Hempada #09 - Cobertura Especial na ExpoCannabis Uruguai

Que encontro, que momento!
Não há como negar que a quantidade
de brasileiros na feira é um fenômeno
a parte na ExpoCannabis. Passando
um pano rápido sobre essa invasão,
basta lembrar que, ainda ao embarcar,
no aeroporto do Rio, já encontrei meu
camarada de longa data, Tomazine.
Também na fila, estava o Gustavo, um
flamenguista do Paraná tão gente fina
que virou brother. E ainda um casal 420
do interior do Rio, também viajando
para a Expo. Tudo no mesmo voo. Que
viagem, não?!
Por lá, no hotel, no hostel, no mercado,
nos restaurantes, toda hora encontramos
gente do Brasil. Sendo assim, mesmo que
a questão do acesso à maconha para turistas
ainda não esteja regularizada, fica
mais fácil encontrar as boas. O caminho
das pedras, quer dizer, das plantas, é
difícil, mas existe. É possível fumar pelas
ruas sem nenhum problema, mas também
não vá achando que o cidadão uruguaio
acha isso bom. Num dos dias, apertei um
e fui pelas ruas buscar larica e uma cerva
local. Ao entrar na pizzaria, o atendente
logo me perguntou: “Fumaste un
terrible porro?”, o que na tradução livre
seria tipo: “Fumou um baseadão agora,
hein?”, mas na onda, respondi: “terrible
no, buenísimo”, fazendo-o rir.
Enquanto o consenso quase total entre
os taxistas e ubers de Montevideo é
falar mal do Mujica e sua mulher, dizendo
que eram “assassinos, matavam sem
pena, bons de tiro e etc”, um ou outro é
a favor da legalização. E outros, até fumaram
conosco. Um deixou acender no
carro, sem problema. E outro, sacou um
pipe, deu uns puxões, e passou a bola.
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