A transição energética alemã (Brasil)
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32 | A Energiewende <strong>alemã</strong><br />
das tarifas de apoio será mais baixa ou será<br />
anulada.<br />
Eficiência <strong>energética</strong><br />
A eficiência <strong>energética</strong> indica o valor do<br />
benefício em função da energia utilizada, ou<br />
seja, quanta energia alguém tem de usar para<br />
obter um determinado benefício. Quanto<br />
maior for a eficiência <strong>energética</strong>, tanto menor<br />
será a quantidade de energia gasta para<br />
obter este benefício. Um edifício com uma<br />
elevada eficiência <strong>energética</strong> necessita, para<br />
o aquecimento e a refrigeração, de menos<br />
energia do que uma construção idêntica com<br />
eficiência <strong>energética</strong> baixa. A produção industrial<br />
e o transporte são outras áreas em que<br />
a eficiência <strong>energética</strong> se torna cada vez mais<br />
importante. Medidas que garantem a eficiência<br />
<strong>energética</strong> são interessantes para as empresas<br />
se elas conseguirem economizar mais recursos<br />
do que gastaram para implementar tais<br />
medidas. Também os consumidores privados<br />
podem contribuir para a poupança <strong>energética</strong><br />
utilizando eletrodomésticos altamente<br />
eficientes. Em muitos países as geladeiras, os<br />
aparelhos de televisão, as máquinas de lavar<br />
roupa etc. portam uma etiqueta <strong>energética</strong> que<br />
permite reconhecer rapidamente qual o grau<br />
de eficiência do aparelho.<br />
Energia primária/<br />
consumo de energia primária<br />
A energia primária é a soma da energia resultante<br />
de fontes <strong>energética</strong>s como o carvão,<br />
o petróleo, o sol e o vento. No processo de<br />
conversão em energia final (veja energia final)<br />
surgem, dependendo da fonte de energia<br />
original, perdas mais ou menos elevadas, por<br />
exemplo, na produção de eletricidade e no<br />
transporte. Por isso, o consumo de energia<br />
primária sempre é mais elevado do que o consumo<br />
de energia final.<br />
Energias renováveis<br />
Fazem parte das energias renováveis a energia<br />
eólica, a energia solar (energia fotovoltaica,<br />
energia solar térmica), a energia geotérmica,<br />
a biomassa, a energia hídrica e a energia dos<br />
oceanos. Na energia hídrica faz-se uma distinção<br />
parcial: a pequena energia hídrica pertence,<br />
segundo muitas estatísticas, às energias<br />
renováveis; grandes usinas hidrelétricas a partir<br />
de uma potência instalada de 50 megawatts<br />
muitas vezes não são incluídas nas energias<br />
renováveis.<br />
Ao contrário das fontes convencionais de energia<br />
como o carvão, o petróleo, o gás e a energia<br />
nuclear, as energias renováveis não consomem<br />
matérias-primas finitas para produzir<br />
eletricidade. Uma exceção é a biomassa. Ela<br />
apenas é considerada como neutra em termos<br />
de clima, no caso de não serem processadas<br />
mais matérias-primas do que as que crescem<br />
durante o mesmo período de tempo.<br />
A energia geotérmica repetidas vezes é alvo<br />
de crítica. As intervenções geológicas podem<br />
provocar terremotos ou fazer com que o solo<br />
se eleve tanto que os edifícios construídos no<br />
local já não possam ser habitados.<br />
Equivalente CO 2<br />
O equivalente CO 2<br />
é um valor comparativo<br />
para o impacto de uma composição química<br />
sobre o efeito estufa, considerado geralmente<br />
durante um período de 100 anos. Ao dióxido de<br />
carbono (CO 2<br />
) é atribuído o valor um. Se uma<br />
substância tem um equivalente CO 2<br />
de 25, então<br />
a emissão de um quilograma desse material<br />
é 25 vezes mais nociva do que a emissão de um<br />
quilograma de CO 2<br />
. Importante: o equivalente<br />
CO 2<br />
não diz nada sobre o contributo real de um<br />
composto para a mudança do clima.<br />
Fase escura<br />
Fases durante as quais as turbinas eólicas e os<br />
painéis fotovoltaicos não podem fornecer<br />
energia elétrica chamam-se fases escuras.<br />
O caso extremo surge em noites sem vento, de<br />
céu encoberto e lua nova. Em tais fases, outras<br />
fontes de energia ou a energia armazenada anteriormente<br />
deverão ser utilizadas para suprir<br />
a demanda de eletricidade.<br />
Gases de efeito estufa<br />
Os gases de efeito estufa transformam a<br />
atmosfera de modo tal que os raios solares<br />
refletidos pela superfície da Terra não são irradiados<br />
de volta para o espaço e, sim, refletidos<br />
de novo pela atmosfera, voltando a incidir<br />
sobre a superfície terrestre. São, pois, um fator<br />
que contribui substancialmente para o aquecimento<br />
do planeta. Este efeito é semelhante<br />
ao de uma estufa: a Terra se aquece. O gás de<br />
efeito estufa mais conhecido é o dióxido de<br />
carbono que resulta principalmente da combustão<br />
de recursos fósseis como o petróleo,<br />
o gás e o carvão. Outros gases de efeito estufa<br />
são, por exemplo, o metano e os clorofluorocarbonetos<br />
(CFCs).<br />
Leilão<br />
Desde 2017, as tarifas de apoio para novos<br />
parques eólicos ou grandes sistemas fotovoltaicos<br />
são calculadas mediante leilões. São<br />
leiloados vários projetos ao mesmo tempo<br />
e os potenciais interessados devem apresentar<br />
uma proposta sobre o valor da tarifa inicial<br />
para os respectivos projetos. Em lugar de uma<br />
remuneração fixada por lei, calcula-se, assim,<br />
um preço de mercado justo para a eletricidade<br />
produzida com energias renováveis. Para testar<br />
e aprimorar o procedimento, já foram realizadas,<br />
em 2015, três rodadas de leilões para<br />
grandes projetos fotovoltaicos.<br />
Mercado interno europeu<br />
Os Estados-membros da União Europeia formam<br />
um mercado interno. Este garante a livre