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Revista Dr. Plinio 238

Janeiro de 2018

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Dona Lucilia<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

A vitória é dos que<br />

sofrem bem<br />

Apesar de todo o sofrimento, Dona Lucilia<br />

era suave, tranquila, sem o menor sinal de<br />

desespero, de estraçalhamento. Compreendia<br />

em toda a extensão quais eram as dores da<br />

vida, certa de que no fundo a vitória é dos<br />

que sofrem, tendo sempre os olhos voltados<br />

para o Sagrado Coração de Jesus.<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

Dona Lucilia nasceu num<br />

período muitíssimo diferente<br />

do nosso, que na<br />

Europa talvez já tivesse começado<br />

a declinar um pouco, mas no Brasil<br />

ainda vivíamos de cheio: era o regime<br />

chamado do romantismo.<br />

Romantismo e<br />

“hollywoodismo”<br />

O romantismo era uma escola de<br />

pensamento pífia, mas que tomou<br />

conta do mundo, a qual erigia como<br />

princípio que o sentido verdadeiro<br />

da vida do homem estava na dor; se o<br />

homem sofresse muito ele realizava<br />

sua existência. Exatamente o contrário<br />

de um princípio pior ainda,<br />

que era “hollywoodiano”, segundo<br />

o qual a vida do homem está<br />

no prazer; se ele gozasse intensamente<br />

a vida, teria realizado<br />

sua finalidade.<br />

Ela nasceu no último<br />

período do romantismo<br />

e assis-<br />

tiu o levantar-se do sol espúrio do<br />

“hollywoodismo”.<br />

Pela escola do romantismo, a pessoa<br />

devia examinar sua própria vida<br />

e buscar nela o que era ou podia ser<br />

uma causa de sofrimento. Os partidários<br />

dessa escola diziam – e nisso<br />

tinham razão, pois o mal absoluto<br />

não existe – que todo homem que<br />

examine bem suas condições de vida<br />

encontra razões de sofrimento, e deve<br />

estar atento a essas razões, compreendendo<br />

que elas muitas vezes<br />

não são removíveis. Então, é preciso<br />

aceitar essa dor reconhecendo – outra<br />

coisa verdadeira – que ela é um<br />

fator de valorização da alma.<br />

Com efeito, em linguagem católica,<br />

a dor é um fator de santificação e<br />

é necessário aceitá-la, embora, sendo<br />

possível, possamos e até devamos<br />

procurar remover os padecimentos<br />

que venham ao nosso encontro por<br />

permissão da Providência.<br />

Por exemplo, uma doença. A pessoa<br />

está enferma, mas tratando-se bem pode<br />

ficar curada. O verdadeiro bom sen-<br />

6

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