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A transição energética alemã (Brasil)

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© iStock/ querbeet<br />

A Energiewende <strong>alemã</strong> | 15<br />

Redução das emissões de gases de efeito estufa pela Alemanha<br />

Todos os números indicados em milhões de toneladas de equivalentes de CO 2<br />

1.250<br />

1990<br />

1.121<br />

1995<br />

1.046<br />

2000<br />

994<br />

2005<br />

910<br />

2010<br />

905<br />

2017<br />

Já em 1997, com a assinatura do Protocolo de Kyoto, a Alemanha assumiu<br />

a responsabilidade de reduzir, até 2012, as suas emissões de gases<br />

de efeito estufa em 21%, em comparação com os níveis de 1990. Desde<br />

então, foram alcançados uma série de avanços. Em 2017, a redução<br />

atingida já era de 28%. Para obter um resultado econômico equivalente<br />

a um bilhão de euros, as empresas na Alemanha hoje só emitem<br />

metade dos gases de efeito estufa que emitiam em 1990.<br />

Até o ano de 2030, a Alemanha pretende aumentar significativamente<br />

os seus esforços, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, no<br />

mínimo, em 55%. Até 2050 as emissões deverão baixar mesmo em<br />

até 80 a 95% em comparação com os valores de 1990. Estas metas<br />

nacionais estão alinhadas com a política europeia e internacional de<br />

proteção do clima. Os chefes de Estado e de governo da UE decidiram<br />

reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20% até 2020, no mínimo,<br />

e em 40%, até 2030. Em dezembro de 2015, 195 países do mundo<br />

inteiro aprovaram o Acordo de Paris. Mediante metas de proteção do<br />

clima por eles mesmos definidas, pretendem limitar o aquecimento do<br />

planeta, no decorrer do século, a um nível consideravelmente abaixo<br />

de 2°C.<br />

Um dos instrumentos fundamentais da Europa para combater<br />

a mudança climática é o mercado de licenças de emissão, que estipula<br />

um limiar superior para o total de poluentes emitidos por todos os<br />

participantes. Este é obrigatório para todos os grandes emissores de<br />

gases de efeito estufa e abrange uma grande parte das emissões de CO 2<br />

provenientes da indústria e do setor de energia. Para cada tonelada de<br />

gases de efeito estufa, as empresas têm de dispor de licenças de emissão<br />

em igual valor. Se não tiverem uma quantidade suficiente, poderão<br />

comprar licenças adicionais ou investir em tecnologias que protejam<br />

o clima. Assim, evitam-se emissões de CO 2<br />

onde é mais propício. Em<br />

todos os setores participantes do mercado de licenças de emissão<br />

deverão ser emitidos, até 2030, 43% de gases de efeito estufa a menos<br />

do que no ano de 2005.<br />

Para que a Alemanha possa atingir suas metas nacionais de redução,<br />

o Governo Federal aprovou o «Programa de Ação para a Proteção do<br />

Clima 2020» e o «Plano de Proteção do Clima 2050». O Programa de<br />

Ação engloba várias medidas para aumentar a eficiência <strong>energética</strong><br />

e tornar os setores dos transportes, da indústria e da agricultura mais<br />

ecológicos. O Plano de Proteção do Clima contém objetivos de redução<br />

de CO 2<br />

de longo prazo para os diversos setores como, por exemplo,<br />

o setor da energia ou o setor industrial.<br />

1997<br />

É aprovado o Protocolo de Kyoto para a redução global de gases de<br />

efeito estufa. Desde então, 191 países ratificaram o acordo.

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