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O trabalho no interior das montanhasera realizado quando os mineradores encontravam<br />
jazidascompletamente embutidas nas montanhas. Deste modo, era seguido o veioaurífero,<br />
realizando galeriasque seguiam esta linha do mineral. Assim, explotavam as jazidaspormeio de<br />
uma série de galeriasque chegavam a uma câmara isolada, realizada na partemaisrica. Se por<br />
alguma razão, quer seja inundaçãopelolençolfreático, querpordesabamentosque<br />
impossibilitavam a continuação da galeria, tentava-se encontrar o filãopormeio da abertura de<br />
uma novagaleria.<br />
“Um notável exemplo desse sistema é ainda visível na mina da Passagem. A<br />
jazida é formada por um filão de contato, que penetra no flanco de uma<br />
montanha escarpada, aprofundando segundo um ângulo de 18 a 20º. Nos<br />
afloramentos, abriram espaçadamente galerias que avançam 20 ou 40<br />
metros, seguindo o mergulho. Em seguida foram alargadas, de modo a<br />
formar salões de dimensões algumas vezes consideráveis”<br />
(FERRAND,1988:114).<br />
O processo de concentração das areias e terras auríferas era feito submetendo-se estas a uma<br />
corrente de água em lavadores manuais. Estes lavadouros eram chamados canoas e tinham<br />
como função reter as parcelas pesadas em mesas com telas ou baetas, situadas após os<br />
mesmos. A canoa era de instalação simples, consistindo em um poço pouco profundo feito no<br />
local onde se queria lavar as areias. Estas canoas também podiam ser construídas empedras,<br />
quando o processo de lavação era executado no mesmo local. Situavam-se no pé dos<br />
mundéus, com fundo formado por lajes e grandes blocos de pedras.<br />
Representações de canoas<br />
FONTE: FERRAND,1988:119-121.<br />
Estrutura de Canoa noMorro de Santana<br />
FOTO: Henrique Piló (2007).