Gestão Hospitalar N.º 20 2006
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Medicamentos<br />
> Governo quer novas regras<br />
nas Farmácias <strong>Hospitalar</strong>es<br />
> Farmacêuticos querem<br />
conter a despesa<br />
> Realiza-se a li CNF
Sopra<br />
uma boa nova,<br />
.<br />
Aliámos a experiência e solidez de um grupo internacional,<br />
líder na sua área, ao maior e mais moderno complexo industrial<br />
farmacêutico português.<br />
Escolhemos Portugal para ser o centro mundial de desenvolvimento<br />
e produção de medicamentos injectáveis da Fresenius Kabi.<br />
Apostámos na qualidade, competência e formação dos nossos<br />
profissionais.<br />
Acreditámos no seu apoio.<br />
Em Portugal, com portugueses, para o mundo.<br />
~<br />
LABESFAL<br />
Fresenius<br />
Kabi<br />
Caring for Life<br />
04 Editorial<br />
12 Entrevista<br />
18 Política<br />
22 Encontros<br />
26 Saúde<br />
"Suspeições, anátemas e confusões" é o tema<br />
que serviu de base ao editorial, assinado pelo<br />
presidente da APAH, Manuel Delgado, neste número<br />
da GH. No fundo é a análise sobre suspeições<br />
postas a circular relativamente aos gestores<br />
hospitalares e à sua alegada falta de rigor na<br />
gestão da coisa pública. Afinal, há ou não<br />
benefícios pessoais exorbitantes e utilização<br />
de cargos públicos para distribuição de benesses?<br />
Manuel Delgado responde.<br />
Joseph Gonella é um médico norte-americano<br />
de origem italiana. A sua visão de Medicina<br />
é bem diferente da que estamos habituados<br />
a ver defendida pelos clinicos dos "States".<br />
Na entrevista que deu à GH apresenta<br />
os fundamentos do sistema de classificação<br />
de doenças que criou. E para que fique<br />
bem claro, o seu conceito não segue a mesma<br />
lógica médica de classificação por Diagnostic<br />
Related Groups (DRT).<br />
A Ordem dos Farmacêuticos (OF) apresentou<br />
ao Governo um conjunto de medidas para<br />
racionalizar os encargos com os medicamentos<br />
nos hospitais. A GH apresenta as medidas até<br />
porque, segundo o bastonário da OF, Aranda<br />
da Silva, para continuar a existir um Serviço<br />
Nacional de Saúde (SNS) temos de começar a fazer<br />
escolhas baseadas na evidência científica.<br />
O Governo também já apresentou as novas regras<br />
propostas para as farmácias hospitalares.<br />
A li Conferência Nacional de Farmacoeconomia<br />
(CNF), organizada pela APAH, acontece já no<br />
próximo dia 29 de Setembro. De Espanha chega<br />
até ao evento Pere lbern Regàs, presidente<br />
da Associação de Economia da Saúde e professor<br />
da Universidade de Pompeu Fabre, Barcelona.<br />
O tema este ano está relacionado<br />
com os medicamentos hospitalares e com<br />
a partilha de risco entre os diferentes parceiros<br />
Foi nomeada pelo Ministério da Saúde uma<br />
comissão técnica de apoio à requ lifüação<br />
~.<br />
das urgências. Este grupo de trabâlhfificã:á' ~ "<br />
funcionar na directa dependência do mini~trcf<br />
- 1<br />
Correia de Campos, e tem como t re a prmcípa -f<br />
actualizar a rede de urgências, at ndendo à 1<br />
segurança e boa prática na respo ta às 1<br />
necessidades do doente urgente e~e. j<br />
Lc:,<br />
l---~ffilSJQ_j<br />
L 10 T :. ,~ í
1<br />
Suspeições, Anátemas e Confusões<br />
1<br />
4<br />
Manuel Delgado<br />
Presidente da APAH<br />
"Não podemos<br />
confundir estas<br />
situações<br />
do passado<br />
com o estrito uso<br />
de benefícios<br />
remuneratórios<br />
que a lei confere<br />
aos titulares<br />
de cargos de gestão<br />
nos hospitais"<br />
1<br />
Levantaram-se recentemente uma série de suspeições<br />
sobre os gestores dos hospitais públicos:<br />
gastos fúteis e/ou sumptuosos, falta de<br />
rigor na gestão da coisa pública, benefícios pessoais<br />
exorbitantes, utilização de cargos públicos para distribuição<br />
de benesses a amigos e familiares, foram<br />
algumas das suspeitas que rapidamente percorreram<br />
a opinião pública.<br />
Admito a existência de um ou outro caso em que<br />
este tipo de comportamentos possa ter ocorrido.<br />
Mas, confesso, não conheço nenhum. E, sobretudo,<br />
não é legítimo nem é conecto, generalizar para<br />
todos, com as consequências naturalmente previsíveis,<br />
tais comportamentos.<br />
Tenho para mim que os actuais Conselhos de Administração<br />
têm feito um significativo e comprovado<br />
esforço para travar o crescimento da despesa, não vislumbrando<br />
atitudes ou comportamentos despesistas,<br />
ostentatórios ou nepotistas.<br />
A facilidade com que a comunicação social dá voz<br />
à mais soez demagogia nesta matéria asfixia a verdade<br />
e contribui para a criação de bodes expiatórios.<br />
2. Já agora, refira-se que associar o deficit dos hospitais,<br />
designadamente dos que apresentam situações<br />
mais complexas, com aqueles comportamentos, é,<br />
não só, uma rematada falsidade como provocará<br />
concerteza um profundo sentimento de injustiça e<br />
de revolta nos que se sentem directamente atingidos.<br />
Todos sabemos que a transição dos S.A. para os<br />
E.P.E., se deu em circunstâncias muito diferentes<br />
de Hospital para Hospital. A ideia, peregrina, de<br />
que os Hospitais S.A. constituíam uma vanguarda<br />
consistente e uniforme de hospitais eficientes,<br />
organizados, de qualidade e modernos, nunca teve<br />
qualquer evidência. Pelo contrário, foi sempre<br />
minha convicção de que o lastro que ditava melhores<br />
desempenhos no passado se manteve e que,<br />
por outro lado, profundas transformações registadas<br />
nalguns estabelecimentos, determinaram<br />
novos cenários, em matéria de oferta e de procura,<br />
com consequências não suficientemente acauteladas<br />
quanto aos custos e respectivo modelo de<br />
financiamento.<br />
Lançar anátemas sobre os hospitais com base no<br />
deficit, não se preocupando com a sua história<br />
recente, com as heranças do passado e, já agora, com<br />
a sua actividade assistencial (afinal a essência da<br />
sua existência) é uma forma redutora, enviezada e<br />
injusta de análise do seu desempenho.<br />
3. Os resultados da inspecção realizada pela IGS<br />
(Inspecção-Geral da Saúde) quanto às remunerações<br />
dos Conselhos de Administração dos Hospitais<br />
Públicos, salvo erro incluindo os anos de<br />
<strong>20</strong>03 e <strong>20</strong>04, mostraram não só divergências interpretativas<br />
sobre questões menores, mas também, e<br />
sobretudo, ostensivas formas de abuso de confiança<br />
quanto ao uso de regalias e de remunerações.<br />
Não podemos confundir estas situações do passado<br />
com o estrito uso de benefícios remuneratórios que<br />
a lei confere aos titulares de cargos de gestão nos hospitais.<br />
Estes direitos não podem, ou pelo menos, não<br />
devem ser questionados. Fazer, por exemplo, um<br />
juízo ético ou moral sobre o uso de viaturas quando<br />
tal prerrogativa faz parte das condições remuneratórias<br />
definidas por lei e recentemente reafirmadas<br />
com a criação dos E.P.E., abrirá um<br />
precedente imparável na análise da gestão de todas<br />
as empresas e serviços públicos. Seriam sempre<br />
objecto de censura todos os gestores que, perante a<br />
situação difícil das suas empresas ou serviços, não<br />
abdicassem voluntariamente da remuneração ou<br />
regalias que lhes fossem legalmente devidas.<br />
Se o decisor político, legislativo ou executivo, considera<br />
que certas molduras remuneratórias são manifestamente<br />
exagerados ou "imorais" tem apenas<br />
um caminho a seguir: corrigi-las. Transferir o risco<br />
do julgamento público para os gestores que ele<br />
próprio contrata é uma maldade inqualificável. 11111<br />
MSD Dedicamos<br />
a nossa vida<br />
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medicina e muito mais
Congressos<br />
Porto debate doenças<br />
infecto-contagiosas<br />
O<br />
Serviço de Doenças Infecciosas do<br />
Hospital de S. João, em colaboração<br />
com a Faculdade de Medicina do Porto<br />
e com a Associação Portuguesa para o Estudo<br />
Clínico da SIDA (APECS) vai promover<br />
a realização de dois congressos no Porto.<br />
Trata-se do VIII Congresso Nacional de<br />
Em Braga<br />
Doenças Infecciosas e do 6° Congresso<br />
Nacional sobre SIDA.<br />
Os dois eventos, que decorrerão entre 08 a<br />
11 de Outubro, contam com a participação<br />
de individualidades nacionais e internacionais<br />
de prestígio no âmbito da saúde<br />
pública e das doenças infecciosas. lllD<br />
APAH comemora 25 anos<br />
E<br />
ntre outras iniciativas em curso este<br />
ano e que culminarão com o Congresso<br />
dos Hospitais de 17 a 19 de Novembro,<br />
em parceria com a APDH - Associação<br />
Portuguesa para o Desenvolvimento <strong>Hospitalar</strong><br />
- a APAH vai organizar em Braga,<br />
dia 21 de Outubro e associado às Manhãs<br />
d e Sábado, o jantar comemorativo dos 25<br />
Anos de existência da Associação.<br />
A direcção da APAH faz um apelo a todos<br />
os associados para que adiram a esta iniciativa,<br />
mostrando, desse modo, a capacidade<br />
de união e de mobilização destes profissionais<br />
em torno dos seus valores e do<br />
prestígio da sua profissão.<br />
Durante a manhã do mesmo dia, e também<br />
na cidade de Braga, decorre mais um<br />
encontro temático, onde se vai analisar os<br />
"Sistemas d e Informação em Saúde". A<br />
coordenação do evento está a cargo da<br />
administradora hospitalar Joana C hedas,<br />
estando também prevista a participação<br />
de um representante da Microsoft. m11<br />
Viana do Castelo<br />
Enfermeiros reflectem sobre USF's<br />
<strong>º</strong>Conselho Directivo Regional do<br />
Norte da Ordem dos Enfermeiros vai<br />
debater, no próximo dia 25 de Setembro,<br />
em Viana do Castelo, a reforma dos cuidados<br />
de saúde primários e as recém<br />
-criadas Unidades de Saúde Familiar (USF),<br />
enquanto modelos da organização. Uma<br />
iniciativa que deverá contar com a presença<br />
da bastonária, Maria Augusta de Sousa.<br />
Neste encontro, está prevista ainda a realização<br />
de um painel de debate dedicado à<br />
reflexão ética sobre vários aspectos<br />
inerentes à prática da enfermagem e uma<br />
discussão alargada sobre boas práticas. m11<br />
Discussão pública<br />
Redes de referenciação cardiovascular em análise<br />
Termina já no próximo dia 22 de Setembro<br />
o prazo para a consulta e discussão<br />
pública, no sítio do Alto Comissariado da<br />
Saúde, da primeira versão do documento<br />
sobre as Redes de Referenciação Cardiovascular<br />
de Urgência e Vias Verdes de Enfarte<br />
Agudo do Miocárdio (EAM) e de Acidente<br />
Vascular Cerebral (AVC).<br />
Este documento preconiza recomendações<br />
nacionais para o diagnóstico do EAM e do<br />
AVC e apresenta sugestões sobre quais<br />
deverão ser as unidades hospitalares a receber<br />
os doentes que accionem o número<br />
nacional de emergência (112) e o Instituto<br />
Nacional de Emergência Médica, em cada<br />
Administração Regional de S::i.úde. Estas<br />
recomendações, que constam desta primeira<br />
versão, foram elaboradas pela Coordenação<br />
Nacional para as Doenças Cardiovasculares,<br />
em colaboração com as ARS e o INEM. lllD
Coimbra<br />
Gripe aviária em fórum regional<br />
SNS<br />
Financiamento resolvido<br />
com impostos<br />
O<br />
ministro da Saúde, Correia de Campos,<br />
já recebeu o relatório prévio da<br />
Comissão que nomeou para estudar a sustentabilidade<br />
do financiamento do Serviço<br />
Nacional de Saúde (SNS). A equipa aponta<br />
como soluções mais viáveis o aumento de<br />
impostos e a subida dos co-pagamentos<br />
directos do cidadão.<br />
Para a comissão, coordenada por Jorge<br />
Simões - antigo assessor do ex-presidente<br />
da República Jorge Sampaio para as<br />
questões da Saúde - analisou sete alternativas,<br />
tendo posto de parte cinco por considerar<br />
que estas estão fora da realidade portuguesa.<br />
O grupo de trabalho considera também<br />
que a "sustentabilidade financeira do SNS<br />
reside fundamentalmente no controlo da<br />
restante despesa pública", que idealmente<br />
deveria crescer apenas 2% ao ano. 1m<br />
AAdministração Regional de Saúde<br />
(ARS) do Centro e o Centro Regional<br />
de Saúde Pública do Centro realizam, nos<br />
próximos dias 21 e 22 de Setembro, em<br />
Coimbra, um fórum regional dedicado à<br />
gripe aviária.<br />
A iniciativa pretende contribuir para a preparação<br />
da Região Centro face ameaça pandémica<br />
decorrente do vírus NH5Nl e destina-se<br />
aos responsáveis pelos vários sectores<br />
profissionais dos hospitais e centros de saúde<br />
da região.<br />
Neste evento estão previstas as presenças,<br />
nomeadamente, do director-geral da Saúde,<br />
Francisco George, da subdirectora-geral da<br />
Saúde, Maria da Graça Freitas, do director<br />
do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo<br />
Jorge, Fernando de Almeida, do presidente<br />
do Conselho de Administração da ARS do<br />
Centro, Fernando Regateiro, e do delegado<br />
regional de Saúde do Centro, José Teresa. 1m<br />
1 nvestigação<br />
INSA abre candidaturas<br />
, .<br />
a premias<br />
O<br />
Instituto Nacional de Saúde Dr.<br />
Ricardo Jorge (INSA) já abriu as candidaturas<br />
para os prémios Ricardo Jorge e<br />
Gonçalves Ferreira, que têm como objectivo<br />
apoiar e incentivar a investigação científica<br />
em Portugal. Os processos de candidatura<br />
serão aceites, na sede do INSA, em Lisboa,<br />
até 30 de Setembro.<br />
O Prémio Ricardo Jorge, no valor de 25<br />
Medicamentos<br />
mil euros, premeia anualmente o melhor<br />
trabalho português de investigação na área<br />
da Saúde Pública. O Prémio Gonçalves<br />
Ferreira ( 1 O mil euros) é uma distinção<br />
bienal, de tema variável. A edição deste<br />
ano é dedicada à investigação na área da<br />
Nutrição/Alimentação. Os nomes dos vencedores<br />
serão divulgados, em Novembro,<br />
no Dia do INSA. 1m<br />
Distribuidores podem importar mais barato<br />
J<br />
á foi publicada em Diário da República<br />
a legislação que permite aos distribuidores<br />
farmacêuticos importar medicamentos<br />
que sejam mais baratos noutros países.<br />
Ou seja, com o diploma de dia 30 de Agosto,<br />
é permitida a importação paralela de<br />
medicamentos.<br />
Quem possui uma autorização de importação<br />
de medicamentos pode importar fármacos que<br />
estejam comercializados em Portugal mas que<br />
sejam vendidos a um preço mais baixo noutros<br />
países. No entanto, o preço a praticar em relação<br />
a estes medicamentos tem de ser obrigatoriamente<br />
inferior aos fármacos idênticos ou<br />
essencialmente similares que tenham autorização<br />
para serem comercializados no país.<br />
A nova regulamentação abrange ainda os<br />
medicamentos homeopáticos, aqueles à base<br />
de plantas e a actividade dos delegados de<br />
informação médica; estabelece-se a criação<br />
de um código nacional do medicamento a<br />
ser aprovado pelo ministro da Saúde; a introdução<br />
em Braille do nome do fármaco. 1m
1<br />
. er dedica toda a sua pesquisa à saúde.<br />
A Pf1z inda não nasceram até às pessoas<br />
Dos que a . ada Sabemos que cada<br />
?e idade ;ª;!r a;:~em~s específicos mas que<br />
idade po d é comum o desejo de uma<br />
d sasida es .<br />
ª.to a udável e plena. Por isso, estamos<br />
vida longa,~: da investigação biomédica,<br />
na van~ua tratando cada vez mais doenças.<br />
prevenindo e . á alcançados, mas<br />
Muitos sucessos fo~:~a~ da nossa dedicação<br />
muitos outros nece as doenças façam parte do<br />
e esforço. ~~::~osso futuro. Este é o nosso<br />
~~=~o<strong>º</strong>m~sso consigo; juntos faremos o futuro.<br />
Alerta lançado no dia europeu<br />
Enxaqueca pode ser prevenida<br />
Aprevenção da enxaqueca não só é<br />
(( possível, como é obrigatória.» O<br />
alerta foi feito por José Pereira Monteiro,<br />
presidente da Sociedade Portuguesa de<br />
Cefaleias (SPC), e serviu de mote para a<br />
conferência de imprensa que se realizou a<br />
12 de Setembro, na Secção Regional do<br />
Norte da Ordem dos Médicos, no Porto.<br />
No encontro que marcou a comemoração<br />
portuguesa do primeiro Dia Europeu da<br />
Enxaqueca, foi traçado o panorama epidemiológico<br />
português da enxaqueca.<br />
A enxaqueca é uma doença crónica, subdiagnosticada<br />
{apenas 40 por cento dos<br />
casos são conhecidos), episódica e de<br />
grande incidência familiar, que pode persistir<br />
ao longo de toda a vida, e com<br />
consequências sócio-económicas graves<br />
das quais se destaca o absentismo profissional<br />
e escolar. DD<br />
RCCI<br />
Assistentes sociais te<br />
f/11111<br />
rao<br />
Manual de Boas Práticas<br />
ou<br />
ruoo 0<br />
cos,,,<br />
IO<br />
A<br />
Direcção-Geral da Saúde {DGS) elaborou<br />
um Manual de Boas Práticas<br />
para os Assistentes Sociais da Saúde ifl:seridos<br />
na Rede Nacional de Cuidados<br />
Continuados Integrados {RCCI).<br />
Segundo este manual, cabe aos assistentes<br />
sociais determinar a relevância de factores<br />
psicossociais que possam influenciar o tratamento,<br />
a reabilitação, readaptação ou<br />
reintegração dos doentes dependentes nos<br />
seus me10s soc1a1s.<br />
Assim, o perfil e desempenho profissional<br />
dos assistentes sociais da RCCI difere<br />
dos que intervêm neste processo a partir<br />
dos Centros Distritais de Segurança Social,<br />
uma vez que se orienta para a prestação de<br />
cuidados e para a gestão personalizada da<br />
situação e necessidades globais do cidadão<br />
enquanto doente. DD
Joseph S. Gonnella apresenta à GH<br />
Sistema de classifi<br />
O médico norte-americano<br />
Joseph Gonella esteve em<br />
Portugal recentemente e<br />
explicou à G H os<br />
fundamentos do sistema de<br />
classificação da~ doenças,<br />
que desenvolveu nos Estados<br />
Unidos, e que não segue a<br />
"mesma lógica médica" da<br />
classificação por Diagnostic<br />
Related Groups. Este é um<br />
sistema, defende, que<br />
permite uma comparação<br />
mais justa entre médicos e<br />
entre hospitais uma vez que<br />
tem em conta a gravidade da<br />
doença, classificada em trê~<br />
estádios. Por outro lado,<br />
permite aos administradores<br />
hospitalares avaliar<br />
correctamente os custos das<br />
suas unidades.<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> - Desenvolveu um sistema<br />
de classificação das doenças. Pode<br />
explicar como funciona?<br />
JG - A primeira dimensão a ter em conta é<br />
qual é o órgão que a doença afecta. A segunda<br />
é qual a razão de tal problema. A terceira<br />
dimensão é quão sério é o problema. Se for a<br />
um médico com uma dor, este tem de descobrir<br />
rapidamente qual o órgão afectado. A<br />
segunda questão que ele tem de se colocar é<br />
qual a razão para a dor: é uma infecção, um<br />
trauma, um cancro, etc ... A terceira pergunta<br />
é qual o dano feito. Uma doença é como uma<br />
família, todas têm semelhanças e diferenças.<br />
Assim, se for a um médico e ele lhe disser<br />
tem uma pneumonia, está aqui o remédio,<br />
recomendo-lhe que saia logo do gabinete. Ele<br />
é o médico errado.<br />
GH - Porquê?<br />
JG - Dizer que tem uma pneumonia só revela<br />
que tem um problema nos pulmões, não diz<br />
porquê nem qual a gravidade. É muito importante<br />
educar o público para que não tomem<br />
medicamentos a não ser que saibam porquê e<br />
qual a gravidade do problema.<br />
Com base nestes pressupostos, o que fizemos<br />
foi classificar quatrocentas doenças. Quando<br />
começámos este projecto, em 1970, queríamos<br />
ser consistentes com a classificação do cancro.<br />
Porque é que os oncologisras classificaram a sua<br />
doença mais cedo que nós? Porque nos primeiros<br />
tempos do tratamento do cancro, o tratamento,<br />
em si, era pior que a doença e o médico<br />
tinha de justificar o custo/benefício. Assim<br />
classificaram o cancro da mama como local,<br />
regional, sistémico. Eu queria ser consistente<br />
com esta abordagem, por isso, chamei 'Está-<br />
,,..,<br />
caça o<br />
>>>"Se for a um médico e ele lhe<br />
disser tem uma pneumonia, está aqui o<br />
remédio, recomendo-lhe que saia logo<br />
do gabinete. Ele é o médico errado."<br />
dio Um' aos primeiros sintomas de uma doença.<br />
Complicações locais, são de 1.1 ou 1.2<br />
ou 1.3 ... Complicações regionais - 'Estádio<br />
Dois'. Complicações sistémicas - 'Estádio Três'<br />
com sub-grupos. Por exemplo, se uma criança<br />
tem uma infecção do ouvido médio é uma<br />
otite, logo 'Estádio Um'. Se a infecção progride<br />
doenças<br />
de, não tratada, pode afectar os ossos do crânio,<br />
é 'Estádio Dois'. E, infelizmente, se continuar<br />
a não ser tratada pode resultar numa<br />
meningite - 'Estádio Três'.<br />
Porque é que isto é importante? Porque o tratamento<br />
depende da gravidade da doença e<br />
quando se compara um médico com outro<br />
ou mesmo quando se faz a comparação entre<br />
dois hospitais, é necessário controlar estas<br />
. , .<br />
vanave1s.<br />
GH - Quais são as implicações desta classificação?<br />
JG - Há muitas! Uma é que o paciente não<br />
deve aceitar um tratamento ou uma recomendação<br />
para fazer um teste de diagnóstico a<br />
não ser que o médico lhe explique que está<br />
preocupado com a possibilidade de a doença<br />
passar a um Estádio Dois ou Três. Baseado<br />
nisso pode decidir se o conselho que o médico<br />
quer que siga é bom ou não. Isto é a nível<br />
individual.<br />
"Devemos perguntar quem<br />
está a ser melhor tratado,<br />
quem está a receber o valor<br />
daquilo que paga"<br />
Outra implicação é, por exemplo, quando se<br />
lê num jornal que a taxa de mortalidade de um<br />
hospital em Lisboa é mais alta ou mais baixa<br />
que de outro é uma informação interessante<br />
mas não tem sentido. A não ser que se saiba<br />
que o tipo de doentes observados nestes hospitais<br />
é o mesmo. O jargão que usamos é<br />
(( . "<br />
case-mrx: .<br />
Uma terceira implicação é, dentro do próprio<br />
hospital, há muitos médicos. E alguns<br />
mantêm os seus doentes mais ou menos tempo<br />
internados. E isto é caro. Assim, quando um<br />
administrador hospitalar vai ter com um médico<br />
e lhe pergunta porque os seus doentes<br />
ficam internados mais tempo, ele responde<br />
porque são diferentes. Ao classificar os<br />
pacientes de acordo com o nosso método, o<br />
médico tem de dar outra razão.<br />
Outra implicação ainda. Caso se viva numa<br />
pequena cidade e se venha referenciado para<br />
um hospital em Lisboa ou Porto, deve-se perguntar<br />
qual é o estádio da doença. Se vier a este<br />
hospital, pela primeira vez, com um cancro em<br />
estado avançado, Estádio Três. pneumonia<br />
bacteriana avançada, Estádio Três, ou apendicite<br />
aguda, Estádio Três, o seu Governo devia<br />
preocupar-se já que algo está mal. Idealmente,<br />
estas doenças devem ser reconhecidas o
Alvos ...<br />
Maria de Belém - Inesquecível ministra<br />
da Saúde<br />
Correia de Campos - Um bom perito,<br />
mal aconselhado nas decisões práticas<br />
Manuel Delgado - Uma competência<br />
politicamente ainda não aproveitada<br />
João Cordeiro - Imbatível no negócio<br />
farmacêutico<br />
Sobrinho Simões - Investigador<br />
pragmático com sucesso<br />
João Lobo Antunes - Um 'scholar' de<br />
grande qualidade.<br />
mais cedo possível. E se não o foram, podem<br />
acontecer três coisas: o doente tem mais possibilidades<br />
de morrer; se sobreviver vai estar<br />
mais doente por um período mais longo de<br />
tempo; isto vai custar muito dinheiro.<br />
Quando o mundo começa a olhar para os<br />
custos dos cuidados de saúde, o que eu e o professor<br />
Carlos Costa (da Escola Nacional de<br />
Saúde Publica) procuramos dizer aos hospitais<br />
portugueses é que, antes de olharem para os<br />
custos ou qualidade, têm de controlar o tipo<br />
de doenças que os doentes têm.<br />
GH-Como?<br />
JG - Os resultados podem ser diferentes. É<br />
senso comum. Se tivermos três médicos igualmente<br />
bons, mas um fica com os doentes<br />
melhores resultados? Se, por outro lado, os<br />
médicos forem igualmente bons e receberem<br />
doentes com a mesma gravidade, e um ou<br />
tem menos mortes ou consegue curá-los com<br />
menos gastos ou os manda para casa mais<br />
cedo, qual é o melhor clínico?<br />
Estas são as questões que estamos a tentar<br />
introduzir no sistema de saúde.<br />
GH - Como é que ajuda a controlar os custos?<br />
JG - Com perguntas correctas!<br />
GH - Ao médico?<br />
JG - Ao médico e ao hospital! Se paga o custo<br />
destes cuidados pode fazer estas perguntas. Até<br />
agora, elas eram evitadas devido à crença de<br />
que cada doente é diferente. É verdade que há<br />
diz respeito à doença, uma pneumonia bacteriana<br />
é a mesma num jornalista ou num professor,<br />
se a causa e a gravidade forem as mesmas. Devemos<br />
então perguntar quem está a ser melhor tratado,<br />
quem está a receber o valor daquilo que<br />
paga. Estas são perguntas importantes para um<br />
doente, para o hospital em que ele está, para as<br />
pessoas que pagam as contas.<br />
Estas são interrogações que estão a começar a<br />
ser levantadas na Europa. Nós nos Estados<br />
Unidos já as fazemos há mais tempo.<br />
Gonella discorda da<br />
classificação baseada no<br />
diagnóstico - Diagnostic<br />
Related Groups (DRT)<br />
mais graves, outro com os casos intermédios,<br />
variações, alguns de nós somos mais velhos que<br />
e o terceiro com menos doentes, quem terá<br />
outros, temos diferenças genéticas, mas, no que<br />
GH - Este sistema é aplicado em muitos<br />
hospitais norte-americanos?<br />
JG - Todos os hospitais estão a perguntar<br />
estas coisas mas nem todos os hospitais estão<br />
a usar a nossa classificação. Acho que a minha<br />
classificação é a melhor - pelas razões que já<br />
disse. A outra é baseada no diagnóstico - Diagnostic<br />
Related Groups (DRT). É um sistema<br />
que, na minha opinião, não tem a lógica médica<br />
que tentei explicar. É baseado, sobretudo,<br />
clínico para se perceber que o que eu digo faz<br />
Itália, a região de Emilia-Romagna está a usar a<br />
naquilo a que chamo recursos intensivos e<br />
sentido, porque estou a tentar minimizar as<br />
minha classificação para avaliar a qualidade dos<br />
cirurgia. O primeiro D RT é a craniotomia, um<br />
variações que existem entre duas pessoas com a<br />
cuidados. Alguns países europeus estão mais<br />
procedimento cirúrgico feito por neurocirur<br />
mesma doença. Além disso, a nossa classifica<br />
preocupados com a qualidade do que com o<br />
.'<br />
giões para abrir o crânio. Nem todos os<br />
doentes submetidos a esta intervenção têm a<br />
ção permite a possibilidade de controlar duas<br />
doenças. Podemos ter hipertensão e diabetes no<br />
custo, porque isto é uma questão muito complicada.<br />
Mesmo assim, algumas unidades hospita<br />
mesma doença. Para mim, é ilógico classificar<br />
mesmo doente. Não é justo comparar este<br />
lares estão a usar a classificação para saber que<br />
doentes por craniotomia, porque esta pode<br />
ser feita numa pessoa que caiu e sofreu um<br />
hematoma subdural ou no caso do primeiro<br />
doente com outro que é apenas diabético.<br />
GH - E o pagamento deve ser diferenciado<br />
gestão de recursos devem monitorizar.<br />
O debate que fizeram cá, em Portugal, há<br />
algum tempo em que o doutor Alberto Rosa<br />
j<br />
15 l !<br />
ministro de Israel, Ariel Sharon. Ou então o<br />
de acordo com a gravidade.<br />
Torner (director gerente do Hospital de La<br />
caso de uma mulher com cancro da mama<br />
JG - Não só o pagamento, mas outras<br />
Ribera e Departamento de Salud 11, em<br />
que já tem metástases e outra que não.<br />
variantes. Quando se fala que um hospital é<br />
Valência) defendeu o sistema de capitação ...<br />
Não faz sentido dizer que o hospital deva<br />
melhor que outro, qual o melhor médico ...<br />
bem .. . ou se faz fortuna ou se vai à falência. Se<br />
receber o mesmo pagamento.<br />
tudo isso deve ser tido em conta.<br />
a capitação envolver uma popukção diferenciada,<br />
por exemplo, que grupo de pessoas é que<br />
GH - A sua classificação é uma boa base<br />
JG - Esta classificação está em a ser<br />
gostaria de cuidar? Mulheres com 30 anos<br />
para decidir o financiamento de um hospital?<br />
usada em algum hospital europeu?<br />
sem doenças ou com doenças de Estádio Um<br />
JG - A resposta é sim. Não é preciso ser-se um<br />
JG - Na Europa o pagamento é diferente. Em<br />
ou mulheres com múltiplas doenças?
Curriculum Vitae<br />
Joseph s. Gonnella<br />
> Director do Medical College's Center for<br />
Research in Medical Education and<br />
Health Care do Jefferson Medical<br />
College, Filadélfia, Estados Unidos<br />
> Formado summa cum laude no<br />
Darthmouth College<br />
GH - Está a dizer que, a longo prazo, a<br />
capitação não é viável?<br />
JG - O sistema por capitação só pode funcionar<br />
se se perceber o que se está a comprar. Há<br />
muitos anos, na Califórnia, onde usámos pela<br />
primeira vez esta classificação, a capitação era<br />
constituída por planos de saúde pré-pagos. As<br />
seguradoras diziam à população e ao Governo<br />
Além disso, deve recolher essa informação<br />
porque, no próximo ano, quando for negociar<br />
a capitação poderá dizer que não aceita aqueles<br />
valores e que prefere ficar com uma cama vazia.<br />
Este é o tipo de discussão que é lógica. Infelizmente,<br />
não temos usado a lógica na forma<br />
em como fornecemos os cuidados de saúde.<br />
GH - E quanto aos medicamentos?<br />
JG - Pode-se analisar prospectivamente ou<br />
retrospectivamente. Temos o paciente com a<br />
doença X, 'Estádio Dois'. Qual é o melhor medicamento<br />
para o tratar? Nesta altura, os médicos<br />
do hospital podem identificar o medicamento.<br />
Seis meses depois, pode-se recuperar os dados dos<br />
registos médicos e da farmácia e surpreender-se.<br />
> Obteve o M.O. na Harvard Medical<br />
School<br />
que podiam fornecer cuidados de saúde melhores<br />
e mais baratos. E, de facto, faziam-no.<br />
GH - Com têm sido as reacções?<br />
JG - Posso dizer que os médicos compreen<br />
O que os médicos planeavam fazer era diferente<br />
daquilo que efectivamente fizeram.<br />
> Eleito Fellowship of the Royal College of<br />
Physicians, Edinburgh in <strong>20</strong>01<br />
Mas só ofereciam aquele seguro de saúde às pessoas<br />
saudáveis. Por isso é que custava menos.<br />
dem o meu sistema, porque não é uma invenção<br />
económica. É uma progressão lógica.<br />
Infelizmente, no que diz respeito a medicamentos<br />
os médicos falharam na diferencia<br />
> Recebeu o Prémio Abraham Flexner da<br />
Association of American Medical<br />
Colleges, em 1998<br />
> Tem o grau académico honorário de<br />
Doutor em Medicina das universidades<br />
Chieti, Itália, SoonChunHyang University,<br />
Seoul, Coreia, e Widener<br />
> É professor honorário da Tianjin Medical<br />
College em Tianjin, China<br />
A questão é que, mesmo que o mundo exterior<br />
o não faça o administrador hospitalar<br />
deve colocar estas questões.<br />
O sistema de financiamento<br />
por capitação deve ser<br />
acompanhado por uma<br />
classificação das suas<br />
doenças segundo a sua<br />
gravidade<br />
Acho que um clínico, sabendo que vai ser<br />
avaliado, prefere sê-lo através do meu sistema<br />
do que através dos DRT's. Qualquer que<br />
seja a discussão - quer seja o custo, a mortalidade,<br />
a morbilidade, qual o tipo de hospital<br />
que deve ser...<br />
GH - Qual o medicamento a usar?<br />
JG - Sim. É difícil para um hospital providenciar<br />
todo o tipo de serviços. Se um paciente<br />
chega às urgências com um tipo de doença, o<br />
ção do que é apropriado e eficaz. Um medicamento<br />
muito caro é eficaz mas não será<br />
apropriado se outro mais barato fizer o mesmo.<br />
É tudo muito complexo porque também existem<br />
razões políticas. E precisamos de convencer<br />
o público. Se um paciente vier ter comigo<br />
e disser "o meu vizinho tem este medicamento<br />
porque me está a tratar com outro?" Neste<br />
ponto, tenho de dizer que tem uma doença<br />
diferente, ou que tem a mesma doença e que<br />
lhe estou a dar o mais barato porque funcio<br />
hospital tem de saber onde é que esse pacien<br />
na. Mas, após dois ou três meses desta dis<br />
GH - Então o financiamento por capitação<br />
te pode ter melhor tratamento ..<br />
cussão, o pobre do médico cansa-se. E recei<br />
deve ser acompanhado por uma gestão<br />
Não é possível, então, com a tecnologia actual<br />
ta um medicamento igual ao do vizinho<br />
segundo a sua classificação?<br />
JG - Claro! Se se é bom o suficiente para<br />
classificar um doente, logo que possível, e perguntar<br />
qual o melhor sítio para o tratar? E se<br />
porque é mais rápido para ele, o doente sai do<br />
gabinete mais depressa e uma vez que não é ele<br />
negociar com o Governo e obter um bom<br />
este hospital não for o melhor sítio, então,<br />
nem se calhar o doente que o pagam ...<br />
negócio, mesmo assim tem de gerir o seu<br />
qual será a parceria a desenvolver com outros<br />
Esta é outra discussão e a minha preocupação<br />
mundo. Esse mundo tem por base os<br />
hospitais. Idealmente, as pessoas deviam inter<br />
é que a classificação por si só não resolverá<br />
médicos cujo comportamento é diferente.<br />
rogar-se também sobre qual a causa deste<br />
este problema. A não ser que o sistema de<br />
' 16<br />
1<br />
Então, terá de se ser justo para com eles e<br />
saber exactamente que tipo de doentes que tratam.<br />
Se disser a um médico que a capitação<br />
paciente estar tão doente.<br />
Além do que se gasta em saúde há que ponderar<br />
os gastos para a economia. Se se chegar a um<br />
pagamento mude.<br />
GH - A sua presença em Portugal deve-se<br />
por doente é de 3 mil euros por semana e ele<br />
está a gastar seis mil enquanto outros médicos<br />
'Estádio Dois' sem ser tratado, vai levar semanas<br />
a recuperar. Podia argumentar-se que era<br />
a uma razão específica.<br />
JG - Eu vou a Braga uma vez por ano para par<br />
gastam apenas mil, a implicação é que ele está<br />
melhor morrer depressa, mas nesse caso quem<br />
ticipar no Advisory Comminee da nova escola de<br />
a fazer um mau trabalho e isso não pode não<br />
tomaria conta dos seus filhos? São questões<br />
medicina da Universidade do Minho, que come<br />
ser verdade. Mas, há que saber se os seus<br />
muito complexas que envolvem sociólogos,<br />
çou um novo programa médico há cinco anos.<br />
doentes estão mais doentes do que os de outros<br />
projectistas urbanísticos ...<br />
Vou como um dos consultores ex~ernos e estou<br />
médicos. O administrador tem de se assegu<br />
O que estamos a fazer é tentar convencer os<br />
muito impressionado com o que aqueles estu<br />
rar que os pacientes que passam mais tempo<br />
hospitais que, para fazer estas perguntas, pri<br />
dantes estão a aprender e acho que deviam estar<br />
internados têm mesmo de estar mais tempo<br />
meiro temos de saber quão doente está o ·<br />
muito orgulhosos do grupo que se vai graduar<br />
em internamento.<br />
paciente.<br />
daquela escola médica dentro de dois anos. 1m
Medicamentos hospitalares<br />
Farmacêuticos<br />
ro<br />
oem<br />
~<br />
me<br />
•<br />
as<br />
saúde<br />
1<br />
em todos os hospitais portugueses e<br />
a rápida implementação do código nacional<br />
do medicamento hospitalar, que a OF<br />
considera indispensável para tornar comparáveis<br />
os dados relativos à utilização de<br />
medicamentos nas diferentes unidades.<br />
e contenção<br />
a es esa<br />
No conjunto de medidas propostas pela<br />
Ordem, consta ainda o reforço de poderes<br />
e de competências das Comissões de<br />
Farmácia e Terapêutica, em que estas são<br />
dotadas de meios logísticos e recursos<br />
AOrdem dos Farmacêuticos (OF)<br />
apresentou ao Ministério da<br />
Saúde um conjunto de medidas<br />
para racionalizar os encargos com os medicamentos<br />
nos hospitais. De acordo com o<br />
bastonário da OF, Aranda da Silva, "para<br />
continuar a existir um Serviço Nacional de<br />
Saúde (SNS) temos de começar a fazer<br />
escolhas baseadas na evidência científica,<br />
sob pena de comprometermos a sustentabilidade".<br />
O bastonário criticou as "recorrentes contabilidades<br />
de mercearia com que alguns<br />
vêem os medicamentos e que têm conduzido<br />
à situação em que estamos, no qual o<br />
mais barato, afinal, vem a custar mais e<br />
nem sempre o mais caro é o melhor". Pàra<br />
Aranda da Silva, "a arbitrariedade actual na<br />
introdução de medicamentos hospitalares<br />
tem de acabar'', para que os doentes sejam<br />
beneficiados por inovações terapêuticas<br />
realmente vantajosas .<br />
Nesse sentido, o basronário da Ordem dos<br />
Farmacêuticos defende a introdução de<br />
reformas estruturais que complementem as<br />
medidas administrativas e de engenharia<br />
financeira, sem as quais "continuaremos a<br />
ass1sttr a pequenas panaceias que apenas<br />
fazem deslizar o problema".<br />
A Ordem defende, nomeadamente, a instalação<br />
de sistemas de informação sobre o<br />
consumo de medicamentos e produtos de<br />
humanos efectivos, para que possam cumprir<br />
cabalmente a sua missão. Estas<br />
comissões paritárias de médicos e farmacêuticos<br />
hospitalares, responsáveis pela<br />
avaliação e justificação técnica em relação<br />
a medicam entos nos hospitais, deverão<br />
ainda ver desenvolvidas a sua articulação e<br />
informação a nível nacional, defende o<br />
bastonário.<br />
A OF propõe também a elaboração de<br />
'guidelines' que estabeleçam os critérios<br />
a observar na introdução de medicamentos<br />
nas unidades hospitalares e o desenvolvimento<br />
de protocolos e medidas de racionalização<br />
da prescrição de medicamentos,<br />
"privilegiando a segurança, eficácia, qualidade<br />
e racionalidade".<br />
O bastonário Aranda da Silva chama também<br />
a atenção para o papel dos farmacêuticos<br />
hospitalares "com qualificações<br />
assinaláveis que precisam de ser mais rentabilizados<br />
pelo sistema de saúde" uma<br />
vez que, sublinha, "a sua perícia técnicocientífica<br />
é um trunfo fundamental para a<br />
eficiente gestão dos medicamentos hospitalares".<br />
Neste âmbito, a Ordem revela, mas sem<br />
adiantar pormenores, estar a desenvolver um<br />
conjunto de iniciativas que permitirão<br />
"potenciar a intervenção farmacêutica, de<br />
acordo com as melhores práticas internacionais<br />
seguidas nos países desenvolvidos". m<br />
19 l1<br />
!
1<br />
'<br />
Projecto de diploma<br />
Governo apresenta regras p'ara farmácias nos hospitais<br />
<strong>20</strong><br />
O<br />
Ministério da Saúde env10u<br />
recentemente para os parceiros<br />
o projecto de Decreto-Lei que<br />
visa regulamentar a criação de farmácias de<br />
dispensa de medicamentos ao público nos<br />
hospitais do Serviço Nacional de Saúde<br />
(SNS). É um documento em que o gabinete<br />
de Correia de Campos faz depender a<br />
abertura dos concursos públicos para a<br />
concessão daquelas farmácias das propostas<br />
das direcções hospitalares e admite a hipótese<br />
do alargamento da medida às unidades<br />
hospitalares privadas.<br />
No preâmbulo do projecto, o Ministério<br />
da Saúde explica que a medida decorre da<br />
promessa, consagrada no Programa do<br />
Governo, de melhorar a acessibilidade dos<br />
cidadãos à dispensa de medicamentos,<br />
nomeadamente em situações de urgência.<br />
E, simultaneamente, salvaguardar "os interesses<br />
legítimos das farmácias localizadas na<br />
zona do hospital e das farmácias cuja facturação<br />
possa ser afectada com a abernira<br />
deste serviço público". Consequentemente,<br />
o Executivo cria a definição de farmácia da<br />
zona, que engloba as que se situem a<br />
menos de 500 metros do hospital ou as que<br />
provem que, pelo menos, <strong>20</strong>% da sua facturação<br />
provém do receituário do hospital.<br />
Contudo, permite aos proprietários destas<br />
mesmas farmácias que, sozinhos ou agrupados,<br />
concorram à concessão de uma<br />
farmácia hospitalar, a quem será dada a<br />
preferência "pelo valor mais elevado apresentado<br />
como parcela variável da renda".<br />
O Executivo pretende ainda que o seu<br />
papel no processo se traduza "essencialmente<br />
na verificação das necessidades dos<br />
utentes", sendo que a iniciativa do pedido<br />
de autorização de abertura do concurso<br />
compete ao hospital, que deve apresentar<br />
um parecer prévio do Instituto Nacional da<br />
Farmácia e do Medicamento (INFAR-<br />
MED) e uma justificação do seu pedido<br />
em função da acessibilidade dos utentes. O<br />
júri do concurso será composto por três a<br />
cinco pessoas, nomeadas pelo Conselho de<br />
Administração do hospital, sendo que apenas<br />
uma tem de ser obrigatoriamente indicada<br />
pelo INFARMED.<br />
Frisando que é intenção do Governo alargar<br />
a propriedade das farmácias a não farmacêuticos,<br />
o projecto concede a possibilidade<br />
de exploração a sociedades comerciais,<br />
independentemente da sua titularidade<br />
por farmacêuticos, desde que tenham<br />
como objecto social exclusivo a exploração<br />
da farmácia no hospital do SNS, tenham<br />
sede em Portugal e a sua direcção técnica<br />
seja assegurada por um farmacêutico. O<br />
diploma governamental barra também<br />
qualquer hipótese à transmissão, total ou<br />
parcial, da concessão.<br />
Os concorrentes têm de apresentar um<br />
caderno de encargos em que estabelecem o<br />
prazo de concessão - de cinco a 15 anos,<br />
automaticamente prorrogado por períodos<br />
de dois anos. Esta concessão é paga por<br />
uma renda anual constituída por duas parcelas,<br />
uma fixa, actualizada todos os anos<br />
em função da inflação, e outra variável. A<br />
fixa é estabelecida pelo caderno de encargos<br />
e a variável é entregue numa proposta<br />
autónoma. E, de acordo com o diploma<br />
governamental, esta parcela variável é o critério<br />
de adjudicação e deve corresponder a<br />
uma percentagem da facturação anual projectada.<br />
Ou seja, quem previr os maiores<br />
lucros e oferecer uma maior fatia destes ao<br />
hospital será o vencedor do concurso.<br />
A concessão poderá implicar a construção,<br />
remodelação ou adaptação do local disponibilizado<br />
pelo hospital, bem como o fornecimento,<br />
montagem e manutenção dos<br />
equipamentos necessários ao seu funcionamento.<br />
Acabado o prazo de concessão, os<br />
direitos e bens necessários a este funcionamento<br />
serão entregues ao hospital, em bom<br />
estado de conservação, livres de quaisquer<br />
ónus ou encargos, podendo dar origem a<br />
uma compensação ao concessionário.<br />
Quanto à extinção da concessão, esta pode<br />
ocorrer, para além do fim do prazo e prorrogações,<br />
por mútuo acordo, incumprimento<br />
contratual ou razões de interesse<br />
público. Estas últimas são razões que o<br />
Governo não tipifica no projecto de decreto-lei,<br />
o que pode abrir um leque de várias<br />
possibilidades ao hospital caso queira<br />
rescindir o contrato, tendo sempre em<br />
conta que depende do aval do próprio<br />
ministério para fazer a rescisão.<br />
Entre os motivos para a alegação de incumprimento<br />
contratual estão a ausência injustificada<br />
do director técnico e a oposição ao<br />
exercício da fiscalização, que será feita<br />
tanto pelo hospital como pelo INFAR<br />
MED.<br />
A farmácia terá de funcionar 24 horas por<br />
dia, todos os dias por ano, e pode vender<br />
os mesmo produtos que qualquer farmácia<br />
de oficina. Poderão dispensar ao público<br />
medicamentos em unidose, cuja regulamentação<br />
será ainda objecto de despacho<br />
ministerial.<br />
A proposta do Governo contempla também<br />
a possibilidade dos hospitais que não<br />
integrem o SNS de poderem ver instaladas<br />
farmácias de venda de medicamentos ao<br />
público, embora remeta para um diploma<br />
e, no preâmbulo, o Executivo se refira "à<br />
avaliação sucessiva do impacto desta<br />
medida".<br />
O documento está agora nas mãos da<br />
Ordem dos Farmacêuticos, do Sindicato<br />
Nacional dos Farmacêuticos, da Associação<br />
Nacional dos Técnicos de Farmácia e à<br />
Associação Portuguesa dos Farmacêuticos<br />
<strong>Hospitalar</strong>es. rm
Na li Conferência de Farmacoeconomia<br />
Pere lbern Regàs apresenta<br />
II Conferência Nacional<br />
Farmacoeconomia<br />
Avaliar, Gerir, Investir<br />
a realidade espanhola<br />
Pere lbern Regàs,professor<br />
PROGRAMA<br />
associado da Universidade<br />
Pompeu Fabre, de Barcelona,<br />
e presidente do Centro de<br />
Investigação de Economia<br />
e Saúde, vai ser um dos<br />
convidados da li Conferência<br />
09h<strong>20</strong><br />
09h30<br />
Boas Vindas - Dr. Manuel Delgado (Presidente APAH)<br />
Abertura - Dr. Manuel Teixeira, (Presidente IG IF)<br />
Entrega de Prémios APAH/Novartis Oncology<br />
Med icamento hospitalar: decisões partilhadas<br />
1 OhOO Painel 1 - Responsabilidades e responsabilização na gestão da Saúde e m Portugal<br />
Moderador: Prof. Dr. António Coutinho (Fundação Calouste Gulbenkian)<br />
Nacional de Farmacoeconomia<br />
{CNF), para apresentar a<br />
experiência espanhola no que<br />
<strong>Gestão</strong> da Saúde: da responsabilidade formal à responsabilização efectiva - Prof. Dr. Constant ino Sakellarides (ENSP)<br />
"lnsights" sobre a partilha de risco público/privado - Prof. Dr. Daniel Bessa (EGP)<br />
se relaciona com o tema<br />
1 1 h<strong>20</strong> Coffee-break<br />
"Partilha de risco: visões<br />
globais, experiências locais".<br />
1 1 h40 Painel li - Partilha de risco: visões globais, experiências locais<br />
Moderador: Prof. Dr. Carlos Pereira Alves (FCM L)<br />
O<br />
encontro, promovido pela APAH<br />
com apoio da revista Prémio ~ da<br />
Novartis Oncology, tem lugar já<br />
no próximo dia 29 de Setembro, no auditório<br />
l 3h00<br />
Da assimetria de informação ao equilib rio sustentado - Prof. Dr. António Vaz Carne iro (FML)<br />
Uma experiência internacional - Pere lbern Regàs (Univ. Pompeu Fabra, Espanha)<br />
Almoço<br />
22<br />
Egas Moniz, da Faculdade de Medicina de Lisboa.<br />
A temática desta edição prende-se com o<br />
medicamento hospitalar. Em causa, as decisões<br />
partilhadas que devem estar associadas a este<br />
assunto que, nos últimos tempos, tem estado em<br />
discussão pública devido às mudanças previstas<br />
para os hospitais portugueses sem esquecer a<br />
necessidade avançada pelo Governo de diminuir<br />
os gastos com farmácos nestas unidades<br />
hospitalares.<br />
Pere Ibern Regàs é economista, licenciado em<br />
Ciências Empresariais, mas foi na área da saúde<br />
que encontrou a sua real vocação. Como invesrigador<br />
tem apresentado trabalhos reconhecidos<br />
internacionalmente na área de economia da<br />
Saúde; política sanitária; economia da organização<br />
e gestão estratégica. A sua formação passou<br />
pela Universitat Ramon Llull, pela Duke University<br />
Center Demographic Studies e pela Yale<br />
University.<br />
Debates<br />
No encontro deste ano, será importante perceber<br />
o que pensam os intervenientes directos no<br />
sector sobre as limitações impostas pelo Executivo<br />
relativamente aos gastos com medicamentos<br />
para uso hospitalar, assim como as mudanças<br />
previstas para a farmácia do próprio hospital.<br />
Questões como partilha de risco e responsabilidade<br />
e responsabilização na gestão da Saúde em<br />
Portugal vão estar em destaque, esperando-se<br />
que os intervenientes possam contribuir para<br />
perceber que caminhos estão a ser delineados<br />
neste capítulo da política do medicamento. mm<br />
1<br />
i<br />
1<br />
1<br />
~<br />
J<br />
l 4h30<br />
l 6h30<br />
Painel Ili - Soluções para a partilha de risco no medicamento hospitalar<br />
Moderadora: Marina Caldas Qornalista)<br />
Administração <strong>Hospitalar</strong> - D r. Pedro Lopes (Vice-presidente APAH)<br />
Direcção Clínica - Dr. Machado Lopes (IPO Porto)<br />
Farmácia <strong>Hospitalar</strong> - D r. Armando Alcobia (Hosp. Garcia d'Orta)<br />
Indústria Farmacêutica - Dr. Paulo Vasconcelos (Novartis Oncology)<br />
Encerramento - Kim Stratton (Presidente CA Novartis Farma)<br />
lJ) NOVARTIS<br />
ONCOLOGY<br />
PRÉMIO<br />
23 !<br />
'
Hotel Pestana Palace - Lisboa, 12 e 1 3 de Outubro de <strong>20</strong>06<br />
Uma iniciativa com o apoio:<br />
Por uma vida sem tabaco<br />
Fumo passivo mata anualmente<br />
mais de 79 mil pessoas na UE<br />
M<br />
ais de 79 mil pessoas morrem<br />
anualmente na União Europeia<br />
em consequência do fumo passivo.<br />
Esta foi uma das conclusões de um relatório<br />
recentemente publicado por quatro organizações<br />
europeias que vem alertar para os<br />
benefícios de uma Europa sem tabaco.<br />
A colaboração entre a European Respiratory<br />
Society, a European Heart Nerwork, o Cancer<br />
Research UK e o lnstitut National du Cancer<br />
resultou no relatório "Lifi:ing the Smokescreen:<br />
1 O reasons for a smoke free Europe", cujo objectivo<br />
é mostrar aos políticos da UE que só existem<br />
vantagens para a introdução de legislação que<br />
proíba fumar em locais públicos e de trabalho.<br />
No primeiro capítulo da publicação é analisado<br />
o número de mortes na União Europeia<br />
(UE) decorrentes de doença isquémica cardíaca,<br />
enfarte, cancro do pulmão e doença respiratória<br />
crónica não-neoplásica. A partir de um<br />
método epidemiológico de grande fiabilidade,<br />
os investigadores concluíram que 79 mil pessoas<br />
morrem todos os anos na UE devido ao<br />
fumo passivo, das quais mais de 61 mil por<br />
doença isquémica cardíaca e enfarte, mais de 13<br />
mil com cancro do pulmão e 5 mil de doença<br />
respiratória crónica não-neoplásica.<br />
•<br />
A investigação permitiu ainda concluir que, do<br />
total de mortes relacionadas com o fumo passivo,<br />
mais de 7 mil são causadas pela exposição<br />
ao fumo passivo no trabalho.<br />
Konrad Jamrozik, Professor de Epidemiologia<br />
da Escola de Saúde Pública da Universidade de<br />
Queensland, que conduziu o estudo, descobriu<br />
ainda que o fumo passivo é responsável pela<br />
morte de 19 .242 não-fumadores na UE todos<br />
os anos e, dessas mortes, cerca de 2.800 são<br />
provocadas pela exposição ao fumo passivo no<br />
local de trabalho.<br />
Estes números são tanto mais impressionantes<br />
se tivermos em conta que se tratam de estimativas<br />
cautelosas e que erram por defeito,<br />
omitindo as mortes na infância causadas por<br />
fumo passivo, assim como as mortes de adultos<br />
relacionadas com outras doenças causadas<br />
por fumo activo e a morbidade mais significativa,<br />
tanto aguda como crónica, provocada<br />
pelo fumo passivo. um<br />
O relatório "Lifting the Smokesreen" está disponível para<br />
download em www.ehnheart.org - Publications - Tobacco.<br />
14:30 Abertura do secretariado<br />
12 de Outubro de <strong>20</strong>06<br />
15:00 Sessão de abertura<br />
Dr. Manuel Delgado<br />
Associação Portuguesa de Administradores <strong>Hospitalar</strong>es<br />
15:15 O valor acrescentado para a Saúde na intervenção do<br />
Farmacêutico<br />
Dr. José Aranda da Silva<br />
Ordem dos Farmacêuticos<br />
16:00 Coffee-break<br />
16:15 Caso prático 1 - Tendências Evolutivas do Sistema<br />
de Saúde<br />
17:30 Orientações Metodológicas para Estudos de<br />
Avaliação Económica de Medicamentos<br />
Prof. Dr. João Pereira<br />
Escola Nacional de Saúde Pública<br />
18:30 Encerramento dos trabalhos<br />
<strong>20</strong>:00 Jantar<br />
13 de Outubro de <strong>20</strong>06<br />
9:30 Caso prático 2 - Necessidades de Informação para<br />
os Decisores em Saúde<br />
10:45 Coffee-break<br />
11 :00 Noções de Economia e Métodos de Avaliação<br />
Económica em Saúde<br />
Prof. Dr. Carlos Gouveia Pinto<br />
Instituto Superior de Economia e <strong>Gestão</strong><br />
12:30 Almoço<br />
14:00 Caso prático 3 - Estudos Farmacoeconómicos<br />
na Avaliação de Tecnologias em Saúde<br />
15:15 Coffee-break<br />
15:30 Caso prático 4- Case study: Avaliação Económica de<br />
Tecnologias em Saúde<br />
17:00 Apresentação de resultados: discussão e conclusões<br />
18:00 Encerramento dos trabalhos<br />
Número máximo de 30 participantes - Será dada prioridade aos sócios da APAH<br />
Ficha de Inscrição<br />
Inscrição: 75 Euros* Hotel Pestana Palace - Lisboa, 12 e 13 de Outubro de <strong>20</strong>06<br />
E-mail:, ________________ @ ___________<br />
_____________ _<br />
Hospital: _____________________________________ _<br />
Morada: __________________________ _ Código Postal:, _______ _<br />
Telefone: ________ _<br />
Fax = ~--------- Assinatura: ~------------<br />
D Alojamento* (1 noite: 12 de Outubro)<br />
• - Incluído no valor da inscrição.<br />
Para mais informações: Telefone 21 423 55<strong>20</strong><br />
(Laboratórios Pfizer, Lda. - Lagoas Park - Edifício 1 O - 2740-271 Porto Salvo)<br />
O pagamento deverá ser efectuado, até à data da reaiização do evento, através de cheque nominal (à ordem de: Associação Portuguesa de<br />
Administradores <strong>Hospitalar</strong>es), ou por transferência bancária (Banco Espírito Santo conta n<strong>º</strong>: 037001290001, ou através do NIB:<br />
000700370000129000159)
Comissão<br />
A<br />
•<br />
,.<br />
enc1as e<br />
rees ru ura<br />
O<br />
despacho do ministro da Saúde,<br />
Correia de Campos, que nomeia<br />
uma comissão técnica de apoio à<br />
requalificação da rede de urgência geral foi<br />
publicado em Diário da República no final<br />
de Agosto.<br />
A comissão, que funcionará na directa dependência<br />
do ministro, tem a sua tarefa delineada<br />
na sequênçia da "necessidade de actualizar<br />
e investir na rede de urgências". O<br />
despacho refere ainda que "a segurança e a<br />
boa prática na resposta às necessidades do<br />
doente urgente e emergente, bem como a<br />
exigência da organização e da rentabilização<br />
Saúde, o INEM, as administrações regionais de<br />
saúde e as coordenações verticais do Alto<br />
Comissariado na análise das redes do tipo "via<br />
verde" já criadas ou a criar.<br />
A equipa escolhida pelo ministro Correia de<br />
Campos é constituída por especialistas de medicina<br />
interna, anestesiologia, cirurgia geral e ortopedia,<br />
na sua maioria, directores dos serviços de<br />
urgência de várias unidades hospitalares do país.<br />
Ainda em matéria de reestruturações, o titular<br />
da pasta da Saúde publicou um outro<br />
documento legislativo em que cria um grupo<br />
de trabalho para definir a reprogramação funcional<br />
do Hospital de São Gonçalo, em Ama<br />
A Equipa<br />
- António Marques, especialista de anestesiologia (Hospital Geral de Santo António)<br />
- Fernando Próspero, especialista de cirurgia geral (Hospital de São Pedro, Vila Real)<br />
- Jorge Teixeira, especialista de medicina interna (Hospital de S. Sebastião, Santa<br />
Maria da Feira)<br />
- Alexandra Guedes, especialista de anestesiologia (H ospital de São Teotónio, Viseu)<br />
- José Manuel Almeida, especialista de cirurgia geral (Centro H ospitalar de Coimbra)<br />
- José Pratas Barata, especialista de ortopedia (Hospital Distrital de Abrantes)<br />
- Paulo Freitas, especialista de medicina interna (Hospital Amadora-Sintra)<br />
- Luís Campos, especialista de medicina interna (Hospital São Francisco Xavier, Lisboa)<br />
- Ana França, especialista de medicina interna (Hospital Garcia da Orta, Almada)<br />
- Adelaide Belo, especialista de medicina interna (H ospital do Litoral Alentejano,<br />
da capacidade instalada e dos futuros investimentos<br />
em recursos, mandatam uma definição<br />
técnica das necessidades no âmbito da<br />
rede de urgências".<br />
rante, face à sua previsível integração num<br />
mesmo centro hospitalar a constituir com o<br />
Hospital Padre Américo, de Vale de Sousa. am<br />
Santiago do Cacém)<br />
- Pedro Q uaresma, especialista de cirurgia geral (Cemro <strong>Hospitalar</strong> do Barlavento<br />
Algarvio, Portimão)<br />
A comissão agora criada tem por missão apoiar<br />
o processo de requalificação das urgências e irá<br />
coordenar a sua actividade com outras equipas<br />
específicas responsáveis por outras áreas de<br />
intervenção nas urgências, como a Comissão<br />
Nacional da Saúde Materna e Neonatal. Além<br />
disso, funcionará como um órgão consultivo<br />
do ministério para todos os projectos, tanto da<br />
tutela como das outras equipas específicas,<br />
para a área da urgência geral.<br />
Assim, esta nova estrutura vai analisar e elaborar<br />
pareceres sobre as propostas de rede de urgência<br />
geral e sobre as respectivas propostas de<br />
~'<br />
,nnnnn<br />
1 1 1 1 1 1,<br />
111111111 ,.<br />
1 1 1 1 1 11<br />
l1l1l1l1l1l 1<br />
1.1.1.1.1.1<br />
actualização e qualificação; sobre os circuitos de<br />
encaminhamento de doentes entre as urgências;<br />
propor mic1anvas e projectos que promovam a<br />
gestão correcta e a boa prática. Deverá, também,<br />
colaborar com a Direcção-Geral de
ppp<br />
Faro e Seixal no topo<br />
da lista d e prioridades<br />
O<br />
Governo<br />
já definiu as prioridades<br />
da segunda vaga de parcerias<br />
público-privadas (PPP) e<br />
o novo hospital central do Algarve, que<br />
substituirá o actual Hospital Distrital de<br />
Faro, foi hierarquizado em segundo lugar na<br />
lista e, em terceiro, fica o Hospital do Seixal.<br />
Em primeiro lugar, recorde-se, está o Hospital<br />
de Todos os Santos, a construir na<br />
zona de Chelas, em Lisboa. A informação<br />
foi publicada em Diário da República, no<br />
fim de Agosto, e os despachos salientam<br />
ainda a necessidade de estudar a articulação<br />
das novas unidades com as redes de cuidados<br />
de saúde locais e o destino a dar às instalações<br />
a desactivar.<br />
No caso do novo hospital central do Algarve,<br />
o Governo estabelece que o concurso para a<br />
parceria deverá ser lançado já no decursd de<br />
<strong>20</strong>07, tendo sido criado um grupo de trabalho<br />
que irá definir o perfil assistencial, a<br />
área de influência e a dimensão da nova unidade,<br />
bem como apresentar uma proposta<br />
para a utilização "para outras finalidades de<br />
saúde, a dar às actuais instalações do Hospital<br />
Distrital de Faro", face às necessidades de<br />
cuidados de saúde existentes na região.<br />
O caso do Hospital do Seixal é ligeiramente<br />
diferente, já que ainda não tem uma meta<br />
temporal estabelecida. Além disso, o ministro<br />
da Saúde, que cria um grupo de trabalho<br />
para definir a tipologia do hospital adequada<br />
para a implementação no Seixal em<br />
consonância com as características da população,<br />
a sua integração na rede de prestação<br />
de cuidados de saúde da margem Sul, ou<br />
seja, em articulação com os hospitais Garcia<br />
da Horta, em Almada, Nossa Senhora do<br />
Rosário, no Barreiro, e o Centro <strong>Hospitalar</strong><br />
de Setúbal, estabelece, à partida, uma condição.<br />
Esta nova unidade hospitalar deverá<br />
responder "às necessidades da população<br />
daquela zona - com grande necessidade de<br />
prestação de cuidados de ambulatório".<br />
No despacho, o ministro recorda os conceitos<br />
utilizados no Reino Unido ("free-standing<br />
center", "one day clinic") e Espanha<br />
(hospital ligeiro) para explicar o que pretende<br />
para este novo hospital do Seixal. Uma<br />
unidade altamente resolutiva, centrada na<br />
prestação de cuidados diferenciados de<br />
ambulatório - "em consulta externa, hospital<br />
de dia e cirurgia de ambulatório" - dispondo<br />
de meios complementares de diagnóstico e<br />
terapêutica avançados, "com um 'plateau'<br />
técnico reforçado", e que desenvolva cuidados<br />
nos domínios da medicina física e reabilitação<br />
e da saúde materno-infantil.<br />
No que diz respeito ao primeiro hospital<br />
desta nova vaga de PPP, o ministro recorda a<br />
sua decisão de que o concurso para o Hospital<br />
de Todos os Santos deverá ser lançado<br />
no início de <strong>20</strong>07. Por isso, considera urgente<br />
"desencadear todos os procedimentos prévios"<br />
e criou ainda outro grupo de trabalho<br />
para definir o programa funcional desta unidade<br />
que irá englobar os serviços dispersos<br />
pelos Hospitais Civis de Lisboa. 11111
e 19 de Setembro, em Roma, organizado no<br />
âmbiro do Projecto NEPHIRD e pelo Instituto<br />
Superiore di Sanitá.<br />
Para além de intervenções de representantes do<br />
ministério italiano de Saúde, da Agência Italiana<br />
de Saúde e do Instituto organizador do<br />
encontro, estão previstas alocuções dos representantes<br />
das 'Task Forces' europeias para as<br />
doenças raras e para o ·desenvolvimento de<br />
medicamentos, da Iniciativa Terapêutica Europeia<br />
para a as Doenças Raras (ERDITI), do<br />
Instituo de Pesquisa Farmacológica Mário<br />
Negri, e da 'E-Rare'.<br />
Em discussão estarão temáticas concretas como<br />
a pesquisa e a saúde pública nas doenças raras;<br />
Estudo<br />
Encontro em Setembro<br />
Doenças raras debatidas em Roma<br />
A<br />
s doenças raras e os medicamentos a abordagem das doenças raras e dos medicamentos<br />
órfãos nos diferentes países; a expe<br />
órfãos são o tema de um encontro<br />
inrernacional que decorre entre 18 riência norte-americana em programas de pesquisa<br />
de medicamentos órfãos; o papel da<br />
família e a participação das associações de<br />
doentes.<br />
O mesmo tema foi o objecto da discussão de<br />
uma conferência internacional, prevista para os<br />
dias 8 e 9 de Setembro na cidade de Plovdiv, na<br />
Bulgária, organizada pelo Centro de Informação<br />
de Doenças Raras e Medicamentos Órfãos,<br />
um projecto da Associação Búlgara para a Promoção<br />
da Educação e Ciência.<br />
Sob o lema "Promoção da pesquisa de doenças<br />
raras nos países europeus de Leste" estiveram<br />
reunidos cienristas, pacientes e indústria para<br />
debater as diferenças nos sistemas de saúde na<br />
Europa que levam a uma pesquisa clínica fragmentada,<br />
reduzindo o papel dos doentes nos<br />
estudos clínicos e aumentando os custos totais<br />
da investigação científica nesta matéria. m<br />
Tratamento da depressão poupa dinheiro<br />
O<br />
tratamento adequado da depressão<br />
até que todos os sintomas"tenham<br />
desaparecido poupa muito<br />
dinheiro ao Estado, afirma um recente estudo<br />
europeu realizado pelo "Karolinska Institutet<br />
and Stockholm Health Economics", divulgado<br />
pela lnternational Society of Pharmacoeconomics<br />
and Outcomes Research (ISPOR)<br />
no seu 11° Encontro Internacional Anual que<br />
decorreu na Pensilvânia, Estados Unidos.<br />
O tratamento de doentes até que todos os sintomas<br />
depressivos tenham desaparecido pode<br />
poupar mais de 2.300 euros por paciente com<br />
um episódio de depressão. Os pacientes podem<br />
voltar aos seus trabalhos e realizam menos visitas<br />
aos serviços de saúde.<br />
Este estudo é o primeiro do seu género a observar<br />
pacientes com depressão durante um período<br />
de seis meses no sistema sueco de cuidados<br />
primários. O objectivo estava relacionado com<br />
a necessidade de facilitar o entendimento sobre<br />
como os recursos são usados e quais os que<br />
estão associados aos doentes depressivos, qual<br />
a sua qualidade de vida e as mudanças introduzidas<br />
com o tratamento.<br />
Este ensaio permitiu ainda demonstrar que a<br />
qualidade de vida daqueles doentes aumenta em<br />
50% quando comparados com pacientes que<br />
não responderam totalmente ao tratamento.<br />
De acordo com um dos investigadores do instituto<br />
sueco, estes estudos são importantes<br />
para perceber a depressão no contexto da economia<br />
de Saúde.<br />
"Fornecem informação importante no domínio<br />
da economia de Saúde para a avaliação de<br />
novas tratamentos para a depressão", afirmou<br />
Patrik Sobocki. m<br />
,<br />
Infância<br />
Alergias aumentam mundialmente<br />
As alergias de infância estão a aumentar<br />
em todo o mundo mesmo nos<br />
países desenvolvidos onde a asma, os<br />
eczemas e a febre dos fenos se estão a revelar<br />
importantes problemas de saúde pública. A<br />
revelação foi feita recentemente por um grupo<br />
de cientistas na última edição do "Lancet Medical<br />
Journal".<br />
A asma, em particular, é responsável por milhões<br />
de crianças faltarem à escola, serem internadas<br />
ou mesmo morrerem. No entanto, as causas que<br />
Células estaminais<br />
levam a que algumas desenvolvam esta condição<br />
e outras não ainda são pouco conhecidas.<br />
O estudo abrangeu os pais e 193.000 crianças<br />
entre 6-7 anos e 305.000 crianças entre 13-14<br />
anos, em países tão diversos como a África do<br />
Sul, Brasil, Irão, Canadá e Suécia.<br />
Os maiores aumentos registaram-se para o eczema<br />
no grupo mais jovem e para a febre dos<br />
fenos nos dois grupos e, embora a prevalência<br />
da asma seja alta foram registados alguns sinais<br />
de decréscimo. m<br />
Novo método de recolha causa preocupação<br />
P<br />
eritos em células estaminais da de biotecnologia.<br />
Escola de Medicina da Universidade<br />
de Stanford, nos Estados Unidos, las envolvem a remoção de células de<br />
Os actuais métodos de recolha daquelas célu<br />
um<br />
vieram a público recentemente, expressar a<br />
sua preocupação com um novo método de<br />
recolha de células estaminais embrionárias,<br />
sem destruir o embrião. Este método foi<br />
publicado no final de Agosto na revista<br />
"Nature", por um grupo de cientistas da<br />
Advanced Cell Technologies, uma empresa<br />
Idosos<br />
embrião com cerca de cinco dias, destruindo<br />
-o no processo. Este método levantou<br />
questões de ordem moral um pouco por todo<br />
o mundo e levou a que, nomeadamente, o<br />
presidente Georges Bush tenha recusado atribuir<br />
fundos federais a estas investigações.<br />
O novo método recorre a uma técnica usada<br />
pelas clínicas de fertilização in-vitro para a<br />
detecção de defeitos genéticos no embrião,<br />
em que se recolhem apenas 8 células, permitindo<br />
que as restantes se desenvolvam para<br />
um embrião viável para implantação.<br />
No entanto, os peritos da Universidade de<br />
Stanford afirmam que o novo método terá de<br />
ser comprovado por várias vezes e, nomeadamente,<br />
se efectivamente não compromete<br />
o embrião. m<br />
Gene causa deficiências de audição<br />
U<br />
m estudo recente, que abrangeu Os cientistas já têm conhecimento de uma<br />
mais de 1<strong>20</strong>0 pessoas, revelou que mutação no KCNQ4 que está ligada a uma<br />
as mutações de um gene - chama<br />
perda de audição que ocorre cedo na vida inde<br />
do KCNQ4 - são mais comuns nos idosos com<br />
problemas de audição.<br />
Os problemas de audição relacionados devem<br />
-se, porém, em larga medida a condições<br />
ambientais como a exposição ao ruído.<br />
pendentemente de factores ambientais, mas<br />
procuram pequenas alterações que pudessem ter<br />
um papel mais tarde. O estudo da Universidade<br />
de Antuérpia incluiu mais de 1<strong>20</strong>0 casos de<br />
pessoas entre os 40 e os 80 anos e descobriu três<br />
variações em letras do ADN (polimorfismo<br />
nudeótido simples) que só afectavam as pessoas<br />
com perda de audição.<br />
A perda de audição leva a que os iclosos sintam<br />
dificuldades de comunicação com amigos e<br />
família e pode levar a um sentimento crescente<br />
de isolamento, com consequências na sua<br />
qualidade de vida. m
Questionário<br />
Europa quer saber mais<br />
Formas de intervenção<br />
Capuchos discute tumores<br />
sobre os seus gestores<br />
N<br />
o auditório do Hospital de Santo<br />
António dos Capuchos, em Lisboa,<br />
realiza-se no próximo dia 30<br />
de Setembro um encontro clínico que preten<br />
ca no diagnóstico e prognóstico. Estes dois<br />
temas vão ser apresentados por António Quincela,<br />
oncologista do Hospital de Santa Maria, e<br />
José Manuel Lopes, do IPATIMUP, respecti-<br />
sentes o que fazer quando se deparam com um<br />
paciente onde a doença localmente já está avançada,<br />
assim como nos casos da doença metástlCa.<br />
de fazer a "abordagem actual dos tumores do<br />
vamente.<br />
A salientar ainda que Teresa Timóteo, oncolo<br />
·.<br />
AAssociação Europeia dos Administradores<br />
<strong>Hospitalar</strong>es (EAHM)<br />
quer conhecer melhor a realidade<br />
e os padrões em que trabalham os gestores<br />
hospitalares dos respecúvos Estados-Membros<br />
e, nesse sentido, apresentou às associações<br />
de cada país um questionário a que devem dar<br />
resposta.<br />
Este questionário apareceu na sequência do<br />
XXI Congresso da EAHM, que decorreu entre<br />
estroma gastroimestinal". Os temas que vão<br />
estar em análise deixam perceber que há muitas<br />
interrrogações em aberto e para as quais os<br />
clínicos e cirurgiões nacionais procuram as<br />
respostas adequadas.<br />
Trata-se de um evento organizado pelo serviço<br />
6 dos Capuchos e entre os vários assuntos agendados<br />
para análise destacam-se, entre outros, o<br />
contributo da gastrenterologia no diagnóstico,<br />
assim como o papel da Anatomia Patológi-<br />
As questões cirúrgicas vão merecer atenção<br />
específica através da apresentação de Amadeu<br />
Pimenta, cirurgião-geral do Hospital de S. João,<br />
que vai responder à pergunta "Quando e como<br />
operar?".<br />
Este encontro médico vai ser também marcado<br />
pela presença de um convidado estrangeiro.<br />
Trata-se do cirurgião italiano Alessandro Gronchi,<br />
ligado ao Instituto Nazionale per lo Studio<br />
e la Cura dei Tumori, que vai explicar aos pre-<br />
gista dos Capuchos, vai também tentar dar<br />
uma resposta à questão "Que linhas de terapêutica<br />
e de investigação para o futuro?".<br />
O encontro encerra ao fim da manhã com uma<br />
mesa redonda e outra pergunta: "Casos Clínicos,<br />
como decidir?"<br />
O presidente da Sociedade Portuguesa de<br />
Cirurgia, Fernando José Oliveira, e o director<br />
do serviço, Carlos Pereira Alves, presidem à<br />
abertura do encontro. 11111<br />
31 de Agosto e 2 de Setembro em Dublin, na<br />
Irlanda, e será através dele que se vão conhecer<br />
as diferenças existentes relativamente à<br />
forma como os administradores hospitalares<br />
são vistos pelos respectivos países, bem como<br />
o peso social que têm.<br />
Assim, as perguntas apresentadas vão no sentido<br />
de se passar a ter um conhecimento mais<br />
global sobre a realidade dos gestores, em ~ada<br />
país, no que diz respeito à carreira, vencimento<br />
e possíveis benefícios extras. Uma das<br />
questões colocadas diz respeito aos padrões<br />
..<br />
que estão inerentes à profissão. Assim, é questionado<br />
se os respectivos padrões estão apenas<br />
relacionados com o salário auferido, ou se há<br />
suplementos noutras áreas (como pagamento<br />
adicional de viatura ou da renda de casa, etc).<br />
Relativamente às remunerações dos gestores<br />
hospitalares, após ser questionada a base dos<br />
ordenados dos directores dos hospitais no<br />
país, é apresentado um gráfico onde se pede<br />
igualmente para se enunciar onde se integra<br />
o respectivo vencimento: menos de 150 mil<br />
euros; entre 150 e <strong>20</strong>0 mil euros e mais de<br />
<strong>20</strong>0 mil euros.<br />
A Holanda, que apresentou já os seus dados,<br />
tem a seguinte estimativa geral: menos de<br />
150 mil euros - 26% dos gestores daquele<br />
país; entre 150 e <strong>20</strong>0 mil - 54 %; mais de <strong>20</strong>0<br />
mil - <strong>20</strong>%. Vai ser interessante, num futuro<br />
próximo, comparar as respostas. 11111
DIÁRIO DA REPÚBLICA<br />
A GH destaca a legislação mais importante publicada em Diário da República no mês de Agosto:<br />
Roche<br />
Ministério da Saúde<br />
Decret-Lei n. 0<br />
170/<strong>20</strong>06, 17 de Agosto<br />
Revoga o Decreto-Lei n. 0 92/<strong>20</strong>01, de 23 de Março, que<br />
determina que o trabalho extraordinário praticado pelos<br />
médicos em serviço de urgência seja pago com base no regime<br />
de trabalho de dedicação exclusiva com o horário de<br />
quarenta e duas horas semanais para a respectiva categoria e<br />
escalão, independentemente do regime de trabalho praticado<br />
Portaria n. 0<br />
840/<strong>20</strong>06, 18 de Agosto<br />
Homologa os contratos públicos de aprovisionamento<br />
(CPA) que estabelecem as condições de fornecimento ao<br />
Estado de anti-sépticos, desinfectantes e outros<br />
Portaria n. 0 841/<strong>20</strong>06, 21 de Agosto<br />
Homologa os contratos públicos de aprovisionamento<br />
(CPA) que estabelecem as condições de fornecimento ao<br />
Estado de material disposable de bloco operatório<br />
imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC),<br />
aprovado pelo Decreto-Lei n. 0 492/88, de 30 de Dezembro<br />
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino<br />
Superior<br />
Decreto-Lei n. 0<br />
151/<strong>20</strong>06, de 02 de Agosto<br />
Atribui aos reitores, aos presidentes dos institutos superiores<br />
politécnicos e aos directores ou presidentes dos<br />
conse-lhos directivos dos estabelecimentos de ensino superior<br />
não integrado a competência para autorizar a acumulação<br />
de funções e cargos públicos com outras funções<br />
públicas ou privadas<br />
Portaria n. 0<br />
814/<strong>20</strong>06, 14 de Agosto<br />
Cria o curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem<br />
de Saúde Infantil e Pediatria na Escola Superior de<br />
Enfermagem do Dr. Ângelo da Fonseca e aprova o respectivo<br />
plano de estudos<br />
Inovamos na Saúde<br />
Decreto-Lei n. 0<br />
171/<strong>20</strong>06, 22 de Agosto<br />
Prorroga a vigência do Decreto-Lei n. 0 117 /98, de 5 de<br />
Maio, que estabeleceu o regime remuneratório experimental<br />
(RRE) para os médicos de clínica geral que exerçam<br />
funções nos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde<br />
Decreto-Lei n. 0<br />
176/<strong>20</strong>06, de 30 de Agosto<br />
Estabelece o regime jurídico d_os medicamentos de uso<br />
humano, transpondo a Directiva· n. 0 <strong>20</strong>01/83/CE, do Parlamento<br />
Europeu e do Conselho, de 6 de Novembro, que<br />
estabelece um código comunitário relativo aos medicamentos<br />
para uso humano, bem como as Directivas n.os<br />
<strong>20</strong>02/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27<br />
de Janeiro, <strong>20</strong>03/63/CE, da Comissão, de 25 de Junho, e<br />
<strong>20</strong>04/24/CE e <strong>20</strong>04/27/CE, ambas do Parlamento Europeu<br />
e do Conselho, de 31 de Março, e altera o D ecreto-Lei<br />
n. 0 495/99, de 18 de Novembro<br />
Ministério das Financas e da Administracão<br />
Pública " "<br />
Decreto-Lei n. 0<br />
150/<strong>20</strong>06, de 02 de Agosto<br />
Altera o regulamento de cobrança e reembolsos do imposto<br />
sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) e do<br />
Ministério do Trabalho e da Solidariedade<br />
Social<br />
Decreto-Lei n. 0<br />
163/<strong>20</strong>06, de 08 de Agosto<br />
Aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos<br />
que recebem público, via pública e edifícios<br />
habitacionais, revogando o Decreto-Lei n. 0 123/97, de<br />
22 de Maio<br />
Assembleia da República<br />
Lei Orgânica n. 0<br />
3/<strong>20</strong>06, 21 de Agosto<br />
Lei da paridade: estabelece que as listas para a Assembleia da<br />
República, para o Parlamento Europeu e para as autarquias<br />
locais são compostas de modo a assegurar a representação<br />
mínima de 33% de cada um dos sexos<br />
Lei n. 0<br />
46/<strong>20</strong>06, de 28 de Agosto<br />
Proíbe e pune a discriminação em razã<br />
existência de risco agravado.de saúde<br />
Lei n. 0<br />
52/<strong>20</strong>06, de 01 de Setembro<br />
c1encia e~d ----<br />
/\ N/ CIO;.', ~ ·-<br />
0". -<br />
0,·,UDE FL'Gr V'<br />
r----·---- ... .__ \...,<br />
---------<br />
Aprova as Grandes O pções do Plano ara <strong>20</strong>07<br />
--<strong>º</strong>°- .Qy.o1]~1<br />
L' ~~ ·, _' ~ ~ -,:<br />
i - ,
Construimos um novo tipo<br />
de Companhia de Cuidados de Saúde.<br />
Schering-Plough Farma, Lda.<br />
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