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Revista Curinga Edição 09

Revista Laboratorial do Curso de Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto.

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c: Em 2006 o Likud te ameaçou, em Israel. Qual o segredo para um chargista ser tão amado e odiado pelo mundo?<br />

L: É só você pisar nos calos certos. Basicamente isso. E, claro, você está cheios de calos a serem pisados. Tem que saber<br />

quem é que está disposto a “colocar o seu na reta”, e não é todo mundo, infelizmente.<br />

c: E que dica dá para quem pretende viver de charge e cartum?<br />

L: Antigamente, antes do advento da internet, a única maneira pela qual você poderia publicar charges seria através da<br />

grande imprensa, no máximo, na imprensa sindical. Hoje você continua tendo esses dois meios. A imprensa sindical ainda<br />

tem espaço para o cartunista e chargista, o acesso ao jornal sindical é mais fácil que o acesso à grande imprensa. Eu<br />

tenho pra mim que a grande imprensa de um modo geral ainda precisa de um conteúdo mais pós-moderno, pois quem<br />

faz uma tira ou uma charge com um posicionamento político mais a esquerda, os grandes jornais tendem a não contratalo.<br />

Agora existe a possibilidade na internet de você trabalhar com a postagem de informação, trabalhar seus próprios<br />

personagens. É o caso do André Dahmer, que faz a tirinha “Malvados” e conseguiu furar esse bloqueio do “quem indica”.<br />

Começou a usar muito a internet, criou o personagem, hoje vende produtos da marca e conseguiu uma autopromoção<br />

muito boa nas redes sociais. E tem os portais, etc. Essa mídia eletrônica de hoje tem muito mais espaço, existe uma série<br />

de possibilidades que na minha época não havia.<br />

c: Qual grande acontecimento ou boa notícia você espera chargear no ano de 2014?<br />

L: Boas notícias, eu não sei. Grandes acontecimentos, sim, boas notícias é que não (risos). Pois 2014 vai ser só<br />

pauleira: 50 anos do Golpe de 64, Copa do Mundo, Eleições, possíveis manifestações por conta do aumento da<br />

tarifa de transporte, a questão dos indígenas se acirrando cada vez mais, dos quilombolas e da repressão policial -<br />

que vai ser violenta! Se a gente sobreviver a 2014, vamos ter muita história pra contar!<br />

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