as atividades de pequenos grupos nas empresas ... - Anpad
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não estar se reunindo <strong>de</strong> nenhuma forma com seus coleg<strong>as</strong> <strong>de</strong> grupo. Apen<strong>as</strong> 14% dos indivíduos<br />
afirma se reunir, conforme <strong>as</strong> regr<strong>as</strong> do programa ( du<strong>as</strong> hor<strong>as</strong> por mês).<br />
De maneira geral, os funcionários da empresa não <strong>de</strong>monstram-se satisfeitos com a<br />
maioria dos itens avaliados nesta pesquisa. As médi<strong>as</strong> gerais dos fatores avaliados revelaram um<br />
índice intermediário <strong>de</strong> satisfação dos trabalhadores (63%). O item que apresentou maior índice<br />
<strong>de</strong> satisfação por parte dos funcionários foi “ Proposta <strong>de</strong> participação que a empresa oferece via<br />
CCQ”. Entretanto, este item não recebeu maior pontuação em função do pessoal sentir-se não<br />
satisfeito com <strong>as</strong> variáveis explicativ<strong>as</strong> : (a)oportunida<strong>de</strong> dos funcionários proporem mudanç<strong>as</strong><br />
d<strong>as</strong> norm<strong>as</strong>, regr<strong>as</strong> e procedimentos do programa <strong>de</strong> melhori<strong>as</strong> da empresa (recebeu média 2,6 na<br />
escala <strong>de</strong> satisfação); (b)Oportunida<strong>de</strong> que os funcionários dizem ter em influenciar n<strong>as</strong><br />
aprovações d<strong>as</strong> propost<strong>as</strong> <strong>de</strong> melhori<strong>as</strong> (recebeu média 2,9 na escala <strong>de</strong> satisfação).<br />
Ressalta-se que 19% dos funcionários da empresa consi<strong>de</strong>ram o CCQ limitado pelo<br />
fato <strong>de</strong> não permitir que o funcionário participe d<strong>as</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> aprovação d<strong>as</strong> idéi<strong>as</strong> sugerid<strong>as</strong>.<br />
Salienta-se também que 15% do quadro avaliado consi<strong>de</strong>ra o CCQ limitado pelo fato <strong>de</strong> não<br />
permitir que o funcionário participe da elaboração d<strong>as</strong> regr<strong>as</strong> do PROMECON e da linha <strong>de</strong><br />
produção, no sentido <strong>de</strong> alterá-l<strong>as</strong> quando acharem justo e necessário. Segundo a maioria dos<br />
funcionários da empresa o maior problema enfrentado pelos circulist<strong>as</strong> é a “Falta <strong>de</strong> tempo para<br />
participar <strong>de</strong> reuniões” (42.4%), seguido da “Falta <strong>de</strong> motivação do grupo” (39.5%). O terceiro<br />
maior problema é “Projetos não implantados”.<br />
Po<strong>de</strong>-se dizer que tanto a falta <strong>de</strong> motivação do grupo como a não implantação dos<br />
projetos e a falta <strong>de</strong> tempo para <strong>as</strong> reuniões são efeitos da eficiência operacional do programa e <strong>de</strong><br />
sua eficácia. Uma vez estabelecid<strong>as</strong> <strong>as</strong> regr<strong>as</strong> do programa faz-se necessário, logicamente, um<br />
comprometimento, tanto por parte do empregado como do empregador. Salienta-se que o<br />
PROMECON faz parte <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> administração participativa, e que a abertura na<br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong>st<strong>as</strong> estratégi<strong>as</strong>, buscando a constante a<strong>de</strong>são dos funcionários é fundamental. Por um<br />
lado a pesquisa revela o elevado grau <strong>de</strong> satisfação dos funcionários em receber prêmios em<br />
dinheiro, por outro, indica a falta <strong>de</strong> motivação dos <strong>grupos</strong> como um dos maiores problem<strong>as</strong>,<br />
entre outros. Até que ponto ou até em que nível <strong>as</strong> recompens<strong>as</strong> motivam <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>? Ou ainda,<br />
Será que <strong>as</strong> recompens<strong>as</strong> motivam <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>?<br />
Segundo Kohn (1995), renomado conferencista em program<strong>as</strong> <strong>de</strong> educação e gestão<br />
empresarial, “apoiar-se nos incentivos para aumentar a produtivida<strong>de</strong> em nada ajuda no sentido<br />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os possíveis problem<strong>as</strong> subjacentes e propor mudanç<strong>as</strong> significativ<strong>as</strong>. Nada ameaça<br />
tanto uma organização como uma porção <strong>de</strong> indivíduos, orientados para o incentivo, tentando<br />
lisonjear aquele que distribui esse incentivo”.<br />
Evi<strong>de</strong>ntemente, o pensamento do autor acima não afirma e nem recomenda que <strong>as</strong><br />
empres<strong>as</strong> não recompensem seus funcionários. Sua argumentação é forte no sentido <strong>de</strong> que,<br />
freqüentemente, a administração cria um clima <strong>de</strong> expectativa muito gran<strong>de</strong> pela recompensa,<br />
focaliza a atenção dos funcionários na seguinte premissa: “Faça isto e você conseguirá aquilo”.<br />
Será que <strong>as</strong> recompens<strong>as</strong> motivam <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>? Absolutamente não. El<strong>as</strong> motivam <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> a<br />
conseguir recompens<strong>as</strong>.<br />
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