Mb Rural Ed. 19
Edição especial sobre inovação no agronegócio.
Edição especial sobre inovação no agronegócio.
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AGRICULTURA DE PRECISÃO: OS DETALHES FAZEM AINDA MAIS DIFERENÇA<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
FOTO ACERVO MB PARCEIRO: FAZENDA SÃO GERALDO<br />
MUNICÍPIO CHAPADA DE AREIA - TO<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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4<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
EDITORIAL<br />
Prezados leitores<br />
Mais um ano chega ao fim, um ano que foi aguardado com grande<br />
expectativa, pois há anos nos preparamos para receber Copa do mundo de<br />
futebol. Ouvimos muitas promessas de melhorias duradouras, mobilidade<br />
urbana, novos estádios e a paixão pelo futebol dominou o primeiro semestre.<br />
O final desta história todos nós já sabemos e não foi o que esperávamos - nem<br />
no futebol, na organização e principalmente na infraestrutura. Neste sentido,<br />
portanto, não nos desenvolvemos, não crescemos e não mudamos nem<br />
inovamos.<br />
Não menos importante, ou melhor, mais importante que a copa do<br />
mundo, tivemos também as eleições para presidente, governadores, senadores<br />
e deputados estaduais e federais. Após o seu término deixou um país dividido<br />
entre a mudança e inovação vs a continuidade. Neste ponto, também já sabemos<br />
o resultado das urnas, mas não sabemos suas consequências. Sinceramente<br />
esperamos que sejam positivas para o bem de todos nós.<br />
Para o ano de 2015 desejamos sucesso a todos que ao assumirem<br />
seus novos cargos e que olhem com especial carinho para os produtores rurais<br />
e o agronegócio do Tocantins e de todo o Brasil. Torcemos também para que<br />
todos os empresários tenham condições de desempenhar as suas atividades<br />
com altivez e boa rentabilidade.<br />
Desejamos que, se possível, nossos empresários trabalhem convivendo<br />
com menos burocracias, mais créditos, taxas de juros mais acessíveis e carga<br />
tributária mais humana. Sabemos que para tanto, mudanças e inovação serão<br />
essenciais. Que tenhamos também à disposição mão de obra treinada, capacitada<br />
e principalmente com vontade de trabalhar e produzir, portanto mudança e<br />
inovação também serão necessárias. Quanto à infraestrutura, realmente<br />
necessitamos de melhoras nas condições das estradas, armazéns, silos e portos.<br />
Sem logísitica, deixaremos nossos empresários produtores “literalmente a pé”.<br />
Neste campo também serão essenciais a mudança, a inovação em especial por<br />
parte das organizações coletivas - utilizando-se de sua “força” para reinvindicar<br />
investimentos neste setor.<br />
Finalmente, desejamos que aproveitem a nossa revista, pois ela foi<br />
elaborada com muita dedicação e cuidado. Esta edição traz dez artigos e o Guia<br />
<strong>Rural</strong> Tocantins 2015, ambos feitos especialmente para auxiliar você produtor<br />
em suas decisões, bem como aquisições, créditos, novas tecnologias, inovações,<br />
assistências técnicas, consultorias entre outras necessidades e desejos.<br />
Um forte abraço, saúde , boas festas e um excelente ano novo com<br />
muita inovação e sucesso<br />
Índice<br />
06 | GESTÃO ESTRATÉGICA I<br />
08 | GESTÃO ESTRATÉGICA II<br />
10 | FORM. PROFISSIONAL<br />
13 | MERCADO DA CARNE<br />
16 | INOVAÇÃO PECUÁRIA<br />
20 | INOVAÇÃO AGRÍCOLA<br />
20 | INOVAÇÃO AGRÍCOLA<br />
20 | INOVAÇÃO AGRÍCOLA<br />
22 | REPRODUÇÃO ANIMAL<br />
24 | PASTAGENS<br />
26 | INT. LAVOURA - PECUÁRIA<br />
28 | SIST. DE INFORMAÇÕES<br />
22 | CRÉDITO RURAL<br />
33 | GUIA RURAL 2015<br />
Reinaldo Gil - Eng. Agrônomo<br />
MB Parceiro<br />
Uma publicação do Grupo MB Parceiro<br />
Distribuição Gratuita<br />
<strong>Ed</strong>itor Chefe<br />
Mauricio Bassani dos Santos<br />
(CRMV-TO 126/Z)<br />
Projeto gráfico:<br />
Agência Lumia (63) 3361 2634<br />
Bruce Ambrósio Armoni<br />
Rafael Pereira Nogueira<br />
Tiragem: 5.000 exemplares<br />
A Revista MB <strong>Rural</strong> não possui<br />
matéria paga em seu conteúdo.<br />
Colaboração:<br />
Antonio Junior Alves Maranhão<br />
Bruno Giuntoli Correa<br />
Cesar Augusto Figueiredo<br />
Daniela Macedo<br />
Heiitor Rodrigues Ribeiro<br />
Joaquim <strong>Ed</strong>uardo R. Gabriel<br />
Lucas Souto<br />
Luzeni Neres<br />
Marcelo Dominici Ferreira<br />
Marcelo Theoto Rocha<br />
Matheus Borges Leal<br />
Mauricio Bassani dos Santos<br />
Rafael Luiz Araão Freitas<br />
Rodrigo Rochael Guerra<br />
CURTA NOSSA PÁGINA MBPARCEIRO<br />
As idéias contidas nos artigos assinados não<br />
expressam, necessariamente, a opinião da<br />
revista e são de inteira responsabilidade de<br />
seus autores.<br />
Revista MB <strong>Rural</strong> (Adm./Redação):<br />
103 Sul rua SO 01 lote 15 sala 02<br />
Palmas - TO - Cep.: 77.015-014<br />
Fones: (63) 8466-0066<br />
mb@mbparceiro.com.br<br />
A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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Maurício Bassani<br />
Zootecnista - MB Parceiro<br />
mb@mbparceiro.com.br<br />
GESTÃO ESTRATÉGICA I<br />
INOVAÇÃO<br />
ENTENDA PORQUE TANTAS TECNOLOGIAS ESTÃO<br />
REVOLUCIONANDO A PRODUÇÃO NO CAMPO<br />
Em alguns momentos históricos a humanidade<br />
enfrentou desafios e realizou transformações<br />
que realmente nos fazem entender a importância<br />
da mudança. Ainda sim, não se trata de<br />
uma mudança sem clareza, pelo contrário, sempre<br />
que houve rearranjos no modo de vida do<br />
homem estes sempre foram feitos com objetivos<br />
claros assegurar qualidade de vida e bem de toda<br />
uma sociedade. Foi assim, quando deixamos de<br />
ser nômades e passamos a utilizar-se da agricultura,<br />
também quando inserimos o petróleo e os<br />
motores na nossa vida cotidiana. Bem, justamente<br />
neste momento, estamos realizando transformações<br />
profundas na agropecuária. Neste sentido<br />
é muito importante entendermos o porquê<br />
destas transformações, bem como a importância<br />
das mesmas sobre seu negócio e seu trabalho -<br />
este é o motivo deste artigo.<br />
Numa análise histórica, nossos métodos<br />
de produção agropecuária pouco evoluiram,<br />
porém nos últimos 50 anos têmos observado que<br />
a velocidade da mudança realmente se transformou<br />
“de um simples passeio a pé em uma grande<br />
maratona”. Este fato ocorreu não apenas porque<br />
evoluímos cientificamente, mas sim porque as<br />
demandas mundiais por comida, qualidade de<br />
vida e saúde foram realmente colocadas como<br />
essenciais.<br />
Hoje falamos numa expectativa de<br />
vida bem acima de 70 anos enquanto há décadas<br />
atrás falávamos em menos de 60 anos. Além disso,<br />
vemos mundialmente uma elevação do poder<br />
aquisitivo - fato este que traz consigo o aumento<br />
do consumo e a melhoria na alimentação - em<br />
especial o aumento do consumo de proteina.<br />
Diante de tamanhas transformações, restou à sociedade<br />
moderna buscar soluções pacíficas para<br />
atender à crescente demanda mundial.<br />
Finalmente, também houve uma<br />
expressiva elevação de preços e os preços históricos<br />
de alimentos tradicionais tem mudado<br />
drasticamente - talvez o principal exemplo seja a<br />
própria carne bovina.<br />
A crescente demanda e preços em alta<br />
fizeram com que o poder público e privado buscassem<br />
maneiras de reduzir custos de produção,<br />
bem como incrementar e produtividades. Felizmente,<br />
vários métodos, estratégias e tecnologias<br />
foram desenvolvidas e estão hoje sendo utilizadas<br />
pelo setor agropecuário com resultados expressivos<br />
e diferenciados do modelo tradicional<br />
que sempre foi adotado.<br />
Cabe ressaltar que, graças a estas novas<br />
práticas temos a oportunidade de incrementar<br />
nossa rentabilidade por área e a lucratividade<br />
do negócio. O grande questionamento é quem<br />
esta se apropriando das mesmas para transformar<br />
seu negócio numa atividade com maior retorno<br />
financeiro?<br />
Cabe ressaltar que na realidade rural,<br />
sempre existem vários caminhos. Ainda sim, esta<br />
edição foi idealizada para que nossos leitores<br />
pudessem analisar novos parâmetros e, em<br />
especial, oportunidades de aproveitar a revolução<br />
que acontece atualmente no campo. Neste breve<br />
artigo, nossa meta foi apenas abrir espaço para<br />
revisarmos nossos “mapas mentais” sobre quais<br />
caminhos temos tomados nos negócios - nunca<br />
nos esquecendo que são nossas decisões as<br />
principais responsáveis pelo nosso sucesso ou<br />
fracasso.<br />
Bem leitor, para finalizarmos este<br />
primeiro artigo, gostaríamos de lhe questionar<br />
sobre seu futuro. Entendendo que as inovações<br />
vieram para trazer novos patamares produtivos e<br />
financeiros, o que você tem feito para se conhecê-las,<br />
aplicá-las e explorá-las de forma racional e<br />
empresarial em seu negócio agropecuário?<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
PARA TER SUCESSO<br />
NA PECUÁRIA,<br />
É PRECISO IR ALÉM.<br />
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No controle de parasitas internos e externos<br />
Na cura de umbigo<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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RODRIGO ROCHAEL GUERRA<br />
Administrador de Empresas<br />
Esp. em Gestão do Agronegócio<br />
Coop. dos Produtores do Vale do Araguaia<br />
ranchorochael@uol.com.br<br />
GESTÃO ESTRATÉGICA II<br />
DESAFIOS DO<br />
COOPERATIVISMO<br />
Depois de ter assumido em janeiro de 2014 a Presidência da Valleccop, Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale do Araguaia, localizada na<br />
cidade de Araguaína-TO, com apenas 7 anos de existência e com mais de 450 associados, venho literalmente me apaixonando a cada dia pelo cooperativismo.<br />
Trata-se de um modelo socioeconômico com participação democrática, solidária e de independência em prol de um objetivo social e econômico<br />
em comum atendendo os interesses de seus integrantes, tendo as decisões coletivas e os resultados distribuídos com equidade. Neste sentido, honestidade,<br />
transparência, responsabilidade social e preocupação com o meio ambiente são os valores essências do cooperativismo.<br />
Hoje as cooperativas estão em 100 países,<br />
geram mais de 100 milhões de empregos e<br />
já ultrapassou 1 bilhão de cooperados. No Brasil,<br />
11 milhões de brasileiros participam de algum<br />
ramo de cooperativismo, sendo o agropecuário<br />
o mais importante seguido respectivamente pelo<br />
transporte, crédito, trabalho e saúde. As mais conhecidas<br />
em nosso seguimento são a Batavo, Coamo,<br />
CRVLagoa, Aurora, Comigo entre outras.<br />
Diante de tantos fatos, considero o<br />
Cooperativismo a melhor ferramenta para que<br />
nós agropecuarista trabalharmos, não só da<br />
“porteira pra dentro” mas também da “porteira<br />
pra fora”. Principalmente para os médios e<br />
pequenos produtores, que são mais vulneráveis<br />
nas negociações - tanto adquirindo insumos ou<br />
vendendo sua produção. Por não terem volume<br />
perdem na hora de barganhar com as empresas<br />
por melhores preços e prazos.<br />
Além disso, nossa produção tem algumas<br />
características como, sazonalidade, número<br />
de produtores, produtos perecíveis, falta de informação<br />
de produção e ainda dependemos do<br />
mercado para determinar o preço. Por isso precisamos<br />
do cooperativismo, podemos reduzir o<br />
custo de produção comprando os insumos mais<br />
baratos e aumentando os lucros vendendo coletivamente<br />
obtendo melhores preços, fortalecendo<br />
assim o associado.<br />
Temos que deixar as cooperativas mais<br />
competitivas no mercado, mas para isso temos<br />
que nos profissionalizar mais, não esquecendo<br />
que temos ameaças e obrigações como qualquer<br />
outra empresa, não deixando de investir nos colaboradores<br />
e nos próprios gestores. Afinal, uma<br />
organização mal gerida pode ocasionar vários<br />
problemas. Uma das principais ações essenciais<br />
às Cooperativas, é acabar com a visão de amadorismo<br />
e deixar de tê-la como uma empresa de<br />
compadre.<br />
Com profissionalismo e visão empresarial<br />
temos condições de verticalizar o processo<br />
produtivo, desde a produção até a mesa do consumidor,<br />
não esquecendo que o cooperativismo<br />
é bem visto pela sociedade. Sempre reclamamos<br />
dos preços pagos pelos nossos produtos e sempre<br />
quem acaba ganhando é a indústria, quem<br />
sabe não está na hora de encararmos os oligopólios<br />
e fazermos o dever de casa?<br />
Mesmo numa situação<br />
competitiva e de movimentos<br />
rápidos podemos<br />
adotar uma abordagem bem<br />
pensada com uma estratégia<br />
inteligente e rigorosa, sendo<br />
competitivo em um mercado<br />
globalizado.<br />
Algumas grandes<br />
cooperativas já<br />
iniciaram este processo<br />
de profissionalização<br />
e estão industrializando,<br />
bem como<br />
exportando seus produtos,<br />
mas será que as médias e pequenas<br />
podem ter o mesmo<br />
êxito? Só quem poderá<br />
responder serão os próprios associados ao decidirem<br />
quais rumos vão tomar.<br />
Ainda temos um grande caminho a<br />
percorrer, sempre mensurando as viabilidades<br />
e riscos. Além disso, temos que nos conscientizar<br />
e divulgar o Cooperativismo entre nossos<br />
familiares e amigos como sendo o único meio de<br />
sermos grandes, pois sozinhos seremos sempre<br />
fracos perante o mercado cada vez mais voraz.<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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Daniela Macedo / Luzeni Neres<br />
Agronegócios - IFTO<br />
daniela@tecnologia.to.gov.br<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />
OS NOVOS PROFISSIONAISDO AGRONEGÓCIO:<br />
A BUSCA POR GESTORES RURAIS<br />
O agronegócio sempre foi uma das maiores locomotivas da economia brasileira. No ano passado, o agronegócio do Brasil foi responsável por<br />
23% do total do PIB, contribuindo com a metade do crescimento econômico do país. Foram 99,97 bilhões de dólares somente com as exportações. A<br />
tendência é de crescimento, nesse ano, quando a expectativa é superar os 100 bilhões de dólares. No estado do Tocantins, o agronegócio sempre teve lugar<br />
de destaque e cada dia assume maior importância na economia, onde é responsável pela maior parcela da soma de todos os ganhos, e também grande<br />
gerador de postos de emprego no Estado.<br />
Em 2013, o agronegócio provocou<br />
expressivo aumento nas exportações tocantinenses,<br />
pois mais de 90% das exportações foram<br />
do agronegócio, apenas 0,3% foram de outros<br />
produtos. Da produtividade à sustentabilidade,<br />
novas e velhas profissões se complementam para<br />
atender às demandas do agronegócio. Ao longo<br />
dos anos, marcados por fases, o setor passou de<br />
responsável por somente produzir alimentos à<br />
protagonista de uma cadeia produtiva composta<br />
de elos e, chega à busca da garantia por segurança<br />
alimentar.<br />
E se o setor rural cresceu e chegou<br />
onde está hoje é graças à força do trabalho e talento<br />
dos homens do campo e daqueles que neles<br />
acreditam. Graças à competência dos produtores<br />
e apesar de dificuldades que, em muitos momentos,<br />
desestabilizaram o setor produtivo, o campo<br />
transformou-se numa fonte de sustentação aos<br />
planos econômicos.<br />
Ao longo de anos, o agronegócio não<br />
só conquistou lugar de destaque, como também<br />
ganhou novas atividades e diversificou as formas<br />
de atuação dos produtores rurais, agora transformados<br />
em empreendedores e empresários rurais.<br />
Nesses novos espaços, as fazendas tradicionais<br />
dão lugar ao turismo e outros negócios não agrícolas.<br />
O novo profissional do mercado depende<br />
de qualificação técnica e, principalmente<br />
da realização como ser humano e cidadão. São<br />
as chamadas competências ou habilidades duráveis:<br />
interpessoais, de autoconhecimento, de<br />
autogestão e automotivação, de empatia e capacidade<br />
para lidar com pessoas. Essas habilidades<br />
segundo alguns autores, favorecem a qualidade,<br />
a polivalência, a visão estratégica e a capacidade<br />
empreendedora facilitando a habilidade para lidar<br />
com os outros.<br />
O profissional para atuar no agronegócio<br />
deve apresentar um perfil marcado por visão<br />
estratégica que perpassa diferentes atividades<br />
econômicas, tal como as matérias-primas agrícolas<br />
que se transformam em diferentes produtos.<br />
As mudanças no mercado agropecuário tocantinense<br />
estão levando as organizações formais a se<br />
reestruturarem o que, inevitavelmente, repercute<br />
no delineamento de um perfil profissional compatível<br />
com a nova realidade.<br />
Empresários pontuam conhecimentos<br />
específicos que o profissional deve possuir: economia<br />
e gestão de negócios, comunicação e vendas,<br />
métodos quantitativos computacionais, tecnologias<br />
de produção e experiência profissional<br />
desejada, baseada na área mercadológica de cada<br />
empresário. O profissionail precisa entender os<br />
agricultores como os principais e verdadeiros<br />
protagonistas do desenvolvimento rural. Entender<br />
ainda as interconexões entre os segmentos<br />
básicos do agronegócio (produção de insumos<br />
e equipamentos, agropecuária, industrialização e<br />
comercialização) que formam as cadeias produtivas.<br />
Não existe receita pronta para o mercado de<br />
trabalho que exige cada vez mais dos profissionais,<br />
e também, ainda não se descobriu uma mágica<br />
que agregue rapidamente, como que numa<br />
fórmula pronta, os conhecimentos que faltam<br />
para cada um. No Tocantins são 104 instituições<br />
de ensino superior localizadas em 23 dos 139<br />
municípios tocantinenses, o que envolve graduações<br />
e pós graduações nas modalidades presencial,<br />
semi presencial e à distância em várias áreas<br />
de atuação. São 145 cursos, dos quais, 30 na área<br />
de agrárias.<br />
Diante da demanda do mercado e das<br />
possibilidades de formação, além das transformações<br />
pelas quais o agronegócio tem passado,<br />
cabe ao profissional buscar a especialização para<br />
que alcance o equilíbrio entre as competências<br />
antes exploradas e o conhecimento e a inovação<br />
agora demandada. O setor não quer mais meros<br />
vendedores de produtos e ideias, mas pessoas<br />
inovadoras capazes de apresentarem soluções<br />
aos entraves e potencialização dos potenciais.<br />
10<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
VACINA DE QUALIDADE<br />
TEM NOME E SOBRENOME:<br />
POLI-STAR DA VALLÉE.<br />
Garantia de proteção contra as principais clostridioses,<br />
doenças que mais causam prejuízos à pecuária nacional.<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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12<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
Marcelo Dominici Ferreira<br />
Med. Vet. Esp. em Nutrição de Ruminantes<br />
Representante Premix<br />
marcelodominici@outlook.com<br />
MERCADO DA CARNE<br />
PARA ONDE<br />
VÃO AS VACAS?<br />
A vaca além de ser a mãe dos bezerros<br />
é a mãe e o pai do mercado pecuário. Quando a<br />
reposição passa a ser ruim, ou seja, a relação de<br />
troca fica desfavorável, a mãe dos bezerros sai<br />
das escalas de abate, ficam nos pastos e alavanca<br />
ainda mais o mercado do boi. Num cenário de<br />
soberania do mercado interno de carnes e com<br />
a qualidade da carcaça de nossas matrizes ficava<br />
impossível o boi ter alta com a participação<br />
maciça da vaca no abate. Isso nada mais é o que<br />
acontecera até meados de 2013.<br />
Na última virada de ciclo, quando<br />
retomamos o cenário de alta, nos anos de 2007 e<br />
2008, a oferta de bois ao abate ficou reduzida e<br />
a reposição comprometida. Isso ocorreu devido<br />
a falta de nascimentos gerado pela matança<br />
exagerada de matrizes a partir do ano de 2004,<br />
momento que o mercado apresentou os primeiros<br />
sintomas de queda. Bom, se faltam bezerros, por<br />
que continuar abatendo as matrizes?<br />
Dados publicados pelo IBGE em 30<br />
de março de 2012, indicou que 34% dos bovinos<br />
abatidos nos frigoríficos do Brasil em 2011 eram<br />
fêmeas. Em anos de normalidade, como em<br />
2002, isso não chegou a 23%. O ano de 2011<br />
ficou próximo a 2006, pior ano do ciclo de<br />
baixa, quando a percentagem de fêmeas abatidas<br />
ultrapassou, em média, 37% em todo o país. No<br />
Tocantins, no mesmo ano esse número chegou a<br />
48%. Em 2007, esse cenário foi interrompido e<br />
foi dado o início de um ciclo de quatro anos de<br />
redução no volume de abate de fêmeas.<br />
Em 2011, após quatro anos, com<br />
aumento do custo de produção e as condições<br />
climáticas severas estimulou a volta do abate de<br />
fêmeas. Segundo dados da Acrimat, Associação<br />
dos Criadores do Mato Grosso, estado onde o<br />
abate de vacas no primeiro trimestre de 2012<br />
bateu novo recorde nacional, chegando a 51%. A<br />
justificativa se deu, além dos dois motivos supra<br />
citados, pelo aumento da área plantada e baixa<br />
rentabilidade da atividade pecuária. No Tocantins<br />
os motivos foram exatamente os mesmos.<br />
Bom, diante desse cenário mais uma<br />
vez o aumento do abate de fêmeas “empurrou”<br />
para a frente o problema da pecuária, que não<br />
tem o mesmo estoque de gado.<br />
A demanda por carne bovina está em<br />
constante alta e sustentaria os preços internos<br />
do boi gordo. Já resolvidos os velhos problemas<br />
das restrições russas, nosso maior mercado de<br />
dianteiro, e permanecendo acesa uma luz frente<br />
a crise nos países ricos, a carne irá faltar e o<br />
mercado sentirá mais uma vez falta de nossas<br />
vacas.<br />
Que sonho seria se elas apenas<br />
disputassem lugares nos pastos com as áreas de<br />
lavouras que não param de crescer. Lembre-se<br />
que em 2020 seremos 9 bilhões de habitantes no<br />
mundo com renda crescente. Especialistas dizem<br />
que nesse momento a carne bovina será artigo<br />
de luxo, tão valorizada quanto os valiosos grãos<br />
dourados de soja que estão sobre a terra.<br />
Diante desse cenário espera-se uma<br />
alta duradoura. Aliás, os mais otimistas dizem<br />
que já estamos nela. Segundo alguns analistas<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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de mercado, o que houve no ano de 2011 para cá, foi apenas um ajuste para a retomada<br />
da valorização dos preços que permanecerão em constante evolução. A pouca oferta de<br />
animais acabados, a firmeza do mercado russo, o ajuste cambial com a valorização do dólar, a<br />
diminuição do rebanho norte americano aliado a uma extensa seca na Austrália, o fortalecimento<br />
do mercado consumidor europeu, o esvaziamento de nossas pastagens, substituindo-as por<br />
lavouras, entre outros fatores, são mais do que necessários parâmetros para segurarmos nossas<br />
vacas produzindo com rentabilidade os bezerros que serão bois que os 9 bilhões de habitantes<br />
no mundo irão consumir.<br />
Lembrem-se também, somos os mais favoráveis produtores do mundo, pra suprir<br />
essa demanda. Entretanto, temos hoje um baixo estoque de animais, rebanho estimado em<br />
180 milhões de cabeças, com produtividade ainda muito baixa, na casa de 23% de desfrute.<br />
Temos paralelamente baixa produção de arrobas por hectare, passando por um pouco mais de<br />
quatro, índice de desmama extremamente deprimido, cerca de 49% e por ai vai. Isso sugere<br />
crescimento.<br />
Vamos olhar isso com otimismo, avançar em produtividade e aproveitar a<br />
oportunidade. Sabemos produzir, temos solo, clima, altitude, temperatura, base genética<br />
invejável além da vontade e garra de bons brasileiros. Com aumento pífio de produtividade,<br />
de 20 a 30%, chegamos ao topo com total garantia de rentabilidade em fiel condição de<br />
“competirmos” com qualquer outra atividade sobre a terra.<br />
Hoje há um espanto e uma incerteza por parte dos invernistas e confinadores diante<br />
do mercado de reposição. Concordo, pode parecer estranho! Mas vamos fazer um pouco de<br />
contas e pensar nas estatísticas. Toda vida o valor da arroba da reposição, bezerros machos, em<br />
um mercado equilibrado tem ágio de 20 a 25% em relação a arroba do boi gordo na mesma<br />
região. Portanto, se estamos hoje com um boi negociado a R$ 135,00 em todas as praças do<br />
estado, então podemos pensar num bezerro de 200kg ou 6,5@s aproximadamente a R$<br />
170,00/arroba. Desta forma, este que nós encontramos R$ 1100,00 está perfeitamente dentro<br />
da realidade e sustentável economicamente para todos da atividade, criadores, recriadores,<br />
invernistas e confinadores. É isso que precisamos. Acredite no Brasil e vamos juntos.<br />
Tronco Eletro-hidráulico<br />
Romancini<br />
Tecnologia mais avançada do mundo<br />
Mundial<br />
Tronco Eletro-hidráulico<br />
Tronco Universal 01P CP<br />
Tronco Tradicional<br />
Tronco Universal S14 PI CC<br />
Balança Eletrônica<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
15
Bruno Giuntoli Corrêa<br />
Méd. Vet. BG Corrêa<br />
Bellman Nutrição Animal<br />
giuntoli.bruno@hotmail.com<br />
INOVAÇÃO PECUÁRIA<br />
CONFINAMENTO<br />
EXPRESSO<br />
Confinamento expresso é uma técnica<br />
de suplementação intensiva a pasto, com altas<br />
quantidades de concentrado, que segue a tendência<br />
das dietas em confinamento.<br />
É utilizado durante a estação seca,<br />
para promover a terminação de animais destinados<br />
ao abate. O uso desta tecnologia traz inúmeras<br />
vantagens, tais como:<br />
• Agilidade para tomada de decisão, pois não há<br />
a necessidade de produção de silagem;<br />
• Aumento da lotação ma engorda de animais<br />
a pasto em função da redução de consumo de<br />
forragem;<br />
• Facilidade operacional, já que são apenas 2<br />
tratos e as misturas são simples com uso de apenas<br />
2 ou 3 ingredientes;<br />
• Praticidade pelo uso mínimo de capital, estrutura<br />
e não necessidade de inclusão de volumoso;<br />
• Ganho de peso elevado - entre 1,2 e 1,6 kg/<br />
cab/dia.<br />
Quanto às questões nutricionais, a<br />
quantidade oferecida, após a adaptação, deve<br />
ser entre 1,2 e 2,0% do peso dos animais, a depender<br />
do tipo do animal a ser tratado, de desempenho<br />
esperado e quantidade de pastagem<br />
disponível para o sistema.<br />
São indicados para qualquer categoria<br />
animal desde que reúna condições para a engorda<br />
eficiente ( genética, condição corporal, sanidade<br />
adequada). Pode ser trabalhado em lotes de<br />
até 200 animais que tenham peso adequado para<br />
abate até o final do período da seca.<br />
O confinamento expresso não é um semi-confinamento.<br />
No semi, existe a necessidade de volumoso<br />
e a dieta inclui 1% do peso vivo em concentrado,<br />
com ganho médio próximo 1,0 kg/<br />
dia. No Confinamento Expresso, trata-se apenas<br />
com concentrado, como já comentado - 1,2 a<br />
2,0% do peso vivo, e não há necessidade de vo-<br />
16<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
Resultados do Confinamento Expresso em<br />
fêmas 1/2 sangue Angus / Nelore (Faz Santa<br />
Barbara - Município de Cristalândia - TO):<br />
Número de animais 107<br />
Idade ( meses ) 10<br />
Peso inicial<br />
Concentrado 2% do pv<br />
Peso final<br />
161 kg<br />
3,220 g<br />
Dias para 1@ 18,5<br />
306,35 kg<br />
Ganho médio diário 1,615<br />
R$/@ engordada 56,41<br />
Período de engorda<br />
90 dias<br />
Resultados do Confinamento Expressso em<br />
Machos Nelore (Fazenda Galo Gago - Município<br />
de Pium - TO) :<br />
Número de animais 400<br />
Idade ( meses ) 23<br />
Peso inicial<br />
Concentrado 2% do pv<br />
Peso final<br />
428 kg<br />
9,0 kg<br />
520 kg<br />
Dias para 1@ <strong>19</strong>,5<br />
Ganho médio diário 1,537<br />
R$/@ engordada 55,75<br />
Período de engorda<br />
60 dias<br />
lumoso, exceto o pasto, tendo ganhos maiores,<br />
em média de 1,4kg/cab/dia.<br />
No Tocantins, nossa experiência com<br />
esta estratégia nutricional não tem sido diferente<br />
dos resultados nacionais. Deste modo, temos<br />
trabalhado profissionalmente esta tecnologia<br />
e temos obtido resultados extremamente satisfatórios<br />
- tanto em facilidade de manejo, bem<br />
como custo/benefício. Em especial não temos<br />
observado, problemas de manejo ou distúrbios<br />
metabólicos que limitem esta prática. Sendo assim,<br />
consideramos mais essa opção estratégica<br />
para a terminação a pasto a fim de aproveitarmos<br />
a alta da @ da entre safra e a venda de animais<br />
terminados na própria fazenda.<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
17
18<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
<strong>19</strong>
Heitor Rodrigues Ribeiro<br />
Eng. Agrônomo<br />
Fertilizantes Heringer<br />
heitor.ribeiro@heringer.com.br<br />
INOVAÇÃO AGRÍCOLA<br />
AGRICULTURA DE PRECISÃO<br />
OS DETALHES FAZEM AINDA MAIS DIFERENÇA<br />
O emprego de tecnologia é um fator<br />
limitante da produção agrícola. Com a lucratividade<br />
apertada, de margens cada vez menores,<br />
aumentar a produtividade utilizando práticas<br />
que visam a melhor utilização dos recursos é<br />
fundamental para que o produtor tenha um menor<br />
custo, melhor aproveitamento dos insumos<br />
utilizados e extraia todo o potencial produtivo<br />
da sua lavoura.<br />
A agricultura de precisão tem como<br />
propósito de conseguir com que o produtor use<br />
o máximo ideal, ou seja, quantificar de acordo<br />
com a cada parte de sua área, quanto de insumos<br />
deverá utilizar para determinada posição.<br />
Onde são avaliadas, no planejamento do plantio,<br />
todas as características da área que vai ser cultivada<br />
de acordo com os princípios da agricultura<br />
de precisão. Fertilidade do solo, histórico da<br />
área, período em que já se cultivou, textura do<br />
solo, relevo, clima da região, histórico de pragas<br />
e doenças, além da cultura a ser implantada, e<br />
épocas ideais para se iniciar os trabalhos. Feito<br />
o levantamento, são confeccionados os mapas,<br />
georreferenciados, de qual a necessidade nutricional,<br />
em cada parte do solo, além de áreas<br />
mais propensas ao ataque de invasoras e pragas,<br />
de maior déficit hídrico auxiliando assim na tomada<br />
de decisões, e principalmente, no produto<br />
e quantidade certos a se utilizar nas diferentes<br />
áreas da lavoura.<br />
No ramo da fertilidade temos de tomar<br />
cuidados especiais na hora de se utilizar<br />
agricultura de precisão, muitos acreditam que<br />
agricultura de precisão é apenas “economizar no<br />
adubo” o que na verdade é todo um conjunto de<br />
praticas que, que visa utilizar a quantidade certa<br />
de todos os insumos, via aplicações com equipamentos<br />
de taxa variada que propiciam variar nas<br />
doses aplicadas de acordo com calibração a partir<br />
dos mapas descritos. O que gera a economia<br />
é evitar possíveis excessos que rotineiramente<br />
acontecem nas adubações e demais aplicações<br />
de defensivos.<br />
Quando falamos com o produtor de<br />
agricultura de precisão ele logo se lembra da utilização<br />
de matérias primas no plantio da lavoura,<br />
pois assim utilizará os nutrientes separadamente.<br />
Porém, temos que lembrar que as matérias primas<br />
ainda não contemplam todos os nutrientes<br />
e nem temos equipamento para isso, precisamos<br />
ainda enriquecer tais materiais com micronutrientes,<br />
enxofre, cálcio, e outros limitantes.<br />
Uma solução adequada a agricultura<br />
de precisão é a utilização do fosfato natural<br />
reativo. Ele é fundamental na agricultura, pois<br />
fornecemos cálcio e fósforo, visando reconstruir<br />
a fertilidade do solo, com a precisão da aplicação<br />
via taxa variável, conseguimos ser assertivos ao<br />
máximo na hora da aplicação. Nós utilizamos<br />
o Fosfato Natural Reativo Bayovar, qual é mais<br />
reativo que os fosfatos nacionais, de rochas ígneas,<br />
devido a menor dureza desta rocha e maior<br />
teor de fósforo disponível a curto e longo prazo.<br />
De toda a aplicação conseguimos disponibilizar<br />
14% de P2O5 imediatamente e ainda permanecer<br />
mais 15% sendo disponibilizados ao longo<br />
do tempo, do total de 29% de P2O5 do fosfato<br />
natural reativo.<br />
Outro fator limitante dos nossos solos,<br />
que muitas vezes deixamos de atender é a<br />
necessidade de substâncias húmicas, provenientes<br />
da matéria orgânica nele existente. Essas<br />
substâncias, com altíssima Capacidade de troca<br />
de cátions(CTC) são responsáveis pela parte quimicamente<br />
efetiva da matéria orgânica, que irá<br />
atuar na CTC do solo trazendo benefícios tais<br />
como: redução da fixação de fósforo, redução<br />
na complexação de micronutrientes e na lixiviação<br />
de potássio, e são encontradas praticamente<br />
puras na natureza, em alguns minerais.<br />
Neste sentido, desenvolvemos uma<br />
20<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
tecnologia onde adicionamos a formulação de<br />
plantio e coberturas, substâncias húmicas diretamente<br />
no fertilizante e assim conseguimos aplicá-las<br />
em 100% da área apenas com a adubação.<br />
Esta é uma das mais inovadoras tecnologias em<br />
adubação, pois almejamos reduzir a fixação de<br />
fósforo (maior limitante deste nutriente as plantas),<br />
lixiviação de potássio a complexação de micros<br />
pela matéria orgânica.<br />
Sendo assim, aproveitando-se das<br />
vantagens e princípios da agricultura de precisão<br />
podemos utilizar as substâncias húmicas em<br />
qualquer um dos fertilizantes utilizados, principalmente<br />
as fontes de fósforo e potássio, complementando<br />
assim o trabalho da aplicação do<br />
nutriente correto, no momento correto, porém<br />
com condições de serem melhor absorvidos.<br />
Finalmente, cabe ressaltar que com<br />
o advento da agricultura de precisão temos um<br />
grande aliado na gestão da propriedade, mostrando<br />
quais as decisões corretas quanto à fertilidade<br />
do solo. Ainda sim, utilizando somente<br />
matérias primas na adubação, ou mesmo insumos<br />
de baixa qualidade, subestimamos esta tecnologia<br />
e não conseguimos extrair tudo o que<br />
poderíamos da lavoura devido a achar que a<br />
aplicação sendo perfeita limitamos os fatores de<br />
indisponibilidade. Ocorre justamente o contrario,<br />
como aplicamos a quantia correta, temos de<br />
dar total condição ao adubo, bem como aos defensivos,<br />
serem o melhor aproveitados. Assim a<br />
economia estará no quanto aplicar, no aumento<br />
da produtividade e no lucro devido a diminuição<br />
gastos excessivos e ou desnecessários que o agricultor<br />
teria sem o uso desta tecnologia.<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
21
Antônio Junior Aires Maranhão / Lucas Souto<br />
Médicos Veterinários / Biogénesis Bagó<br />
antonio.maranhao@biogenesisbago.com<br />
REPRODUÇÃO ANIMAL<br />
VACINAS REPRODUTIVAS<br />
COMO FERRAMENTA PARA AUMENTAR A TAXA DE PRENHEZ<br />
Resultado da pesquisa desenvolvida<br />
pela Biogénesis Bagó em parceria com a USP<br />
será apresentado na 41ª Conferência Anual da<br />
International Embryo Transfer Society, na França,<br />
em janeiro de 2015.<br />
Os agentes Rinotraqueíte Infecciosa<br />
Bovina (IBR), Diarreia Viral Bovina (BVD) e<br />
Leptospirose estão presentes na grande maioria<br />
das propriedades do Brasil e têm sido normalmente<br />
associados a perdas reprodutivas. Um<br />
levantamento sorológico de 13 anos com mais<br />
de 55 mil amostras realizadas por laboratórios<br />
especializados e contratados pela Biogénesis<br />
Bagó demonstrou que a prevalência nas fazendas<br />
brasileiras foi de respectivamente 96%, 86% e<br />
50% para IBR, BVD e Leptospirose. Em adição<br />
a alta prevalência destas enfermidades devemos<br />
também considerar que com a intensificação dos<br />
sistemas de produção e a predisposição a transmissão<br />
de doenças, seja por um contato maior<br />
entre os animais ou por um aumento do estresse<br />
e consequente queda na imunidade dos animais,<br />
tem aumentado cada vez mais a importância de<br />
vacinação nos sistemas de cria.<br />
Diante do crescente interesse e necessidade<br />
de aumentar a produtividade nas fazendas<br />
que hoje utilizam a tecnologia de IATF, o trabalho<br />
foi conduzido por pesquisadores da Universidade<br />
de São Paulo (USP), em conjunto com veterinários<br />
do laboratório Biogénesis Bagó e Axys<br />
Análises Diagnóstico, de Porto Alegre (RS), cujo<br />
resultado será apresentado na 41ª Conferência<br />
Anual da International Embryo Transfer Society,<br />
que será promovida em Versailles, na França,<br />
em janeiro de 2015. O trabalho demonstrou que<br />
vacas Nelore vacinadas de forma estratégica com<br />
as vacinas Biobortogen H® e Bioleptogen®<br />
(Biogénesis Bagó) trouxe grandes ganhos produ-<br />
22<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
tivos comparado aos animais do grupo controle,<br />
demostrando o impacto destas doenças nas taxas<br />
de prenhez.<br />
Para o estudo foram utilizadas 1172<br />
vacas Nelore, provenientes de quatro fazendas<br />
localizadas no Mato Grosso do Sul, distribuídas<br />
em dois grupos na estação de monta 2013/2014.<br />
O primeiro grupo recebeu os manejos<br />
vacinais no início do protocolo de IATF e no<br />
diagnóstico de gestação aos 30 dias após a inseminação.<br />
O segundo grupo recebeu apenas solução<br />
salina 0,9%. Os animais vacinados tiveram<br />
taxas de prenhez em IATF de 58,2% enquanto<br />
que o grupo de controle teve 44,7%, demonstrando<br />
um índice superior de 13,5 pontos percentuais<br />
ou um aumento de 27% em prenhez.<br />
Outros resultados:<br />
Além do resultado obtido neste trabalho,<br />
outros levantamentos de campo reforçam<br />
a ideia de que a vacinação contra estes agentes<br />
infecciosos podem ser benéficos e aumentar resultados<br />
de prenhez em protocolos de IATF e<br />
monta natural.<br />
Um bom exemplo da melhora nos índices<br />
reprodutivos é a Fazenda Patizal, Filadelfia<br />
– TO, onde foi adotado o calendário com uso de<br />
vacinas reprodutivas, orientado pelo veterinário<br />
da Biogénesis Bagó Antônio Jr Maranhão.<br />
Nesta propriedade do Sr.Rodolfo<br />
Bento Pereira e Flávio Maia no primeiro ano<br />
com uso de vacinas reprodutivas houve um incremento<br />
de 8 % de prenhez entre os lotes vacinados<br />
e não vacinado e uma diminuição no<br />
fundo de maternidade de 4% para 2%.<br />
Desta forma, concluímos que a vacinação<br />
reprodutiva aliada a uma boa orientação<br />
técnica, protocolo hormonal ideal e a uma nutrição<br />
eficiente se torna indispensável em propriedades<br />
que utilizam a tecnologia de IATF.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
23
Cesar Augusto Figueiredo<br />
Engenheiro Agrônomo – Stoller<br />
cfigueiredo@stoller.com.br<br />
PASTAGENS<br />
ENTENDA OS CONCEITOS DE<br />
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE PASTAGENS<br />
O cenário para a pecuária em pasto no Brasil vem se desenhando de forma muito desafiadora e, ao mesmo tempo, cheio de oportunidades. O<br />
Brasil se tornou um dos principais fornecedores de carne bovina do mundo com abertura de mercados até então não explorados. O preço pago pela arroba<br />
da carne bovina tem se mantido elevado em 2014, animando os pecuaristas. Frente a esse cenário, este é o momento para se investir na atividade.<br />
No que diz respeito à pecuária de<br />
corte, o sistema produtivo brasileiro tem experimentado<br />
a aplicação crescente de tecnologia,<br />
principalmente no melhoramento genético, reprodução<br />
e nutrição animal. As pastagens são,<br />
no Brasil, a principal e mais econômica forma de<br />
alimentação volumosa do rebanho. Ainda sim,<br />
pelas características extensivas e pela tradição<br />
extrativista do pecuarista, não tem sido considerada<br />
na lista de investimentos da maioria dos<br />
produtores, o que resulta na realidade que enfrentamos<br />
hoje no país - onde a maioria das áreas<br />
de pastagem encontra-se em algum estágio de<br />
degradação. Além disso, a pressão pelo aumento<br />
de área da agricultura, principalmente pela cultura<br />
da soja e cana-de-açúcar, tem indicado que<br />
“o pasto vai virar lavoura”, seja pela substituição<br />
das áreas de pastagem pelas culturas agrícolas, ou<br />
pela visão do pecuarista em tratar o pasto como<br />
uma cultura, aplicando as tecnologias de forma<br />
semelhante.<br />
Pensando em aplicação de tecnologias<br />
na pastagem, o principal tema que deve ser considerado<br />
é a adubação. Quando o assunto é este,<br />
geralmente o que passa pela cabeça do pecuarista<br />
é a adubação nitrogenada. Porém, como também<br />
acontece na nutrição animal (inclusive humana),<br />
a prática de uma nutrição equilibrada deve levar<br />
em consideração o fornecimento adequado de<br />
todos os nutrientes visto que, se algum nutriente<br />
for limitante, o desenvolvimento será prejudicado<br />
como um todo, impedindo, no caso das plantas,<br />
o aumento de produtividade.<br />
Dessa forma, para a prática da adubação<br />
de pastagem com foco na nutrição vegetal,<br />
surge a necessidade de se trabalhar com todos<br />
os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da<br />
planta, como os macronutrientes primários (nitrogênio,<br />
fósforo e potássio), macronutrientes<br />
secundários (cálcio, magnésio e enxofre) e também<br />
com os micronutrientes (boro, cloro, cobre,<br />
ferro, manganês, molibdênio, zinco, entre outros)<br />
que, apesar de serem exigidos em pequenas<br />
quantidades, possuem fundamental importância<br />
para o desenvolvimento de qualquer planta, inclusive<br />
das forrageiras.<br />
Na medida em que as pastagens evoluem<br />
para sistemas mais intensivos, com níveis<br />
de adubação mais elevados, os micronutrientes<br />
devem ser considerados na adubação do pasto,<br />
permitindo que o potencial genético da planta<br />
seja melhor explorado. Uma das dificuldades de<br />
se trabalhar com micronutrientes é a distribuição<br />
de forma homogênea em toda a área e na quantidade<br />
exata necessária para a cultura. Além disso,<br />
diversos fatores como pH do solo, adubação fosfatada<br />
e matéria orgânica dificultam a absorção<br />
dos micronutrientes pelas raízes. Portanto, uma<br />
das alternativas é fornecer os micronutrientes<br />
através de pulverização foliar, aumentando assim<br />
a eficiência de absorção desses nutrientes e colaborando<br />
para a nutrição equilibrada da planta.<br />
Esta prática já é muito difundida na<br />
agricultura e permite ganhos significativos em<br />
produtividade. No caso de pastagem, trata-se de<br />
uma tecnologia inovadora que deve ser aplicada<br />
com critérios. Em função disso, diversos trabalhos<br />
foram conduzidos e apresentaram ganhos<br />
médios da ordem de 30 % de incremento na<br />
produção de massa de forragem.<br />
Figura 1 – amostra de 1 m2 coletada em área testemunha<br />
(esquerda) e em área onde foram aplicados<br />
micronutrientes via pulverização foliar (direita).<br />
Panicum maximum cv. Mombaça, em Março/2014,<br />
na Fazenda Mariana, em Santa Fé do Araguaia/TO.<br />
forragem (figura 1).<br />
Em um trabalho realizado pelo Prof.<br />
Leandro Martins Barbero, da Universidade Federal<br />
de Uberlândia, cujo objetivo foi fornecer<br />
zinco e manganês de maneira crescente através<br />
de pulverização foliar, pode-se observar que o incremento<br />
na produção de massa pela Brachiaria<br />
brizantha cv. Marandu foi praticamente linear,<br />
em resposta ao fornecimento dos micronutrientes.<br />
Gráfico 1 – resposta da Brachiaria brizantha<br />
cv. Marandu ao fornecimento crescente de<br />
zinco e manganês via pulverização foliar<br />
Fonte: Prof. Leandro Martins Barbero, UFU<br />
– 2014<br />
Produção de forragem (Kg Ms/ha)<br />
3000<br />
2500<br />
2000<br />
1500<br />
1000<br />
500<br />
0<br />
(gráfico 1)<br />
Acúmulo de forragem no final da estação chuvosa<br />
(Abril/Maio de 2014)<br />
+ 20,8%<br />
+ 34,6%<br />
+ 48,3%<br />
1603 <strong>19</strong>36 2158 2377 2485<br />
Testemunha Zn: 82,8<br />
Zn:138,0 Zn:201,0<br />
Mn: 41,4 Mn: 69,0 Mn: 120,6<br />
Quantidade aplicada de Zn e Mn (g/ha)<br />
+ 55,0%<br />
Zn:335,0<br />
Mn: 201,0<br />
Deste modo, podemos concluir que, além de<br />
contribuir para uma nutrição adequada da<br />
planta forrageira, o uso de micronutrientes<br />
pode ser uma ferramenta inovadora a ser<br />
utilizada nos momentos críticos de fornecimento<br />
de forragem ao rebanho (época de<br />
transição “águas/secas”). Mecanismos que<br />
contribuem para o aumento do aporte de forragem<br />
ao longo das estações do ano devem<br />
ser considerados em todos os sistemas produtivos<br />
baseados na pastagem, por permitirem<br />
a manutenção da taxa de lotação, melhoria<br />
do nível tecnológico aplicado e, consequentemente,<br />
aumento do retorno financeiro ao<br />
produtor.<br />
24<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
25
Matheus Borges Leal<br />
Eng. Agrônomo / Terrafós<br />
leal@terrafos.com.br<br />
LAVOURA - PECUÁRIA<br />
INTEGRAÇÃO<br />
LAVOURA - PECUÁRIA<br />
A AGROPECUÁRIA LUCRATIVA E SUSTENTÁVEL<br />
Enfim chegamos aos 7 bilhões de seres<br />
humanos no planeta, um número tão grande,<br />
quanto a responsabilidade de alimentar e gerar<br />
energia para tanta gente, mas este desafio é uma<br />
realidade a qual temos de enfrentar e vencer, produzindo<br />
cada vez mais nas áreas já abertas, sem<br />
haver a necessidade de abrir novas áreas, ou seja,<br />
aumentar nossa produtividade.<br />
O Sistema de Integração Lavoura Pecuária<br />
(SILP) é uma ferramenta que se destaca<br />
pelo seu dinamismo e eficiência para recuperação<br />
de áreas degradadas, segundo a secretaria<br />
de Agricultura do estado do Tocantins o estado<br />
possui aproximadamente 5 milhões de ha de<br />
pastagens degradadas, que poderiam/podem ser<br />
transformadas em áreas de produção de grãos,<br />
madeira/energia ou carne, tudo isso com viabilidade<br />
econômica.<br />
A estação chuvosa do Tocantins, permite<br />
até 3 safras, por exemplo: Soja, Milho e<br />
Carne, com essa metodologia, promove-se uma<br />
diversidade de produção na propriedade, produzindo<br />
3 safras com produtos diferentes e vendas<br />
escalonadas em uma mesma área. Só para termos<br />
uma ideia, se conseguíssemos implantar esse sistema<br />
em pelo menos 20% dessas áreas degradadas<br />
no estado (por volta de 1 milhão de ha)<br />
poderíamos mais que dobrar a produtividade de<br />
grãos do estado e aumentar a capacidade de suporte<br />
de 2 a 3 UA/ ha nas nossas pastagens, que<br />
degradadas, não suportariam 0,5UA/há durante<br />
a seca.<br />
As pastagens que herdaram o legado<br />
deixado pela agricultura na área, que é o solo<br />
corrigido e adubado, possibilitando altas produtividades<br />
de massa com melhor qualidade<br />
da forragem (menos fibras, mais celulose), sem<br />
competição de plantas invasoras e ervas tóxicas,<br />
com aumento significativo da capacidade de suporte,<br />
promovendo diminuição drástica do custo<br />
de produção da @ , enquanto que nos sistemas<br />
convencionais o gado costuma inclusive perder<br />
peso em algum período durante a estação seca,<br />
por conta da baixa oferta e baixa qualidade de<br />
massa.<br />
Façamos uma conta rápida: Se tenho um pasto<br />
degradado e vou reformá-lo como manda o figurino,<br />
o custo sai muito alto quando a atividade é<br />
apenas a pecuária de corte, aumentando muito o<br />
custo de produção da minha @ de carne e caso<br />
tente baixar esse custo da reforma economizando<br />
no investimento, provavelmente em pouco<br />
tempo meu pasto estaria degradado novamente,<br />
mas se eu implanto uma lavoura de milho na área<br />
por exemplo, em consórcio com a Brachiária<br />
Ruzizienses e esse investimento me custasse 60<br />
sacas de milho/ha, caso eu produzisse 70sc/ha<br />
26<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
(o que não é nenhum absurdo), além do ganho<br />
de 10 sacos do milho/ha, ainda estaria reformando<br />
meu pasto e ganhando um suporte forrageiro<br />
de qualidade para uma safra de carne na estação<br />
seca, isso por que a qualidade da pastagem adubada<br />
se mantêm por mais tempo durante a seca,<br />
caso eu não consiga a produtividade almejada do<br />
milho, mesmo assim ainda é um bom negócio,<br />
sabendo que na próxima safra os resultados com<br />
certeza serão melhores, assim dessa forma, no<br />
período a agricultura consegue subsidiar a reforma<br />
da área e ganharei dinheiro no BOI, que teve<br />
o custo da sua terminação bem reduzido (em<br />
média R$35,00/@, enquanto que em pastagens<br />
convencionais mais adição de suplementação<br />
custaria mais de R$80,00/@).<br />
Analisando tudo isso discutido acima,<br />
podemos listar os benefícios do Sistema:<br />
• Diminuição do uso de defensivos agrícolas,<br />
ao intercalar Culturas o ciclo das pragas é quebrado,<br />
diminuindo o ataque evitando aplicações<br />
excessivas.<br />
• Geração de renda e emprego na região,<br />
• Redução dos custos de produção, diluindo<br />
os custos de produção da área por mais de uma<br />
mercadoria, os custos de produção se tornam<br />
menores, aumentando o lucro final<br />
• Vendas escalonadas, Exploração de até 3 mercadorias<br />
diferentes produzidas em uma mesma<br />
área, alternativas de mercado, evitando a dependência<br />
de um bom momento de uma atividade<br />
apenas.<br />
• Deposição de Palhada, o que melhora as capacidades<br />
físicas e químicas do solo , evitando<br />
erosões aumentando a fertilidade e diminuindo a<br />
perda de nutrientes.<br />
• Linhas de financiamento, hoje existem linhas<br />
de crédito para financiar os investimentos necessários<br />
para implementação do SILP e do ILPF.<br />
Sem contar que é extremamente sustentável,<br />
comprovado pelos benefícios ambientais<br />
proporcionados pela prática, não necessitando<br />
da exploração de novas áreas,<br />
O sistema permite esses resultados e cabe a nós<br />
produtores, técnicos e profissionais da agropecuária,<br />
inserir as tecnologias em nossa realidade<br />
e irmos aprimorando-as com o passar do tempo,<br />
afinal elas estão aí para facilitar nosso trabalho,<br />
reduzir os danos ambientais, aumentar nossa<br />
produtividade, consequentemente nossos lucros<br />
e principalmente, ajudar a alimentar aquelas 7 bilhões<br />
de bocas mencionadas no início da matéria.<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
27
Joaquim <strong>Ed</strong>uardo R. Gabriel<br />
Zootecnista Consultor Empresarial<br />
Terra Nativa Gestão do Agroambiente<br />
je.terranativa@uol.com.br<br />
SISTEMA DE INFORMAÇÃO<br />
GESTÃO DE INFORMAÇÕES<br />
DOMÍNE DE SEU NEGÓCIO<br />
ULTIMAMENTE TEMOS ESCUTADO, COM GRANDE FREQUÊNCIA, A RESPEITO DE ANÁLISES DE CUSTOS, GESTÃO<br />
DE INFORMAÇÕES, BUSINESS INTELLIGENCE (BI) ENTRE OUTROS ASSUNTOS. É DE SE ENTENDER QUE A PECUÁRIA SE<br />
TORNOU MUITO COMPETITIVA, OS CUSTOS AUMENTARAM E A QUANTIDADE DE TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS É DE DEIXAR<br />
QUALQUER UM CONFUSO. MERCADOS EXTERNOS INFLUENCIANDO OS PREÇOS DOS PRODUTOS, CLIENTES MAIS EXIGENTES,<br />
RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS E SOCIAIS, ENTRE OUTROS FATORES, TORNAM A VIDA DO PRODUTOR MAIS COMPLEXA.<br />
A indústria propondo tecnologias de produtos<br />
cada vez mais eficientes e consequentemente<br />
a um custo mais elevado. Talvez algum representante<br />
da indústria, ao ler a frase anterior, justifique<br />
que a relação benefício/custo é extremamente<br />
positiva e que justifica a utilização de um<br />
determinado produto ou tecnologia.<br />
Um grande bombardeio de opções e alternativas<br />
para tornar a atividade mais ou menos<br />
lucrativa e que nos leva a duas grandes dúvidas:<br />
• Será que dará certo?<br />
• Será que deu certo?<br />
A primeira dúvida talvez seja a menos complexa.<br />
Técnicos, consultores e representantes da indústria<br />
possuem extremo poder de convencimento<br />
e algum tipo de tecnologia, principalmente de<br />
produtos, será utilizada, caso contrário não seriamos<br />
o maior mercado consumidor de defensivos<br />
agrícolas do mundo.<br />
Agora vamos para segunda e mais cruel das<br />
dúvidas: Será que deu certo?<br />
Esta dúvida nos faz refletir um pouco mais e ir<br />
em busca de resultados para análise.<br />
Como verificar resultados?<br />
Os resultados devem ser verificados através de<br />
indicadores econômicos, sociais, ambientais,<br />
produtivos, de satisfação do cliente entre outros.<br />
Estes indicadores devem ser criados de<br />
acordo com as necessidades da empresa e definição<br />
dos processos críticos. A visão fragmentada<br />
dos processos que compõem a atividade<br />
pode resultar em medições e monitoramentos<br />
que isoladamente não servem como ferramenta<br />
para soluções de problemas. Um único indicador<br />
produtivo, muitas vezes não gera informação suficiente<br />
para tomada de decisão.<br />
A informação ocupa papel fundamental e<br />
determinante nas tomadas de decisões das organizações.<br />
Viabiliza a implantação de novas tecnologias<br />
e novos conceitos operacionais e administrativos<br />
e a identificação de oportunidades de<br />
melhorias em todas as fases do processo.<br />
28<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
Segundo Reis (<strong>19</strong>93), “Para que esta gestão<br />
[de informação] seja eficaz, é necessário que se<br />
estabeleçam um conjunto de políticas coerentes<br />
que possibilitem o fornecimento de informação<br />
relevante, com qualidade suficiente, precisa,<br />
transmitida para o local certo, no tempo correto,<br />
com um custo apropriado e facilidades de acesso<br />
por parte dos utilizadores autorizados”.<br />
Deverá ser processada de maneira rápida e<br />
os resultados disponibilizados de forma simples<br />
e bem direcionados. As partes interessadas devem<br />
ser identificadas e relacionadas às informações<br />
necessárias ao bom desenvolvimento das<br />
atividades.<br />
O Sistema de gerenciamento de informações,<br />
também conhecido como Gestão de Informações,<br />
envolve desde a implantação do processo<br />
até o próprio gerenciamento dos resultados<br />
gerados.<br />
A Gestão de Informações pode ser dividida em<br />
três níveis<br />
• Nível Estratégico (nível de topo) - São tomadas<br />
decisões estratégicas; são complexas e exigem<br />
informação bastante variada e ao nível das<br />
relações da organização/meio envolvente, não se<br />
exige muita especificidade. Estão incluídas nela a<br />
definição dos objetivos e a elaboração de políticas<br />
gerais da organização. A informação provém<br />
de fontes externas à organização e também dos<br />
outros níveis hierárquicos.<br />
• Nível Tático (nível intermédio) - Onde têm<br />
lugar as decisões táticas e que exigem informação<br />
pormenorizada, com alguma triagem, havendo<br />
responsabilidades na interpretação da informação,<br />
que provém de fontes internas e sendo<br />
obtida com alguma frequência.<br />
• Nível Operacional (nível de base) - Aqui<br />
são tomadas as pequenas decisões ou as decisões<br />
operacionais. Decisões para problemas bem<br />
definidos cuja resolução é, muitas vezes, baseada<br />
em dados factuais programáveis e através da<br />
aplicação de rotinas informáticas. São necessárias<br />
informações pormenorizadas e bem definidas,<br />
provenientes essencialmente do sistema interno,<br />
com vista a ações imediatas.<br />
Acredito que boa parte dos leitores deve estar<br />
pensando: Entendemos o conceito, realmente<br />
existe a necessidade mas e agora? Como implantar?<br />
Compro um computador e um software de<br />
gestão?<br />
Voltamos na primeira dúvida: Será que dará<br />
certo? O sucesso na implantação do sistema se<br />
deve principalmente a 4 pré requisitos:<br />
1. Nível de Organização da empresa. Portanto,<br />
se sua propriedade não for organizada, não terá<br />
sucesso na implantação. Melhor implantar um<br />
programa organizacional antes de pensar em<br />
Gerenciamento de Informações.<br />
2. Matriz de Responsabilidade bem estabelecida,<br />
ou seja, todos os colaboradores possuem suas<br />
funções e responsabilidades bem definidas? Se<br />
não, melhor definir antes de iniciar o processo.<br />
3. Investimentos. Possui recursos suficientes<br />
para investimentos em infraestrutura, equipamentos,<br />
software, capacitações e orientação técnica?<br />
Valor, que na maioria dos casos não é tão<br />
expressivo, principalmente quando se compara<br />
ao preço de um herbicida de primeira linha.<br />
4. Consciência de que o Sistema de Gerenciamento<br />
de Informações é um processo e não simplesmente<br />
a utilização de um software de gestão.<br />
Lembrete: o software é apenas uma ferramenta<br />
importante.<br />
Como podemos perceber, as dúvidas nos<br />
conduzem a busca por soluções e a certeza da<br />
necessidade nos incentiva a caminhar. Minha<br />
atividade se tornou mais lucrativa? Oque posso<br />
fazer para melhorar? Um Sistema de Gestão de<br />
Informações adequado e bem implantado lhe<br />
trará as respostas e o tornará mais seguro de suas<br />
escolhas. e decisões.
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
29
Marcelo Theoto Rocha<br />
Rafael Luiz Aarão Freitas<br />
Campeira Soluções Sustentaveis<br />
campeira@campeira.com.br<br />
CRÉDITO RURAL<br />
CRÉDITO RURAL:<br />
INOVAÇÕES NO CAMPO PARA COMBATER AS<br />
MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS<br />
As emissões de GEE e a participação da agricultura segundo o<br />
último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do<br />
Clima (IPCC), das 49 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa<br />
(GEE – medidas em CO2 equivalente) lançadas para a atmosfera<br />
em 2010, 24% foram provenientes da agricultura, floresta e outros<br />
usos da terra (AFOLU) . No Brasil, as emissões de GEE em 2010<br />
totalizaram 1,2 bilhão de toneladas de CO2 equivalente, sendo que<br />
57% dessas emissões foram provenientes do AFOLU .<br />
TE<br />
3000<br />
2500<br />
2000<br />
1500<br />
1000<br />
500<br />
0<br />
<strong>19</strong>90 <strong>19</strong>91 <strong>19</strong>92 <strong>19</strong>93 <strong>19</strong>94 <strong>19</strong>95 <strong>19</strong>96 <strong>19</strong>97 <strong>19</strong>98 <strong>19</strong>99 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012<br />
Energia Tratamento de Resíduos Processos Industriais Agropecuária Uso da Terra e Florestas<br />
Figura 1 – Emissões brasileiras de GEE<br />
Fonte: MCTI 2014.<br />
O compromisso brasileiro e o Plano ABC<br />
A fim de combater os efeitos nocivos das mudanças climáticas,<br />
os países concordaram em reduzir suas emissões de GEE de diferentes<br />
maneiras. No Brasil, por meio da Política Nacional sobre a<br />
Mudança do Clima (PNMC), adotou-se um compromisso nacional<br />
voluntário de redução das emissões de GEE entre 36,1% e 38,9%<br />
em relação às emissões projetadas até 2020 . Isso equivale a uma<br />
redução entre 1,2 e 1,3 bilhão de toneladas de CO2 equivalente,<br />
respectivamente até 2020.<br />
A fim de cumprir com tal compromisso voluntário, existem no<br />
Brasil diversos planos setoriais em andamento, merecendo destaque<br />
o “Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas<br />
para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de<br />
Carbono na Agricultura” (Plano ABC) .<br />
O Plano ABC é composto por sete programas:<br />
• Programa 1: Recuperação de Pastagens Degradadas;<br />
• Programa 2: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas<br />
Agroflorestais (SAFs);<br />
• Programa 3: Sistema Plantio Direto (SPD);<br />
• Programa 4: Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN);<br />
• Programa 5: Florestas Plantadas;<br />
• Programa 6: Tratamento de Dejetos Animais;<br />
• Programa 7: Adaptação às Mudanças Climáticas.<br />
De acordo com análise do Ministério da Agricultura, para “alcançar<br />
os objetivos do Plano ABC, no período compreendido entre<br />
2011 e 2020, serão necessários recursos da ordem de R$ <strong>19</strong>7 bilhões,<br />
financiados com fontes orçamentárias ou por meio de linhas<br />
de crédito”. O Plano ABC conta com uma de linha de crédito (Programa<br />
ABC) que prevê que “R$ 157 bilhões seriam recursos disponibilizados<br />
via crédito rural para financiar as atividades necessárias<br />
ao alcance das metas físicas de cada programa”.<br />
As taxas de juros são diferenciadas e variam de acordo com o<br />
Plano Agrícola de cada ano-safra. Para o ano safra 2013/2014, foi<br />
de 5,0 %. O limite do financiamento foi de até R$ 1 milhão por<br />
cliente, por ano-safra. Os itens financiáveis devem estar necessa-<br />
30<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
Projetos<br />
Projetos para implantação de viveiros de<br />
mudas florestais<br />
Implantação de sistemas de integração<br />
lavoura-pecuaria-floresta<br />
Implantação, manutenção e manejo de<br />
florestas comerciais<br />
Recuperação de pastagens<br />
Projetos para implatação e manuntenção<br />
de florestas de dendezeiro<br />
Projetos para recomposição e manutenção<br />
de areas de prevenção permanente ou de<br />
reserva legal<br />
Projetos que envolvam plantio direto ‘na<br />
palha’. implantação, manutenção e<br />
melhoramento de sistemas de tratamento<br />
de dejetos e resíduos, e fixação biológica<br />
do nitrogênio<br />
riamente associados a pelo menos um dos<br />
programas preconizados pelo Plano ABC,<br />
respeitando os seguintes prazos:<br />
O Plano ABC no Tocantins<br />
Prazo total<br />
Até 5 anos, incluindo até 2 anos de<br />
carência<br />
Até 8 anos, estendendo-se até 12 anos<br />
quando 1 componente florestal estiver<br />
presente, incluindo até 3 anos de carência<br />
Até 12 anos, estendendo-se até 15 anos a<br />
critério da instituição financeira<br />
credenciada e quando a espécie florestal o<br />
justificar, incluindo até 8 anos de carência<br />
Até 8 anos com até 3 anos de carência<br />
Até 12 anos, incluindo até 6 anos de<br />
carência<br />
Até 15 anos, incluindo até 1 ano de carência<br />
Até 10 anos, incluindo carência de até 2<br />
anos.<br />
O governo do Estado, por meio da Secretaria<br />
de Agricultura e Pecuária (Seagro),<br />
desenvolveu nos últimos anos diversas<br />
ações para o fortalecimento do Placo ABC<br />
no Tocantins; merecendo destaque o Decreto<br />
nº 5.000/2014 que instituiu o “Plano<br />
Estadual de Mitigação e de Adaptação às<br />
Mudanças Climáticas para a Consolidação<br />
de uma Economia de Baixa Emissão de<br />
Carbono na Agricultura” (Plano ABC-TO).<br />
O Plano ABC-TO tem por finalidade<br />
“reduzir as emissões de GEE no sistema<br />
produtivo agropecuário” e “incentivar a utilização<br />
de sistemas tecnológicos sustentáveis,<br />
de modo a possibilitar o incremento da<br />
produtividade e o aumento da produção”.<br />
Para atingir tais objetivos, foi instituído um<br />
Grupo Gestor composto por representantes<br />
de diversas instituições públicas, de ensino<br />
e pesquisa, setor bancário e entidades de<br />
classe, entre outros.<br />
Como participar?<br />
1º) Procure a sua agência bancária para obter<br />
informações quanto à aptidão ao crédito,<br />
documentação necessária para o encaminhamento<br />
da proposta e garantias;<br />
2º) Consulte um profissional habilitado para<br />
elaboração de projeto técnico. A proposta<br />
deve ter, obrigatoriamente, a identificação<br />
do imóvel e da área total. Também precisa<br />
constar no projeto o croqui descritivo e<br />
histórico de utilização da área a ser beneficiada.<br />
O produtor precisa apresentar comprovantes<br />
de análise de solo e da respectiva<br />
recomendação agronômica. Outro item<br />
importante é o ponto georreferenciado por<br />
GPS ou outro instrumento de aferição na<br />
parte central da propriedade rural. Por último,<br />
não deixe de incluir no projeto o plano<br />
de manejo agropecuário, agroflorestal ou<br />
florestal, conforme o caso, da área;<br />
3º) Apresente a proposta de financiamento,<br />
com os documentos informados pela agência<br />
bancária e o projeto técnico;<br />
4º) Ao final de cada quatro anos, contados<br />
da data de liberação da primeira parcela até<br />
a liquidação do financiamento, é preciso<br />
apresentar relatório técnico com informações<br />
sobre a implementação do projeto e a<br />
caracterização da área.<br />
O projeto precisa ser assinado por profissional<br />
habilitado de instituição pública ou<br />
privada. Os itens financiáveis devem estar<br />
necessariamente associados a pelo menos<br />
um dos programas preconizados pelo Plano<br />
ABC.<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
51
52<br />
EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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EDIÇÃO 05 | ANO 04| NOV/DEZ 2014<br />
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