RCIA - ED. 157 - AGOSTO 2018
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Luiz Antonio Pavan, Wilson José Orselli, José Carlos Terezani, Cláudio Almeida e Vilcides Pedro, na formação<br />
de um grupo musical que embalou os anos 60 em brincadeiras dançantes, bailes e festas escolares.<br />
Eles foram como The Snakes para<br />
São Paulo. Voltaram como Os Panteras.<br />
A foto parece ter o cheiro da madrugada<br />
de um certo dia do mês de abril de 1963.<br />
No vazio da noite, entre o silêncio da Casa<br />
dos Padres Redentoristas e a Igreja de Santa<br />
Cruz, o romatismo da José Bonifácio e São<br />
Bento se anima com o som que sai do Piston<br />
empunhado pelo menino Vilcides.<br />
A música “Tema de Lara”, de Maurice Jarre,<br />
acabara de invadir o Cine Odeon, numa<br />
dessas sessões em que as meninas apertavam<br />
as mãos do namoradinho, numa trégua de<br />
amor eterno e que se de lá alguém ouvisse,<br />
cairia na quadra do Colégio São Bento, onde<br />
se fazia badalada festa junina.<br />
Os cinco meninos, de abril a junho,<br />
mergulharam em um apurado repertório<br />
para animar o Baile The Winter Bossa Nova<br />
Day. Seria aquela a primeira apresentação de<br />
um grupo promissor recomendado por José<br />
Ignácio Pizzani, Trindade, Altino e Zé Rubens<br />
de Barros, alunos da época, em busca de caixa<br />
para o Baile de Formatura.<br />
The Snakes, ou simplesmente Os Cobras,<br />
sentiam o mundo explodir nas cores de<br />
um novo tempo, de compromissos e<br />
responsabilidades dentro de uma cidade com<br />
pouco mais de 50 mil habitantes.<br />
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />
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