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REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 07

Camilo Santana - Os valores que orientam a gestão do governador inspirado no trabalho do pai. O legado empreendedor continuado por Odilon Peixoto + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

Camilo Santana - Os valores que orientam a gestão do governador inspirado no trabalho do pai.

O legado empreendedor continuado por Odilon Peixoto

+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

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EM PAUTA<br />

FOTO ANDRÉ MUBARAC<br />

O QUE FOI<br />

E O QUE VIRÁ<br />

ESPECIALISTAS AVALIAM O DESEMPENHO DO CEARÁ AO LONGO DE 2017<br />

E TRAÇAM SUAS EXPECTATIVAS PARA O ANO QUE ACABOU DE COMEÇAR<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE E JÉSSICA COLAÇO<br />

Crise política, econômica, hídrica, reviravoltas na<br />

conjuntura nacional, pressões externas e diversos<br />

outros fatores fizeram de 2017 um ano peculiar,<br />

especialmente no âmbito dos negócios e da gestão<br />

pública. No meio de tudo isso, é preciso, contudo,<br />

reconhecer que o Ceará não apenas sobreviveu<br />

ao ano, mas conseguiu, ainda, servir de exemplo, inclusive<br />

para o próprio País. “Passamos relativamente bem. Evidentemente,<br />

temos que levar em conta que somos uma peça da<br />

engrenagem chamada Brasil e não podemos estar imunes a<br />

essa conjuntura negativa da economia brasileira”, analisa o<br />

economista Alcântara Macedo. No penúltimo trimestre do<br />

ano passado, que compreende os meses de julho, agosto e<br />

setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará cresceu<br />

2,7%, em comparação com o mesmo período de 2016, e ficou<br />

acima do índice nacional, que foi de apenas 0,3% de alta,<br />

apontando uma saída da amarga recessão econômica.<br />

“Se você comparar com outros estados nordestinos,<br />

o Ceará tem uma situação um pouco melhor, porque o<br />

governo teve o cuidado de preservar a situação financeira e,<br />

apesar do déficit, o fluxo do caixa não deixou, por exemplo,<br />

de contemplar os pagamentos do Estado. Isso é um fato<br />

que parece obrigação mas é relevante porque a situação<br />

financeira dos estados é difícil no Brasil todo”, pondera<br />

o economista. As relações internacionais firmadas pelo<br />

governo do Estado e a consolidação do Complexo Industria<br />

e Portuário do Pecém (Cipp), com o funcionamento pleno<br />

da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), acrescenta<br />

Macedo, foram essenciais para essa sobrevivência cearense.<br />

“É preciso considerar que fizemos a lição de casa, com o<br />

Pecém, a área metalmecânica em implantação, os avanços<br />

no turismo, a concessão do aeroporto, a vinda do hub. Vamos<br />

dizer que o Ceará progrediu mais que outros Estados”,<br />

conclui o economista.<br />

Segundo Macedo, a concessão do Aeroporto Internacional<br />

Pinto Martins para a companhia alemã Fraport e<br />

a implantação do hub com três companhias áereas representa<br />

a abertura de um forte canal de potencialidades,<br />

principalmente para a integração do Ceará com os turistas<br />

europeus. “Isso não aconteceu em nenhum outro Estado do<br />

Nordeste”, reforça ele. “Esperamos que, neste ano, o Ceará<br />

possa reencontrar o caminho de crescimento na economia<br />

e, sobretudo, social, porque precisamos que essa riqueza<br />

seja compartilhada”, estabelece.<br />

RESISTINDO COM ARTE<br />

Para além do eixo dos negócios, o campo das artes,<br />

em 2017, registrou marcos de resistência, crescimento e<br />

comemorações. “Recebemos exposições importantes, como<br />

a do Cícero Dias, Antônio Bandeira, Leonilson, tivemos<br />

a inauguração do Museu da Fotografia, e o próprio Salão<br />

de Abril, que não teve apoio público mas aconteceu em<br />

dezenas de espaços e teve uma repercussão muito grande,<br />

foi quase uma ação política”, avalia o curador de arte Max<br />

Perlingeiro. O próprio Max, inclusive, teve uma grande<br />

realização pessoal em 2017, com reflexos diretos no cenário<br />

cultural cearense: os 30 anos de sua Galeria Multiarte,<br />

completados em novembro do ano passado. “Sem falsa<br />

modéstia, conseguir manter uma galeria de arte por 30 anos,<br />

no Brasil, é considerado um feito”, assume ele.<br />

A presença constante de grandes críticos e especialistas<br />

em arte, na Capital, ao longo de 2017, é outro fato evidenciado<br />

pelo curador, indicando a consolidação do Estado<br />

no circuito artístico. “A partir de exposições de interesse<br />

nacional que vêm sendo feitas em Fortaleza e a participação<br />

de curadores importantes, o Ceará passou a integrar um<br />

circuito muito importante nesse âmbito intelectual. Essas<br />

pessoas não estão vindo aqui simplesmente para ter um<br />

contato e ir embora, elas estão vindo como observadoras<br />

do que estamos fazendo”, explica ele, citando nomes como<br />

Lilian Schwarcz, Aracy Amaral e Angela Grando, entre<br />

os que trocaram experiências durante passagens por aqui.<br />

22 <strong>GALERIA</strong> em pauta 23

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