RCIA - ED. 157 - AGOSTO 2018
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Valtinho e<br />
Luizinho<br />
Pavan,<br />
uma outra<br />
formação do<br />
The Snakers<br />
Terminado o serviço militar, comenta<br />
Vilcides, aventamos a possibilidade<br />
da profissionalização do grupo<br />
e a gravação do primeiro e único disco<br />
em São Paulo, onde desembarcamos<br />
dois anos depois. Neste período, brincadeiras<br />
dançantes e bailes rolaram<br />
nos clubes Araraquarense e 22 de<br />
Agosto, além das escolas que promoviam<br />
eventos para obtenção de<br />
recursos destinados às formaturas.<br />
Curioso mesmo é que saímos de<br />
Araraquara como The Snakes e voltamos<br />
como Os Panteras. Em São Paulo<br />
fomos aconselhados pelo pessoal da<br />
gravadora que já havia um grupo chamado<br />
The Snakes na Argentina e certamente<br />
encontraríamos problemas<br />
com os direitos autorais, diz Vilcides.<br />
Gravado o compacto duplo com<br />
quatro faixas: O Touro Solitário, Tema<br />
de Lara, Tereza Cristina e Pato Donald,<br />
duas delas feitas por Orselli,<br />
agora éramos Os Panteras, indo na<br />
esteira do sucesso alcançado pela<br />
série da Pantera Cor de Rosa, na televisão.<br />
Vilcides recorda que nesta nova<br />
fase surgiu um grande parceiro para<br />
o grupo. Antonio Carlos Rodrigues dos<br />
Santos, o Toninho da Rádio Cultura,<br />
que em algumas oportunidades se<br />
transformou no “crooner” dos Panteras,<br />
cantando músicas dos Beatles:<br />
“A presença do Toninho nos levou a<br />
participar de um programa de auditório<br />
na Cultura nas tardes de sábado”,<br />
afirma.<br />
Uma das coisas que Os Panteras<br />
passaram a enfrentar foi achar um<br />
local para a realização dos ensaios;<br />
a vizinhança de Orselli na Rua Tupi<br />
não aguentava mais, ironiza Vilcides.<br />
Assim os meninos foram chamados<br />
por Paulo Billy Cortês, diretor técnico<br />
da Rádio A Voz da Araraquarense e<br />
integrante do conjunto Os Profetas,<br />
para ensaios nos fundos da Casa<br />
Barbieri (Avenida Duque de Caxias).<br />
Apadrinhados agora por Billy, o grupo<br />
passou a participar de um novo<br />
programa na Voz, aos domingos de<br />
manhã no Salão de Festas da Igreja<br />
de Santa Cruz. Billy tornou-se membro<br />
dos Panteras a partir daí como<br />
excelente contra-baixista, relembra.<br />
O FIM DA ESTRADA<br />
“Infelizmente os estudos e a necessidade<br />
de trabalhar foram motivos<br />
para o grupo encerrar suas atividades,<br />
em 1968; o Orselli com o fim da<br />
EFA, onde trabalhava, foi para São<br />
Paulo; o Pavan, no DER; me formei<br />
Engenheiro Civil e fui fazer a minha<br />
vida. Chegamos num ponto que o<br />
melhor mesmo seria parar e deixar<br />
o nosso nome na história musical da<br />
cidade”, encerra Vilcides.<br />
Em plenos tempos da<br />
ditadura militar, os<br />
meninos que formavam<br />
o Conjunto The Snakes,<br />
depois Os Panteras,<br />
tinham uma vida agitada,<br />
cheia de compromissos e<br />
muita responsabilidade.<br />
Aproveitaram a<br />
oportunidade para<br />
a gravação de um<br />
único compacto<br />
duplo, posteriormente<br />
reaproveitado em um LP<br />
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