Gestão Hospitalar N.º 35 2008
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04 Editorial<br />
Após 16 anos à frente da APAH, Manuel Delgado passa<br />
o testemunho. Que é como quem diz, cede o lugar a Pedro<br />
Lopes, que até aqui era vice-presidência da APAH.<br />
As eleições para os znovos corpos gerentes, decorreram<br />
a 16 de Maio e ao escrutínio compareceu apenas uma lista.<br />
No Editoria l desta edição, Manuel Delgado, emocionado,<br />
agradece a todos os que com ele colaboraram ... e não<br />
consegue ficar indiferente ao que se está a passar<br />
nos hospitais. Um Editorial para a História da APAH.<br />
08 Política<br />
Um estudo inédito, realizado em todos os países da EU,<br />
demonstrou que os clínicos gerais têm de ser envolvidos<br />
na cessação tabágica dos seus pacientes. Os resultados<br />
foram apresentados na Assembleia da República, numa<br />
sessão presidida pela responsável da Comissão de Sa úde,<br />
Maria de Belém Rosei ra<br />
13 Entrevista<br />
Pedro Lopes, o recém-eleito presidente da APAH, dá a sua<br />
primeira entrevista de fundo à GH. Fala de continuidade<br />
e diz que não vai ser fácil continuar o traba lho do seu<br />
antecessor. Deixa vários recados e deixa perceber qual<br />
a dinâmica que gostaria de ver implementada nos hospitais<br />
portugueses. Uma entrevista para a História da GH<br />
26 Destaque<br />
O terceiro protocolo de colaboração no âmbito da diabetes<br />
foi assinado recentemente, com o objectivo de melhorar<br />
a acessibilidade dos doentes com esta patologia.<br />
O acordo foi celebrado entre o Ministério da Saúde,<br />
a direcção Geral de Protecção Social dos funcionários<br />
e Agentes de Administração Pública e a Associação Nacional<br />
de Farmácias. Conheça o protocolo.<br />
3 .. 1<br />
Al CO.' \ . 1' ,-.,. y \ \'<br />
e.r ª :-·"'.":<br />
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e·- ; ~-=<br />
Estima-se que um por cento da população portuguesa<br />
sofra de Hepatite e, mas não há certezas.a falta de estudos<br />
foi referida num workshop organizado pela Associação SOS<br />
Hepatites, em Lisboa, que serviu para alertar para o dia<br />
Mundial das Hepatites, que se comemorou a 19 de Maio.<br />
B 1 B L 1 o<br />
""',""<br />
E<br />
1<br />
e<br />
A<br />
3
Passagem de testemunho<br />
Manuel Delgado<br />
Presidente da APAH<br />
"Presto a minha<br />
homenagem sincera<br />
e emocionada<br />
a todos os que<br />
mais de perto me<br />
acompanharam<br />
neste percurso,<br />
sempre com<br />
enorme confiança,<br />
incondicional<br />
lealdade e pronta<br />
e total<br />
disponibilidade."<br />
D<br />
ezasseis anos depois deixo as funções<br />
de liderança da Associação Portuguesa<br />
de Administradores <strong>Hospitalar</strong>es.<br />
Foi um longo caminho, talvez excessivo,<br />
com vários tempos: o da aprendizagem e do<br />
entusiasmo, o da consolidação de uma imagem<br />
séria e credível dos Administradores<br />
<strong>Hospitalar</strong>es, com o apoio de muitos colegas<br />
e de muitas entidades públicas e privadas<br />
com que nos relacionamos, o das dificuldades<br />
e da resistência, face aos que recearam<br />
sempre a nossa força, desdenharam da nossa<br />
competência ou invejaram a nossa formação<br />
profissional.<br />
Realizámos, ao longo destes anos centenas de<br />
iniciativas, na área da divulgação do conhecimento,<br />
do debate público e da formação.<br />
Associamo-nos a parceiros congéneres internacionais,<br />
europeus, americanos e dos países<br />
de língua oficial portuguesa, e assumimos na<br />
última década a liderança da Associação Europeia<br />
de Directores de Hospitais.<br />
Vivemos hoje tempos difíceis para a profissão,<br />
a ex1g1r uma nova visão para a carreira e<br />
para os profissionais que representamos. Com<br />
abertura, flexibilidade e imaginação. Sem<br />
preconceitos ou tiques corporativos que só<br />
nos prejudicam.<br />
Presto a minha homenagem sincera e emocionada<br />
a todos os que mais de perto me acompanharam<br />
neste percurso, sempre com enor<br />
_me confiança, incondicional lealdade e pronta<br />
e total disponibilidade. Confio plenamente na<br />
qualidade, na competência e na dedicação da<br />
nova Direcção, ciente que saberão encontrar,<br />
sem rupturas ou convulsões, novos caminhos<br />
mais ajustados aos desafios que já aí estão. Podem<br />
contar sempre com o meu empenho, a<br />
minha amizade e a minha lealdade, na defesa<br />
dos valores e do espaço para o exercício digno<br />
e reconhecido da profissão de Administrador<br />
<strong>Hospitalar</strong>.<br />
O que fazem os hospitais?<br />
Duas notícias recentes sobre a actividade dos<br />
Hospitais, provocaram intenso debate público e a<br />
intervenção dos partidos políticos: as listas de espera<br />
em oftalmologia e a realização de cirurgia da<br />
mama, exclusivamente estética, num grande Hospital<br />
Universitário.<br />
Se o primeiro facto, significa incapacidade de<br />
resposta do SNS para intervenções de clara e objectiva<br />
necessidade, o segundo, a confirmar-se,<br />
surpreendentemente, revelará excesso de recursos<br />
em cirurgia plástica, falta de doentes e a generosa<br />
disponibilidade do Serviço para operar pessoas<br />
saudáveis, apenas por questões de conforto.<br />
Não deixará de ser interessante associar estas duas<br />
realidades:<br />
1. A iniquidade que resulta da falta de resposta do<br />
SNS para os mais necessitados, em contraste com<br />
o "privilégio" que é dado a pessoas "especiais" para<br />
serem operadas aos seios, porque não se sentem<br />
bem com a sua situação.<br />
2. O desperdício de recursos, comum nos dois casos:<br />
a) na oftalmologia, porque se admite que com os<br />
mesmos recursos (pessoas, equipamentos, instalações)<br />
se poderia fazer muito mais;<br />
b) na cirurgia plástica, porque os recursos, aparentemente<br />
sem melhores destinatários, são utilizados<br />
para satisfazer caprichos pessoais.<br />
Em qualquer circunstância estamos perante cenários<br />
inaceitáveis, que importa, ética, social e econo-<br />
. . .<br />
m1camente, corngu.<br />
O SNS é essencial para a saúde dos portugueses e<br />
não pode ser desvirtuado por inexplicáveis dificuldades<br />
de acesso ou pela chocante utilização supérflua<br />
por parte de um grupo específico de privilegiados.<br />
E aqui todos temos responsabilidades: as direcções<br />
dos Serviços, as administrações hospitalares, as ordens<br />
profissionais e o poder político. Tenhamos<br />
todos a coragem de reconhecer os problemas e<br />
propor soluções, mesmo que elas mexam com interesses<br />
que sistematicamente se reverenciam. rm<br />
4<br />
Wyeth Lederle Portugal (Farma) Lda. 1 Rua Dr. António Borges, 2 - 1495-131 Algés 1 www.wyeth .pt
Oncologia<br />
Mais comparticipação nos opióides<br />
Miniscério da Saúde aprovou em Março,<br />
O em despacho assinado pelo Secrecário<br />
de Escado da Saúde, Francisco Ramos, o aumento<br />
da comparricipação em 95 por cento<br />
sobre os analgésicos escupefaciemes, nomeadamente<br />
os opióides. A comparticipação no<br />
regime ambulacório era, até aqui, de 37 por<br />
cento. O novo regime de comparticipação para<br />
os medicamentos opióides, sob prescrição para<br />
o tratamento da dor oncológica moderada a<br />
forte, está no entanto sujeito a regras apertadas.<br />
O documento define que o médico prescritor<br />
deve fazer "menção expressa" do despacho na<br />
receita. Mais: o doente tem de estar referencia-<br />
do numa Unidade de Dor ou, na sua ausência,<br />
numa unidade de Cuidados Paliativos pertencente<br />
à Rede Nacional de Cuidados Continuados<br />
Integrados. Deve ainda ser reavaliado periodicamente,<br />
num espaço de tempo que não<br />
pode ultrapassar um ano.<br />
A Unidades de Dor, bem como as Unidades<br />
de Cuidados Paliativos da Rede de Cuidados<br />
Continuados ficam obrigadas, no âmbito do<br />
processo de monitorização da prescrição e<br />
consumo de opióides, a enviar anualmente ao<br />
Infarmed o número de doentes referenciados,<br />
discriminando os números referentes a primeira<br />
e segunda consultas. 1!111<br />
Campanha<br />
Educar as crianças<br />
sobre os perigos do sol<br />
•<br />
Diabetes<br />
Casados controlam<br />
melhor a glicemia<br />
U<br />
m estudo da Universidade Nova de<br />
Lisboa (UNL) revela que o estado<br />
civil influencia o controlo sobre a glicemia,<br />
nos diabéticos de tipo 1. As pessoas casadas<br />
controlam melhor os valores da sua glicemia.<br />
Esta é uma das conclusões de um estudo realizado<br />
por um grupo de alunos da UNL,<br />
com a colaboração da Associação Protectora<br />
dos Diabéticos de Portugal (APDP). Realizada<br />
num universo de 55 pessoas, entre os<br />
18 e os 43 anos, a análise prova que há uma<br />
correlação entre o estado civil e o controlo da<br />
glicémia nos pacientes com diabetes tipo 1.<br />
Entre as razões apontadas para tal fenómeno,<br />
José Manuel Boavida, Coordenador do Programa<br />
Nacional de Prevenção e Controlo da<br />
Diabetes, realça que o apoio do cônjuge se<br />
revela fundamental na maioria dos casos, reforçando<br />
que o acompanhamento social deve<br />
estar a par do acompanhamento médico dos<br />
diabéticos. lilII<br />
Estudo<br />
Excesso de peso<br />
aumenta risco de<br />
impotência<br />
J\ barriga grande aumenta até crês vefl.zes<br />
o risco de impotência sexual no<br />
homem.<br />
Estudos clínicos apresentados recentemente<br />
no 23° Congresso Europeu de Urologia,<br />
em Milão (Itália), comprovam a existência<br />
de uma relação estreita entre o tamanho<br />
da barriga do homem e a disfunção eréctil,<br />
conhecida como impocência sexual.<br />
Segundo os estudos, o excesso de gordura<br />
acumulada no abdómen não afecta apenas<br />
a aparência física, mas também a saúde<br />
sexual do homem. Isso porque o acumular<br />
de gordura abdominal é um dos sinais da<br />
síndrome metabólica e pode estar associado<br />
à redução das taxas de testosterona. Esce<br />
desequilíbrio hormonal é um dos factores<br />
de risco para o surgimento das dificuldades<br />
de erecção. lilII<br />
Reunião<br />
O<br />
s especialistas concordam que a prevenção<br />
face aos raios ultravioleta na infância<br />
e adolescência pode diminuir em mais<br />
de 50% os riscos do cancro da pele. Com o<br />
Verão à porta e o sol cada vez mais intenso, e<br />
porque a protecção das crianças é sempre uma<br />
tarefa de difícil concretização, a ISDIN - um<br />
laboratório farmacêutico dedicado à Dermatologia<br />
- lança a 2ª edição da sua Campanha<br />
de Escolas "Sol, Pele e Fotoprotecção" para o<br />
Ensino Básico, do 1° a 9° ano. A campanha<br />
visa, com a ajuda dos professores, sensibilizar<br />
os mais novos para os perigos da exposição ao<br />
sol sem protecção. O grande objectivo é ajudar<br />
os mais pequenos a tomarem consciência dos<br />
perigos das radiações ultravioleta e de como<br />
se podem proteger dos seus efeitos que são cumulativos,<br />
pois a pele tem memória. Todas as<br />
escolas, a nível nacional, podem inscrever-se<br />
neste programa. lilII<br />
Nutrição inibe doenças neurológicas<br />
/<br />
E<br />
possível, através da gestão nutritiva, inibir<br />
a progressão de doenças neurológicas<br />
que culminam na doença de Alzheimer e<br />
Parkinson. A afirmação é de Michael Colgan,<br />
Colgan, que vem a Portugal para participar<br />
no Primeiro Congresso Ibérico Anual sobre<br />
Medicina A~ ti-Envelhecimento e Tecnologias<br />
Biomédicas, de 29 a 31 de Maio, no Estoril,<br />
reduzir a degradação do cérebro durante o<br />
envelhecimento. Esta técnica, própria da medicina<br />
preventiva, pode permitir a prevenção<br />
de doenças neurológicas como Alzheimer e<br />
especialista mundial em Ciência da Nutrição revela que a gestão da nutrição do ser humano Parkinson, entre outras consequências do
Cessação Tabágica<br />
Envolvimento de cl , . .<br />
1n1cos g era1s com<br />
altos benefícios<br />
.. '<br />
U<br />
m estudo inédito, que decorreu<br />
em 27 países da Europa, demonstrou<br />
que na relação custo/<br />
benefícios, as políticas de envolvimento dos<br />
clínicos gerais na cessação tabágica, representam<br />
a solução mais vantajosa para os sistemas<br />
de saúde. Os resultados da investigação<br />
e na qual esteve envolvido o Centro de<br />
Estudos de Medicina Baseada na Evidência<br />
da Universidade de Medicina de Lisboa, foi<br />
apresentado no dia 6 de Maio, na Assembleia<br />
da República, numa sessão presidida<br />
por Maria de Belém Roseira, presidente da<br />
Comissão Parlamentar.<br />
O trabalho, denominado projecto PESCE<br />
(Practitioners and Economics in Smoking<br />
Cessation in Europe), demonstra que a<br />
intervenção dos médicos de família tem o<br />
enorme impacto na cessação tabágica, com<br />
ganhos inequívocos para a saúde dos doentes<br />
e na prevenção da doença, nomeadamente<br />
nos custos do tratamento das principais<br />
patologias associadas ao fumo.<br />
O grande objectivo deste trabalho, referiu<br />
António Vaz Carneiro, investigador português<br />
envolvido neste estudo, "é o desenvolvimento<br />
de recomendações políticas para a<br />
implementação de estratégias de 1<br />
preven ~<br />
ção e promoção da saúde nos sistemas dd<br />
Saúde europeus, elabora~as<br />
com \base erni<br />
evidência científica". Jean Da ver, perito·<br />
francês e presidente do p~ograma PESCE,<br />
começou por salientar as razões para a "crise"<br />
pela qual passa a J\:1edicina Geralí e Familiar,<br />
na Eu~opa,
David Cohen afirma que apenas uma redução de 3% no<br />
consumo de tabaco levaria, em Portugal e até ao ano de 2030,<br />
a uma diminuição anual de 152 casos de cancro de pulmão;<br />
45 de doença coronária; 27 de doença pulmonar obstrutiva<br />
crónica e 50 enfartes. O estudo estima a ocorrência de 78<br />
menos casos fatais causadas por estas doenças, com ganhos<br />
económicos no valor de 7.5 milhões de euros.<br />
....<br />
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-lo. A razão que me levou a aceitar participar<br />
neste estudo tem a ver com o facto de,<br />
pela primeira vez, o objectivo traçado ser a<br />
criação de recomendações que visam a motivação<br />
e envolvimento dos clínicos gerais",<br />
afirmou David Cohen, economista escocês,<br />
especialista no sector da saúde.<br />
"Este é um daqueles casos em que a "não acção"<br />
do profissional sai mais cara ao sistema<br />
•<br />
do q ue se ele actuar.<br />
Segundo o economista, em Portugal apenas<br />
uma redução de 3% no consumo de<br />
tabaco levaria, até 2030, a uma diminuição<br />
anual de 152 casos de cancro de pulmão,<br />
45 de doença coronária, 27 de doença pulmonar<br />
obstrutiva crónica e 50 enfartes. O<br />
estudo estima a ocorrência de 78 m enos<br />
casos fatais causadas por estas doenças,<br />
,.<br />
com ganhos económicos no valor de 7.5<br />
milhões de euros.<br />
Uma redução de 15% no consumo de tabaco<br />
elevaria estes resultados, por ano, para<br />
um decréscimo em 765 casos de cancro de<br />
pulmão, menos 226 casos de doença coronária,<br />
872 de doença pulmonar obstrutiva<br />
crónica e 245 menos enfartes. Em 2030<br />
estima-se que 393 mortes poderiam ser evitadas,<br />
decorrentes destas doenças. Os custos<br />
económicos poupados em serviços de saúde<br />
estimam-se em 37.4 milhões de euros .<br />
Perante estes resultados, David Cohen concluiu<br />
que existem acções efectivas para aumentar<br />
o envolvimento dos clínicos gerais<br />
na cessão tabágica e que esta é a medida<br />
mais rentável e eficaz para obter ganhos em<br />
saúde. "Os benefícios económicos e para a<br />
Saúde são enormes. Este estudo demonstra,<br />
com base em evidência científica, que faz<br />
todo o sentido investir em políticas de motivação<br />
dos clínicos gerais para que intervenham<br />
junto dos doentes que fumam".<br />
Motivação<br />
Um dos aspectos estudados no âmbito do<br />
projecto PESCE foi a fraca intervenção dos<br />
clínicos gerais, no sentido de identificar os<br />
factores que inibem ou promovem a intervenção<br />
destes profissionais na cessação tabágica.<br />
lngrid Holme, a inves tigadora alem<br />
ã apontou alguns dos aspectos que es tão<br />
por detrás da pouca actividade dos médicos<br />
de família. Entre eles salien tou o facto de,<br />
com frequência, serem os próprios clínicos<br />
também fumadores; a pouca percepção ou<br />
que frequentemente os clínicos não acreconhecimentos<br />
precários sobre métodos e<br />
tratamentos ou ainda facrores de ordem<br />
estrutural como o tempo, a formação e<br />
a remuneração. Porém, salientou Ingrid<br />
Holme, em alguns casos, nomeadamente<br />
na Alemanha, onde o doente pode escolher<br />
e mudar de médico de família, o clínico<br />
tende a temer "incomodar" o paciente<br />
levando-o a preteri-lo. No que diz respeito<br />
aos clínicos que também fumam, o estudo<br />
revelou q ue nos países europeus estudados<br />
a prevalência se situa entre os 3,7 e os 49<br />
por cento. Na G récia e na Bulgária, cerca<br />
de 30 por cen to dos clínicos gerais fuma,<br />
inclusivamente em frente aos pacientes.<br />
Globalmente, este estudo revelou ainda<br />
ditam na eficácia da sua intervenção, nem<br />
reconhecem algum mérito no seu papel.<br />
M ais: face a doentes graves, alguns clínicos<br />
sentem-se inibidos pois consideram que<br />
podem contribuir para o aumento da ansiedade<br />
e sentimentos de culpa do doente.<br />
Outros acreditam que fumar diz respeito à<br />
esfera das escolhas privadas, pelo que crêem<br />
que estão a interferir na autodeterminação<br />
do doente. Entre 32 a 74 por cento<br />
deste profissionais sente que a cessação tabágica<br />
é um processo que envolve muito<br />
tempo e cujos resultados são projectados<br />
para o futuro, aos quais nem sequer vão<br />
assistir. "A faixa etária dos clínicos gerais<br />
é alta. Frequentemente, sentem que a sua<br />
intervenção só vai colher resultados além<br />
do seu próprio período de actividade, pelo<br />
que o facto de não assistirem ao benefício<br />
da sua acção, a sensação de mérito é reduzida",<br />
apontou a investigadora.<br />
Porém, e de acordo com o estudo, Ingrid<br />
Holme concluiu que existem evidências que<br />
demonstram que é possível mudar o comportamento<br />
des tes profissionais. Formação,<br />
motivação, incentivos são no entanto necessários<br />
para que os clínicos gt rais tenham<br />
confiança e valorizem o seu envolvimento.<br />
Entre outras, o estudo recomenda a implementação<br />
de medidas q ue visam o reforço<br />
das competên cias técnicas e do reconhecimento<br />
social dos médicos de família, inclusive<br />
sob a forma de remuneração. mD<br />
IO<br />
II
PEDRO LOPES Á GH:<br />
"Os resultados dos hospitais públicos<br />
são positivos. Até implicaram<br />
mudança de políticas do Governo"<br />
António Pedro Lopes Araújo, conhecido por Pedro Lopes, tem 53 anos e é o novo presidente<br />
da APAH. Licenciado em Direito e com uma pós-graduação em Administração <strong>Hospitalar</strong><br />
apaixonou-se pelos caminhos da gestão. Depois da vice-presidência da APAH, assume<br />
agora a sua presidência, sucedendo a Manuel Delgado, quem liderou a associação durant e<br />
16 anos. Esta é a primeira entrevista de fundo, onde são visíveis muitas das características<br />
da personalidade e objectivos de Pedro Lopes, quanto ao futuro da APAH. Ad ianta algumas<br />
ideias frontais e, de forma tranquila - uma das suas principais características - diz tudo,<br />
sobre tudo ... e deixa já recados!<br />
<strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> - Quais os motivos<br />
que o levaram a candidatar-se a presidente<br />
da APAH?<br />
Pedro Lopes - Dois motivos ditaram a<br />
minha candidatura às eleições da APAH.<br />
Em primeiro lugar, a assumpção do compromisso<br />
assumido com o nosso presidente,<br />
Dr. Manuel Delgado, no sentido de ser<br />
candidato caso o mesmo não o fizesse. Em<br />
segundo lugar, porque penso ter conseguido<br />
reunir as condições (equipa coesa e disponível)<br />
para recentrar a participação dos administradores<br />
hospitalares na sua Associação.<br />
GH - Como caracteriza a composição<br />
da única lista que se apresentou a escrutínio?<br />
~ uma lista que pretende a<br />
continuidade do t rabalho realizado por<br />
Manuel Delgado, ou vai alterar profundamente<br />
a forma de actuar?<br />
>>> Pedro Lopes, o novo presidente da APAH,<br />
reconhece que não vai ser fácil ser o sucessor<br />
de Manuel Delgado<br />
PL - A composição da nossa lista caracteriza-se<br />
por um forte equilíbrio regional,<br />
geracional e institucional. Regional porque<br />
é constituída por administradores das<br />
várias regiões do país; geracional porque é<br />
representada por administradores de várias<br />
gerações e institucional porque os mesmos<br />
administradores tem desempenho em hospitais<br />
com diversos estatutos jurídicos.<br />
As suas grandes linhas estratégicas consubstanciam-se<br />
nos conceitos de IMAGEM,<br />
MODERNIZAÇÃO, ENVOLVIMEN<br />
TO, COMUNICAÇÃO e ÉTICA. Para<br />
desenvolver as linhas estratégicas acima<br />
referidas esta candidatura vai procurar dar<br />
continuação ao excelente trabalho realizado<br />
pelo Dr. Manuel Delgado e introduzir a<br />
inovação que a sua equipe transporta e que<br />
o futuro da nossa Associação exige.<br />
GH - Considera difícil continuar o trabalho<br />
do seu antecessor?<br />
PL - Não vai ser fácil continuar o trabalho<br />
do meu antecessor.<br />
O Dr. Manuel Delgado é uma pessoa mui-<br />
to carismática. A sua personalidade granjeou-lhe<br />
contactos e conhecimentos que<br />
foram determinantes para a visibilidade<br />
da nossa Associação. Foi o presidente que<br />
mais fez para o desenvolvimento da nossa<br />
Associação. no país e no estrangeiro.<br />
Temos, no entanto, a garantia do seu apoio<br />
e este facto tranquiliza-nos e permite-nos<br />
perspectivar um futuro francamente positivo<br />
para a nossa Associação.<br />
GH - Na sua opinião, porque razão apareceu<br />
apenas uma list a? Os administradores<br />
hospitalares pensam todos da<br />
mesma maneira?<br />
PL - Apareceu apenas uma lista porque<br />
neste momento os administradores hospitalares<br />
estão afastados da Associação que<br />
os representa.<br />
Não é nada de muito diferente daquilo que<br />
se passa no movimento associativo português.<br />
As pessoas são/estão muito individualistas<br />
no seu "dia-a-dia" e não partilham<br />
os problemas que, afinal, são comuns. Não<br />
se trata de pensar da mesma maneira.<br />
13
GH - A questão do Financiamento hospitalar<br />
está, há muito tempo, na ordem<br />
do dia. Pensa que as alterações que se<br />
têm registado, neste domínio, têm dado<br />
resultados positivos?<br />
PL - As alterações no financiamento hospitalar<br />
observadas nos anos ma~ s recentes<br />
parecem-me positivas.<br />
Sem esquecer a Dr.ª Maria de Belém que<br />
manifestou preocupação sobre a matéria,<br />
foi com o Dr. Luís Filipe Pereira que o assunto<br />
mereceu tomada de medidas. As alterações<br />
à Lei de <strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong> foram o<br />
ponto de partida para a empresarialização<br />
dos hospitais com grande relevância nas<br />
matérias de financiamento hospitalar, designadamente<br />
com o estabelecimento dos<br />
contratos-progama para o financiamento<br />
dos hospitais. Foi, no entanto, no mandato<br />
do Dr. Correia de Campos que este<br />
instrumento de trabalho se aprofundou<br />
e solidificou. Não podemos esquecer que<br />
foi, justamente, no seu mandato que, pela<br />
primeira vez, os hospitais foram dotados<br />
de orçamentos de exploração muito próximos<br />
dos verdadeiros custos dos hospitais.<br />
GH - Os hospitais públicos têm conseguido<br />
reorganizar-se? Os administradores<br />
hospitalares têm alcançado resultados<br />
positivos, neste campo, ou o mérito<br />
"Os hospitais públicos<br />
.<br />
reorganizaram-se.<br />
E fizeram-no de tal<br />
forma que a imagem<br />
passada à população<br />
de que os mesmos<br />
. , .<br />
eram 1ngovernave1s<br />
está a diluir-se"<br />
Os mais antigos administradores hospitalares<br />
lembrar-se-ão, seguramente, de<br />
momentos nos quais a afluência às Assembleias<br />
Gerais era grande e o debate de<br />
ideias eloquente.<br />
Mas a responsabilidade por esta situação<br />
não é apenas dos associados. As sucessivas<br />
Direcções da APAH, nas quais me incluo,<br />
têm também fortes responsabilidades. O<br />
"envolvimento" de todos os administradores<br />
hospitalares no seu movimento associativo<br />
é justamente uma das linhas estratégicas<br />
da nossa proposta. E, mais do que uma<br />
linha estratégica, gostaríamos que viesse a<br />
tornar-se uma realidade.<br />
GH - Que análise faz à política de saúde<br />
que vem sendo seguida pelo actual<br />
executivo, particularmente pela nova<br />
equipa da Saúde?<br />
PL - Ainda é muito cedo para fazer uma<br />
caracterização da actual linha política deste<br />
elenco ministerial.<br />
A senhora M inistra da Saúde anunciou<br />
um trajecto de continuidade. Verificamos,<br />
no entanto, tratar-se de uma pessoa com<br />
ideias próprias, com um forte pendor pelas<br />
questões sociais e bastante pragmática na<br />
solução dos problemas. São características<br />
muito positivas para a governação de um<br />
Ministério tão difícil como o da Saúde.<br />
é do Governo?<br />
PL - É claro que os hospitais públicos se<br />
reorganizaram. E fizeram-no de tal forma<br />
que a imagem passada à população de que<br />
os mesmos eram ingovernáveis parece estar<br />
a diluir-se. Com efeito, os resultados mais<br />
recentes obtidos pelos hospitais públicos<br />
são francamente positivos e até implicaram<br />
mudança de políticas do governo (não<br />
inclusão da gestão privada nas PPP; igualdade<br />
de oportunidades público/privado na<br />
área das convenções).<br />
Reconheço, no entanto, que esta atitude<br />
no campo da gestão pública hospitalar ficou<br />
a dever-se, sem dúvida, à abertura que<br />
os mais recentes elencos ministeriais concederam<br />
à gestão privada. A competição<br />
nos dias de hoje é bem mais efectiva do<br />
que nos períodos antecedentes.<br />
O mérito é do governo e d os outros actores<br />
do processo nos quais se incluem, claramente,<br />
os administradores hospitalares.<br />
GH -<br />
Que alterações gostava de ver<br />
concretizadas nos hospitais?<br />
PL - Um grau mais elevado de profissionalização<br />
dos agentes gestores dos hospitais.<br />
Muitas vezes os Conselhos de Administração<br />
são constituídos por pessoas que<br />
nunca tiveram qualquer contacto com a<br />
área da saúde.<br />
Ao nível da gestão intermédia também é<br />
importante profissionalizar os seus agentes.<br />
A reorganização interna dos hospitais é<br />
fundamental.<br />
Até ao momento, as reformas na área hospitalar<br />
foram sempre ao nível macro, ou seja,<br />
da gestão de topo. Só houve um momento<br />
em que as preocupações ministeriais,<br />
quanto à gestão intermédia dos hospitais,<br />
teve lugar e esse momento, aconteceu durante<br />
o mandato da D r.ª Maria de Belém.<br />
A criação de centros de responsabilidade<br />
15
nos hospitais, dos quais ouvimos falar<br />
pontualmente, era um desiderato e fazia<br />
parte das linhas estratégicas da governação<br />
daquela ex-Ministra da Saúde.<br />
GH - Como analisa as relações actuais<br />
entre os administradores hospitalares e<br />
os médicos - particularmente os Directores<br />
de Serviço?<br />
PL - As relações entre os médicos e os administradores<br />
hospitalares foram sempre<br />
muito positivas. Com esta afirmação não<br />
quero d izer que não sejam objecto de "crítica".<br />
Às vezes por questão de personalidade<br />
a relação não será a melhor. Trata-se,<br />
no entanto, de casos pontuais. Os médicos<br />
sempre souberam qual era o seu papel no<br />
processo da gestão hospitalar. Nunca abdicaram<br />
dele mas sempre reconheceram a<br />
actividade específica e insubstituível dos<br />
administradores hospitalares. Não posso<br />
deixar de referir que no "meu" hospital são<br />
os Directores de Serviço que procuram a<br />
colaboração dos administradores e por vezes<br />
de "determinado" adm inistrador hospitalar.<br />
Fazemos uma convivência muito<br />
saudável.<br />
A relação com os Direccores de Serviço é<br />
idêntica àquela que acabo de referir. É claro<br />
que existem D irectores de Serviço mais<br />
"presentes" e menos "presentes", outros<br />
mais "d isponíveis" e menos "disponíveis".<br />
Fundamental é criar uma equipe proactiva,<br />
eficiente e colaborante.<br />
GH - A restrição orçamental para tecnologias<br />
de inovação "impost a" pelo<br />
Executivo não o incomoda? Porquê?<br />
17
PL - A restrição orçamental incomoda sempre.<br />
Mas como todos nós sabemos os recursos<br />
não são "infinitos" pelo que nunca existirão<br />
com a quantidade que nós queremos.<br />
O que nós não podemos aceitar é a imposição<br />
de restrições orçamentais. Conheço<br />
um Conselho de Administração que em<br />
resposta a tal intenção pediu e obteve a sua<br />
demissão.<br />
Os hospitais não se podem fechar à inovação<br />
mas também não podem deixar de<br />
se determinar pelo seu enquadramento financeiro.<br />
As políticas que o Executivo tem desenvolvido<br />
no sentido da avaliação dos produtos<br />
de inovação aplicando o conceito<br />
de evidence based parecem-me correctas e<br />
necessárias.<br />
E se as questões da "inovação" nos devem<br />
preocupar as questões da "substituição" de<br />
tecnologias que necessariamente transportam<br />
"inovação" não nos devem preocupar<br />
menos. As linhas de financiamento até agora<br />
existentes no Programa "Saúde XXI" não<br />
existem no Actual QREN (Quadro de Referência<br />
Estratégico Nacional). A substituição<br />
de tecnologias a partir deste momento deve<br />
ser feita através dos orçamentos de exploração<br />
dos hospitais. Se considerarmos avetustez<br />
dos equipamentos e a degradação dos<br />
edifícios, façamos as contas.<br />
"Todos sabemos<br />
os recursos nao sao<br />
"infinitos" pelo que<br />
nunca existirão com<br />
a quantidade que<br />
nós queremos. O que<br />
nós não podemos<br />
aceitar é a imposição<br />
de restrições<br />
orçamentais"<br />
GH -<br />
Muito se tem falado da reforma<br />
dos Cuidados de Saúde Primários. Acredita<br />
no papel das novas USF? Porquê?<br />
PL - A questão da reforma dos Cuidados<br />
de Saúde Primários tem sido recorrente.<br />
O anterior Ministro da Saúde colocou-a<br />
na primeira linha das suas preocupações.<br />
A organização dos Cuidados de Saúde<br />
Primários é fundamental para o desempenho<br />
hospitalar por isso é necessário que<br />
as Unidades de Saúde Familiares sejam<br />
constituídas e funcionem. São importantes<br />
pela sua característica de "cuidados de<br />
proximidade". Por outro lado, o seu bom<br />
funcionamento resolverá situações que não<br />
chegarão à rede hospitalar.<br />
Mas tão importantes como as USF são as<br />
Unidades Locais de Saúde, sendo a de M a<br />
tosinhos o seu exemplo. Aqui, o conceito<br />
de integração dos Cuidados Primários e dos<br />
Cuidados Secundários é determinante. mil<br />
>>>O novo homem forte da APAH quer ver<br />
um grau mais elevado de profissionalização<br />
dos agentes gestores dos hospitais.<br />
18
Evolução Positiva<br />
Cirurgia Ambulatória do Curry Cabra l recebe nota positiva<br />
Comissão de Avaliação<br />
para o Desenvolvimento da<br />
Cirurgia Ambulatória fez um<br />
"balanço muito favorável"<br />
unidade, verificando in loco de que modo rem<br />
vindo a ser desempenhado o programa cirúrgico<br />
(produção, lisra de espera, constrangimentos<br />
verificados) num quadro de cumprimento<br />
das orientações e recomendações da tutela.<br />
pital Curry Cabral é uma unidade com três<br />
salas de bloco operatório, uma sala de intervenção,<br />
duas salas de recobro (primário e<br />
secundário) e todas as infraestruturas necessárias<br />
para funcionar como unidade estrutu<br />
riência técnica e organizacional.<br />
Com objectivos definidos, e que preconizam<br />
parâmetros de Qualidade Internacionais, ocarácter<br />
inovador desta UCA visa a progressiva<br />
redução das taxas de falra, do tempo de espera<br />
do desempenho da Unidade<br />
de Cirurgia Ambulatória do<br />
Hospital Curry Cabral<br />
Potencial para melhorar<br />
"Para nós foi uma grande honra e um reconhecimento<br />
muito grande termos sido visitados<br />
ralmente autónoma.<br />
Assegurar financiamento<br />
Quanto ao financiamento, ambos os dirigen<br />
dos utentes e a diminuição do número de cancelamentos<br />
por má preparação pré-operatória.<br />
"Unidade de Cirurgia Ambulatória do Hospital<br />
Curry Cabral - Um projecto Inovador"<br />
pela Comissão Nacional de Avaliação para o<br />
tes concordam com a necessidade de criar<br />
assenta na visão de que a cirurgia do futuro,<br />
missão N acional de Avaliação<br />
Desenvolvimento da Cirurgia Ambulatória.<br />
condições mais aliciantes para os hospitais. "As<br />
em relação à maioria da cirurgia programada,<br />
a o D esenvolvimento da Cirurgia<br />
Esra comissão observa e propõe novos desen<br />
condições das insralações das diversas unida<br />
comporta a integração dos cuidados primá<br />
bulatória considerou que a Unidade<br />
de Cirurgia Ambulatória do H ospital<br />
volvimentos para a cirurgia ambulatória, avaliando<br />
todas a UCAs do país. A confirmação<br />
des e o financiamento são os dois aspectos que<br />
mais nos preocupam e sobre os quais vamos<br />
rios e secundários, co-responsabilizando profissionais<br />
de saúde, utentes e seus familiares.<br />
Curry Cabral, em Lisboa, tem demonstrado<br />
de que temos excelentes condições e muito<br />
promover e propor medidas junto do Minis<br />
A UCA do Hospital Curry Cabral tem por<br />
uma evolução m uito positiva, reunindo todas<br />
potencial para desenvolver a nossa cirurgia am<br />
tério da Saúde", declarou Fernando Araújo.<br />
objectivo tornar-se uma unidade autónoma,<br />
as condições para continuar a crescer. "Fazemos<br />
um balanço muito favorável", afirmou<br />
bularória, deixa-nos muito satisfeitos" declarou<br />
Manuel Delgado, presidente do Conselho de<br />
Manuel Delgado defende que é necessário definir<br />
critérios de financiamento mais alician<br />
de excelência e inovação, dotada de capacidade<br />
para constituir uma referência na cirurgia<br />
Fernando Araújo, presidente da comissão de<br />
Administração do Hospital Curry Cabral.<br />
tes, tanto para as instituições, quanto para os<br />
Ambulatória Nacional. Desenvolve uma acti<br />
avalição, d urante a visita que decorreu, em<br />
"Temos um volume de cirurgia ambulatória já<br />
profissionais, em ermos de remuneração.<br />
vidade centrada no utente, na excelência do<br />
Abril, à UCA do H ospital Curry Cabral.<br />
muito razoável no contexto nacional."<br />
A Unidade de C irurgia Ambulatória do<br />
seu tratamento e nas suas necessidades, co-res<br />
"Por um lado, tem condições físicas invejáveis.<br />
É uma unidade nova, estruturada de<br />
acordo com os conceitos que defendemos e<br />
nesse aspecto é bastante sólida. Depois, está<br />
Cerca de 37 por cento das cirurgias do hospital<br />
já são feitas em ambularório, quando a<br />
média nacional andará pelos 27 por cento. Estamos<br />
cerca de 1 O pontos percentuais acima<br />
Hospital Curry Cabral, certificada pela<br />
APCER, tem demonscrado uma evolução<br />
positiva e de crescimento da sua actividade,<br />
alcançado pelo progressivo ganho de expe-<br />
ponsabilizando-o no seu tratamento. Pauta-se<br />
pela valorização do trabalho em equipa, da<br />
abertura, da transparência, da aprendizagem<br />
contínua e inovação constante. mo<br />
dotada de profissionais muito empenhados e<br />
da média nacional. É muito bom'', sublinhou<br />
motivados. Há alguns anos que faz cirurgia<br />
ambulatória e isto significa que é uma unidade<br />
que pode crescer mais. Por fim, existe<br />
Manuel Delgado.<br />
Embora os resultados sejam já bastante satisfatórios,<br />
a visita da Comissão Nacional de<br />
uma visão e uma estratégia para a cirurgia<br />
ambulatória", denota o responsável da Co<br />
Avaliação para o Desenvolvimento da Cirurgia<br />
Ambulatória veio reforçar a ideia que "existe<br />
missão Nacional de Avaliação para o Desenvolvimento<br />
da C irurgia Ambulatória.<br />
Segundo Fernando Araújo, o conselho de admi<br />
·;<br />
potencial para melhorar". Segundo Manuel<br />
Delgado, em algumas áreas cirúrgicas há ainda<br />
muito a fazer, no sentido de transferir doentes<br />
nistração do Hospital Curry Cabral, em conjun<br />
da cirurgia convencional para a cirurgia de am<br />
to com os profissionais de saúde, reflectiram e<br />
bulatória. ''A UCA oferece vantagens evidentes<br />
têm realmente um conceito que desejam desenvolver.<br />
"Tendo uma visão do que querem, a vontade<br />
e motivação dos profissionais e um espaço<br />
físico como este, tenho a certeza que vai crescer.<br />
Saímos daqui muito confiantes", afirmou.<br />
para os doentes, porque torna a sua vida mais<br />
cómoda, com o regresso para casa no próprio<br />
dia, e para o hospital, porque reduz o número<br />
de camas ocupadas, permitindo rentabilizar<br />
melhor os recursos e porque tem custos de ex<br />
A Comissão de Avaliação para o Desenvol<br />
ploração mais económicos", salientou o presi<br />
vimento da Cirurgia de Ambulatório esteve<br />
reunida com os elementos da UCA e visitou a<br />
dente do conselho de administração.<br />
A Unidade de Cirurgia Ambulatória do Hos-<br />
20<br />
21
Distinção<br />
António Vaz Carneiro eleito Fellow do Am erican College of Physicians<br />
e<br />
línico, Responsabilidade<br />
investigador e professor na<br />
Faculdade de Medicina de Lisboa,<br />
António Vaz Carneiro fo i distinguido<br />
ao mais alto nível pelo American<br />
College of Physicians - a instituição médica<br />
norte-americana de topo no campo da<br />
assistência clínica, formação e investigação<br />
biomédicas.<br />
O prestígio do American College of Physicians<br />
é reconhecido tanto a nível interno,<br />
quanto internacionalmente. "É uma honra<br />
muito significativa'', afirma Vaz Carneiro,<br />
pois "esta distinção raramente é atribuída<br />
a estrangeiros, nomeadamente os que têm<br />
a sua carreira e actividade profissional fora<br />
dos Estados Unidos da América". Segundo<br />
o investigador, "existem excelentes médicos<br />
que praticam excelente Medicina, mas que<br />
nada ensinam nem investigam. Existem excelentes<br />
clínicos que ensinam, na pré e na<br />
pós graduação. O que é difícil - e isso é reconhecido<br />
por esta distinção - é ser um clínico<br />
excepcional na relação com os doentes e nas<br />
capacidades técnico-profissionais. No fundo,<br />
ser um professor eficaz e respeitado e um investigador<br />
com uma carreira internacional<br />
reconhecida".<br />
Diz por isso que chegar a este ponto e ser<br />
reconhecido pelos pares americanos é um<br />
enorme prestígio. "Esta é pura e simplesmente<br />
a distinção mais importante da minha<br />
carreira profissional", confessa.<br />
António Vaz Carneiro recebeu as insígnias de<br />
Fellow na reunião anual do Colégio, durante<br />
a Convocation Cerimony, que teve lugar em<br />
Washington, na semana de 12 de Maio. Foi<br />
o culminar de um processo que durou cerca<br />
de um ano e que foi desencadeado pelo convite<br />
do presidente do American College of<br />
Physicians - D r. Harold Sox - o qual pediu<br />
ao especialista português que apresentasse o<br />
seu currículo para dar início ao processo de<br />
candidatura para Fellowship do Colégio. A<br />
candidatura seguiu e, poucos dias depois,<br />
António Vaz Carneiro recebeu a info rmação,<br />
pela voz de E. L. Yoder - Chair of the Credentials<br />
Subcommittee - que, atendendo à<br />
qualidade do curriculum vitae, entrava num<br />
processo de especial de submissão directa<br />
para Fellowship.<br />
Competência<br />
O American College of Physicians distingue<br />
três tipos de membros. Os mais comuns são<br />
os denominados Members, admitidos por<br />
concurso curricular, depois de feita a análise<br />
das actividades profissionais. O H onorary é<br />
um título atribuído a personalidades designadas<br />
pelo próprio Colégio e que habitualmente<br />
não pertencem à organização. E, por<br />
fi m, a distinção de Fellows, a mais importante<br />
classe dentro do ACP. Para obter esta distinção<br />
os candidatos devem ser Members e<br />
têm de ser propostos por outros Fellows. Tal<br />
designação constitui, segundo o próprio colégio<br />
"uma honra alcançada por aqueles que<br />
são reconhecidos pelo seus pares, devido à<br />
sua integridade pessoal, superior competência<br />
em Medicina Interna, obra profissional e<br />
comprovado percurso académico".<br />
"É excepcional porque os critérios de selecção<br />
para Fellow contemplam a excelência em<br />
três domínios: assistência clínica, docência/<br />
educação médica e investigação científica",<br />
explica António Vaz Carneiro. Porém, frisa<br />
o Professor, têm de ser coroados pela integridade<br />
pessoal, que é de resto a primeira condição.<br />
"Portanto, o que este reconhecimento<br />
revela é uma dedicação e uma produtividade<br />
muito marcadas nestes domínios" .<br />
A eleição de Antón io Vaz Carneiro pelo<br />
American College of Physicians constitui<br />
por isso uma enorme honra. "Penso que não<br />
só me prestigia a mim mas também às instituições<br />
que sirvo - a Faculdade de Medicina<br />
de Lisboa e o Hospital de Santa Maria - e até<br />
a Medicina portuguesa", observa Vaz Carneiro,<br />
que além do uso das abreviaturas MO e<br />
PhD, acrescenta agora a de FACP - Fellow<br />
do American College of Physicians.<br />
Q uanto à responsabilidade que tal nomeação<br />
comporta, António Vaz Carneiro admite<br />
que a sente, mas que não representa qualquer<br />
acréscimo sobre a fo rma como tem conduzido<br />
a sua forma de estar na profissão. "f a<br />
mesma de há já muitos anos. Por exemplo,<br />
um dos papéis que considero mais importante<br />
é a rep resentação do meu país no mundo'',<br />
diz. "Não estou a falar de representação formar<br />
o u informal mas sim daquela que faço<br />
quando pertenço aos grupos de investigação<br />
internacionais, quando modero mesas redondas<br />
em congressos e reuniões científicas,<br />
quando dou conferências por esse mundo<br />
fora, ou quando recebo colegas no meu país.<br />
f isto que muita gente não compreende, mas<br />
que eu faço questão de mostrar. Portugal é<br />
um país moderno, evoluído, progressivo e<br />
com os olhos postos no futuro", sublinha o<br />
Professor.<br />
Quanto ao futuro, diz que a sua intenção é<br />
continuar a ajudar os doentes, alunos, colegas,<br />
responsáveis políticos, profissionais de<br />
saúde ou não, e todas as pessoas que o solicitam.<br />
A consciência ética, refere, é a mesma<br />
porq ue sempre pautou a sua conduta que se<br />
traduz em estar disponível para tender e ajudar,<br />
sempre o que possível, quem o procura.<br />
Nem sempre o caminho é fácil, admite. Mas<br />
feitas as contas, o balanço não poderia ser<br />
melhor: "Adoro o meu trabalho, a minha família,<br />
os meus amigos, as pessoas com quem,<br />
felizmente, contacto diariamente e que acabam<br />
por ter uma importância muito grande<br />
na minha vida - mais do que sou capaz de<br />
demonstrar, por vezes. Portanto, o que é que<br />
eu posso querer mais?" cm<br />
22<br />
23
Nova liderança na APAH<br />
Tornar a administração hospitalar<br />
mais pragmática e inovadora<br />
única lista candidata à presidência da<br />
APAH já está a postos para concluir<br />
o fururo da associação até 2011.<br />
Os três anos que se seguem representam um<br />
momento crucial na vida dos administradores<br />
hospitalares. Envolvendo inúmeros desafios, a<br />
nova direcção revela um projecto ambicioso<br />
onde sublinha, entre ourros aspectos, a necessidade<br />
de reforçar o papel e estatuto dos<br />
administradores hospitalares.<br />
Seguindo a linha de orientação que tem marcado<br />
a actividade da APAH, a nova direcção,<br />
presidida por António Pedro Lopes, pretende<br />
dar continuidade ao reforço da imagem da<br />
associação, quer no país, quer no estrangeiro.<br />
O desenvolvimento de uma acção inovadora<br />
de afirmação dos administradores hospitalares<br />
é assumido como um objectivo de primeira<br />
linha. A regularização do vínculo laboral e a<br />
revisão da carreira constituem aspectos cruciais<br />
desse objectivo.<br />
Na qualidade de entidade assoc1anva que se<br />
pauta pela partilha e pelo estímulo ao debate, a<br />
nova direcção reconhece a importância de criar<br />
uma relação dinâmica com entidades de relevo<br />
internacional. A nível nacional, e fundado numa<br />
filosofia de abertura e diálogo, a nova liderança<br />
salienta a necessidade de criar um site próprio<br />
na Internet. Objectivos: Fomentar a discussão<br />
de temas relacionados com a profissão e com<br />
careira, divulgar iniciativas, publicar trabalhos<br />
técnicos, difundir matérias de formação e de investigação,<br />
mas acima de tudo, proporcionar um<br />
espaço aberto à expressão das questões relacionadas<br />
com a carreira de Administração <strong>Hospitalar</strong>.<br />
A manutenção da (nossa) revista <strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong><br />
é também considerada de vital importância,<br />
e onde se espera uma maior intervenção dos<br />
administradores hospitalares e uma maior visibilidade<br />
dos hospitais portugueses.<br />
Inovação<br />
Decidida a preservar a história da carreira e,<br />
ao mesmo rempo, decidida a avançar no sentido<br />
da inovação da Administração <strong>Hospitalar</strong>,<br />
a nova direcção defende a criação de um Gabinete<br />
de Estudos. Responsável pela reflexão<br />
profunda de matérias prementes, em particular<br />
no campo da gesrão e economia de saúde,<br />
este gabinete deve dedicar-se ao desenvolvimento<br />
de estudos, os quais deverão suportar<br />
as posições oficiais emitidas pela APAH.<br />
Numa altura em que se comemoram 28 anos da<br />
Administração <strong>Hospitalar</strong>, a aposta na formação<br />
é assumida como um dos pilares do projecto de<br />
governação da APAH. No contexto do novo<br />
Quadro Comunitário de Apoio e seguindo a já<br />
estabelecida capacidade para desenvolver acções<br />
de formação, a nova direcção aposta nas viagens<br />
de estudo e no contacto com as novas realidades<br />
da gestão hospitalar.<br />
A criação de um Código Deontológico representa<br />
outro aspecto fundamental do projecto da<br />
recém nomeada direcção. Nortear os princípios<br />
e valores da actividade profissional dos adminis-<br />
tradores hospitalares tem sido um objectivo que<br />
continua por realizar. Tendo em conta o actual<br />
contexto e patamares de responsabilidade que<br />
envolvem a actuação dos gestores, a nova direcção<br />
enfatiza a necessidade de analisar atitudes e<br />
decisões menos consensuais.<br />
As relações internacionais são outro ponto forte<br />
do projecto, sustentado pela nova presidência. A<br />
regular e contínua colaboração com a EAHM<br />
(European Association of Hospital Managers)<br />
desencadeou uma proposta com vista ao preenchimento<br />
de lugares no seu Bureu e no SCAE<br />
(Subcomitee of European Affairs), bem como<br />
um convite dirigido ao presidente daAPAH para<br />
assumir a presidência da organização. Agora, o<br />
reforço das relações com Associação Brasileira de<br />
Administração <strong>Hospitalar</strong> e o reatamento com a<br />
associação espanhola homóloga constituem importantes<br />
finalidades da recente direcção.<br />
Orientada para a mudança, a nova presidência<br />
da AP AH promete defender a história da organização<br />
e contribuir de forma empenhada para<br />
o seu progresso.<br />
Manuel Delgado, que durante 16 anos esteve<br />
na presidência da APAH vai continuar a estar<br />
presente na Associação, agora como presidente<br />
da mesa da Assembleia-Geral. mD<br />
Nova direcção para o triénio <strong>2008</strong>/11<br />
Mesa da Assembleia-geral<br />
Presidente - Manuel Martins dos Santos Delgado (Hospital Curry Cabral)<br />
Secretárias - Élia Céu Costa Gomes (C H Porto); Maria Paula Apolinário Ferreira Sousa (C H Coimbra)<br />
Secretária Suplente - Maria Manuela Mota Duarte (Hospital de Viana do Castelo)<br />
Direcção<br />
Presidente - António Pedro Araújo Lopes (Hospitais Universidade Coimbra)<br />
Vice-Presidente - Jorge Manuel Firmo Poole da Costa (C H Lisboa Norte)<br />
Tesoureira - Ana Isabel Higino Figueiredo Gonçalves (C H Lisboa Central)<br />
Vogais - Marta Alexandra Fartura Braga Temido (C H Coimbra); Pedro José Duarte Roldão<br />
(Hospital D. Pedro -Aveiro); Teresa Maria da Silva Sustelo (C H Lisboa Central); Vítor Emanuel<br />
Marnoto Herdeiro (C H Porto)<br />
Vogais Suplentes - Helena Felizardo Gonçalves (C H Lisboa Central); Teresa Alexandra Santos<br />
Mariano Pêgo (Hospital Águeda)<br />
Conselho Fiscal e de Disciplina<br />
Presidente - Pedro Brito Esteves (IPO Norte)<br />
Vogais - Ana Paula Jesus Harfouche (IPO Lisboa); Francisco Martins Guerreiro (Hospital Évora)<br />
Vogal Suplente - Miguel Jorge Figueiredo Carpinteiro (C H Lisboa Norte)<br />
•<br />
1<br />
Programa<br />
08h00<br />
08h45<br />
09h00<br />
Recepção dos Conv idados, Prevê-se 550 participantes<br />
Sessão de Abertur a:<br />
- Chairman da Conferência : Prof. Dr. Luís Reto,<br />
Presidente C. Directivo ISCTE<br />
- Romero Durán, BUROTEC, Espanha<br />
- Gonçalves Pereira, SINASE<br />
" EXPERIÊNCIAS QUALIDADE - ISO 9001 NAS ORGANIZAÇÕES"<br />
- Comentador: Dr. Lopes Martins, Administrador José de Mello Saúde<br />
- Moderadora: Dra. Marina Caldas, Editora Revista <strong>Gestão</strong> <strong>Hospitalar</strong><br />
A Experiência da Qualidade no Instituto Hidrográfico<br />
- Eng.ª Pilar Pestana, Chefe Dep. Qualidade Instituto Hidrográfico<br />
A Experiência da Qualidade no Bloco Operatório Central<br />
- Dr. João Santos Coelho e EnfO Rui Leal,<br />
Bloco Operatório Central do Hospital Curry Cabral<br />
A Experiência da Qualidade no Apoio Domiciliário<br />
- Dr. Caldas Almeida, Provedor da Misericórdia de Mora<br />
A <strong>Gestão</strong> pela Qualidade no Centro Ambulatório<br />
·- Dra. Ana Paula Amorim, Administradora <strong>Hospitalar</strong> Hospital S. João<br />
A Relevância da Liderança nos Sistemas da Qualidade<br />
( ISO 9001, 14001, OHSAS 18001, CAF)<br />
10h45<br />
11h00<br />
- Eng. Hermínio Henrique, Direct or Departamento Qualidade SINASE<br />
Coffee Break<br />
"EXPERIÊNCIAS DE GESTÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA"<br />
- Comentador: Dra . Paula Teixeira da Cruz, Presidente<br />
Ass. Municipal Lisboa<br />
- Moderador: Dr. Camilo Lour enço, Jornal de Negócios<br />
Programa AVES: Uma Exper iência de Melhoria da Quali dade<br />
- Profas Maria Ricardo e Hermínia Lima, Presidente e Vice-Presidente<br />
C. Executivo Esc. Secundária Dr. Manuel Laranjeira, Espinho<br />
Uma Ex periência " lean" na Logística <strong>Hospitalar</strong><br />
- Dr. Victor Herdeiro, Administrador Serviço<br />
Aprovisionamento Centro <strong>Hospitalar</strong> do Porto<br />
Nova Legislação da Contrat ação Pública : Pri ncipais Alterações<br />
- Drs. António Paulino e Fernando Batista, Formadores Sinase e !NA<br />
Governance n o Ensino Su perio r<br />
- Prof. Dr. Fernando Santana, Pres. Cons. Directivo Fac. Ciências<br />
e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa<br />
A Experiência da Avaliação d o Desempenho - SIADAP na AP<br />
12h40<br />
12h45<br />
14h00<br />
Futuro"<br />
14h45<br />
15h00<br />
- Dra. Carla Gonçalves Pereira, Directora Executiva da SINASE<br />
Encerramento sessão manhã<br />
- Trinidad Bausela, BUROTEC, Espanha<br />
Almoço na Univer sidade Católica<br />
Ent rega dos Prém ios "Boas Práticas - Fór u m • Hospital do<br />
- Cerimónia presidida pela Senhora Ministra da Saúde, sendo<br />
a Mesa constituída pelos Senhores Bastonários da Ordem dos<br />
Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Economistas, Paulo Nunes<br />
de Abreu (GroupVision) e Gonçalves Pereira (Sinase).<br />
A Ciência Médica est á com as Boas Práticas<br />
- Prof. Dr. António Vaz Carneiro, Professor Faculdade Medicina Lisboa<br />
CONCLUSÕES DO THINK TANK: CORPORATE GOVERNANCE<br />
NO SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO<br />
15h20<br />
- Prof. Dr. Carlos Marques, Docente Universidade Nova<br />
- Dr. Paulo O/avo Cunha, Consultor da Vieira de Almeida & Associados,<br />
Advogados e Docente Faculdade Direito Universidade Católica<br />
CORPORATEGOVERNANCE<br />
- Moderadora: Profª. Dra. Zulema Pereira,<br />
Faculdade de Ciências e Tecnologia UNL<br />
A Relevância da Liderança na "Governance" da Administração Pú blica<br />
A <strong>Gestão</strong> do Risco<br />
- Dra. Carla Gonçalves Pereira, Directora Executiva da SINASE<br />
- Eng. Pedro Dias, Director Finanças Corporativas da GALP<br />
A Governação n a Economia Social<br />
- Dr. Manuel de Lemos, Presidente da União das Misericórdias<br />
Experiências de Corporate Governance<br />
- Dr. Murteira Nabo, Bastonário da Ordem dos Economistas<br />
Estratégia e Prio ridades na Governação do POPH<br />
- Dr. Rui Fiolhais, Gestor POPH - Prog rama Operacional Potencial<br />
Humano do QREN<br />
Acção Preven t iva e Responsabilizadora do Tr ibun al de Contas<br />
17h15<br />
- Conselheiro José F. F. Tavares, Director Geral do Tribunal de Contas<br />
Ence rrament o<br />
- Trinidad Bausela, BUROTEC, Espanha<br />
- Gonçalves Pereira, SI NASE<br />
-------- ---------------------------------------------------------------------------------- --- ------------------------------------------------------·<br />
1968-<strong>2008</strong><br />
40 Anos<br />
CON FIRMAÇÃO DE PRESE NÇA<br />
16 ª Conferência " Liderança e <strong>Gestão</strong> do Risco no Corporate Governance"<br />
26 de Maio de <strong>2008</strong> - Universidade Católica - Auditório Cardeal Medeiros<br />
Nome: ---------------------------------------~<br />
Nome Profissional: _________________ _<br />
Entidade: __________________________ _ _______ ___ _<br />
Morada: _______________________________________ _<br />
Tel : ____ ________ _ Fax : _ ________ E-Mail: ----------------<br />
Para esclarecimentos: Sandra Mota (sandramota@sinase.pt) - Telf: 21 393 40 42
L<br />
Acordo de cooperação<br />
•<br />
•<br />
>> >Trata-se de um acordo que «visa compatibilizar o Ili Protocolo da Diabetes com o diploma legal que fixa<br />
novos preços para as tiras-testes» referiu Francisco George, director Geral de Saúde<br />
F<br />
oi assinado o terceiro protocolo de<br />
colaboração no âmbito da diabetes,<br />
com o objectivo de melhorar a acessibilidade<br />
dos doentes com esta patologia. A<br />
assinatura foi celebrada entre o Ministério da<br />
Saúde (MS), a Direcção Geral de Protecção<br />
Social aos Funcionários e Agentes da Administração<br />
Pública (ADSE) e a Associação Nacional<br />
de Farmácias (ANF).<br />
Com este protocolo fica determinada uma<br />
nova redução dos encargos para os utentes<br />
do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos<br />
Subsistemas públicos de saúde que apresentem<br />
prescrição médica relaciva aos seguintes<br />
dispositivos: tiras-reagentes (para medição<br />
da glicemia, glicosúria e cetonúria), seringas,<br />
agulhas e lancetas.<br />
O protocolo abrange as seguintes áreas de intervenção:<br />
definição e estabilização dos preços<br />
dos dispositivos médicos; definição do circuito<br />
organizativo de distribuição, dispensa e facturação<br />
dos dispositivos médicos abrangidos<br />
pelo protocolo em termos análogos ao do medicamento,<br />
de forma a permitir a melhoria da<br />
acessibilidade das pessoas com diabeces, beneficiárias<br />
do Serviço Nacional de Saúde, estes<br />
dispositivos médicos e a retardar o inicio e/ou<br />
reduzir as complicações da diabetes.<br />
Segundo Francisco George, director Geral da<br />
Saúde, trata-se de um acordo que «visa compatibilizar<br />
o III Prococolo da Diabetes com o diploma<br />
legal que fixa novos preços para as tirastestcs,<br />
na perspectiva de facilitar o processo de<br />
auto-vigilância e auto-controlo do doente».<br />
O responsável referiu que são dois os objectivos<br />
do protocolo. "Em primeiro lugar assegura<br />
a total equidade no acesso aos doentes de todo<br />
o sistema incluindo, portanto, os beneficiários<br />
do SNS e dos Subsistemas. Em segundo lugar<br />
definiram-se novas regras de facturação com o<br />
objectivo de distinguir claramente os encargos<br />
financeiros em função da respcctiva entidade<br />
..<br />
Necessidade de reestruturacão<br />
~<br />
O Ministério da Saúde assumiu, à época, a necessidade de reestruturação<br />
do Programa Nacional de Controlo da Diabetes<br />
que culminou em 1998, com a respectiva revisão<br />
numa perspectiva de aproximação ao modelo de gestão integrada<br />
da diabetes e de estabelecimento de uma parceria com todos os<br />
intervenientes no circuito de vigilância da doença, o que mereceu<br />
o elogio da Organização Mundial de Saúde. Assim nasceu<br />
o primeiro Protocolo de Colaboração no âmbito da diabetes.<br />
Este Primeiro Protocolo envolveu, simultaneamente, o Ministério<br />
da Saúde, as associações de pessoas com diabetes, a Indústria<br />
Farmacêutica, os distribuidores de produtos farmacêuticos e<br />
as farmácias, visando a congregação de esforços na melhoria da<br />
acessibilidade das pessoas com diabetes aos dispositivos indispensáveis<br />
à sua auto vigilância e de administração de insulina.<br />
Em 2003 foi assinado o Segundo Protocolo de Colaboração no<br />
âmbito da diabetes, que esteve em vigência até Abril.<br />
Através dos l 0<br />
e 2° protocolos conseguiu-se melhorar o acesso<br />
pagadora. Percebe-se que à frente do balcão da<br />
farmácia há similitude para os beneficiários,<br />
sejam do SNS, da ADSE ou ainda, do SAMS.<br />
Mas atrás desse mesmo baldio, as contas terão<br />
de ser devidamente discriminadas, uma vez<br />
que o SNS, a ADSE ou o SAMS devem pagar<br />
só, e mesmo só, a comparticipação de 85 %<br />
dos seus, sublinho, e só seus, beneficiários».<br />
Os utentes têm, assim, uma ligeira diminuição<br />
do montante que pagam ao balcão da<br />
farmácia, decorrente da conjugação das reduções,<br />
respectivamente de 2,5% da Indústria<br />
Farmacêutica e de 1 % dos distribuidores,<br />
bem como da manutenção da margem de comercialização<br />
de 0% por pane das farmácias»<br />
salientou Francisco George.<br />
das pessoas com diabetes aos dispositivos de auto vigilância e<br />
de administração de insulina e reforçar-se o conceito de auto<br />
responsabilização da pessoa com diabetes pela evolução da sua<br />
doença, o que se traduziu na redução do número de episódios de<br />
internamento hospitalar por descompensação diabética.<br />
Face à necessidade de inverter a tendência de crescimento da<br />
diabetes e das suas complicações, em Portugal, foi novamente<br />
revisto e actualizado o Programa Nacional de Prevenção e Controlo<br />
da Diabetes, aprovado a 11 de Novembro de 2007, reforçando<br />
as estratégias de actuação preventiva e impondo um especial<br />
apelo à congregação de esforços intersectoriais no sentido<br />
de se obterem, de forma mais rápida, ganhos de saúde junto da<br />
população diabética.<br />
No âmbito do protocolo, os dispositivos médicos<br />
são dispensados pelas farmácias associadas<br />
da ANF, da AFP e pelas farmácias não assaciadas<br />
que voluntariamente queiram aderir<br />
às regras deste protocolo às pessoas com diabetes,<br />
ao preço do armazenisca, sem margem<br />
para a farmácia.<br />
O receituário respeitante aos dispositivos médicos<br />
é facturado pelas farmácias às administrações<br />
regionais de saúde, juntamente com<br />
o restante receituário e pago, por estas, nos<br />
mesmos termos e condições em vigor para os<br />
medicamentos.<br />
A dispensa dos dispositivos médicos às pessoas<br />
com diabetes beneficiárias do Serviço Nacional<br />
de Saúde é condicionada a prescrição<br />
médica, a qual, para efeitos do presente Protocolo,<br />
só pode incluir os dispositivos médicos<br />
nele abrangidos.<br />
Este Protocolo entrou em vigor em Abril<br />
de e tem um período de vigência de dois<br />
anos. l'ãII<br />
Atendendo ao exposto, o Ministério da Saúde reconhece a necessidade<br />
de reforçar a parceria iniciada na década passada, potenciando<br />
todas as mais valias já obtidas, através da celebração<br />
de um 3° Protocolo de Colaboração no âmbito da diabetes.<br />
27
Saber que faz mover<br />
A Sociedade Portuguesa de<br />
Reumatologia investe na<br />
educação e envolvimento da<br />
sociedade para sensibilizar a<br />
população para as questões das<br />
doenças reumáticas.<br />
P<br />
orq ue não existe reumatismo mas<br />
doenças reumaucas e porque quem<br />
trata estas patologias é o reumatologista<br />
e não "o médico dos ossos", a Sociedade<br />
Portuguesa de Reumatologia (SPR) lança<br />
uma exposição que vai percorrer o país com o<br />
objectivo de esclarecer a população.<br />
Apresentado em finais de Março na Ordem<br />
dos M édicos, em Lisboa, pelo presidente da<br />
SPR, Augusto Faustino, o programa desta<br />
acção, intitulada "Saber que faz mover" tem<br />
como objectivos sensibilizar a população para<br />
a dimensão das doenças reumáticas; dotar o<br />
público do conhecimento necessário para ·alterar<br />
comportamentos e posicionar a reumatologia<br />
como a especialidade com maior competência<br />
para tratar as doenças reumáticas.<br />
"A patologia reumática é a mais frequente na raça<br />
humana. Mas não mata. E porque não mata, não<br />
é uma prioridade para quem tem responsabilidades<br />
nesta matérià', denunciou Jaime Branco,<br />
presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças<br />
Reumáticas e um dos especialistas responsáveis<br />
pela elaboração do Plano Nacional contra as Doenças<br />
Rewnáticas da Direcção Geral da Saúde.<br />
"Parece que hoje o que importa é o que mata,<br />
como se a qualidade de vida não fosse importante"<br />
insistiu, relembrando as directrizes preconizadas<br />
pela Organização Mundial de Saúde<br />
(OMS) segundo as quais os anos ganhos<br />
em esperança média de vida não podem ser<br />
anos de sofrimento, desvantagem e invalidez.<br />
A patologia reumática é a doença crónica mais<br />
frequente no adulto e a primeira causa de consulta<br />
de Medicina Geral e Familiar. É também '<br />
a primeira causa de incapacidade temporária<br />
("baixa") e definitiva, conduzindo à reforma<br />
antecipada. Um em cada três portugueses sofre<br />
de uma doença reumática e dez por cento<br />
da população padece de uma forma grave ou<br />
incapacitante desta patologia.<br />
Poupar, gastando mais<br />
"É preciso convencer as autoridades de Saúde<br />
que é possível poupar, gastando mais'', afirmou<br />
Augusto Faustino. "O s custos económicos<br />
e sociais são elevadíssimos. O sofrimento<br />
não é sequer calculável. Mas este cenário pode<br />
e deve ser alterado'', afirmou.<br />
Segundo a SPR a solução passa por modificar<br />
a evolução das doenças reumaucas, pela<br />
prevenção das deformações, pela melhoria da<br />
capacidade funcional - impedindo baixas e<br />
reformas - pela redução do sofrimento, dos<br />
custos directos e indirectos e, por fim, pela<br />
redução do impacto social e económico associado<br />
à patologia reumática.<br />
"Primeiro temos de conseguir diagnosticar<br />
correctamente e o mais precocemente possível.<br />
Isto é fundamental, acima de tudo para<br />
as doenças que sem terapêutica evoluem de<br />
forma mais destrutiva e incapacitante", referiu<br />
Augusto Faustino. Depois, apon tou o especialista,<br />
é necessário garantir que os doentes recebam<br />
o tratamen to adequado e sem demoras.<br />
Na prática, o que a SPR preconiza é uma<br />
mudança sobre o contexto em que envolve<br />
. ..<br />
1<br />
t a~ do ~n ' a$ reukaticas. Nesse 'entido, a cam-<br />
Janh~ i nsist~ t'. 0' esclarecimen o} sobre quem<br />
1 : J... ~ i !<br />
J ~eve lfªfªt o , oentes' reumári o:, bem .como<br />
' da clah Rcaçã Jl o.que é vulgarmehte chamado<br />
• • 1 r 1 ·<br />
: de "reuriiáticp" ~ ,;<strong>º</strong> reumatismo não existe. o<br />
que exi s.~e são mais de 100 doenças reumáticas",<br />
esclareceu Jaime Branco.<br />
Assim, a exposição que vai percorrer várias ciêlaí:ies<br />
do País vai mostrar, em painéis temáticos<br />
inás tamtjéih em broch uras, o que é a osreopo-<br />
' l ' . ''<br />
tose,: as ldrribàlgias; a osteoam ose, a fibromial~<br />
i • . . 1 J ' .<br />
il, a artrite reumatóide, à e$pondilite anquilo7 •<br />
t 1 ' 1 ~ 1<br />
sam t~, o l&p,u; er~ t m'.atosà sistémico e' a artrite 1<br />
1 l 1 t 1 l ~ r li )<br />
\.dippátid j~yen i l. !As diferentes associações de l<br />
.. 1 ~ 1 1 ~ ' • .<br />
do~ntes , representando as van as patologias; :<br />
vão cont rib ~ir para esta acção, nomeadame~te :<br />
1 '<br />
dando a co~hecer testemunhos pessoais.<br />
Quem trata dos ossos<br />
N este programa da SPR, a educação da população<br />
passa ainda por acabar com a designação<br />
"médicos das doenças dos ossos". Esta expressão,<br />
esclareceu Augusto Faustino, remete para<br />
os ortoped istas, especialidade que intervém<br />
na situação de trauma.<br />
"Os ortopedistas nem têm as competências<br />
adeq uadas e muito menos estão interessados<br />
em tratar as doenças reumáticas", declarou.<br />
A reumatologia é a especialidade que trata as<br />
patologias do aparelho locomotor cuja causa<br />
não está associada a fractura. "É tudo o que<br />
dói mas não está partido", disse o especialista.<br />
"Temos de garantir que os doentes reumáticos<br />
sejam tratados por reumatologistas,<br />
pois estes são os especialistas habilitados a<br />
fazê-lo'', insistiu Augusto Faustino. Para a<br />
SPR es te é um ponto fulcral na m udanç4 a<br />
preconizar. Se por um l~do é preciso dei~ar<br />
• l<br />
claro q ue a reumatología é i especialidade<br />
; . • 1 1 '<br />
clínic'a dotada! das competências :para rtatar<br />
o d o9n ~e re~niát i ~~· I P <strong>º</strong>~ ~ut1o?, i ri st i ~ti~ção<br />
defen!de que a articttlaçao com os med1cos<br />
. t ' l ' ' .<br />
de Clínica Geral toriduza a uma referencia-<br />
• 1 .<br />
ção precoce·e adequada.'<br />
· "Temos uma rede de referenciação que é mui<br />
. ~o boa, mas que não tem a aplicação prática<br />
que deveria", reclamou Augusto Faustino.<br />
'~f necessário q u~ os médicos que estão na primeira<br />
linha, e sem dúvida são os médicos de<br />
família, façam a ponte com a reumatologia, sobretudo<br />
nas doenças mais relevantes", disse.<br />
Existem em Portugal cerca de 100 re~mato ~<br />
1logistas, um número abaixo das necessidade$<br />
·e cuja distribuição deixa a de's coberFo 1 grand~<br />
:parte de população. Lisboa, Porto e!Coimbr4<br />
são as áreas onde se concentram grahde part .<br />
,. t ' ,, 1<br />
dos especialistas. E~ outras zóil.~s 40 pals, ~ ·<br />
criação de serviços de reumàto!o1· · ia em hospi ~ '<br />
espoilitfnea<br />
tais públicos d~c~rreu da deci~ã<br />
de alguns especialistas.<br />
. . 1<br />
'. . l ' , ·.. 11 ·<br />
! <<br />
Rec9~hecei;-f; agir ~ 4xigir 1 t' . i !<br />
"Nest~ mom'e to, teib4s cerca · e 40 olens<br />
! • ; ': • 1 1 . l . 1·<br />
internos em . rmaç~o t Mas ~ q co n as 1<br />
! 1 1 1 1 1 ' " l !<br />
necç:ssidades' dp país 'P ecisa<br />
, de· e c de 1 '<br />
! . 1 l l ; ' ,,' 1 l IA :... " l<br />
200 a 250 reumató ogistàs ', • ec arou n.nto-<br />
. l ! ~ ' 1 l 1<br />
nio Alves da,Mota, presidente do Colégio d~ 1.<br />
. 1 ' 1 l<br />
1<br />
Reumatologia da Ordem dos M~d i cos. : 1.<br />
1 l 1 1<br />
'1<br />
A campanha "Saber que faz Mover" assenta na<br />
convicção de que o esclarecimento e educação<br />
da população conduzem a uma maior capacidade<br />
de intervenção.<br />
"Reconhecer, agi r e exigi r" são as palavras<br />
-chave que a SPR pretende fomentar junto da<br />
opinião pública.<br />
A exposição itinerante teve início no início<br />
de Abril, em Faro, e term ina a 26 de<br />
Outubro, no Porto. Pelo caminho, vai percorrer<br />
mais oito cidades. Em colaboração<br />
com as autarquias, as quais disponibilizam<br />
os espaços ao ar livre, esta acção envolve<br />
diversas entidades: hospitais, centros de<br />
saúde, escolas, Câmaras M unicipais e o<br />
M inistério da Saúde. A SPR q uer dotar a<br />
população com um conjunto de info rmação<br />
e instrumentos capazes de aumentar o<br />
conhecimento sobre a realidade das doenças<br />
reumáticas e como abordar a patologia.<br />
Para isso desenvolveu uma série de materiais<br />
- painéis, cartazes, brochuras, etc. A<br />
campanha com uma duração sete meses vai<br />
contar ainda com a apresentação de testemunhos,<br />
vídeos e conferências. A sociedade<br />
defende doentes esclarecidos são mais<br />
capazes de exigir uma resposta adequada,<br />
desde o diagnóstico à reabilitação'.<br />
"Muitas vezes um atraso de um a c(ois meses ·<br />
no d iagnóstico pode fazer a diferença entre<br />
o tratamento e controlo das doenÇa e a in- :<br />
capacidade pe ~manen;te ", concl ~ i : Augusta ·<br />
' . ' t . . "<br />
Fausfi1<strong>º</strong> · rm i t J : i<br />
; \ 1<br />
! ! 1 '<br />
1 ; ' 1 1 l 1 : ! 1: 1: 1<br />
~~ª i~~ ikdl 6.J a~ ! 1<br />
!J ' . . '1 ~ ;<br />
OA exp · jsiÇão · ·<br />
Faio L '3, 4,; 5;e 6 de.Abril<br />
, • • j J .1 ;<br />
Ev~r T 18,j 19,:e 20 1 °:e Abfi~ :<br />
1 t ' T . , ~ - \<br />
Lishóai 1<br />
- 1, f'' 3' e 4 dei Maio i.. ; , . , :<br />
T 1 .<br />
21<br />
l ' 1 1 ' t 1' 1 1,·<br />
Ca~tjl
Saúde Portugal <strong>2008</strong><br />
APAH promove debate so·bre Cuidados Continuados<br />
A<br />
APAH promoveu, no âmbito da exposição<br />
Saúde Portugal <strong>2008</strong>, um<br />
debate sobre a situação actual, desafios<br />
e perspectivas dos Cuidados Continuados.<br />
A conferência, que decorreu em meados<br />
de Abril, na Cordoaria Nacional, contou com<br />
a intervenção de Inês Guerreiro, coordenadora<br />
da Unidade de Mis~ão para os Cuidados<br />
Continuados Integrados.<br />
O debate abordou questões como a importância<br />
e a razão da existência da Rede de Cuidados<br />
Continuados Integrados e apontou, partindo<br />
da situação actual, para o futuro deste projecto<br />
no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A discussão<br />
visou ainda abordar o papel e intervenção<br />
das famílias bem como dos suportes sociais.<br />
Célia Pitão, administradora hospitalar do<br />
Centro <strong>Hospitalar</strong> de Lisboa Zona Central,<br />
apontou algumas preocupações, nomeadamente<br />
quanto ao peso do número de camas<br />
do SNS na rede de cuidados continuados ser<br />
de apenas 1 O por cento do total da capacidade<br />
contratualizada. "Porque não se reconverte<br />
parte das camas (2040) dos Hospitais de nível<br />
1 e das unidades de internamento dos Centros<br />
de Saúde?", questionou. Segundo Célia<br />
Pitão, acrescentando que a região de Lisboa<br />
e Vale do Tejo, e particularmente a cidade<br />
de Lisboa, é a mais carenciada em camas de<br />
cuidados continuados. E nessa medida deixou<br />
mais duas questões: "Porque não se utilizam já<br />
parte das instalações do Hospital do<br />
Desterro como unidade de cuidados continuados?<br />
Das cerca de 1200 camas actualmente<br />
existentes no CHLC quantas serão adaptadas<br />
a cuidados continuados?"<br />
Convertidos<br />
Inês Guerreiro, Coordenadora da Unidade<br />
de Missão para os Cuidados Continuados<br />
Integrados, esclareceu que a conversão dos recursos<br />
do SNS é já uma realidade. "Já foram<br />
convertidos centros de saúde e hospitais para<br />
internamento. Entre outros, todos os centros<br />
de saúde do Algarve, bem como o Hospital de<br />
Serpa, estão reconvertidos'', frisou Inês Guerreiro,<br />
apontando ainda os casos dos Hospitais<br />
de Seia e Espinho, também eles, reconvertidos<br />
para a rede. A governante reconheceu que, de<br />
facto, Lisboa é a região menos coberta. Contudo,<br />
sublinhou, que a região de Lisboa e Vale<br />
do Tejo têm um projecto que está definido<br />
com a adaptação de instalações, como é o caso<br />
do Hospital do Montijo. "Este trabalho está a<br />
ser feito e envolve várias entidades, entre elas,<br />
as ARS e as autarquias", adiantou.<br />
Durante a conferência, Célia Pitão questionou<br />
ainda aspectos como a regulação da actividade<br />
da rede, quer na implementação e<br />
execução do projecto, pela avaliação dos serviços<br />
prestados e processamento das queixas e<br />
reclàri).ações dos doentes, bem como ao nível<br />
da execução financeira.<br />
Sem demora, Inês Guerreiro esclareceu que<br />
"a entidade reguladora de tudo o que se passa<br />
nos cuidados continuados são as ARS e os organismos<br />
que licenciam as unidades". Acrescentou<br />
ainda que são as ARS que gerem todas<br />
as justificações financeiras. "São custos pensados<br />
até ao pormenor", salientou a governante.<br />
"Toda a nossa logística assenta nas ARS e nas<br />
organ izações de apoio e segurança social".<br />
Excelência<br />
Augusta Lopes, assistente social e coordenadora<br />
do Serviço Social do Centro <strong>Hospitalar</strong> de Lisboa<br />
Zona Central, trouxe para o debate a experiência<br />
da Equipa de <strong>Gestão</strong> de Altas da sua<br />
unidade. Vantagens identificadas: resposta com<br />
qualidade ao planeamento de altas dos hospitais,<br />
garantindo a independência e manutenção<br />
dos benefícios ganhos durante a hospitalização;<br />
resposta única, não criada até à data, para casos<br />
clínicos complexos sem critérios de internamento<br />
em hospitais de agudos; redução da duração<br />
média do internamento da população de<br />
risco; identificação de lacunas na RNCCI que<br />
afectam a população atingida, obtendo informação<br />
para promover mais serviços de suporte<br />
saúdeportugal<br />
<strong>2008</strong><br />
expo & conferências<br />
que respondam às necessidades dos doentes; .<br />
prevenção de reinternamentos por problemas<br />
sociais; fomenta o incentivo e facilita o trabalho<br />
multidisciplinar, melhorando a articulação<br />
entre o hospital, os centros de saúde e os serviços<br />
da Comunidade; e finalmente promove a<br />
satisfação do doente e da fam ília. Na opinião<br />
de Augusta Lopes, "a RNCCI a funcionar em<br />
pleno, aliada às Redes Sociais de Suporte será<br />
uma resposta de excelência aos inúmeros casos<br />
que povoam os hospitais e aos quais o assistente<br />
social, tal como outros técnicos conhecem,<br />
acompanham e procuram sistematicamente a<br />
melhor solução para ultrapassar um papel social<br />
neste grande palco da vida e para o qual<br />
nunca estamos preparados: o de doente".<br />
No final, Inês Guerreiro registava que o envolvimento,<br />
empenhamento e entusiasmo<br />
suscitado pelo debate tem a ver com o facto de<br />
se tratar de um projecto dotado da arquitectura<br />
correcta, mas cujo processo é evolutivo e,<br />
necessariamente, por etapas. lãII<br />
Privilégio<br />
Do ponto de vista de Inês Guerreiro, a<br />
adaptabilidade e a flexibilidade, em conjunto<br />
com o rigor, são essenc1a1s para a<br />
concretização da Rede. "Os Cuidados<br />
Continuados são o motor da mudança.<br />
A Rede veio questionar tudo o que tínhamos.<br />
Finalmente discute-se e põe<br />
-se em causa o poder das instituições e<br />
dos profissionais. Finalmente põe-se em<br />
causa um sistem a que nunca olhou para<br />
o d oente como o centro d a questao<br />
~ ",<br />
notou a responsável pela UMCCI. "Por<br />
tudo isso, e porque é explosivo, este processo<br />
tem de ser gerido de forma tranquila.<br />
Só em conjunto conseguiremos<br />
resolver um problema tão complexo".<br />
"Estar neste projecto é um enorme privilégio",<br />
concluiu.<br />
30<br />
31
Dia Mundial serve de alerta<br />
O A,B,C<br />
• • •<br />
para a pre vençao<br />
"'11116<br />
das Hepatites<br />
Estima-se que 1 % da população<br />
portuguesa tenha Hepatite C,<br />
mas não há certezas. A falta<br />
de estudos, bem elaborados,<br />
pode significar uma prevalência<br />
maior. Estes foram dados<br />
apresentados durante um<br />
workshop organizado pela<br />
Associação SOS Hepatites,<br />
realizada em Lisboa no início<br />
do mês, no âmbito do Dia<br />
Mundial das Hepatites, que se<br />
comemorou a 19 de Maio. Uma<br />
iniciativa que teve, também,<br />
como objectivo mostrar a<br />
realidade portuguesa no que<br />
se refere a várias temáticas<br />
relacionadas com a infecção dos<br />
vírus das Hepatites.<br />
A<br />
B e C foram as heparires apresenradas<br />
durante o workshop<br />
' sobre a remática «Hepatites<br />
em Portugal». Apesar da gravidade des-<br />
tas doenças, elas assumem caracterísricas<br />
diferentes. Segundo Rui Taro Marinho, do<br />
serviço de Gastrenrerologia e Hepatologia<br />
do Hosp ital de Sanra M aria e presidente<br />
da Associação Portuguesa para o Estudo<br />
do Fígado, «a hepatite A tem menor importância,<br />
uma vez que em menos de seis<br />
meses está resolvida. As hepatites B e C<br />
podem tornar-se crónicas. Na heparite B,<br />
>>> Rui Tato Marinho afirmou que «ao fim de 15 anos com cirrose, a probabilidade de t er cancro do fígado é<br />
muito elevada»<br />
cerca de 5% da população que tem a patologia<br />
pode ficar com ela toda a vida. Na<br />
hepatite C, a percentagem de pessoas que<br />
pode ficar com es ta patologia para toda a<br />
vida ch ega a atingir os 85%».<br />
O especialista referiu q ue «as hepatites B<br />
e e atingem 500 m ilhões de pessoas, em<br />
rodo o mundo", no enranto "a hepatite B<br />
tem vindo a diminuir, devido à vacina existente».<br />
«Ü cancro do fígado, por seu lado, tem<br />
vindo a aumentar em termos de número<br />
de doentes e número de internamentos.<br />
H á cada vez mais pessoas vivas com a patologia,<br />
o que faz aumentar os internamentos<br />
e, consequentemen te, os gastos com a<br />
doença» salientou Rui Tato Marinho.<br />
Hepatite A<br />
O presidente da Associação Porruguesa para<br />
o Estudo do Fígado revelou que «o vírus da<br />
hepatite A instala-se no organismo através<br />
do aparelho digestivo, multiplicando-se no<br />
fígado e causando a sua inflamação. Geralmente<br />
a doença é contraída após a ingestão<br />
de alimentos ou água contaminados. O grau<br />
de incidência é bastante elevado em países<br />
menos desenvolvidos, onde a rede de saneamento<br />
básica é precária ou inexistente e afecta<br />
sobrerudo crianças e adolescenres».<br />
Em 90% dos casos não existem sinromas.<br />
No entanro, quando existem, são similares<br />
aos de uma gripe: náuseas, febre, falta de<br />
apetite, dores de cabeça, dores musculares/<br />
arriculares, inflamação dos olhos e diarreia.<br />
As dúvidas desfazem-se quando aparecem os<br />
primeiros sinais de icterícia: a pele e os olhos<br />
ficam amarelados manifestando a dificuldade<br />
do fígado em remover a bilirrubina da correnre<br />
sanguínea. A vacina conrra a Heparire<br />
A existe, é eficaz e não possui qualquer contra-indicação,<br />
não sendo usual a manifesração<br />
de efeiros secundários.<br />
Em Portugal existe a vacina que protege<br />
contra o VHA, admin istrada em d uas doses;<br />
e uma outra, combinada, que também<br />
protege con tra a Hepatite B, cuja administração<br />
se divide em três doses.<br />
Hepatite B<br />
O vírus da hepatite B é o mais perigoso. Afecta<br />
<strong>35</strong>0 milhões -de pessoas em todo o mundo<br />
e é o único que possui um código genético<br />
próprio passível de ser identificado nas análises<br />
clínicas de diagnóstico da doença.<br />
Rui Taro Marinho salientou que «l % da<br />
população portuguesa tem o vírus da hepatite<br />
B. Nos imigrantes o número é mais elevado,<br />
chegando aos 10%. O contágio deste vírus<br />
é fundamentalmente feiro por transmissão<br />
sexual e por partilha de seringas entre os utilizadores<br />
de drogas endovenosas».<br />
«A evolução da Medicina, ao nível de tratamenro,<br />
tem evoluído bastante. Hoje em<br />
dia existem 5 medicamentos que interferem<br />
com o vírus, nomeadamente injecções<br />
e comprimidos. A hepatite B não é curável<br />
e quem a tem terá de fazer medicação toda<br />
a vida. Se se parar a medicação o vírus<br />
volta», informou o especialista salientando<br />
ainda que «existe uma vacina que evita a<br />
hepatite A e B e que tem d upla eficácia».<br />
Rui Tato Marinhio acrescentou que
A Pfizer dedica toda a sua pesq~ i~a à saúde~<br />
D s que ainda não nasceram ate as pesso~<br />
o . mais avançada. Sabemos que ca a<br />
, ?e idade de ter problemas específicos mas que<br />
idade po . é comum o desejo de uma<br />
a_ todas as idaa~~:vel e plena. Por isso, estamos<br />
vida longa. s - · éd'ca<br />
da da investigaçao b1om 1 '<br />
na van~udaor e tratando cada vez mais doenças.<br />
preventn ., d mas<br />
Mu~tos su~:ss~:~~~~~a~ ~~a;;:sa<strong>º</strong>~~d i cação<br />
muitos ou<br />
as doenças façam parte do<br />
e esforço. ~~~ d~~osso futuro. Este é o nosso<br />
passado ~ o consigo· ·1untos faremos o futuro.<br />
comprom1ss •<br />
DIÁRIO DA REPÚBLICA<br />
A GH apresenta a legislação mais relevante publicada em Diário da República entre os dias 13 de Março e<br />
15 de Maio<br />
Presidência do Conselho de Ministros<br />
Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />
Abril<br />
70/<strong>2008</strong>, de 22 de<br />
Aprova as oriemações esrracégicas do Escado descinadas à globalidade<br />
do sector empresarial do Escado<br />
Resolução do Conselho de Ministros n. 0<br />
Maio<br />
76/<strong>2008</strong>, de 14 de<br />
Autoriza a realização da despesa com a aquisição de vacinas para<br />
o Programa Nacional de Vacinação<br />
Ministério da Saúde<br />
Decreto-Lei n. 0<br />
48/<strong>2008</strong>, de 13 de Março<br />
Cria um regime excepcional para a contratação de empreitadas<br />
de obras públicas e a aquisição ou locação, sob qualquer regime,<br />
pelas administrações regionais de saúde, I. P., e pelos conselhos<br />
de administração dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde,<br />
de bens e serviços destinados à instalação das Unidades de Saúde<br />
Familiar, à instalação ou requalificação dos serviços de saúde<br />
de Saúde Atlântica, da Universidade Atlântica, e aprova o resda<br />
Rede Nacional de C uidados Continuados Integrados e dos<br />
serviços de urgência, e pelo Instituto .. Nacional de Emergência<br />
Médica, I. P., de bens e serviços destinados ao reforço dos meios<br />
de socorro pré-hospitalar<br />
xiliares de diagnóstico destinados aos diabéticos, nos estádios da<br />
produção, importação e comercialização. Revoga a Portaria n. 0<br />
509-B/2003, de 30 de Junho<br />
Ministérios das Finanças e da Administração<br />
Pública e da Saúde<br />
Portaria n. 0<br />
31/<strong>2008</strong>, de 18 de Abril<br />
Regula os critérios e condições para a atribuição de incentivos<br />
institucionais e financeiros às unidades de saúde familiar (USF)<br />
e aos profissionais que as integram, com fundamento em melhorias<br />
de produtividade, eficiência, efectividade e qualidade<br />
dos cuidados prestados<br />
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino<br />
Superior<br />
Portaria n. 0<br />
330/<strong>2008</strong>, de 28 de Abril<br />
Autoriza o funcionamento do curso de pós-licenciatura de especialização<br />
em Enfermagem de Reabilitação na Escola Superior<br />
pectivo plano de estudos<br />
Portaria n.<strong>º</strong> 337/<strong>2008</strong>, de 29 de Abril<br />
Cria o curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem<br />
M édico-Cirúrgica na Escola Superior de Enfermagem São<br />
Decreto-Lei n. 0 79/<strong>2008</strong>, de 08 de Maio João de Deus da Universidade de Évora e aprova o respectivo<br />
Segunda alteração ao Decreto-Lei n. 0 173/2003, de 1 de Agos- plano de estudos<br />
to, reduzindo em 50% o pagamento de taxas moderadoras no<br />
acesso à prestação de cuidados de saúde dos utentes com idade<br />
igual ou superior a 65 anos<br />
Portaria n. 0 <strong>35</strong>/<strong>2008</strong>, de 09 de Maio<br />
Regulamenta a rede nacional de coordenação de colheita e<br />
transplantação<br />
Ministérios da Economia e da lnov<br />
Saúde<br />
Portaria n. 0<br />
253-A/<strong>2008</strong>, de 04 de Abril<br />
Define o regime dos preços a que ficam s<br />
Portaria n. 0<br />
338/<strong>2008</strong>, de 29 de Abril<br />
Autoriza o funcionamento do curso de pós-licenciatura de especialização<br />
em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria na<br />
Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão<br />
Machado e aprova o respectivo plano de estudos<br />
ESCCL:\ r !.',.. .r::· ·.\_ ~ bleia da República<br />
cão ê.'da ·: ;:-,'-" 'L .. J~edari ção de Rectificação n. 0 22-A/<strong>2008</strong>, de 24 de Abril<br />
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