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IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Ao longo dos anos, novos tratamentos da superfície dos implantes foram propostos.<br />

Inicialmente, a adição (plasma spray de titânio) e posteriormente a remoção ou subtração<br />

(ataque ácido e o jateamento) com micropartículas da superfície foram utilizadas com o<br />

objetivo de melhorar a adesão de proteínas e aumentar a superfície de contato osso-implante.<br />

Recentemente, a nanotecnologia possibilitou a elaboração de superfícies tratadas com ácido e<br />

anodizadas que liberam cálcio e fósforo. Estas superfícies modificam os mecanismos<br />

envolvidos na osseointegração, uma vez que após a instalação cirúrgica do implante, ocorre<br />

uma atividade osteoclástica, e os íons cálcio e fósforo atraem as proteínas presentes no<br />

coágulo, acelerando a osseointegração.<br />

Existem ainda novos conceitos que se referem a uma superfície híbrida, com a<br />

presença de “platôs” que permitem uma melhor estabilidade primária, enquanto a outra parte<br />

propicia a acomodação do coágulo sanguíneo. A associação de nano partículas de hidroxiapatita<br />

complementa este tipo de superfície, para promover a liberação de íons cálcio.<br />

Entretanto para a preservação desta superfície é necessário um maior cuidado durante a<br />

instalação cirúrgica do implante, para reduzir os danos à superfície, gerado pelo excesso do<br />

torque de instalação.<br />

Os avanços da nanotecnologia e suas aplicações no tratamento da superfície dos<br />

implantes facilitaram as interações das células e reduziram o tempo de espera para o<br />

carregamento do implante, o qual nos dias atuais varia de 28 dias a 8 semanas. É importante<br />

ressaltar que esta regra não se aplica a qualquer situação. Aspectos relacionados às condições<br />

gerais e locais do paciente devem ser considerados. A baixa densidade óssea, a pequena área<br />

de contato osso-implante, em especial nos casos de implantações imediatas e a estabilidade<br />

primária deficiente são fatores considerados desfavoráveis para o carregamento precoce dos<br />

implantes.<br />

Macromorfologia dos implantes<br />

Quanto maior a área da superfície de contato ósseo melhor será a dissipação das forças<br />

geradas pela carga oclusal. Um dos fatores que pode determinar a área de contato é a forma<br />

dos filetes das roscas dos implantes, a qual pode ser: triangular, quadrada e trapezoidal. A<br />

presença de micro-roscas na região cervical do implante, têm como objetivos aumentar a<br />

área de superfície nesta região crítica,melhorar a distribuição das forças, promover uma boa<br />

estabilidade e reduzir a reabsorção óssea.<br />

Para cada tipo de osso é recomendado um tipo de rosca do implante, a qual durante a<br />

instalação pode compactar o osso ou não. Alguns implantes cônicos apresentam tipos de<br />

roscas que possibilitam um aumento de superfície de contato e compactação de osso durante<br />

a instalação. A compactação óssea promove uma estabilidade primária mínima de 20 a 30<br />

N.cm favorecendo a osseointegração. Este tipo de rosca favorece a instalação do implante em<br />

osso de baixa densidade, pois, além de reduzir o trauma durante a instalação, aumenta a<br />

área de contato.<br />

Com relação à dissipação das cargas sobre os implantes, convém ressaltar a importância<br />

do número e a inclinação dos filetes quantidade e inclinação das roscas, no sentido de reduzir<br />

o cisalhamento inerente a função mecânica do implante no osso decompondo as forças axiais<br />

incidentes na interface.<br />

6<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM

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