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A capela e o cemitério dos Ingleses foram<br />
c o n s t r u í d o s n a m e s m a é p o c a ,<br />
possivelmente quando da aquisição da<br />
mina no terceiro quartel do século XIX por<br />
mineiros ingleses. Naquela ocasião, era<br />
comum aos estrangeiros construir<br />
cemitérios apartados dos brasileiros; foi o<br />
que aconteceu com a comunidade<br />
anglicana da região de Passagem.<br />
Atualmente, estas importantes estruturas<br />
encontram-se em estado de abandono. O<br />
telhado da igreja já desabou, sendo que<br />
suas paredes de alvenaria de pedra, que<br />
ainda guardam testemunhos de reboco<br />
com pintura apresentam evoluído processo<br />
de degradação, acelerado pela intrusão de<br />
raízes de árvores. No interior da mesma, há<br />
vários focos de vandalismos nos pisos,<br />
sendo que seus alisares de pedra sabão<br />
estão caídos. O cemitério apresenta as<br />
l á p i d e s d e s l o c a d a s e o s t ú m u l o s<br />
aparentemente violados. Algumas placas<br />
de bronze foram extraídas. A cobertura<br />
vegetal ocupou quase totalidade da área<br />
interna, sendo que parte do muro em<br />
alvenaria de pedra também está em ruína. A<br />
usina de cloretação, também sofreu vários<br />
tipos de dilapidações. Nos últimos<br />
decênios, parte do maquinário e demais<br />
equipamentos vem sendo retirado por<br />
m o r a d o r e s d a r e g i ã o , d e v i d o ,<br />
principalmente, à falta de vigilância e<br />
medidas de proteção deste raro acervo da<br />
arqueologia industrial mineira.<br />
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Capela dos Ingleses - Jornal o Espeto