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GAZETA DIARIO 550

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Foz do Iguaçu, segunda-feira 9 de abril de 2018<br />

MANIFESTAÇÃO<br />

Cidade<br />

09<br />

Policiais pedem o fim da violência<br />

contra profissionais da segurança pública<br />

Representantes se reuniram em ato simbólico na Praça do Mitre; vestindo preto, eles<br />

homenagearam colegas de farda que morreram em decorrência da profissão<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Militares e civis se<br />

reuniram, na tarde de sábado<br />

(7), em manifestação<br />

pelo fim da violência<br />

contra policiais e agentes<br />

da segurança pública em<br />

todo o país. Acompanhados<br />

de familiares e amigos,<br />

eles ocuparam a Praça<br />

do Mitre, na região<br />

central, onde estenderam<br />

faixas, fizeram orações e<br />

acenderam velas em homenagem<br />

aos colegas de<br />

farda que morreram em<br />

decorrência da profissão.<br />

Cada policial vestia<br />

uma camiseta de cor preta<br />

com a frase: "Apoie<br />

quem te protege, mesmo<br />

com o risco da própria<br />

vida". A ideia era chamar<br />

a atenção da população<br />

em um pedido de paz e<br />

respeito pela vida dos profissionais<br />

que trabalham<br />

para manter a ordem e a<br />

segurança em qualquer<br />

situação.<br />

Alguns representantes<br />

das forças de segurança de<br />

Foz leram textos e fizeram<br />

reflexões lembrando as dificuldades,<br />

os desafios e<br />

também a honra da profissão<br />

que escolheram.<br />

"Enquanto todos dormem<br />

no aconchego de suas casas,<br />

os policiais estão nas<br />

ruas enfrentando chuva,<br />

frio e todo tipo de perigo.<br />

Policiais acenderam velas em homenagem aos colegas que morreram em<br />

decorrência da profissão<br />

Enquanto todos dormem,<br />

estamos divididos entre o<br />

medo da morte e a árdua<br />

missão de fazer a segurança<br />

pública. Enquanto todos<br />

dormem, nós esperamos<br />

o momento de voltar<br />

para a casa, ver a família<br />

e dizer que, apesar da noite<br />

difícil, estamos de volta",<br />

diz o trecho de um dos<br />

textos lidos pela cabo da<br />

reserva da Polícia Militar<br />

Silvana Lima da Silva.<br />

Silvana aproveitou o<br />

momento para homenagear<br />

o marido, morto durante<br />

uma rebelião na Cadeia<br />

Pública Laudemir Neves<br />

em 2006. "Nós saímos de<br />

casa para trabalhar e enfrentamos<br />

todos os tipos<br />

de perigos possíveis. Nós<br />

vamos a lugares que as<br />

pessoas nem imaginam<br />

para resolver situações de<br />

troca de tiros, resgate... é<br />

uma doação. Nossa intenção<br />

com essa manifestação<br />

é fazer com que a população<br />

perceba que o<br />

policial escolheu essa profissão<br />

disposto a doar a<br />

vida para salvar a de outra<br />

pessoa, mas que não<br />

deixa de ser humano, por<br />

isso merece respeito e reconhecimento",<br />

disse.<br />

Ato simbólico faz parte da campanha "Apoie<br />

quem te protege"<br />

Ranking<br />

O número de policiais<br />

mortos em confronto ou<br />

fora de serviço no Brasil<br />

saltou de 437 em 2016 para<br />

542 no ano passado. Neste<br />

ano, esse índice já passa de<br />

cem. No ranking nacional, o<br />

Paraná ocupa o nono lugar<br />

com o maior número de<br />

violência contra PMs e civis<br />

em todo o país.<br />

"Essa situação na qual<br />

agentes de segurança<br />

pública morrem em razão<br />

da sua função não pode ser<br />

vista como normal, por isso<br />

chamamos a sociedade para<br />

nos ajudar a demonstrar<br />

uma comoção, um carinho<br />

com quem ajuda a proteger<br />

e, principalmente,<br />

demonstrar que não<br />

queremos que mais<br />

profissionais morram da<br />

forma como está<br />

ocorrendo", explicou a<br />

soldado Scheila Melo.<br />

"Apoie quem te protege"<br />

A campanha nacional<br />

"Apoie quem te protege,<br />

mesmo com o risco da vida"<br />

foi criada em fevereiro do<br />

ano passado, após a morte<br />

de um soldado da Polícia<br />

Militar, que foi baleado<br />

durante o atendimento de<br />

um assalto, na cidade de<br />

Palhoça (SC). Thiago<br />

Roberto Ferreira, 30 anos,<br />

foi alvejado na cabeça e<br />

morreu a caminho de um<br />

hospital. Após a ocorrência,<br />

o comandante-geral da<br />

PMSC, coronel Paulo<br />

Henrique Hemm,<br />

manifestou-se em um vídeo<br />

divulgado nas redes sociais,<br />

no qual é feito um apelo à<br />

população.

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