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IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

superfície de contato osso-implante em uma proporção de cada 0,25 mm de aumento do<br />

diâmetro gerar um aumenta 10% de área de contato ósseo.<br />

Os implantes imediatos nas regiões de molares apresentam um elevado índice de<br />

sucesso, porém requer um cuidado cirúrgico durante a instalação, em função da obtenção da<br />

estabilidade primária devido à disponibilidade óssea no alvéolo remanescente. A ancoragem<br />

do implante nos molares inferiores, pode ser dificultada em algumas situações, pelo íntimo<br />

contato com o canal mandibular. Por outro lado, nos molares superiores a presença de<br />

corticais das paredes e septos alveolares favorecem esta estabilidade inicial, que nos casos de<br />

implantações tardias estão ausentes devido a remodelagem óssea.<br />

Um aspecto recentemente discutido pela literatura está relacionado ao torque de<br />

inserção e o diâmetro do implante. Vários trabalhos científicos preconizaram que o torque de<br />

30 N.cm é o valor de torque inicial mínimo para submeter os implantes à carga imediata.<br />

Convém ressaltar que na maioria destes trabalhos, foram utilizados implantes de diâmetro<br />

convencional. Sob o ponto de vista mecânico existem fatores que devem ser considerados<br />

para avaliação do torque de inserção, os quais podem ser definidos na seguinte fórmula<br />

matemática: (Michael Norton, 2013)<br />

Resistência do Torque = µ x P x H x π x D 2<br />

2<br />

H = comprimento do implante cilíndrico<br />

D = diâmetro do implante cilíndrico<br />

π = 3,14<br />

H x π x D 2 = área da superfície do implante em contato ósseo<br />

P = pressão critica do ossoµ = coeficiente de fricção<br />

Um importante fator desta fórmula é o valor de P (pressão critica do osso). Um valor<br />

da pressão pode acarretar danos ao osso e formação de trincas. Tendo em vista que existe<br />

uma proporcionalidade entre o diâmetro e o torque de resistência óssea, pode-se concluir que<br />

dobrando o diâmetro de um implante, o torque de inserção aumenta em 4 vezes. Baseado<br />

neste conceito, implantes com grandes diâmetros podem ser submetidos à carga imediata<br />

quando instalados com um menor torque de inserção. Portanto, é recomendável um cuidado<br />

especial no preparo e instalação do implante em áreas cicatrizadas, evitando-se torque elevado<br />

para não induzir danos na interface óssea. Esta análise biomecânica pode ser denominada de<br />

“restrição viável” para uma estabilidade primária do implante e resposta óssea satisfatória.<br />

Conclusões:<br />

1. A microgeometria dos implantes é um importante fator coadjuvante para o sucesso da<br />

osseointegração.<br />

2. A nanotecnologia permitiu modificações na micromorfologia dos implantes e possibilitaram<br />

uma melhor resposta biológica dos tecidos.<br />

3. O desenvolvimento das superfícies que liberam íons cálcio e fósforo e que atraem as<br />

proteínas presentes no coágulo aceleram os mecanismos envolvidos na osseointegração.<br />

4. Aspectos relacionados às condições gerais e locais do paciente; densidade óssea e área de<br />

contato osso implante e estabilidade primária, são fatores que podem interferir no sucesso<br />

dos implantes submetidos a carregamento precoce.<br />

8<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM

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