ANO 8 Nº 43 - Maio / Junho de 2017
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
cida<strong>de</strong> |<br />
45<br />
A construção recebeu em<br />
2006 a mostra <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração Casa<br />
Cor, o que foi fundamental para<br />
sua revitalização. Após o evento,<br />
teve início, nas quartas-feiras,<br />
o projeto Mercado Jazz Popular<br />
com o apoio da Associação<br />
dos Permissionários do Mercado<br />
Popular da 74 (Aspermerbapo).<br />
O sucesso foi tamanho que<br />
abriu caminho para outros gêneros<br />
musicais. O novo formato<br />
do projeto, batizado <strong>de</strong> Sons do<br />
Mercado, contempla música instrumental<br />
(terça-feira), samba<br />
(quarta-feira), pop-rock (quintafeira),<br />
sertanejo (sexta-feira) e<br />
MPB/cantores goianos (sábado),<br />
sempre das 20 às 22 horas.<br />
“Melhorou muito o movimento<br />
do mercado principalmente<br />
por causa da qualida<strong>de</strong><br />
dos músicos”, afirma o presi<strong>de</strong>nte<br />
da Aspermerbapo, Washington<br />
Alves Martins.<br />
“É uma coisa<br />
linda”<br />
Gerente <strong>de</strong> Musicalida<strong>de</strong> da<br />
Secretaria Municipal <strong>de</strong> Cultura<br />
(Secult), Fausto Noleto não apenas<br />
coor<strong>de</strong>na o projeto, como é<br />
um <strong>de</strong> seus maiores entusiastas.<br />
“O Sons do Mercado contribui<br />
para o crescimento cultural <strong>de</strong><br />
Goiânia e dá oportunida<strong>de</strong> não<br />
apenas aos músicos, mas também<br />
ao público <strong>de</strong> apreciar outros<br />
gêneros musicais”, explica.<br />
Segundo ele, houve um momento<br />
em que a música sertaneja chegou<br />
a avançar no palco do mercado,<br />
mas <strong>de</strong>pois o público foi se<br />
educando para a diversida<strong>de</strong>. “O<br />
intuito é que em cada dia a pessoa<br />
aprecie um tipo <strong>de</strong> música,<br />
não apenas o sertanejo”.<br />
A proposta tem dado certo. O assessor <strong>de</strong> vendas Eli Ferrara, 63 anos,<br />
chega a frequentar o mercado quatro vezes por semana. “É uma coisa<br />
linda, gostosa. Venho, danço, tomo uma cervejinha e, às 22h30, já estou<br />
em casa. É um ambiente muito bom”, elogia. E faz bem ao coração. Foi<br />
ali que há quase dois anos Camila Rodrigues, 20 anos, conheceu o atual<br />
namorado Brenner Lunari, 23. De frequentadores, passaram a integrar o<br />
time <strong>de</strong> colaboradores <strong>de</strong> bares do local.<br />
O projeto conta com a parceria da Unimed Goiânia que, nas noites<br />
<strong>de</strong> quarta-feira, mantém uma ambulância no local. “O ambiente aqui é<br />
muito tranquilo, nunca acontece nada <strong>de</strong> ruim”, conta um dos seguranças.<br />
Jair Onofre do Prado, proprietário do Jajá Drinks, confirma: “Ainda<br />
não vi a ambulância ser utilizada. Ninguém fica bêbado e não há brigas.<br />
O ambiente é muito familiar”.<br />
Como o mercado se encontra em área a<strong>de</strong>nsada, com gran<strong>de</strong> número<br />
<strong>de</strong> residências nas imediações, as noites musicais terminam impreterivelmente<br />
às 22 horas. “A questão dos <strong>de</strong>cibéis ainda é um problema<br />
que estamos tentando resolver”, afirma Washington Alves Martins.<br />
Coletiva | maio • junho/<strong>2017</strong>