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Gestão Hospitalar N.º 18 2006

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Sopra<br />

uma.boa nova,<br />

04 Editorial<br />

12 Entrevista<br />

O Deficit dos Hospitais, é o tema do editorial da GH,<br />

assinado pelo presidente da APAH, Manuel Delgado.<br />

Muitos problemas se interligam na análise deste<br />

drama e, segundo o responsável da APAH, "o<br />

modelo de financiamento dos hospitais denota<br />

falhas visíveis na valorização relativa da actividade<br />

hospitalar. Pior do que isso, a utilização de um<br />

índice de case-mix médio, de aplicação geral a toda<br />

a produção que implica internamento, não<br />

contempla devidamente aumentos de actividade<br />

registados em áreas mais complexas e mais caras".<br />

Vasco Maria, presidente do CA do INFARMEO, falou<br />

à GH e revelou as principais alterações a introduzir<br />

nos genéricos. Este responsável governamental<br />

anunciou ainda que entre as medidas de correcção<br />

de preços está a introdução de um novo escalão de<br />

200/o, no grupo de medicamentos com preço<br />

inferior a 1 O euros, bem como a fixação de um<br />

preço máximo. Vasco Maria revela que vão ser<br />

alteradas as comparticipações dos medicamentos<br />

para os doentes crónicos.<br />

Aliámos a expenencia e solidez de um grupo internacional,<br />

líder na sua área, ao maior e mais moderno complexo industrial<br />

farmacêutico português.<br />

Escolhemos Portugal para ser o centro mundial de desenvolvimento<br />

e produção de medicamentos injectáveis da Fresenius Kabi.<br />

Apostámos na qualidade, competência e formação dos nossos<br />

profissionais.<br />

Acreditámos no seu apoio.<br />

Em Portugal, com portugueses, para o mundo.<br />

~<br />

LABESFAL<br />

Fresenius<br />

Kabi<br />

28 Internacional<br />

32 Comentário<br />

Segundo o relatório da OCDE, os gastos ei,n saúde<br />

aumentaram em todos os países desta organização,<br />

entre 1990 e 2004, com excepção da Finlândia. No<br />

nosso país, em 2004, os gastos chegaram a 100/o do<br />

PIB e as fórmulas encontradas para se ultrapassar<br />

este problema não sossegam ninguém. Segundo a<br />

OCDE há três caminhos que se podem percorrer<br />

(uma questão de escolha): aumento nos impostos;<br />

corte em outras áreas de governação ou obrigar os<br />

utentes a pagar mais do seu bolso.<br />

Um estudo sueco que avaliou os sistemas de saúde<br />

em 27 países da Europa, concluiu que Portugal, no<br />

que diz respeito aos direitos e informação aos<br />

utentes, tem que ter em atenção vários factores<br />

importantes, como a inexistência de seguros que<br />

cubram os erros médicos, a não disponibilização de<br />

uma lista dos serviços de saúde com a respectiva<br />

classificação qualitativa e a falta de um provedor<br />

do doente. Pela positiva, o estudo assinala, em<br />

Portugal, a existência da receita médica renovável<br />

e a marcação de consultas por telefone.<br />

A saúde sexual dos portugueses foi analisada<br />

recentemente, através de um estudo promovido por<br />

um laboratório farmacêutico. A sexóloga clínica Isaura<br />

Lourenço, analisou os dados eteJatLque a queixa<br />

mais frequente está relaciona


O Deficit dos Hospitais<br />

Manuel Delgado<br />

Presidente da APAH<br />

"Sem recursos não<br />

conseguimos<br />

financiar<br />

devidamente o<br />

tratamento de<br />

novas doenças e dar<br />

qualidade técnica<br />

actualizada ao<br />

tratamento das<br />

doenças que já<br />

conhecemos"<br />

1<br />

A situação financeira dos hospitais públicos continua<br />

a ser preocupante: as receitas são relativamente constantes<br />

e as despesas sobem a um ritmo bem superior<br />

aos 10% entre períodos homólogos.<br />

As consequências são inevitáveis: aumento das dívidas a<br />

fornecedores, prazos de pagamento que ultrapassam os<br />

300 dias! Para esta situação concorrem dois facrores<br />

essenciais: do lado da receita, a inadaptação do modelo<br />

de pagamentos à rápida evolução do modo de produção<br />

hospitalar, do lado da despesa, a incapacidade das administrações<br />

controlarem o aumento dos custos, designadamente<br />

nas áreas dos medicamentos, dispositivos médicos<br />

e recursos humanos.<br />

2. O modelo de financiamento dos hospitais denota falhas<br />

visíveis na valorização relativa da actividade hospitalar.<br />

Pior do que isso, a utilização de um índice de case-mix<br />

médio, de aplicação geral a toda a produção que implica<br />

internamento, não contempla devidamenre aumentos de<br />

actividade registados em áreas mais complexas e mais<br />

caras. Deste modo, saem fortemente penalizados os hospitais<br />

que desenvolvem, com mais intensidade, novas<br />

actividades ambulatórias, como hospitais de dia, cirurgia<br />

ambulatória ou tratamentos com forre intervenção técnica.<br />

Por outro lado, saem também fortemente penalizados os<br />

hospitais que apresentam crescimentos marginais relevantes<br />

nas áreas de internamento mais diferenciadas, já que<br />

a elevação do seu índice do case-mix só será considerado,<br />

na meµ10r das hipóteses, no ciclo económico seguinre.<br />

3. Do lado da despesa, o esforço que foi desenvolvido na<br />

negociação dos contratos-programa dos Hospitais, no<br />

sentido de conter o crescimento dos custos, parece, de<br />

facto, não estar a apresentar resultados consistentes.<br />

As áreas dos produtos oncológicos, dos produtos biotecnológicos<br />

e dos antiretrovíricos, apresentam invariavelmente<br />

crescimentos próximos dos 25 a 30% ao ano,<br />

num processo aparentemente imparável de inovação<br />

terapêutica. Importa, quanto antes, tomar medidas de<br />

natureza transversal que definam, principalmente para<br />

estas áreas clínicas, normas de boas práticas, de aplicação<br />

obrigatória e universal.<br />

Quanto aos recursos humanos, temos que interiorizar a<br />

ideia de que há recursos humanos a mais nalgumas áreas<br />

de alguns dos nossos maiores hospitais e de que há desperdícios<br />

que resultam do uso abusivo de horas extraordinárias<br />

e de tempos acrescidos em toda a rede hospitalar.<br />

Nesta matéria, o modelo de gestão empresarial não introduziu<br />

ainda um novo paradigma de remuneração dos<br />

profissionais, muito mais ligado à actividade do que às horas<br />

de trabalho contratualizadas. Esperemos o que as novas<br />

ideias para o pagamento do trabalho de urgência nos<br />

poderão trazer de positivo neste capítulo. De salientar<br />

que, a maior liberdade contratual permitida nos hospitais<br />

EPE, teve como efeito perverso, a disputa por bons profissionais,<br />

segundo mecanismos concorrenciais que fizeram<br />

subir fortemente os valores dos respectivos contratos. Tal<br />

situação não é coerente com o período de forte contenção<br />

de despesas em que todos devemos estar empenhados. E<br />

há que introduzir medidas urgentes de moralização.<br />

4. Importa, neste contexto, registar o esforço que muitos<br />

hospitais têm feito noutras áreas, no sentido de exercer um<br />

controlo mais eficaz dos custos. Nas compras, tentando<br />

obter ganhos através de mecanismos de negociação mais<br />

competitivos e de modelos de aquisição em grupo que promovam<br />

a redução de preços. Nos sistemas de informação,<br />

através de novas ferramentas e novos programas que permitam<br />

o acesso, em tempo real, ao consumo dos serviços<br />

e ao perfil dos prescritores. Na estrutura organizacional,<br />

promovendo a criação e desenvolvimento de áreas<br />

intermédias de gestão, descentralizadoras de competências<br />

mas também de responsabilidades e que muito se aproximam<br />

do glosado conceito do "clinical governance".<br />

5. Há ainda muito a fazer. Promovendo, por exemplo, o<br />

aparecimento de empresas mistas entre os hospitais e<br />

entidades privadas em áreas como os meios complementares<br />

de diagnóstico e terapêutica. Que permitam a redução<br />

drástica das "gorduras" e façam investimentos que promovam<br />

a modernização dos serviços e uma melhor resposta<br />

aos nossos doentes. A entrada do SUCH neste novo conceito<br />

de "Serviços partilhados" poderá ser uma oportunidade<br />

para os nossos hospitais.<br />

6. Não há de facto milagres! Sem recursos não conseguimos<br />

financiar devidamente o tratamento de novas<br />

doenças e dar qualidade técnica actualizada ao tratamento<br />

das doenças que já conhecemos. Sem eficiência, desperdiçamos<br />

recursos e ficamos a dever à sociedade "accounrability"<br />

sobre a sua boa utilização. A reforma recentemente<br />

aprovada no Parlamento Alemão é a prova deste dilema:<br />

mais intervenção do Estado e 0,5% a mais de impostos e<br />

de rendimento das famílias para as despesas de saúde.<br />

Com excepção de Portugal, no período da contabilidade<br />

criativa de Luís Filipe Pereira, em todos os países europeus<br />

os problemas são semelhantes: nas tendências e nas propostas<br />

de solução. O saneamento financeiro dos nossos<br />

hospitais públicos parece ser de facto uma miragem! Não<br />

é apenas uma questão de gestão. É, no essencial, um problema<br />

político bem mais complexo e profundo. A ver<br />

vamos o que o futuro nos reserva ... rm<br />

MSD Dedicamos<br />

a nossa vida<br />

a melhorar a sua<br />

Merck Sharp & Dohme<br />

Qta. da Fonte Edif. Vasco da Gama, 19<br />

P.O. Box 214<br />

2770-192 Paço D' Arcos<br />

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Estudo<br />

Aveiro<br />

Escolas de Saúde triplicaram<br />

As escolas de saúde triplicaram e o total de<br />

vagas abertas aumentou para vários milhares<br />

por ano. Esta é a conclusão de um estudo<br />

efectuado pelo professor Jorge Conde, da Escola<br />

Superior de Tecnol9gia da Saúde do Instituto<br />

Politécnico de Coimbra. A manter-se este ritmo<br />

de formação, dentro de quatro anos, cerca de<br />

50% dos profissionais ficarão no desemprego,<br />

alerta o investigador. Para dar resposta às<br />

necessidades do sector bastaria que se formassem<br />

825 profissionais por ano, mas, todos anos,<br />

formam-se mais de quatro mil alunos.<br />

ln "Público" 05106106<br />

Gripe aviária<br />

Primeiro caso de contágio humano<br />

Acontaminação de uma família indonésia<br />

de Samatra com a gripe das aves é o<br />

primeiro caso de transmissão humana do<br />

vírus confirmado formalmente por testes<br />

laboratoriais, salientou o porta-voz da<br />

Organização Mundial de Saúde, em Genebra.<br />

A cadeia de transmissão foi revelada aos<br />

especialistas por uma "minúscula"<br />

modificação genética do vírus, descoberta<br />

nas amostras de duas das vítimas.<br />

ln "LUSA" 23106106<br />

Hospital procura mecenas<br />

Hospital Distrital de Aveiro procura mecenas para fazer as obras de manutenção. A<br />

O campanha "30 anos, 30 empresas do Hospital" pretende angariar 1,5 milhões de euros<br />

para pintar o hospital, substituir canalizações, actualizar o quadro eléctrico e suster as<br />

infiltrações. Outras. mudanças passam pela melhoria do sistema de segurança do hospital,<br />

pela compra de um software de gestão de visitas, pela implementação de um projecto de<br />

sinalética interior e exterior e pela revisão da incineradora. Para além dos benefícios contidos<br />

na lei do mecenato, o hospital está disposto a publicitar as empresas amigas com cartazes<br />

junto dos utentes informando que a marca "X" contribuiu para as obras na unidade.<br />

ppp<br />

ln ''jornal de Notícias" <strong>18</strong>/06/06<br />

Ministério decide<br />

prioridades<br />

<strong>º</strong>Governo já decidiu e a construção do<br />

primeiro hospital a avançar em<br />

regime de parceria público-privada será o<br />

Hospital de Todos os Santos, na zona de<br />

Cheias, em Lisboa. Seguir-se-ão, por ordem<br />

de prioridades, Faro, Seixal, Évora, Vila<br />

Nova de Gaia, e a unidade Póvoa do<br />

Varzim/ Vila do Conde. Esta segunda fase<br />

deverá avançar entre <strong>2006</strong> e 2009.<br />

Entretanto, continuam os estudos para<br />

decidir que hospitais poderão fechar. A<br />

unidade do Desterro é a única com fim<br />

marcado e em avaliação estão os Hospitais<br />

de São José, Capuchos e Santa Marta.<br />

ln "Público" 06106/06<br />

ERS<br />

ERS<br />

Governo reduz taxas<br />

O<br />

Ministério da Saúde publicou em<br />

Diário da República, no passado dia<br />

23 de Junho, a revisão das regras de<br />

inscrição na Entidade Reguladora de Saúde.<br />

A taxa de inscrição é reduzida para 200<br />

euros no caso de profissionais liberais e<br />

associações de doentes legalmente<br />

reconhecidas que, comprovadamente,<br />

prestem cuidados de saúde em<br />

estabelecimento próprio e em regime de<br />

tempo parcial. Para os mesmos<br />

profissionais, a taxa anual pelos serviços de<br />

gestão, manutenção e publicidade do<br />

registo e emissão de certidões desce para<br />

100 euros.<br />

Loulé<br />

Cuidados Continuados<br />

Camas custarão até<br />

83 euros por dia<br />

O<br />

Falta de verbas adia hospital<br />

O<br />

Governo já finalizou a tabela de<br />

preços que estará na base da rede de<br />

cuidados continuados. Uma cama numa<br />

unidade de convalescença custará 83 euros<br />

por dia e uma numa unidade de<br />

internamento prolongado 34 euros. O<br />

internamento numa unidade de reabilitação<br />

ficará pelos 60,3 euros por dia.<br />

Porém, as Misericórdias e as entidades<br />

privadas consideram estes valores muito<br />

baixos. Apesar disso, o grupo Espírito Santo<br />

Saúde já se candidatou a receber doentes<br />

públicos no recém-inaugurado Hospital<br />

Residencial do Mar, em Lisboa, e os<br />

Hospitais Privados de Portugal esperam<br />

fazê-lo, dentro de um ano, no Porto.<br />

ln "Público" 20/06/06<br />

grupo dos Hospitais Particulares (HPP) desistiu de explorar o Hospital da Santa da<br />

Misericórdia de Loulé, alegando "falta de sustentabilidade", perante a previsão de que<br />

o Governo vai efectuar cortes na área dos cuidados de saúde. O rompimento do contrato<br />

dá-se depois de se terem gorado as hipóteses de uma candidatura a fundos comunitários<br />

através do programa Saúde XXI. A recuperação daquela unidade hospitalar estava prevista<br />

no Plano Regional de Saúde do Algarve, para servir como unidade de retaguarda ao Hospital<br />

Distrital de Faro, sendo disponibilizadas 15 camas para o serviço público.<br />

ln "Público" 01/06/06<br />

Ensino Superior<br />

Aumentam vagas para<br />

Medicina e Enfermagem<br />

O<br />

Ministério da Ciência, Tecnologia e<br />

Ensino Superior propôs às<br />

universidades e politécnicos o congelamento<br />

das vagas de acesso para o ano lectivo de<br />

<strong>2006</strong>/2007. As excepções são Medicina e<br />

Enfermagem para os quais o Governo<br />

pretende que se abram mais 10% de lugares.<br />

As diversas instituições reconhecem que lhes<br />

está a ser pedido um esforço suplementar e<br />

lembram que os espaços físicos onde são<br />

leccionados aqueles cursos não crescem.<br />

Recorde-se que o grupo de<br />

acompanhamento do ensino superior que<br />

recomendou o aumento do número de<br />

vagas não aprova a criação de instituições<br />

privadas que leccionem Medicina.<br />

ln "Público" 08/06/06


Congresso Mundial de Cuidados de Saúde<br />

Informática promove<br />

eficiência na Saúde<br />

Num mundo cada vez mais dependente<br />

das novas tecnologias, o sector da<br />

Saúde ainda é uma excepção, quando aquelas<br />

poderiam potenciar a sua qualidade e<br />

eficiência. Esta foi uma das questões debatidas<br />

no Congresso Mundial de Cuidados<br />

d e Saúde, que teve lugar em Chantilly,<br />

França, no final do mês de Março.<br />

De acordo com Sean Broomhead, director<br />

do Desenvolvimento para a Saúde, da<br />

empresa Oracle, citado pelo "Europe Hospital<br />

Post", "os cidadãos da era digital estão<br />

habituados a aceder rapidamente à informação<br />

na ma10na dos sectores da sua<br />

vida." E acrescenta: "Portanto, fi cam<br />

muito surpreendidos quando descobrem<br />

que quase não existe comunicação via<br />

Internet entre médicos e hospitais -<br />

aumentando tempos de espera, duplicação<br />

de exames, e outros inconvenientes".<br />

É preciso não esquecer, como foi referido no<br />

Congresso, que "quase um terço da população<br />

europeia vive com uma doença prolongada<br />

e alguns, particularmente idosos,<br />

vivem com duas ou mais doenças". A esperança<br />

média de vida está a aumentar e cada<br />

vez mais cidadãos seniores exigem cuidados<br />

médicos com a consequente acumulação de<br />

custos, redução de pessoal, regulamentos<br />

mais restriros, aumento das expectativas dos<br />

pacientes. Situações que exigem cada vez<br />

mais dos serviços de saúde e que podem<br />

beneficiar das tecnologias informáticas.<br />

A melhoria do acesso à informação<br />

nomeadamente dos dados dos pacientes -<br />

conta-se entre as vantagens destas modernas<br />

tecnologias. O acesso optimizado aos<br />

serviços, a ligação aos prestadores de cuidados<br />

de saúde bem como a monitorização<br />

de pacientes através de dispositivos instalados<br />

no domicílio são pedras basilares da<br />

medicina moderna. E, numa época de<br />

enorme pressão para a contenção de custos,<br />

ajudam a responder às exigências crescentes<br />

de disponibilização dos mais recentes<br />

meios de proporcionar cuidados.<br />

Charles Scatchard, um dos administradores<br />

da Oracle, citado pelo mesmo jornal, explica<br />

que "as novas opções de utilização dos<br />

dados electrónicos dos pacientes e a sua disponibilidade,<br />

indep end entemente do<br />

tempo e espaço, podem contribuir para o<br />

desenvolvimento de terapias e a descoberta<br />

de novos medicamentos". Por exemplo, a<br />

comunicação via Internet permite, tanto a<br />

nível nacional como internacional, a análise<br />

de dados para uma intervenção em caso de<br />

pandemia e, ao nível da prevenção e gestão<br />

da doença, a informática pode melhorar a<br />

qualidade de vida de cada paciente.<br />

M as esta conexão não existe apenas no<br />

campo das hipóteses. N a região de Estocolmo,<br />

na Suécia, está instalada uma plataforma<br />

que permite a comunicação entre seis<br />

hospitais, cerca de sete mil médicos e 200<br />

centros d e saúde. E, no d ecorrer do<br />

Congresso, o Instituto de Engenharia Biomédica<br />

do London Imperial College apresentou<br />

um moderníssimo 'chip' concebido<br />

para melhorar a monitorização dos doentes<br />

crónicos. lilD<br />

Hospital Júlio de Matos promove congresso<br />

Criada linha de apoio Psicotrauma<br />

AClínica Psiquiátrica VI do Hospital<br />

Júlio de Matos (HJM) lançou a linha<br />

de apoio 'Psicotrauma', dirigida a pessoas<br />

que viveram situações traumáticas. Esta<br />

iniciativa foi divulgada durante o Congresso<br />

"Praxis e Inovação'', promovido por aquela<br />

unidade hospitalar no início de Junho.<br />

A linha é confidencial e funcionará todos os<br />

dias úteis através do número de telefone 21<br />

791 70 80, entre as 14h e as 20h. O apoio é<br />

prestado por seis psicólogos da clínica VI<br />

que encaminham cad.a doente para as<br />

consultas, para as urgências ou, nos casos<br />

mais simples, os doentes recebem uma<br />

resposta imediata.<br />

De acordo com a psicóloga responsável pela<br />

área de psicologia da clínica desta unidade<br />

de saúde, Fani Lopes, "a linha é dirigida a<br />

pessoas que viveram situações traumáticas e<br />

que precisam de ajuda. As reacções aos acontecimentos<br />

traumáticos desvanecem-se à<br />

medida que o tempo passa, mas alguns incidentes<br />

podem durar muito tempo o que<br />

pode levar o doente a precisar de ajuda".<br />

O Congresso do Hospital Júlio de M atos<br />

reuniu, em Lisboa, cerca de 800 profissionais<br />

do sector da saúde mental que debateram<br />

questões nas áreas da Neurofisiologia e<br />

lmagio logia; Electroco n vuls ivo te rap ia;<br />

C iberterapia e Realidade Virtual; Grupos<br />

Terapêuticos em C uidados Continuados;<br />

Ética, Deontologia e Psiquiatria Forense; e a<br />

Evolução dos Tratamentos Psiquiátricos.<br />

Durante o evento foi ainda lançado o livro<br />

"Causas da Psiquiatria'', d e José Manuel<br />

Jara, cuja apresentação esteve a cargo de Luís<br />

Ferreira.<br />

O HJM preparou também um programa<br />

cultural a par do programa científico do<br />

Congresso onde se destacou a 2ª Edição do<br />

Festival de Curtas-metragens, realizado em<br />

colaboração com a Zero em Comportamento.<br />

O júri do Festival foi composto por Luiz<br />

Gamito (Hospital Júlio de Matos), Sérgio<br />

Dias Branco (jornalista), Anabela Teixeira<br />

(realizadora e actriz), António C unha<br />

(Director da Videoteca Municipal de Lisboa)<br />

e Marina Albuquerque (actriz).<br />

D epressão: o mal europeu<br />

À margem do Congresso, o médico José<br />

Miguel Caldas de Almeida, do departamento<br />

de psiquiatria e saúde mental do Hospital<br />

de São Francisco de Xavier, revelou que a<br />

depressão é, actualmcnte, a primeira e a<br />

principal causa de incapacidade e de dias<br />

perdidos de vida entre a população europeia.<br />

A depressão situa-se entre as cinco principais<br />

doenças que afectam a população portuguesa,<br />

mas nem sempre é devidamente<br />

diagnosticada, sublinhou, por seu turno,<br />

João Cabral Fernandes, do Hospital Júlio<br />

de Matos. "30 a 40 por cento dos portugueses<br />

que procuram um médico de clínica<br />

geral sofre de perturbações mentais, metade<br />

d as quais não é diagnosticada", adiantou.<br />

"Mui tas pessoas vão queixar-se d e<br />

problemas físicos, q u ando na realidade<br />

sofrem de uma perturbação emocional que<br />

as incapacita. Metade destes doentes não é<br />

devidamente diag nosticada pelos clínicos<br />

gerais e aqueles que são tratados não têm<br />

os tratamentos adequados'', esclareceu o<br />

especialista. m


Estudo de benchmarking revela<br />

SNS poupa com serviços partilhados<br />

Por ano, o SNS pode poupar<br />

200 milhões de euros se<br />

optar pelos serviços<br />

partilhados. Estes dados<br />

foram anunciados num<br />

seminário promovido pelos<br />

SUCH, em Lisboa, que reuniu<br />

muitos dos responsáveis<br />

pelo sector.<br />

E<br />

srudos de benchmarking internacional<br />

encomendados pelos SUCH<br />

- Serviços de Utilização Comum<br />

dos Hospitais - concluem que a adopção de<br />

boas práticas nacionais e internacionais na<br />

área dos serviços partilhados nas instituições<br />

>>> Panorâmica da mesa do encontro promovido pelos SUCH. Ao centro está a secretária de Estado<br />

Adjunta, Cármen Pignatelli, vendo-se ainda (da esquerda para a direita) Lurdes Hill, Luís Pedroso de Lima,<br />

Paula Nanita, João Nabais e Graça Bessone<br />

de Saúde permitiram a obtenção de ganhos<br />

de escala e produtividade na ordem dos<br />

20%. Uma conclusão apresentada dia 30 de<br />

Junho durante o seminário promovido pelos<br />

SUCH sob o tema «Serviços Partilhados:<br />

Uma Oportunidade para a Saúde» e que<br />

poderá permitir que o Serviço Nacional de<br />

Saúde (SNS) poupe cerca de 200 milhões de<br />

euros por ano.<br />

A análise das boas práticas nacionais e internacionais<br />

na área dos Serviços Partilhados e a<br />

sua concreta· aplicação ao sector foi o tema<br />

central deste seminário que reuniu no Centro<br />

Cultural de Belém diversos especialistas, gesmres<br />

e administradores do secror da saúde,<br />

bem como especialistas das principais consulroras<br />

internacionais, com experiência na área.<br />

Nos estudos de benchmarking, da responsabilidade<br />

da Deloitte, foram analisadas as<br />

Unidos e Nova Zelândia - sendo que as<br />

experiências observadas visam a partilha de<br />

serviços (de gestão de recursos humanos e<br />

financeiros, compras em saúde e sistemas de<br />

informação) quer a Hospitais, quer a Centros<br />

de Saúde, Clínicas e Unidades de Cuidados<br />

Continuados.<br />

Em quatro dos casos estudados, os Serviços<br />

Partilhados foram confiados a entidades privadas<br />

sem fins lucrativos. Apenas no caso da<br />

Irlanda a criação destes serviços ocorreu no<br />

quadro de um departamento governamental.<br />

Em regra, nas experiências estudadas, obtevese<br />

nos primeiros anos uma poupança de cusros<br />

entre os 10% e os 20%, tendo o investimento<br />

realizado na criação dos serviços sido<br />

integralmente recuperado até 2 anos (caso da<br />

experiência da Nova Zelândia e do Tenet's<br />

Healthcare Patners (também dos EUA).<br />

Com efeiro, minimizar os cusros dos serviços<br />

prestados, normalizar processos, eliminar a<br />

duplicação de funções e concentrar actividades<br />

similares constituíram o móbil fundamental<br />

da criação destes serviços.<br />

Contudo, a aspiração a uma prestação de<br />

saúde de maior qualidade e a substituição de<br />

custos de não qualidade (por exemplo os<br />

relacionados com armazenamento e inventário)<br />

representam cerca de 30% dos objectivos<br />

prosseguidos e concretizados nestas<br />

experiências.<br />

Entre as lições aprendidas no âmbito destas<br />

experiências contam-se:<br />

1° - O compromisso da gestão de topo (fundamental);<br />

experiências de cinco países - Espanha Patient Financial Services nos EUA) ou entre 2° - A prossecução de Ganhos Rápidos<br />

(Catalunha), Reino Unido, Irlanda, Estados 2 a 4 anos, nos casos da Irlanda e da Carholic ("Quick wins");<br />

1 1<br />

Objectivos de constituição da USP - Unidade de Serviços Partilhados<br />

Minimizar custos dos serviços prestados<br />

Prestar um melhor serviço<br />

Concentrar actividades similares e know how<br />

Normalizar/simplificar processos e serviços<br />

Quadro 1<br />

Obter maior controlo<br />

Eliminar duplicação de funções<br />

Automatizar processos manuais<br />

Melhorar controlo do armazenamento<br />

e inventário<br />

Libertar unidades de negócio do espaço<br />

de armazenamento<br />

Enúdade<br />

Tenet '.s Patíent<br />

Finà.i.icial Services<br />

Reduzir custos com colaboradores<br />

Fome: &nchmark de USP's na área da saúde - <strong>2006</strong><br />

Origem das Volume de ··<br />

...<br />

N°de<br />

Tempo de<br />

enúdades negócios anual colaboradores operação da USP<br />

EUA 1 70 milhões de € 2. 100 2 a 5 anos<br />

HealthAlliance Nova Zelândia 15 milhões de € 220 2 a 5 anos<br />

.• Logaritrrie Espanha Catalunha) 3,2 milhões de € 101 > 5 anos<br />

Eastero Health<br />

Shared Services<br />

Irlanda 1.200 milhões de € 450 > 5 anos<br />

· Catfi.olic Healthc;are Entre 1.000<br />

EUA<br />

Partners.<br />

e 5.000 milhões de €<br />

3° - O perfil adequado dos ·Recursos H umanos<br />

aos processos a ada ptar e à cultura de<br />

serviço ao cliente;<br />

4° - A existência de tecnologia adequada<br />

(ERP);<br />

5° - A comunicação da iniciativa e dos progressos,<br />

quer aos clientes e associados, quer<br />

aos colaboradores.<br />

Os principais riscos correspondem, assim, à<br />

resistência cultural à mudança e a problemas<br />

nos sistemas de informação. Em regra, nas<br />

diferentes experiências estudadas, ressalta da<br />

respectiva avaliação que foi subestimado o<br />

tempo de implementação, encon trando-se<br />

para os desvios como razões explicativas: o<br />

tempo dispendido com formação acrescida,<br />

Entre 26 e 50<br />

< l ano<br />

transição de recursos h umanos e alinhamento<br />

do executivo, bem como necessidades de<br />

adequação da tecnologia.<br />

No que respeita à relação entre a Unidade de<br />

Serviços Partilhados (USP) e as respectivas<br />

entidades promotoras encontraram-se, nas<br />

experiências estudadas, três tipos de situação:<br />

sem contrato formalizado (apenas o citado<br />

caso de Tenet's), com contrato fo rmalizado e<br />

descrição genérica dos serviços a prestar e<br />

ainda com contrato formalizado e descrição<br />

detalhada dos serviços a prestar.<br />

Quanto aos mecanismos de contacro entre a<br />

USP e as entidades promotoras os Acordos<br />

de Nível de Serviço (SLAs), as Visitas Presenciais<br />

e a ex istência de Gesrores de Conta<br />

reúnem 60% da preferência como sendo os<br />

mais eficientes.<br />

Por fim, importa reter as vantagens eviden-<br />

Q uadro 2<br />

,,.,<br />

Emidade<br />

-- -<br />

Tenet's Patient<br />

Financial Services<br />

healthAlliancc<br />

Logarirme<br />

- Eastern Health<br />

Sharcd Services<br />

Catholic Healthcare<br />

Partners<br />

Processos realizados<br />

Financeira<br />

(concas a receber)<br />

Financeira;<br />

Sourcing, Procurement e Logística;<br />

Sistemas de Informação;<br />

Recursos Humanos.<br />

Sourcing, Procurement<br />

e Logística<br />

Financeira;<br />

Sourcing, Procurement e Logística;<br />

Sistemas de Informação;<br />

Recursos H umanos;<br />

Outros.<br />

Financeira<br />

(contas a pagar)<br />

ciadas pelos Serviços Partilhados face ao<br />

recurso ao outsourcing.<br />

Em ambas as situações as instituições procuram<br />

focar-se na sua actividade fulcral ("core<br />

business"), no caso das instituições de saúde:<br />

na prestação de cuidados de saúde_<br />

Contudo, nos Serviços Partilhados, garantese<br />

um maior controlo sobre a prestação e<br />

maiores ganhos de escala porque estes são<br />

tod os transferidos para as instituições<br />

clientes. E, nesta perspectiva, a libertação de<br />

fundos conseguida, se efectivada no quadro<br />

do sector da Saúde, pode compensar o acréscimo<br />

de despesas de saúde necessariamente<br />

associado ao envelhecimento das sociedades<br />

ocidentais.<br />

Em Portugal os SUCH, criados por associação<br />

de H ospitais com o mesmo inruiro das<br />

modernas Unidades de Serviços Partilhados,<br />

tem vindo a exercer actividade em áreas de<br />

suporte à actividade hospitalar, estando em<br />

preparação a oferta de serviços em novas<br />

áreas a partir de 2 007, nomeadamente:<br />

Compras, <strong>Gestão</strong> de Recursos H umanos e<br />

<strong>Gestão</strong> Financeira.<br />

As áreas de prestação tradicional dos SUCH<br />

(rodas com certificação de qualidade) são a<br />

Manutenção de Instalações e Equipamentos<br />

Clínicos, o Tratamenro de Roupa, a Alimentação,<br />

a Limpeza <strong>Hospitalar</strong>, a recolha e Tratamento<br />

de Resíduos e Projectos e Obras. l!lll


Vasco Maria à GH<br />

Novas me •<br />

1<br />

as<br />

ara<br />

, .<br />

os ~ener1cos<br />

segura pelos doentes, promover o desenvolvimento<br />

do sector farmacêutico e garantir<br />

a sustentabilidade do sistema de saúde.<br />

12<br />

O presidente do Conselho de<br />

Administração do INFARMED<br />

revela à GH quais serão as<br />

principais alterações a<br />

introduzir nos genéricos e<br />

rejeita a ideia de que estes<br />

medicamentos ficaram mais<br />

caros para os doentes. Entre<br />

as medidas de correcção dos<br />

preços está a introdução de<br />

um novo escalão de 20% no<br />

grupo de medicamentos com<br />

preço inferior a 1 O euros e a<br />

fixação de um preço máximo.<br />

Vasco Maria revela também<br />

que vão ser alteradas as<br />

comparticipações dos<br />

medicamentos para os<br />

doentes crónicos.<br />

<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> - Com quase um ano de<br />

mandato à frente do INFARMED, que balanço<br />

faz do desempenho da Instituição?<br />

Vasco Maria - O INFARMED tem por<br />

missão garantir aos cidadãos e aos profissionais<br />

de saúde o acesso a medicamentos e produtos<br />

de saúde de qualidade, eficazes e seguros. Visa<br />

também promover o desenvolvimento do sector<br />

farmacêutico e contribuir para a viabilização<br />

do Sistema de Saúde. Como Autoridade<br />

nacional nestas matérias, e ao longo dos 13<br />

anos de existência, o INFARMED tem desenvolvido<br />

as competências que lhe estão atribuídas,<br />

procurando conciliar os objectivos de<br />

defesa da Saúde Pública com a necessidade de<br />

evoluir para uma organização moderna e virada<br />

para o serviço aos seus clientes. Apesar das<br />

limitações e ineficiências identificadas, o seu<br />

desempenho parece-me francamente positivo,<br />

quer a nível nacional, quer no âmbito do<br />

sistema europeu de avaliação de medicamentos<br />

em que se encontra integrado.<br />

GH - O INFARMED tem respondido às<br />

exigências da política definida pelo<br />

Governo para a área do medicamento?<br />

VM - Urna das atribuições do Instituto é<br />

exactamente apoiar o Governo e designadarnen<br />

te, o Ministério da Saúde, na definição<br />

GH - A retirada da majoração de 10%<br />

aos medicamentos gené ricos foi muito<br />

criticada. Em sua opinião justificava-se?<br />

VM - A majoração de 10% na comparticipação<br />

pelo Estado no preço dos medicamentos<br />

genéricos foi uma medida definida<br />

e implementada em 2001, com o objectivo<br />

de criar um incentivo ao desenvolvimento<br />

rápido do mercado de medicamentos genéricos.<br />

Essa medida, integrada num plano<br />

concertado de várias outras medidas dirigidas<br />

à indústria farmacêutica, aos profissionais<br />

de saúde e ao público em geral, foi<br />

vital para o arranque do mercado e o seu<br />

desenvolvimento e crescimento posteriores.<br />

Uma vez atingida uma quota de mercado<br />

que se aproximava rapidamente dos 15% em<br />

valor, considerou-se que o mercado já se<br />

encontrava suficientemente implantado, não<br />

se justificando a manutenção de tal intervenção<br />

e deixando-se aos agentes econ ómicos<br />

as iniciativas para o livre funcionamento do<br />

mesmo. A melhor prova de que esta decisão<br />

foi acertada é o facto de o mercado ter continuado<br />

a evoluir positivamente apesar da suspensão<br />

da referida majoração, tendo atingido<br />

em Maio de <strong>2006</strong> uma quota de mercado<br />

de 15,2% em valor, comparativamente com<br />

14, 7% do mês anterior.<br />

e implementação das medidas de política<br />

definidas para o sector. O INFARMED<br />

tem estado profundamente envolvido na<br />

implementação de algumas dessas medidas,<br />

das quais destacaria: a redução geral de 6%<br />

no preço dos medicamentos comparticipados,<br />

redução das margens de comercialização<br />

dos distribuidores por grosso e das<br />

farmácias, redução do escalão A de compar-<br />

ticipação de 100% para 95% {com excepção<br />

dos . pensionistas com rendimento inferior<br />

a 14 ordenados mínimos nacionais e<br />

beneficiários dos regimes especiais), a venda<br />

de medicamentos não sujeitos a receita<br />

médica fora das farmácias, a negociação do<br />

protocolo com a indústria farmacêutica<br />

para o controlo do crescimento da despesa<br />

com medicamentos, bem como o incentivo<br />

à investigação e desenvolvimento com criação<br />

de um fundo de apoio à investigação<br />

em saúde.<br />

GH - Quais são os critérios da política<br />

do medicamento?<br />

VM - Urna política nacional de medicamentos<br />

deve visar os seguintes objectivos:<br />

assegurar o acesso aos medicamentos,<br />

garantir a eficácia, a segurança e a qualidade<br />

dos mesmos, melhorar a prescrição e a<br />

dispensa com vista a uma utilização útil e<br />

GH - Com a red ução da comparticipação<br />

dos genéricos est es não ficam mais<br />

caros para os utentes?<br />

VM - Uma vez suspensa a comparticipação<br />

adicional de 10% para os medicamentos<br />

genéricos que foi assumida pelo SNS, passaram<br />

a ser os doentes a suportá-la. No entanto,<br />

o possível impacto negativo para os<br />

doentes foi largamente atenuado pelo


VM - Os dados disponíveis mostram que<br />

os preços dos medicamentos genéricos são<br />

em Portugal consideravelmente mais elevados<br />

do que em outros países europeus,<br />

designadamente em Espanha. Vários<br />

outros factos vêm confirmar esta afirmação.<br />

Dou três exemplos: a inversão entre as<br />

quotas de mercado em valor e em quantidade<br />

de embalagens, apenas verificada ein<br />

Portugal (de Janeiro a Maio a quota em<br />

valor atingiu 14,77% enquanto em quantidade<br />

de embalagens registou 9,37%); a<br />

existência de várias dezenas de genéricos<br />

para a mesma substância activa todos ao<br />

mesmo preço, e a existência de quotas de<br />

mercado inferiores a 0,5% para um número<br />

considerável de empresas.<br />

abaixamento geral de 6% dos preços de numa poupança considerável para o doente.<br />

todos os medicamentos comparticipados,<br />

GH - Que medidas de correcção acha<br />

incluindo os genéricos. Por outro lado, a utilização<br />

de um medicamento genérico, com­<br />

pelo Ministro da Saúde relativamente genéricos?<br />

GH - Um dos aspectos mais criticados necessárias para os medicamentos<br />

parativamente com um medicamento de aos medicamentos genéricos é o seu VM - Várias medidas foram já definidas<br />

marca traduz-se, na generalidade dos casos, preço, elevado. É também a sua opinião? encontrando-se, aliás, previstas no protoco-<br />

Fundo de cinco milhões para a investigação<br />

lo assinado entre o Ministério da Saúde e a<br />

APIFARMA. Por um lado, e para os medicamentos<br />

genéricos já presentes no mercado,<br />

os preços deverão baixar entre 3% e<br />

5%, uma vez atingidas determinadas quotas.<br />

Por outro lado, um novo medicamento<br />

que pretenda entrar na comparticipação<br />

deverá apresentar vantagem económica<br />

relativamente aos que já se encon rram<br />

comparticipados. Será também introduzido<br />

um novo escalão de 20% para estabelecer a<br />

diferença de preços entre o produto original<br />

e o medicamento genérico, no grupo<br />

dos medicamentos com preço inferior a 1 O<br />

euros. Esta medida constituirá um incentivo<br />

para a produção e comercialização de<br />

genéricos nos grupos de medicamentos que<br />

já perderam a patente mas que ainda não<br />

têm correspondente genérico em Portugal<br />

(cerca de 25% do mercado).<br />

Nem todas as empresas<br />

aderiram ao acordo que<br />

estabelece um limite de 4%<br />

ao crescimento da despesa<br />

com medicamentos<br />

GH - Há sectores da Saúde em Portugal<br />

que se queixam de não poder utilizar<br />

medicamentos inovadores, devido à<br />

contenção de custos nos hospitais. É<br />

verdade? Os nossos doentes estão a ter<br />

os cuidados que necessitam?<br />

VM-Não existe qualquer evidência de que<br />

os doentes não estejam a ser tratados de<br />

acordo com os mais elevados padrões de<br />

prestação de cuidados e os princípios éticos<br />

aceites pela comunidade médica. Actualmente,<br />

os medicamentos considerados inovadores<br />

são, na sua generalidade, avaliados por<br />

procedimento centralizado a nível da Agência<br />

Europeia de Medicamentos (EMEA) e,<br />

uma vez aprovados pela Comissão Europeia,<br />

estão aprovados para todo o espaço da UE.<br />

Como não podia deixar de ser, esses medicamentos<br />

estão também disponíveis em Portugal.<br />

Mesmo em algumas situações em que<br />

os medicamentos não têm autorização de<br />

introdução no mercado (AIM) mas são considerados<br />

indispensáveis para o doente, é possível<br />

a sua importação e utilização através do<br />

mecanismo de autorização de utilização especial<br />

(AUE) previsto na lei.<br />

O que se verifica actualmente é que a entrada<br />

de novos medicamentos nos hospitais<br />

não é sujeita a um processo de avaliação<br />

rigoroso, com o objectivo de demonstrar o<br />

seu valor terapêutico acrescido por comparação<br />

com outras terapêuticas já disponíveis<br />

e frequentemente menos onerosas.<br />

A contenção de custos com medicamentos<br />

nos hospitais não passa, portanto, por limitar<br />

ou racionar a utilização, mas sim por<br />

uma utilização mais criteriosa, com preocupações<br />

de gestão eficiente dos recursos disponíveis.<br />

GH-Em que ponto está a investigação de<br />

medicamentos em Portugal?<br />

VM - A investigação clínica, designada­<br />

~ente a realização de ensaios clínicos em<br />

centros nacionais, sofreu recentemente um<br />

ligeiro incremento, após a transposição para<br />

a legislação nacional da Directiva sobre<br />

ensaios clínicos e a entrada em funcionamento<br />

da Comissão de Ética para a Investigação<br />

Clínica (CEIC). Os ensaios clínicos<br />

realizados continuam a ser essencialmente<br />

estudos de fase 3, ou seja, para demonstrar a<br />

eficácia e a segurança do medicamento num<br />

número alargado de doentes. São ainda escassos<br />

os estudos de fases 1 e 2 que pretendem<br />

investigar os efeitos farmacológicos em seres<br />

humanos e as doses mais adequadas, reflectindo<br />

a reduzida expressão da indústria farmacêutica<br />

com capacidade de investigação e<br />

desenvolvimento em Portugal.<br />

GH - Como é que é feita essa investigação,<br />

já que os investigadores nacionais se<br />

queixam de uma crónica falta de fundos?<br />

VM - Os ensaios clínicos são em geral suportados<br />

pela indústria farmacêutica interessada<br />

no desenvolvimento e posterior comercialização<br />

do medicamento, se bem que existam<br />

também ensaios clínicos da iniciativa de alguns<br />

centros académicos. Com o objectivo de estimular<br />

a investigação clínica em Portugal foram<br />

tomadas algumas medidas importantes pelo<br />

Ministério da Saúde, nas quais se inclui a<br />

criação de um fundo de 5 milhões de euros a<br />

gerir pela Ministério da Ciência e Ensino<br />

Superior. No âmbito do protocolo assinado<br />

com a indústria farmacêutica, as verbas que<br />

venham a ser devolvidas pelas empresas ao<br />

Estado por terem sido ultrapassados os tectos<br />

definidos para o crescimento da despesa com<br />

medicamentos, reverterão em benefício das<br />

próprias empresas para actividades de investigação<br />

e desenvolvimento. Neste contexto, o<br />

INFARMED tem procurado estimular e facilitar<br />

o desenvolvimento de iniciativas de investigação<br />

e desenvolvimento por parte da indústria<br />

farmacêutica, designadamente, através do<br />

estabelecimento de ligações com centros académicos<br />

portugueses e de parcerias entre<br />

empresas estrangeiras e nacionais.<br />

GH - Vão ser introduzidos tectos nos<br />

preços dos genéricos?<br />

VM - O acordo assinado com a indústria<br />

farmacêutica prevê o estabelecimento de<br />

uma nova forma de determinação dos preços<br />

dos medicamentos, incluindo a abolição<br />

do preço fixo. Será fixado um preço<br />

máximo, podendo os agentes económicos<br />

fazer variar os preços, de acordo com as leis<br />

do mercado e da concorrência. Estes mesmos<br />

princípios aplicar-se-ão também aos<br />

medicamentos genéricos.<br />

GH - Quais vão ser as mudanças a<br />

introduzir no regime de comparticipações<br />

dos medicamentos para doentes<br />

crónicos?<br />

15 :


Curriculum Vitae<br />

Vasco António de jesus Maria<br />

> Licenciado em Medicina, Faculdade de<br />

Medicina de Lisboa<br />

> Doutor em Medicina (Imunologia),<br />

Faculdade de Medicina de Lisboa<br />

> Professor Auxiliar da Faculdade de<br />

Medicina de Lisboa, Instituto de<br />

Medicina Preventiva<br />

> Vice-presidente da Comissão Nacional<br />

de Ética para a Investigação Clínica<br />

(CEIC)<br />

> Perito da Agência Europeia de Avaliação<br />

de Medicamentos (EMEA) para a área da<br />

segurança<br />

> Coordenador do Gabinete de Apoio à<br />

Investigação Científica (GAPIC) da FML<br />

> Investigador Principal em projectos do<br />

Laboratório de Imunologia Celular -<br />

Instituto de Medicina Molecular (IMM)<br />

> Director Clínico do Núcleo de Estudos<br />

Clínicos e Epidemiológicos (NECE),<br />

Instituto de Medicina Preventiva<br />

VM - Compete ao Governo definir as<br />

mudanças a introduzir no sistema de comparticipação<br />

de medicamentos. De qualquer<br />

modo, reconhece-se em geral que o<br />

actual sistema de comparticipação necessita<br />

de ser reformulado, introduzindo critérios<br />

reprodutíveis e mais justos. Na redefinição<br />

do sistema deverão ter-se em conta aspectos<br />

relacionados com a doença, designadamente<br />

a gravidade, a natureza das complicações<br />

e o impacto na qualidade de vida do<br />

doente; aspectos relacionados com o medicamento,<br />

a sua eficácia/efectividade, o perfil<br />

de segurança e a existência de alternativas<br />

terapêuticas; e aspectos relacionados<br />

com o doente, designadamente a sua capacidade<br />

económica para aceder aos medicamentos<br />

de que necessita e o número de<br />

patologias de que padece.<br />

GH - Qual é o ponto de situação do acordo<br />

com a indústria para uma redução de<br />

necessidade urgente de conter o crescimento<br />

descontrolado da despesa com medicamentos<br />

a nível hospitalar nos últimos anos,<br />

esta é uma meta exigente mas realista. O<br />

seu cumprimento exigirá um esforço<br />

concertado dos agentes envolvidos no processo,<br />

designadamente, a indústria farmacêutica,<br />

as administrações hospitalares e os<br />

próprios profissionais de saúde.<br />

O PRACE vai permitir uma<br />

nova gestão baseada em<br />

objectivos no INFARMED<br />

GH - Como encara a liberalização da<br />

propriedade da farmácia?<br />

VM - Como responsável máximo pela<br />

administração do INFARMED não me<br />

compete fazer juízos de valor relativamente<br />

às medidas de política decididas pelo Governo.<br />

Cabe-me, antes, desenvolver todos os<br />

dotá-lo com as competências técnicas,<br />

recursos humanos e instrumentos de gestão<br />

indispensáveis a uma organização virada<br />

para o futuro. O PRACE veio facilitar o<br />

processo de transformação e criou uma<br />

janela de oportunidade que decidimos não<br />

desperdiçar. Deste modo, a intervenção<br />

traduzir-se-á na revisão organizacional e<br />

optimização processual com vista a uma<br />

transversalidade de funcionamento, na<br />

interoperabilidade dos sistemas de informação<br />

e na implementação de modelos de<br />

gestão mais eficientes.<br />

GH - E quando é que se prevê que essas<br />

alterações sejam aplicadas?<br />

VM - O processo de transformação já se<br />

iniciou e prevê-se que as principais alterações<br />

sejam implementadas ainda durante o<br />

segundo semestre de <strong>2006</strong>, devendo estar<br />

já a produzir efeitos no início de 2007.<br />

No INFARMED:<br />

> Responsável pelo Sector de<br />

Monitorização de Reacções Adversas a<br />

Medicamentos do Centro Nacional de<br />

Farmacovigilância<br />

> Membro da Comissão de<br />

Farmacovigilância<br />

> Membro da Comissão Técnica de<br />

Medicamentos (actual Comissão de<br />

Avaliação de Medicamentos)<br />

> Vice-presidente do Conselho de<br />

Administração<br />

> Presidente do Conselho de<br />

Administração em 2002 e, novamente,<br />

desde Julho de 2005<br />

4% na despesa com medicamentos?<br />

VM - O Protocolo entre o Ministério da<br />

Saúde e a indústria farmacêutica, que prevê<br />

tecros de crescimento da despesa com<br />

medicamentos de 0% para o ambulatório e<br />

de 4% para o mercado hospitalar, foi assinado<br />

já há alguns meses. No entanto, as<br />

empresas, individualmente, são livres de<br />

aderir ou não ao protocolo. Enquanto em<br />

relação ao ambulatório se verificou uma<br />

elevada taxa de adesão, no que se refere ao<br />

mercado hospitalar nem todas as empresas<br />

aderiram. Este facto deve-se, muito provavelmente<br />

às especificidades deste mercado,<br />

o que pode também explicar porque é que,<br />

esforços para que essas medidas possam ser<br />

implementadas como decidido.<br />

GH - E a abertura de farmácias nos hospitais?<br />

VM -<br />

Do mesmo modo, compete ao<br />

INFARMED colaborar com o Ministério<br />

da Saúde na definição das condições de<br />

abertura das farmácias hospitalares à gestão<br />

de privados, como previsto no acordo assinado,<br />

contribuindo, assim, para uma maior<br />

acessibilidade dos doentes aos medicamentos<br />

nas melhores condições de utilização.<br />

GH - O PRACE vai afectar, de uma<br />

GH - Em termos práticos, que mais­<br />

-valias vão essas alterações trazer para<br />

a instituição?<br />

VM - A recente revisão da legislação europeia<br />

na área do medicamento e dos produtos<br />

de saúde, bem como o alargamento das<br />

áreas de competência do INFARMED,<br />

aliados a transformações profundas nos<br />

métodos de desenvolvimento de novos<br />

medicamentos, decorrentes da utilização de<br />

novas tecnologias, criam importantes desafios<br />

para o futuro. Com o processo de<br />

transformação em curso pretende-se dotar<br />

o Instituto com as competências técnicas e<br />

científicas adequadas, bem como desenvol­<br />

17 ;<br />

apesar de terem sido assinados anterior­<br />

forma geral, todos os ministérios e<br />

ver uma organização mais ágil e procedi­<br />

mente vários protocolos idênticos com a<br />

organismos deles dependentes ou por<br />

mentos mais eficientes que nos permitam<br />

indústria farmacêutica, é a primeira vez que<br />

eles tutelados. Que alterações prevê<br />

enfrentar esses desafios. Por outro lado,<br />

são incluídos os medicamentos a nível hos­<br />

para o INFARMED?<br />

será possível implementar uma gestão<br />

pitalar.<br />

VM - Desde o início das suas funções que<br />

baseada em objectivos e virada para os<br />

o Conselho de Administração do INFAR­<br />

resultados, cumprir exigências de maior<br />

GH - A meta dos 4% parece-lhe aceitável?<br />

MED identificou a necessidade de proce­<br />

transparência e rigor, bem como promover<br />

VM - Considerando as enormes dificul­<br />

der a uma reestruturação da organização e<br />

>>>A comparticipação de medicamentos para os doentes crónicos vai ter em conta a gravidade da<br />

uma nova cultura de serviço aos nossos<br />

dades económicas que o país atravessa e a<br />

do funcionamento do Instituto de modo a<br />

doença, o seu impacto na qualidade de vida e as condições económicas<br />

clientes. lilD


Relatório da OCDE defende<br />

1<br />

l<br />

Mais •<br />

ostos<br />

ara<br />

com a ter<br />

do de Portugal o país da zona euro, depois<br />

da Irlanda, onde mais aumentaram os gastos<br />

públicos. No mesmo ano, já 23% das<br />

despesas eram pagas directamente do bolso<br />

dos utentes portugueses, enquanto os seguros<br />

de saúde cobriam menos de 5%.<br />

aumento<br />

as<br />

es es as em Saú e<br />

Segundo o mesmo documento, a fatia dos<br />

gastos públicos em saúde só diminuiu em<br />

países como a Polónia, a Hungria e a<br />

República Checa, verificando-se aumentos<br />

Os gastos em Saúde aumentaram<br />

em todos os países da OCDE,<br />

exceptuando a Finlândia, segundo<br />

um relatório divulgado recentemente por<br />

esta organização, que contabilizou dados<br />

entre 1990 e 2004.<br />

Em Portugal, no ano 2004, os gastos chegaram<br />

a 10% do Produto Interno Bruto<br />

(PIB), quando em 1990 esse valor era<br />

apenas de 6%. Ou seja, e a preços de há<br />

dois anos atrás, essa p ercentagem equivaleu<br />

a um acréscimo de 5,6 mil milhões<br />

de euros nas despesas com a Saúde, em 14<br />

anos. Isto quando a média dos países da<br />

O C D E aumentou ap enas d e 7% para<br />

8,9%.<br />

E a solução apontada pela OCDE não<br />

poderia trazer piores notícias para os portugueses.<br />

A manter-se esta tendência, os<br />

governos só poderão fazer uma de três coisas:<br />

aumentar os impostos para pagar este<br />

aumento, fazer cortes em outras áreas de<br />

governação, ou obrigar os utentes a despender<br />

mais dos seus próprios bolsos pelos<br />

serviços de saúde recebidos.<br />

D e acordo com a OCDE, o grosso dos<br />

custos dos cuidados de saúd e são financiados<br />

através dos impostos. A média do<br />

peso da despesa da saúde nas contas estatais<br />

dos países da OCDE ronda os 73%. O<br />

m esmo valor que, em 2004, pesava no<br />

Orçamento de Estado português, fazen-<br />

significativos na Coreia, México, Suíça e<br />

Estados Unidos. Neste último país, o peso<br />

na despesa pública aumentou de 40 para<br />

45% nos 14 anos analisados, apesar do<br />

sector privado continuar a dominar o<br />

financiamento na Saúde.<br />

Os seguros de Saúde privados significam<br />

apenas 6% da média das despesas totais<br />

em Saúde nos países da OCDE, mas<br />

representam um grande papel para certos<br />

grupos populacionais na Alemanha e<br />

Holanda e para a maioria da população<br />

activa dos Estados Unidos, onde aqueles<br />

seguros atingiram 37% dos gastos com<br />

os cuidados de sa úde. Em França e no<br />

Canadá os seguros privados d e saúde<br />

cobrem 1 O a 15% dos custos, oferecendo<br />

uma cobertura melhorada, opcional, em<br />

países em que o sistem a público tem<br />

cobertura universal.<br />

Contudo, um peso tão grande das despesas<br />

nas contas p úblicas de um p aís só terá<br />

tendência para aumentar. É q ue, segundo<br />

o relatório da organização, o que leva a este<br />

acréscimo são as dispendiosas novas tecnologias<br />

médicas e o envelhecimento da<br />

população. E nas contas portuguesas isso é<br />

bem visível. Os dados fornecidos pela<br />

Direcção Geral do Orçame-nto revelam<br />

que, no primeiro trimestre des te ano, a<br />

despesa em Portugal com o Serviço N acional<br />

de Saúde (SNS) foi de 1.830 milhões<br />

de eu ros (mais 4,6% do que em ig ual


20<br />

<strong>18</strong><br />

16<br />

14<br />

%GDP<br />

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o<br />

êi5<br />

verifica-se que os resultados são diferentes.<br />

Portugal gastou, em 2004, 4 2 1 dólares<br />

quando a m édia de todos os países se<br />

situou nos 393 dólares. 1m1<br />

Peso do gasto público em Saúde, nos países da OCDE, entre 1990 e 2004<br />

1. 2003 2. A média da OCDE para 1990 exclui a República Eslovaca, que não tem dados disponíveis. Fonte: OCDE Healch Darn <strong>2006</strong><br />

% polnts<br />

período de 2005). Trocando por miúdos, o<br />

20<br />

Estado tem vindo a gastar uma m édia de<br />

mais de 2 0 milhões de euros por dia em<br />

Saúde.<br />

Em termos de receita, o SNS registou um<br />

a umentou de 30% nos primeiros três<br />

meses de <strong>2006</strong>, consequência, p rincipalmente,<br />

do recebimento por parte do SNS<br />

de 2 1, 1 milhões de eu ros provenientes das<br />

verbas do Euromillhões.<br />

15<br />

10<br />

5<br />

-10 -8.2<br />

-3.2 1<br />

-7.8<br />

+3.9<br />

+7.6<br />

+0.4<br />

-2.8<br />

-4.7 -4.8<br />

+11.1<br />

+6.4 +6.0 +6.0<br />

-0.9<br />

+5.0<br />

+12.9<br />

::<br />

21 : ,.<br />

1<br />

Variações<br />

No seu relatório, a OCDE chama a atenção<br />

para o facto das fontes privadas de<br />

fi nan ciamento dos serviços de saúde terem<br />

um maior papel no pagamento de produtos<br />

farmacêuticos do que os cuidados h ospitalares<br />

ou d e ambulatório, já que os<br />

medicamentos são deficientemente cober-<br />

-15<br />

-20<br />

-25<br />

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1. 2003 2. A média da OCDE para 1990 exclui a República Eslovaca, que não cem dados disponíveis. Fonte: OCDE Health Data <strong>2006</strong><br />

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Para <strong>2006</strong><br />

Rastreio cardiovascular revela<br />

Candidaturas<br />

para Prémio Bial<br />

até Outubro<br />

O<br />

Prémio<br />

BiaI: criado em 1984 pela<br />

Fundação Bial com o objectivo de<br />

incentivar o estudo científico do<br />

Homem, tem a decorrer as respectivas candidaturas<br />

para a edição de <strong>2006</strong>. O prazo prolonga-se<br />

até ao final de Outubro, altura em<br />

que serão analisadas por um júri de especialistas<br />

a que preside Sobrinho Simões, responsável<br />

do IPATIMU P.<br />

Sendo um dos galardões de investigação científica<br />

de maior prestígio na área da saúde em roda<br />

a Europa, o Prémio Bial já atraiu, ao longo das<br />

suas 11 edições, 370 candidaturas e mobilizou<br />

733 médicos - das áreas da Medicina clínica<br />

e/ou científica - , distinguindo 158 profissionais<br />

de saúde e premiando 71 trabalhos.<br />

O Prémio Bial, atribuído de dois em dois anos, é<br />

dirigido a médicos, contemplando quer a investigação<br />

básica, quer a pesquisa clínica, e tem duas<br />

modalidades: o "Grande Prémio Bial de Medicinà'<br />

e o "Prémio Bial de Medicina Clínica''.<br />

O "Grande Prémio Bial de Medicina", no valor<br />

de 150 mil euros, destina-se a consagrar obras<br />

escritas, nacionais e internacionais, de índole<br />

médica com tema livre, que representem uma<br />

investigação de grande repercussão, qualidade e<br />

relevância científlca.<br />

O "Prémio Bial de Medicina Clínica", no valor<br />

de 50 mil euros, distingue trabalhos de tema<br />

livre de qualidade intelectual elevada, dirigido<br />

à prática da Medicina Geral e Familiar, sendo<br />

destinado exclusivamente a médicos nacionais,<br />

ou naturais de um país de expressão oficial<br />

portuguesa. O objectivo, como se percebe, é<br />

premiar e realçar a importância do trabalho<br />

clínico que diariamente é feiro nos centros de<br />

saúde e hospitais portugueses.<br />

Os trabalhos contemplados pelo "Prémio Biai de<br />

Medicina Clínica'' e algumas das outras obras premiadas<br />

são publicados em edições exclusivas<br />

pela Fundação Bial, com uma tiragem de cerca<br />

de 1 O mil exemplares e distribuídos gratuitamente<br />

pela classe médica. Foram já editadas 25<br />

obras premiadas.<br />

Além dos prémios, Menções Honrosas no valor<br />

de 5 mil euros distinguem quatro trabalhos de<br />

investigação na área da saúde.<br />

O Prémio Bial tem acompanhado a evolução e<br />

as tendências actuais da Investigação, da Medicina<br />

e da Sociedade. No início da história deste<br />

prémio os temas vencedores prendiam-se essencialmente<br />

com a medicina clínica. Actualmente,<br />

os trabalhos vencedores têm estado subordinados<br />

a temáticas relacionadas com as doenças<br />

civilizacionais emergentes que caracterizam os<br />

nossos dias, como a obesidade, o cancro, a<br />

tuberculose, a depressão e as doenças geriátricas.<br />

Mais recentemente, o Prémio Bial distinguiu<br />

estudos na área da genética, da medicina molecular,<br />

da imagiologia funcional, terapêuticas<br />

substitutivas (transplantes) e terapêuticas regenerativas<br />

(células estaminais). rm<br />

júri<br />

O júri da edição de <strong>2006</strong> do Prémio<br />

Bial é presidido por Sobrinho<br />

Simões, Professor Catedrático de<br />

Anatomia Patológica na Faculdade<br />

de M edicina do Porto e C hefe de<br />

Serviço n o Hospital de S. Jo ão ,<br />

Director do Instituto de Patologia e<br />

Imunologia M olecular da Universidade<br />

do Porto (IPATIMU P), Prémio<br />

Pessoa 2002 e um dos maiores<br />

especialistas mundiais n a área das<br />

doenças oncológicas.<br />

Os restantes elementos do júri são<br />

o s professores Armando Porto<br />

(Faculdade de M edicina d e C oimbrâ)<br />

, H enrique de Barros (Faculdade<br />

de M edicina do Porto), João Lobo<br />

Antunes (Faculdade de M edicina de<br />

Lisboa), António Rendas (Faculdade<br />

de C iências M éd icas) e Maria d e<br />

Sousa (Instituto Ciências).<br />

Portuguesas em risco<br />

A<br />

Sociedade Portuguesa de Cardiologia<br />

e os laboratórios Pfizer, levaram a<br />

cabo um rastreio com o objectivo de<br />

caracterizar os principais facro res de risco cardiovascular<br />

da população feminina portuguesa,<br />

bem como constituir um veículo de informação<br />

aos participantes.<br />

O projecto, denominado BEM M E Q UERO,<br />

avaliou dados referentes a 10.850 mulheres<br />

po rruguesas.<br />

A dimensão da amostra e a forma fidedigna<br />

com o os parâmetros avaliados foram determinados<br />

rornam este rastreio uma fonte de<br />

dados importante relativamente às características<br />

epidemiológicas.<br />

Se, por um lado, este projecto tem uma mais-valia<br />

segura no que se refere ao conhecimento e valorização<br />

de cada um dos factores de risco individ<br />

ualmente, por outro, a sua característica mais<br />

preponderante é o facto de permitir a avaliação<br />

desses mesmos problemas de forma associada, o<br />

que possibilita a estimativa do risco de doença cardiovascular,<br />

num horizonte temporal de 1 O anos.<br />

Dados<br />

No âmbito deste projecto foram avaliados dados<br />

referentes a tensão arterial, colesterol total, diabetes,<br />

prática de exercício físico, obesidade e<br />

hábitos tabágicos.<br />

Assim, 82% das mulheres portuguesas com mais<br />

de <strong>18</strong> anos têm pelo menos um factor de risco<br />

para doença cardiovascular.<br />

M ais de metade das mulheres entrevistadas<br />

(64%) tinham excesso de peso, Índice de massa<br />

corporal (IMC) > 25Kg/rn2. O IMC médio foi<br />

de 27 Kg/rn2. Por outro lado, não se verificaram<br />

grandes assimetrias regionais.<br />

Relativamente à prática de exercício físico, 69%<br />

das mulheres entrevistadas afümou não praticar mia (20%). Entre os 40 e os 49 anos os facrores<br />

regularmente exercício físico. Esta percentagem de risco mais prevalentes são o sedentarismo<br />

é tanto maior, quanto maior o grau de excesso de (73%), a hipertensão (32%) e a hipercolesterolémia<br />

(32%). Entre os 50 e os 59 anos, para além<br />

peso ou obesidade.<br />

A percentagem de fumadoras foi de 7%, sendo do sendentarismo (66%) neste grupo destaca-se<br />

a mais elevada a da região do Algarve, com um aumentp da prevalência da HTA (48%) e<br />

11 %, e a mais baixa a da região Centro, com hipercolesterolémia (43%). No grupo etário<br />

4%. O tabaco, ao contrário da prática de seguinte (60 a 69 anos) a prevalência de HTA<br />

exercício físico fo i mais frequente no grupo de passa para 64%, assistindo-se a uma subida da<br />

mulheres com um IMC inferior a 25 Kg/m2 prevalência de obesidade (IMC >30 kg/m2),<br />

(1 1 % de fumadoras).<br />

que atinge 32% das mulheres. Nas mulheres<br />

Na amostra avaliada, 47% das mulheres tinham<br />

hipertensão arterial (HTA) e 35% exces­<br />

é a HTA, com um valor de 74%.<br />

so de colesterol.<br />

Uma análise global mostrou que 5% das mu­<br />

com 70 ou mais anos o factor mais prevalente<br />

Uma análise por grupo etário mostra que, abaixo lheres avaliadas, com mais de 40 anos, irão ter um<br />

dos 40 anos, os factores de risco mais prevalentes evento cardiovascular fatal num ho.rizonte temporal<br />

de 1 O anos. são o sedentarismo (72%) e a hipercolesterolé-<br />

11111<br />

Ficha técnica<br />

Escudo transversal, baseado num rastreio à população, efecruado por aplicação directa de um questionário<br />

e medição de tensão arterial e colesterol total. Foram analisados dados referemes a 10850 mulheres,<br />

com idades compreendidas entre <strong>18</strong> e 98 anos, inquiridas em Porcugal, entre Abril de 2005 e<br />

Abril de <strong>2006</strong>. O erro da amostra é inferior a 1 %, considerando-se um nível de significância de 0,05.<br />

.<br />

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1<br />

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Hotel Pestana Palace - Lisboa, 12 e 13 de Outubro de <strong>2006</strong><br />

Uma iniciativa com o apoio:<br />

Reduzidas as despesas com comparticipações<br />

Governo cria fundo<br />

para pagar às farmácias<br />

Por ano, o SNS pode poupar<br />

200 milhões de euros se optar<br />

pelos serviços pa.rtilhados.<br />

Estes dados foram anunciados<br />

num seminário promovido<br />

pelos SUCH, em Lisboa, que<br />

reuniu muitos dos<br />

responsáveis pelo sector.<br />

S<br />

ão já mais de 50 as farmácias que preferem<br />

receber directamente das Administrações<br />

Regionais de Saúde as verbas<br />

que adiantam aos utentes sob a forma de comparticipações<br />

do Estado. Ou seja, as que dis- Por seu turno, o presidente da ANF, João Cor- pelas regras do acordo. Apenas 43 laboratórios<br />

pensaram a mediação financeira da Associação<br />

Nacional de Farmácias (ANF). Agora, o ministro<br />

Correia de Campos veio a público revelar que<br />

vai instituir um fundo público com o objectivo<br />

de garantir atempadamente o pagamento daquelas<br />

verbas a todas as farmácias.<br />

Em declarações ao "Diário Económico", o titular<br />

da pasta da Saúde garante que, assim, aqueles<br />

estabelecimentos vão poder deixar de recorrer à<br />

sua associação para receber o dinheiro que lhes<br />

é devido pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).<br />

Embora escusando-se a adiantar mais pormenores<br />

sobre esta "estrutura creditícià ', o ministro<br />

adiantou que a meta para a sua criação está estabelecida<br />

para o final do corrente ano.<br />

Correia de Campos apontou ainda que o acordo<br />

com a ANF para o pagamento do adiantamento<br />

das comparticipações já foi denunciado.<br />

cieiro, já se pronunciou sobre a novidade anunciada<br />

pelo G overno, afirmando estar surpreendido<br />

por ter sido informado apenas pelos<br />

órgãos de comunicação social.<br />

O ministro afirmou ainda ao mesmo jornal que<br />

vai impor uma descida nos preços dos medicamentos<br />

vendidos aos hospitais se o limite de crescimento<br />

da despesa pública, fixado no Orçamento de<br />

Estado para este ano em 4%, estiver em risco.<br />

De acordo com Correia de Campos, esta imposição<br />

de uma baixa de preços afectará as empresas<br />

que não assinaram o protocolo firmado entre o<br />

Executivo e a indústria farmacêutica para limitar<br />

o crescimento da despesa dos medicamentos no<br />

sector hospitalar a apenas 4% no ano de <strong>2006</strong>.<br />

As empresas que assinaram o protocolo também<br />

estão abrangidas pelo limite dos 4% mas<br />

escaparão à penalização uma vez que se regem<br />

assinaram o documento, revelou a Apifarma.<br />

Entretanto, e de acordo com dados do Instituto<br />

N acional da Farmácia e do M edicam en to<br />

(INFARMED), revelados recentemente, os<br />

gastos do Estado na comparticipação de medicamentos<br />

nas farmácias aos utentes do SNS<br />

diminuíram 1,9% de Janeiro a Maio deste<br />

ano, comparando com o período homólogo de<br />

2005. Esta é a primeira vez que os gastos diminuíram<br />

desde 2004.<br />

Ao rndo o SN S gasrnu, nos primeiros cinco<br />

meses de <strong>2006</strong>, 598 milhões de euros contra<br />

610 no ano passado e 578 milhões em 2004,<br />

considerando sempre o período entre Janeiro e<br />

Maio. Esta redução explica-se pelo efeito dos<br />

genéricos e ainda pela aplicação do preço de referência,<br />

que diminuiu a factura para o Estado,<br />

transferindo-a parcialmente para os utentes. lilD<br />

r<br />

14:30 Abertura do secretariado<br />

12 de Outubro de <strong>2006</strong><br />

15:00 Sessão de abertura<br />

Dr. Manuel Delgado<br />

Associação Portuguesa de Administradores <strong>Hospitalar</strong>es<br />

15:15 O valor acrescentado para a Saúde na intervenção do<br />

Farmacêutico<br />

Dr. José Aranda da Silva<br />

Ordem dos Farmacêuticos<br />

16:00 Coffee-break<br />

16:15 Caso prático 1 - Tendências Evolutivas do Sistema<br />

de Saúde<br />

17:30 Orientações Metodológicas para Estudos de<br />

Avaliação Económica de Medicamentos<br />

Prof. Dr. João Pereira<br />

Escola Nacional de Saúde Pública<br />

<strong>18</strong>:30 Encerramento dos trabalhos<br />

20:00 Jantar<br />

Ficha de Inscrição<br />

13 de Outubro de <strong>2006</strong><br />

9:30 Caso prático 2 - Necessidades de Informação para<br />

os Decisores em Saúde<br />

10:45 Coffee-break<br />

11 :00 Noções de Economia e Métodos de Avaliação<br />

Económica em Saúde<br />

Prof. Dr. Carlos Gouveia Pinto<br />

Instituto Superior de Economia e <strong>Gestão</strong><br />

12:30 Almoço<br />

14:00 Caso prático 3 - Estudos Farmacoeconómicos<br />

na Avaliação de Tecnologias em Saúde<br />

15:15 Coffee-break<br />

15:30 Caso prático 4 - Case study: Avaliação Económica de<br />

Tecnologias em Saúde<br />

17:00 Apresentação de resultados: discussão e conclusões<br />

<strong>18</strong>:00 Encerramento dos trabalhos<br />

Número máximo de 30 participantes- Será dada prioridade aos sócios da APAH<br />

Inscrição: 75 Euros* Hotel Pestana Palace - Lisboa, 12 e 13 de Outubro de <strong>2006</strong><br />

Nome:<br />

Função:<br />

E-mail:<br />

Hospital:<br />

Morada:<br />

@<br />

Código Postal: ______ _<br />

Telefone: Fax: Assinatura: ___________ _<br />

D Alojamento* (1 noite: 12 de Outubro)<br />

* - Incluído no valor da inscrição.<br />

Para mais informações: Telefone 21 423 5520<br />

(Laboratórios Pfizer, Lda. - Lagoas Park - Edifício 10 - 2740-271 Porto Salvo)<br />

O pagamento deverá ser efectuado, até à data da realização do evento, através de cheque nominal (à ordem de: Associação Portuguesa de<br />

Administradores <strong>Hospitalar</strong>es), ou por transferência bancária (Banco Espírito Santo conta n<strong>º</strong>: 037001290001 , ou através do NIB:<br />

000700370000129000159)


A Pfizer dedica toda a sua pesq~i~ à saúde .<br />

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•<br />

Ricardo Jorge e Fundação MSD investigam<br />

Relação entre ambiente<br />

•<br />

e doenças cardiovasculares<br />

F<br />

oi assinado recentemente um protocolo<br />

de investigação científica<br />

entre o Instituto Nacional de<br />

Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), através<br />

do Observatório Nacional de Saúde<br />

(ONSA), e a Fundação Merck Sharp &<br />

Dohme (FMSD).<br />

O projecro imirulado GEOFASES (Análise<br />

Geográfica de Factores Ambientais e Sócio­<br />

-Económicos em Saúde) cem por objeccivo<br />

determinar as relações existen ces en cre<br />

doenças cardiovasculares, factores ambientais<br />

e características sócio-económicas da<br />

população, com base no Sistema de Informação<br />

Geográfica.<br />

Do protocolo destacam-se questões tão<br />

importantes como a "Investigação sobre<br />

a existência de relações directas entre a<br />

mortalidade e a morbilidade devido a causas<br />

relacionadas com factores ambientais,<br />

sócio-económicos e demográficos" (as causas<br />

a estudar incluem as doenças dos aparelhos<br />

circulatório e respiratório), sem<br />

esquecer a "caracterização, através de<br />

mapas temáticos, da variação espacial da<br />

mortalidade e da morbilidade por causas<br />

diversas e identificação de localizações<br />

eventualmente problemáticas'', assim como<br />

a "avaliação das diferenças na mortalidade<br />

e na morbilidade observada, entre grupos<br />

de unidades geográficas sujeitos a factores<br />

de exposição distintos".<br />

Na cerimónia de assinatura do documento<br />

estiveram presentes o director do INSA, Fernando<br />

Lopes de Almeida, bem como o Presidente<br />

da FMSD, José Toscano Rico. l'illl<br />

>>>Responsáveis do Instituto Ricardo Jorge e da Fundação MSD assinaram um protocolo, de cariz científico. O que se pretende é equacionar a relação entre o ambiente,<br />

as condições sócio-económicas da população e as doencças cardiovasculares. Na foto, Fernando Lopes de Almeida e José Toscano Rico.


Estudo europeu<br />

Sistema de saúde português<br />

pouco atento a doentes<br />

O<br />

sistema de saúde português dá<br />

pouca atenção aos direitos dos<br />

doentes, ficando abaixo da média<br />

europeia. Esta é uma das conclusões de um<br />

estudo da "Health Power House", uma consultora<br />

sueca, divulgado na última semana de<br />

Junho, e que analisou 26 países centrando-se<br />

nos efeitos directos dos respectivos sistemas<br />

de saúde nos pacientes.<br />

Os 25 países da União Europeia mais a Suíça,<br />

como referência, foram analisados através de 27<br />

indicadores emergindo a França como o vencedor<br />

do "Euro Health Consumer Índex" de <strong>2006</strong>,<br />

com um sistema considerado tecnicamente eficiente<br />

e generoso na disponibilização dos cuidados<br />

de saúde. Em segundo lugar ficou a Holanda,<br />

que ficara em primeiro em 2005, seguida da<br />

Alemanha. A Eslovénia e a Estónia obtiveram a<br />

classificação na relação custo/benefício.<br />

O estudo analisa vários pontos dos dirdtos e<br />

informação dos doentes, os tempos de espera para<br />

tratamentos, resultados médicos, a "generosidade"<br />

do sistema, ou seja, o seu nível de cobertura,<br />

e os medicamentos.<br />

Entre os resultados negativos de Portugal no<br />

que diz respeito aos direitos e informação aos<br />

utentes contam-se a inexistência d e seguros<br />

que cubram os erros médicos, a não disponibilização<br />

de uma lista dos serviços de saúde com<br />

a respecciva classificação qualitativa e a falta de<br />

um provedor do doente. Pela positiva, o estudo<br />

assinala, em Portugal, a existência da receita<br />

médica renovável e a marcação de consultas<br />

por telefone.<br />

Relativamente aos tempos de espera para tratamentos,<br />

Portugal recebe uma clara negativa no<br />

acesso directo aos médicos especialistas e na espera<br />

para o tratamento do cancro e das cirurgias de<br />

prótese ao joelho e anca. Pela positiva, o estudo<br />

destaca o acesso às cirurgias cardio-torácias.<br />

Na coluna dos resultados, o sistema de saúde português<br />

recebe duas notas positivas: a redução das<br />

taxas de mortalidade infantil e de cancro na mama.<br />

As notas negativas vão para a alta ocorrência de<br />

infecções hospitalares (Staphylococcus aureus resistente<br />

à meticilina) e o elevado número de mortes<br />

evitáveis, ou seja, o número de anos de vida potencialmente<br />

perdidos.<br />

Quanto à generosidade do sistema português, a<br />

avaliação é, no geral, negativa apontando-se<br />

como exemplos a baixa taxa de operações às<br />

cataratas e a não inclusão na oferta dos serviços<br />

públicos da medicina dentária.<br />

A pequena sinopse final do estudo, disponível em<br />

www.healthpowerhouse.com, afirma, ainda,<br />

...... ~ • .:x. ..... ~~<br />

i .• .s<br />

....-.it·~-k<br />

sobre Portugal: "Não tão avançado como os<br />

seus vizinhos espanhóis. Grande melhoria na<br />

mortalidade infantil. Melhor fornecedor de<br />

dados que os seus vizinhos, obtém um melhor<br />

resultado em <strong>2006</strong>". A Espanha ocupa o 17°<br />

lugar em ex aequo com a Grécia, sobre quem a<br />

mencionada sinopse final diz apenas "Os médi-<br />

- . "<br />

cos sao os reis .<br />

Ainda de acordo com este Index, apenas quatro<br />

dos 25 países da União apresentam um provedor<br />

do doente; três em cada quatro dos sistemas<br />

têm tempos de espera para tratamentos do cancro<br />

superiores a três semanas; um em cada três<br />

sistemas· permite o acesso directo do doente a<br />

especialistas; metade dos países bloqueia o acesso<br />

dos doentes aos seus próprios registos médicos;<br />

dois em cada três governos atrasam a introdução<br />

de novos medicamentos no sistema de<br />

comparticipações. rm


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Vírgula<br />

Os deuses aben .çoam • • •<br />

alentejano e puré de ervilhas<br />

3. Trilogia de especiarias (creme crulée de<br />

baunilha, gelado de açafrão e biscoito de banana<br />

e canela)<br />

Esta é, no entanto, apenas uma pequena amos­<br />

Entre o Tejo e Lisboa há o Virgula.<br />

Um restaurante espaçoso e sofisticado<br />

onde a luz e o brilho marcam<br />

pontos. Mas esses pontos são ainda aumentados<br />

se for tido em atenção o requinte da ementa<br />

e a variedade da garrafeira.<br />

Mas há muito mais para apreciar no Vírgula.<br />

O serviço dificilmente podia ser melhor, bem<br />

como a simpatia dos colaboradores. Os<br />

detalhes com que se é recebido soma mais<br />

um ponto a favor de um restaurante que se<br />

impõe, sem dúvida, pela criatividade do portuguesíssimo<br />

chefe Bertílio Gomes. Ele<br />

consegue, com os seus cozinhados, fazer renascer<br />

o provérbio que diz que "os olhos também<br />

comem". Depois vem o paladar. E os deuses<br />

certamente que acompanham o chefe Bertílio<br />

quando ele, num acto de criação, confecciona<br />

os deliciosos manjares.<br />

Três exemplos (da entrada à sobremesa):<br />

1. Camarão com lima, espuma de caril e côco<br />

e tártaro de manga<br />

2. Carré de borrego assado com mil-folhas<br />

tra do muito que o Vírgula tem para lhe oferecer.<br />

Quer seja ao almoço ou ao jantar, quer seja<br />

para se reunir em trabalho ou apenas para<br />

descontrair, este restaurante, situado no Cais<br />

de Santos, tem tudo aquilo que se deseja e<br />

espera para um repasto com tudo a que se<br />

tem direito. lBll


A saúde sexual dos portugueses<br />

Disfunção eréctil ,<br />

e a<br />

queixa mais frequente<br />

N<br />

o desenvolvimento de um programa<br />

promovido pela Pfizer, ao longo de<br />

todo o país, tem sido possível efectuar<br />

testes na área da tensão arterial, colesterol e<br />

visão (glaucoma, DMI - degeneração macular<br />

da idade), a muitos milhares de pessoas, sendo<br />

disponibilizada também informaçáo no âmbito<br />

da diabetes, disfunção eréctil, dor, DPOC<br />

(doença pulmonar obstrutiva crónica), hiperplasia<br />

da próstata, doenças do sistema nervoso<br />

central (demências e doença de Alzheimer) e<br />

ainda conselhos de vida saudável.<br />

No final das acções de informação e aconselhamento,<br />

é fornecido ao visitante um relatório<br />

individual sobre a sua situação particular.<br />

No campo da saúde sexual masculina duas psicólogas<br />

têm vindo a realizar o atendimento ao<br />

público, recolhendo dados relativos aos homens<br />

portugueses, ao mesmo tempo que prestam<br />

informações e fazem reencaminhamento das<br />

situações que para tal têm indicação.<br />

A propósito da saúde sexual do homem, a elevada<br />

afluência da população, nos mais diversos<br />

escalões etários, demonstra, simultaneamente, a<br />

preocupação com os problemas do foro da<br />

sexualidade e a motivação para a sua prevenção<br />

e tratamento.<br />

Os utentes têm revelado uma fácil abordagem<br />

deixando transparecer, no decurso destas triagens,<br />

alguns pedidos implícitos de ajuda técnica.<br />

De qualquer modo, uma boa parte dos<br />

homens portugueses nunca recorreu à ajuda<br />

especializada por desconhecimento dos locais ou<br />

técnicos existentes para esse efeito, por acharem<br />

que não vale a pena ou, num reduzido número,<br />

por pudor.<br />

A queixa mais frequente foi a da disfunção eréctil,<br />

seguida da ejaculação precoce, agravada pela<br />

idade. Contudo, a diminuição do interesse<br />

sexual (quase sempre associado ao desinteresse<br />

da parceira e perpetrado, anos volvidos de relação<br />

insatisfatória, pela aquiescência) e do desejo<br />

sexual (ou mesmo a sua total ausência) constituem<br />

uma forte fonte de preocupação para os<br />

homens portugueses.<br />

Faltas<br />

Mas, os maiores problemas parecem residir nas<br />

respostas que os técnicos e os serviços de saúde<br />

fornecem aos doentes.<br />

A encabeçar a longa lista de queixas vem a falta<br />

de informação relacionada com os efeitos da<br />

medicação ou doenças fisiológicas sobre a actividade<br />

sexual.<br />

Uma outra·questão que se mostra preocupante<br />

no quadro técnico do tratamento das perturbações<br />

do foro sexual é a ausência de diagnóstico<br />

precoce de qualquer disfunção sexual, por parte<br />

do médico de família, por ausência de abordagem<br />

da sexualidade. Na maior parte dos casos,<br />

os doentes relatam a desvalorização<br />

dos técnicos em relação<br />

aos seus problemas referindo<br />

ouvir muitas vezes frases<br />

como: "deixe estar que isso<br />

passa" (sem alerta para a instalação<br />

de disfunções sexuais<br />

por intervenção concomitante<br />

de factores psicológicos), "com<br />

essa idade o que é que o Senhor<br />

quer?" (sem se ater ao<br />

sofrimento associado à perda<br />

de virilidade) ou, mesmo, "É<br />

melhor ficar sem nada ( erecção)<br />

do que morrer de cancro<br />

(Próstata)". Impressionante!<br />

Mais impressionante se torna<br />

este problema se pensarmos<br />

nas dificuldades de conseguir<br />

uma consulta em tempo útil<br />

para o médico de família ou<br />

na virtual impossibilidade de<br />

conseguir uma consulta de<br />

especialidade, tendo em vista<br />

as longas listas de espera.<br />

Porém, conseguindo consulta,<br />

quando não há resposta do<br />

"A queixa mais<br />

frequente foi a da<br />

disfunção eréctil,<br />

seguida da<br />

ejaculação precoce,<br />

agravada pela<br />

idade. Contudo, a<br />

diminuição do<br />

interesse sexual e<br />

do desejo sexual<br />

constituem uma<br />

forte fonte de<br />

preocupação para<br />

os homens<br />

portugueses".<br />

tratamento inicial efectuado pelo médico de<br />

família o doente não é reencaminhado para os<br />

devidos especialistas. Assim, o que acontece a<br />

Isaura Lourenço<br />

Psicóloga e Sexóloga Clínica<br />

maior parte das vezes é que,<br />

após meses de espera, os<br />

pacientes assistem impotentes à<br />

desmarcação da consulta por<br />

falta de médico e uma nova e<br />

extenuante espera se avizinha.<br />

Para além do pudor e da falta<br />

de informação de alguns doente,<br />

assistimos, uma vez mais, à<br />

incapacidade de resposta técnica<br />

e institucional do sistema de<br />

saúde no que às perturbações<br />

da sexualidade masculina<br />

concerne. Como é possível prevenir<br />

as perturbações da sexualidade<br />

masculina se os técnicos<br />

não têm formação e, muitas<br />

vezes, vocação e sensibilidade<br />

para lidar e tratar um tipo de<br />

problemas cuja pluralidade de<br />

consequências permite deixar<br />

fl uir o sofrimento pessoal?<br />

Como dizer às pessoas que a<br />

sua saúde sexual é uma parte<br />

importante da sua saúde geral<br />

se elas não encontram resposta<br />

técnica nem institucional para<br />

os seus problemas quando, ainda que raramente,<br />

a procuram? Será que o pudor e os tabus estão só<br />

do lado de quem necessita de ajuda? mn<br />

1<br />

><br />

33 i


DIÁRIO DA REPÚBLICA<br />

A GH divulga a legislação mais relevante publicada em Diário da República entre 01 de junho e 23 de junho<br />

Roche<br />

Presidência do Conselho de Ministros<br />

Resolução do Conselho de Ministros n. 0 72/<strong>2006</strong>, de 08<br />

de Junho de <strong>2006</strong><br />

Autoriza a abertura de concurso público para a aquisição de<br />

serviços de comunicações no âmbiro da Rede Informática da<br />

Saúde (RIS)<br />

Ministério da Saúde<br />

Portaria n. 0 506/<strong>2006</strong>, de 01 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento,<br />

designados por CPA, que estabelecem as condições de fornecimento<br />

ao Estado de correctivos da volémia e outras<br />

soluções estéreis<br />

Portaria n. 0 507/<strong>2006</strong>, de 01 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento,<br />

designados por CPA, que estabelecem as condições de fornecimento<br />

ao Estado de seringas, agulhas e contentores<br />

Portaria n. 0 509/<strong>2006</strong>, de 02 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento,<br />

designados por CPA, que estabelecem as condições de fornecimento<br />

ao Estado de medicamentos de consumo geral<br />

(soluções e suspensões orais, formas farmacêuticas rectais,<br />

vaginais, tópicas e de inalação)<br />

Portaria n. 0 510/<strong>2006</strong>, de 02 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento,<br />

designados por CPA, que estabelecem as condições de fornecimento<br />

ao Estado de medicamentos do sistema nervoso<br />

cerebrospinal<br />

Portaria n. 0 511/<strong>2006</strong>, de 02 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento,<br />

designados por CPA, que estabelecem as condições de fornecimento<br />

ao Estado de luvas para uso médico<br />

Portaria n. 0 519/<strong>2006</strong>, de 05 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento,<br />

designados por contratos, que estabelecem as condições de<br />

fornecimento ao Estado de medicamentos anti-infecciosos<br />

Portaria n. 0 522/<strong>2006</strong>, de 06 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Homologa os contratos públicos de aprovisionamento, designados<br />

por CPA, que estabelecem as condições de fornecimento<br />

ao Estado de matef"ial de penso tradicional ou clássico<br />

Decreto-Lei n. 0 100/<strong>2006</strong>, de 06 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Cria um regime excepcional para a contratação de empreitadas<br />

de obras públicas, fornecimento de bens e aquisição de<br />

serviços destinados ao desenvolvimento das experiências<br />

piloto em execução e cumprimento dos objectivos da Coordenação<br />

Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas e<br />

Cidadãos em Situação de Dependência, que funciona junto<br />

do Alto Comissariado da Saúde<br />

Decreto-Lei n. 0 101/<strong>2006</strong>, de 06 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Cria a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados<br />

Portaria n. 0 567/<strong>2006</strong>, de 12 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Aprova as tabelas de preços a praticar pelo Serviço Nacional<br />

de Saúde, bem como o respectivo Regulamento, e aprova a<br />

lista de classificação dos hospitais para efeitos de facturação<br />

dos episódios da urgência<br />

Portaria n. 0 639/<strong>2006</strong>, de 23 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Altera a Portaria n. 0 38/<strong>2006</strong>, de 6 de Janeiro, que estabelece<br />

as regras do registo obrigatório e do pagamento das correspondentes<br />

taxas a que estão sujeitos os operadores previstos<br />

no artigo 8. 0 do Decreto-Lei n. 0 309/2003, de 10 de Dezembro,<br />

e define os critérios e cálculos das taxas de registo<br />

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior<br />

Portaria n. 0 508/<strong>2006</strong>, de O 1 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Cria o curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem<br />

Comunitária na Escola Superior de Saúde de Portalegre,<br />

do Instituto Politécnico de Portalegre, e aprova o respectivo<br />

plano de estudos<br />

Ministério da Cultura<br />

Decreto n. 0 15/<strong>2006</strong>, de 06 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Procede à classificação do Hospital da Misericórdia em<br />

Beja como monumento nacional<br />

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social<br />

Decreto-Lei n. 0 117/<strong>2006</strong>, de 20 de Junho de <strong>2006</strong><br />

Define a transição do regime obrigatório de protecção social<br />

aplicável dos funcionários públicos para o regime geral de<br />

segurança social dos trabalhadores por conta de outrem<br />

Região Autónoma da Madeira - Presidência do<br />

Governo<br />

Decreto Regulamentar Regional n. 0 4/ O~lr!"!> , d~ .o1 '"cfe .<br />

Junho de <strong>2006</strong> r . .. - r<br />

Altera o Decreto Regulamentar Regiop:l n. 1-3/9-9-/M,<br />

0<br />

de 29 de Setembro, que cria o cartão de identificação de<br />

utente dos serviços de saúde na Região Autónoma da<br />

Madeira<br />

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