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do solo, estamos falando não só<br />
em corrigir o solo em um ou dois<br />
elementos. O maior benefício do<br />
uso correto das ferramentas de<br />
manejo da fertilidade é a elevação da<br />
produtividade com eficiência no uso<br />
dos insumos – inclusive diluindo os<br />
outros custos. Sendo assim, todas as<br />
estratégias de melhoria e construção<br />
da fertilidade do solo devem estar<br />
alinhadas à segurança produtiva<br />
e produtividade, sobretudo a fim<br />
de garantir que o investimento em<br />
fertilidade realmente seja eficiente,<br />
consistente e acumulativo.<br />
Fica fácil explicar a questão<br />
da eficiência ao compararmos os<br />
resultados dos fertilizantes em nossas<br />
lavouras (pastagem ou cultura<br />
agrícola) com o aproveitamento do<br />
combustível dos carros. O combustível<br />
é o mesmo, mas a transformação<br />
de combustível em km rodados<br />
é de cada carro, ou melhor, de cada<br />
motorista. Assim também são os nutrientes<br />
aplicados ao solo. Nutrientes<br />
aplicados em ambientes mal preparados<br />
para recebê-los não trazem<br />
respostas expressivas e daí se explica<br />
grande parte das reclamações e casos<br />
onde o uso de fertilizantes não<br />
trouxe os resultados desejados.<br />
Para evidenciar melhor<br />
mostramos na Tabela 01 que a variação<br />
de apenas um parâmetro na<br />
fertilidade do solo pode modificar<br />
totalmente o aproveitamento dos<br />
nutrientes. No caso, somente a variação<br />
do pH do solo pode representar<br />
perdas extremamente significativas<br />
no investimento.<br />
Deste modo, apenas para<br />
reforçar a importância da tabela<br />
acima, posso ter dois produtores<br />
rurais aplicando doses iguais de<br />
um nutriente e obterem resultados<br />
produtivos muito diferentes.<br />
Da mesma forma que solos<br />
aparentemente férteis, pela análise<br />
do elemento em si, podem não<br />
apresentarem respostas produtivas<br />
condizentes por apresentarem<br />
o pH como fator limitante. Tal<br />
informação reforça claramente que<br />
a vigilância das condições de pH<br />
do solo e o uso da calagem com<br />
intervalos regulares são essenciais<br />
para preservar a resposta das plantas<br />
à adubação. Além disso, nos mostra<br />
mais uma premissa: Quando<br />
investir em fertilidade tenha uma<br />
Fonte: Lopes 1984 citado por Aguiar 2010<br />
PH DO SOLO<br />
4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0<br />
NITROGÊNIO 20 50 75 100 100 100<br />
FÓSFORO 30 32 40 50 100 100<br />
POTÁSSIO 30 35 70 90 100 100<br />
ENXOFRE 40 80 100 100 100 100<br />
CÁLCIO 20 40 50 50 83 100<br />
MAGNÉSIO 20 40 50 50 80 100<br />
%<br />
Fonte: Lopes 1984 citado por Aguiar 2010<br />
PH<br />
visão<br />
DO SOLO<br />
sistêmica do sistema de<br />
produção – inclusive das culturas<br />
futuras.<br />
%<br />
Finalmente vemos que ainda<br />
há muito que se falar sobre manejo e<br />
construção da fertilidade do solo.<br />
Temas como manejo da<br />
fertilidade com foco perfil do solo,<br />
impactos da melhoria da matéria<br />
orgânica, fontes de fósforo, novos<br />
adubos (tecnologias embutidas),<br />
dentre outros assuntos de essencial<br />
importância ao produtor certamente<br />
farão parte dos nossos próximos<br />
artigos.<br />
Ainda sim, lembre-se que<br />
seu solo é seu maior patrimônio<br />
– aproveitar-se dele de forma<br />
correta, com atitudes embasadas<br />
e competência, será essencial para<br />
o sucesso do seu negócio. Sendo<br />
assim, conte conosco, pois estamos<br />
aqui para servi-lo.<br />
4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0<br />
NITROGÊNIO 20 50 75 100 100 100<br />
FÓSFORO 30 32 40 50 100 100<br />
POTÁSSIO 30 35 70 90 100 100<br />
ENXOFRE 40 80 100 100 100 100<br />
CÁLCIO 20 40 50 50 83 100<br />
MAGNÉSIO 20 40 50 50 80 100<br />
EDIÇÃO 02 | ANO 07 | MAI/JUN <strong>2017</strong><br />
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