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revista cruzilia

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garanhões, ora condominiada com os haras<br />

Siara e Morro Chic, aos 28 anos de idade.<br />

Está inscrita nos Livros MM-7/519 e MM-<br />

8/58. Outra aquisição importante foi a das<br />

filhas de Pica-Pau SP, criadas pelo empresário<br />

e político Severo Gomes e registradas<br />

no Livro Aberto. Entre elas, Serena, égua<br />

de sela do criador, Cascata e Bolívia, destacou-se<br />

Harpa de SAMF, mãe de Luca de<br />

Mairiflor, campeã de marcha e doadora de<br />

ponta no Paraná e da especial Fidúcia de<br />

Mairiflor, filha do Radical e mãe do<br />

padreador Narciso Mairiflor. Passei a frequentar<br />

leilões, especialmente entre 1984<br />

e 1990. Deles vieram, por exemplo,<br />

Graviola e Encantada HO (Herdade<br />

Maxixe), Nevada e Negrita da Escadinha<br />

(Sincero JB), Dominique da Coxilha<br />

Grande (Maestro de Santa Lúcia), Uvaia do<br />

Solarzinho (Herdade Teatro), Berimbau<br />

Itaparica (Armistício de Santa Lúcia),<br />

Sabrina HB (Herdade Cadilac) e outras.<br />

Em 1989, procurei diretamente, em<br />

Cruzília, onde fiz base, o nosso já citado<br />

Ivan e, com ele, de guia e conhecedor do<br />

ambiente, levei para casa animais como<br />

Baiúca Narciso, Predileta da Cabeça<br />

Branca, Espadilha do MFM, Ambarina<br />

Tirolesa, Traituba Fanta, Arizona da<br />

Encruzilhada, esta comprada na Favacho,<br />

prenhe de Tabatinga Senegal, posta no<br />

Livro MM-7 sob o nº 346, graças a Jandaia<br />

de Mairiflor, sua filha com Charlatão, e a<br />

grande Xarada do Bananal, mãe do garanhão,<br />

ainda em uso, filho de Helíaco, o<br />

rosilho Painel Mairiflor. Xarada foi paga a<br />

seu dono, Edmundo Arantes Junqueira,<br />

nas escadas de acesso à casa de Ivan. Muitos<br />

filés no Castelinho mantiveram nosso<br />

ânimo para circular por Cruzília e vizinhança,<br />

na companhia daquele fidalgo<br />

conhecedor de marchadores e de seus proprietários,<br />

em busca de animais adequados<br />

ao projeto de criação.<br />

Um capítulo à parte foi a escolha dos três<br />

reprodutores para servir a esse lote de<br />

matrizes. O primeiro cavalo adquirido foi<br />

Catuni Garcês. Depois da aquisição do seu<br />

pai, Patrimônio de Santa Lúcia, o Sururu,<br />

um cavalo presumivelmente de 1965,<br />

Garcês foi negociado com criadores da<br />

Bahia. Sururu, para uns, filho de Herdade<br />

Ouro Preto, para outros, de Veto Belo<br />

Cruz, era sem dúvida filho de Herdade<br />

Rancheira, por Londrina JB, uma nativa da<br />

Fazenda Campo Lindo. Nascido no Haras<br />

do Porto, em São Vicente de Minas (por<br />

isso pode ter tido o nome de Sururu do<br />

Porto), só algum tempo depois foi levado<br />

para Lins (SP), por Francisco Ormeu de<br />

Andrade Reis, de onde foi cedido às fazendas<br />

Catuni, de Montes Claros (MG), e<br />

Aliança, de Nanuque (MG). Foi por mim<br />

adquirido, em 1984, ao criador Pedro<br />

Paulo Moreira, de Santa Luzia (MG).<br />

No final de 1985, no Segundo Leilão<br />

Tope, organizado pelo saudoso criador e<br />

amigo Aldo Godinho, adquiri do<br />

Afonsinho o grande Charlatão JG, posto na<br />

raça, em 1968, por outro amigo, José<br />

Geraldo Gomes Arêas (Haras JG), em<br />

lugar do original Dourado JB, um filho de<br />

Sincero JB com Laranjada JB, por Sargento<br />

JB. Portanto, sendo mais um egresso das<br />

terras de Cruzília, este campeoníssimo de<br />

marcha, inclusive na Exposição Nacional<br />

de 1977, descendia, mais de uma vez, da<br />

matriz Abaíba Lola, de puro sangue Angaí.<br />

Inscrevi o grande Charlatão no Livro<br />

MM-7, onde tomou o nº 40. O terceiro<br />

cavalo foi o então jovem Pagão das Valias,<br />

nascido em 1980, filho de Emblema Bela<br />

Cruz (Sertão Lobos x Revista Bela Cruz, a<br />

castanha) com Angaí Lista (Angaí Mirón x<br />

Angaí Espada). Adquirido em São Gonçalo<br />

do Sapucaí, por Carlos Maria Auricchio, ao<br />

criador José Bento Valias de Resende, com<br />

a assessoria do Afonsinho, foi a mim cedido,<br />

muito em razão dos sangues da Revista<br />

e da Angaí Espanha, mãe da Espada, que<br />

me interessavam. No fim da vida, Pagão<br />

foi condominiado com o Haras da Lapinha,<br />

do amigo Anselmo Vasconcelos Neto.<br />

Assim, o projeto Mairiflor de criação ficou<br />

amparado pelas matrizes ancestrais<br />

Londrina, Lola, Revista e Espanha, a finaflor<br />

do Sul de Minas, às quais se agregariam<br />

Sônia, Tâmara, Havana e Ucrânia,<br />

todas 53, Favacho Fumaça e Balada J.D.<br />

Em 1989, após estabelecido excelente<br />

relacionamento com os criadores Haroldo<br />

Ferreira da Rosa Junqueira Neto, herdeiro<br />

de parte da Tropa 53 e José Anacleto de<br />

Andrade do Nascimento, criador em<br />

Gravatá (PE) (Haras AB Paraíso), o primeiro<br />

deles fez cobrir 20 éguas suas com o<br />

Charlatão. Cheias, 16 delas, acabei ficando<br />

com três dos cinco produtos, previamente<br />

sorteados. Um deles foi Helíaco de<br />

Mairiflor (por Iaciara JN-53), nascido em<br />

1991 e morto prematuramente, não sem<br />

antes ter produzido, entre muitas, a grande<br />

Campeã Nacional da Raça/2001, Maíra,<br />

além das famosas campeãs de marcha Lola,<br />

Música e Natureza Mairiflor. Em 1994/95,<br />

por diversas razões, resolvi transferir o<br />

Haras Mairiflor para a Fazenda Santa Isabel,<br />

em Pedralva (MG), onde até então tirava-se<br />

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