RCIA - ED. 157 - AGOSTO 2018
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Cesar, antigo prédio localizado na Rua<br />
Expedicionários do Brasil (8) com a<br />
Avenida Sebastião Lacerda Corrêa e<br />
que tinha entre tantas outras coisas,<br />
minha classe do quarto ano separada<br />
por um lençol de cor branca. Como<br />
se os anos nunca tivessem passado,<br />
viajo sonhando ao encontro de Dona<br />
Cecília, Dona Diva, Dona Samira Gibran<br />
e ao saudoso Professor Geraldo<br />
Honorato Azzi Sachs, pegando em<br />
minhas mãos e professorando saber,<br />
dignidade e amor. Meu carrinho de rolemã<br />
que com meu irmão Assis e meu<br />
primo Nivaldo Coelho, descíamos a<br />
Rua Comendador Pedro Morganti (11)<br />
sob o olhar assustado de Dona Sulina<br />
até parar no paredão de terra na<br />
Avenida Francisco Sampaio Peixoto<br />
(29) e ainda com Assis e Nivaldo, já<br />
com bicicletas próprias indo para as<br />
aulas do curso preparatório no prédio<br />
do Albergue Noturno, Lar Mei Mei, na<br />
Rua Itália (7) perto da Avenida José<br />
Bonifácio aprender matemática e português<br />
com o Professor Walace Leal<br />
Valentim Rodrigues. Meu primeiro emprego<br />
com oito anos de idade na alfaiataria<br />
do Sr. Julião Pereira, na Rua<br />
Padre Duarte (4), defronte o Jardim<br />
Público e ao lado do prédio da Chalu<br />
que simultaneamente me ofereceu<br />
a oportunidade de também servir à<br />
tinturaria da Dona Maria Japonesa,<br />
mãe de Clara, Ana Maria, Tamiko e<br />
Largada da corrida na Alameda Paulista<br />
Tadame Hayashida. Tudo isso me lembro<br />
com frescor, mais nada fixou tanto<br />
na minha memória quanto as corridas<br />
de carros realizadas na Avenida Padre<br />
Francisco Salles Colturato (36), daquele<br />
som ensandecido do DKW 10,<br />
magistralmente dirigido por Marinho<br />
Camargo Filho, da Alameda Paulista,<br />
verdadeiro formigueiro humano encantado<br />
com as presenças de Penha<br />
(José da Penha Moreira), Neto (Olimpio<br />
Bernardes Ferreira Neto), Eduardo<br />
Luzia, Victorinho Barbugli, Salerno, Zé<br />
Faito, Zé Duvilio, Dinho Dall’ Acqua,<br />
Pinho, Dario Pires, Engenheiro Murilo<br />
Leonardi, Manolo e Braz Passalacqua,<br />
que espalhavam no final de semana<br />
de cada corrida, o doce aroma<br />
da gasolina azul misturada com óleo<br />
Valvoline Racing, que entraram por<br />
Dinho Dall<br />
Acqua e Braz<br />
Passalacqua<br />
no balão da<br />
Alameda Paulista<br />
meus poros e nunca mais saíram da<br />
minha alma. Do meu Colégio Victor<br />
Lacôrte, que a sorte me ofereceu entre<br />
outros, ser aluno dos Professores<br />
Rodolpho Tellaroli, Mivaldo Messias<br />
Ferrari, Rubens Dias Maia, Sidney Rodrigues,<br />
Luzia de Mello, Ana Talarico,<br />
Helio Senne, Alice e Osmar Malaspina.<br />
O aniversário de Araraquara era<br />
muito mais, nem sei ao certo dizer de<br />
quantas vezes me emocionei também<br />
com a Esquadrilha da Fumaça, quantas<br />
vezes neste período fui na praça<br />
Frederico Di Marco, ver o pouso dos<br />
balões livres de Victorio Truffi. Quantas<br />
vezes, oh meu Deus do céu, quantas<br />
vezes, para chegar nas corridas<br />
de carro, dormir na casa de minha tia<br />
Inês na Rua Voluntários da Pátria (5)<br />
com a Avenida 38 e quantas vezes<br />
para assistir às corridas de motocicleta,<br />
na companhia de meu irmão<br />
Haroldo, emendar a semana na casa<br />
lá da Vila Xavier de meu tio Eusébio<br />
Quadrado, na companhia inesquecível<br />
dos primos Luiz Carlos, Sebastião<br />
e João Batista fazer o tempo, jogar<br />
futebol, ver uma verdadeira erudição<br />
do samba de raiz no Ponto Chic com<br />
José Roberto Tellarolli, Salomão e<br />
companhia e assistir na TV Record<br />
“As jovens tardes de domingo do Rei<br />
Roberto, Erasmo e Wandeca”. Velhos<br />
tempos, Belos Dias.<br />
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