes visitantes, vale mencionar o grande<br />

número de turistas em geral, grupos de<br />

terceira idade, universitários e demais<br />

estudantes dos diversos níveis de ensino de<br />

escolas públicas e particulares de diversas<br />

cidades da região. Foram realizadas diversas<br />

oficinas de aprendizado e projetos educativos.<br />

O Museu foi ainda objeto de tese<br />

de mestrado de uma aluna da Faculdade de<br />

Poços de Caldas (MG).<br />

Em parceria com o Instituto Estrada<br />

Real, o Museu é o ponto onde se carimba o<br />

passaporte daqueles que estão fazendo o<br />

percurso do Caminho Velho da Estrada<br />

Real, tendo já carimbado mais de 2.000<br />

passaportes de turistas.<br />

O Museu também abriu suas portas para<br />

o lançamento de três livros: o premiado<br />

Birigui, de autoria de Mauricio Meirelles,<br />

A Revolta Escrava da Bela Cruz, do professor<br />

Pedro Junqueira Ferreira Neto e Nas<br />

Costelas do Abismo, de Ricardo Luís<br />

Casiuch.<br />

Além disso acolheu diversas outras<br />

manifestações culturais, como o programa<br />

Cinema no Museu, voltado para alunos do<br />

Lar da Criança Adeodato dos Reis<br />

Meirelles, sediou palestras para criadores e<br />

interessados no aprofundamento histórico<br />

do cavalo Mangalarga Marchador, foi o<br />

local de comemoração dos 15 anos do<br />

Clube Virtual do Cavalo Mangalarga<br />

Marchador e da formatura das turmas do<br />

Curso de Formação por Competência em<br />

Equideocultura, oferecido em pareceria<br />

com a ABCCMM e o SENAR/MG.<br />

Já por dois anos consecutivos vem participando<br />

da Semana Nacional de Museus,<br />

realizada a cada mês de maio, sob a coordenação<br />

do IBRAM, e também da<br />

Primavera de Museus, a cada mês de<br />

setembro, contando com a parceria da<br />

Universidade do Estado de Minas Gerais,<br />

Campus de Campanha (MG), para realização<br />

das diversas atividades desenvolvidas<br />

nesses eventos.<br />

Foi também objeto de diversas reportagens<br />

televisivas, em programas da TV<br />

Record, TV Bandeirantes, EPTV Sul de<br />

Minas, EPTV Ribeirão Preto, EPTV<br />

Campinas, TV Alterosa, MMTV (Canal<br />

Rural), TV Canção Nova e também nos<br />

programas Globo Rural e Globo Repórter,<br />

ambos de veiculação nacional pela Rede<br />

Globo de Televisão.<br />

A Fundação Barão de Alfenas, entidade<br />

gestora do Museu, prepara diversas atividades<br />

para as comemorações do aniversário<br />

de cinco anos do Museu, em novembro.<br />

Não perca a celebração de uma data tão<br />

especial para a raça.<br />

O DESTINO DA CASA<br />

DA BELA CRUZ<br />

Oswaldo dos Reis Junqueira, o Vadico,<br />

um homem sempre voltado para a tradição<br />

de sua família e de sua cidade, preocupava-se<br />

também com o futuro. Um<br />

dia, na década de 80, escreveu atrás de<br />

uma foto da Casa da Bela Cruz:<br />

“Padrinho Severino, qual será o meu destino?”<br />

Essa pergunta, assim rimada,<br />

assim arrumada na perspectiva da própria<br />

Casa, dirigia-se ao passado (na figura<br />

de Severino Junqueira), ao presente<br />

(na figura de Lúcia Leite Junqueira,<br />

amiga com quem o Vadico muito confabulava)<br />

e, naturalmente, dirigia-se ao<br />

futuro.<br />

Hoje, ao olhar a foto da antiga Casa da<br />

Bela Cruz, então propriedade de<br />

Argentino, Ofélia e filhos, podemos<br />

dizer ao Vadico e ao velho Severino que a<br />

moradia encontrou um bom destino. Ela<br />

agora é o Museu do Cavalo Mangalarga<br />

Marchador. Abriga a história, guarda os<br />

galopes do tempo e preserva, da poeira<br />

do efêmero, a ânsia da permanência.<br />

Infelizmente nem todos os velhos casarões<br />

resistiram ao tempo. Não cabe discutir,<br />

agora, razões, reações e irrisões em<br />

cadeia. Creio que, para atenuar a perda,<br />

restam fotografias. Muitas delas reproduzidas<br />

no Facebook. Porém, seria pertinente<br />

que houvesse aí um lugar mais<br />

seguro, um “Porto da Saudade” onde<br />

pudéssemos ancorar muitas de nossas<br />

lembranças e recordações.<br />

Penso que em todas as famílias há essa<br />

espécie de Vadico, antenado no que passou<br />

e inquieto com o que virá. Antes que<br />

tudo se desfigure, é bom sentir que há<br />

um espaço em que o tempo seja reverenciado<br />

e as distâncias se minimizem. E<br />

essa equação é simples. Como disse o<br />

Poeta de Itabira: “As coisas findas,<br />

muito mais que lindas, essas ficarão.”<br />

Caio Junqueira Maciel<br />

Braga - Portugal<br />

12 de julho de 2017<br />

Núcleo Berço da Raça n 13

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