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QUADRO COMPARATIVO REFORMA TRABALHISTA

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serviço para o mesmo empregador não seja superior a 4 (quatro) anos e a<br />

diferença de tempo na função não seja superior a 2 (dois) anos.<br />

§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver<br />

pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da<br />

empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer<br />

forma de homologação ou registro em órgão público.<br />

§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções deverão ser feitas por merecimento e por<br />

antiguidade, dentro de cada categoria profissional.<br />

§ 4º O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão<br />

competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.<br />

§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo<br />

ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma<br />

contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.<br />

COMENTÁRIOS<br />

O QUE ALTERA:<br />

(Art. 457) A nova legislação altera o § 1º retirando os valores de percentagens, gratificações ajustadas, diárias para<br />

viagens e abonos pagos pelo empregador da integração dos salários dos empregados.<br />

No § 2º, deixa claro que prêmios, abonos, diárias para viagens, entre outros, ainda que habituais, não incorporam a<br />

remuneração, contrato de trabalho ou qualquer outra base de cálculo trabalhista ou previdenciário.<br />

Acrescenta o § 4º para definir o que seria considerado como prêmio em razão de desempenho superior ao esperado.<br />

(Art. 458) A nova legislação inclui o § 5º para adicionar a assistência, prestada por serviço médico ou odontológico,<br />

próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas como óculos e aparelhos dentários como não passíveis de incorporação<br />

salarial do empregado para qualquer efeito, nem ao salário de contribuição.<br />

(Art. 461) A nova legislação acrescenta que o trabalho será de igual valor se prestado ao mesmo empregador, podendo<br />

ser exercido em localidades distintas. Além disso, o § 1º reduz a possibilidade de equiparação salarial por quem<br />

exerce a mesma função, aumentando o prazo de tempo de serviço para esta equiparação de dois para quatro anos e<br />

adiciona que os trabalhadores que pleiteiam tal equiparação não podem ter diferença de tempo superior a dois anos na<br />

mesma função. O § 2º, ainda, afasta a obrigação do registro de plano de carreira da empresa junto ao órgão público<br />

competente, responsável pela fiscalização. E, para finalizar, retira a equiparação salarial entre empregados quando<br />

utilizados paradigmas contemporâneos (com menos tempo de serviço), ainda que declaradas as vantagens em ação<br />

judicial própria.<br />

CONSEQUÊNCIAS:<br />

(Art. 457) Contraria diversas súmulas do Tribunal Superior do Trabalho. Por exemplo, as súmulas 101 10 e 282 11 .<br />

(Art. 461) Impõe restrições à efetivação da isonomia salarial.<br />

10<br />

Súmula nº 101 do TST. Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário<br />

do empregado, enquanto perdurarem as viagens.<br />

11<br />

Súmula nº 282 do TST. Ao serviço médico da empresa ou ao mantido por esta última mediante convênio, compete abonar os primeiros 15 (quinze) dias de ausência<br />

ao trabalho.<br />

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