as atividades de pequenos grupos nas empresas ... - Anpad

5 CONCLUSÃO
5.1. Balanço da utilização das APG’s em empresas japonesas e americanas
A aplicação do sistema de atividades de pequenos grupos nos EUA, apesar de ter ocorrido
com relativo sucesso, esteve longe de alcançar o espectro dos programas japoneses
(Davidson,1982). Isto se deve, provavelmente, ao fato de que o poder das estruturas orientadas a
grupos paralelos nos Estados Unidos não tenha se desenvolvido com o mesmo êxito do que no
Japão. Ao passo que se verificou em 1980, durante o auge da participação em CCQ na Hitashi
Co., um total de 112 mil propostas de melhorias, em 1996, ao se realizar a pesquisa na empresa
norte-americana sediada no RGS verificou-se um total de 36 mil propostas apresentadas e
implantadas neste ano. No total, a companhia japonesa apresentou uma média de 39 propostas
implantadas por empregado/ano, ao passo que a filial norte-americana tem mantido uma média
de
21 propostas por empregado/ano. Não que estes resultados comprovem o melhor desempenho dos
CCQ’s nas empresas japonesas, mas reforçam os resultados de outras pesquisas como as de
Davidson(1982) e de Cole(1989). Ainda assim, destaca-se que a empresa norte-americana sediada
no Brasil, cuja pesquisa foi realizada pelo autor, posiciona-se no ranking gaúcho da
AGQ(Associação Gaúcha de Qualidade) entre os primeiros lugares em criatividade e número de
idéias geradas nos concursos estaduais de CCQ dos últimos cinco anos. Desta forma, trata-se de
uma empresa brasileira com excelente desempenho nas APG’s do tipo CCQ.
Curiosamente, embora os CCQ’s, no Japão, correspondessem a 29% de todo o conjunto
de APG’s nas empresas japonesas (Davidson,1982), eles tiveram ampla aceitação nas empresas
japonesas, o que não ocorreu nos EUA e na América. Fazendo um paralelo entre o conjunto de
estratégias adotadas e os objetivos a serem atingidos pela administração empresarial japonesa e a
americana, conforme a pesquisa de Cole(1989), talvez possa-se perceber determinadas diferenças
que expliquem o maior e melhor resultado das APG’s no Japão do que nos EUA e na empresa
norte-americana com sede no RGS. Desta forma, utiliza-se como referência, para uma análise
comparativa, as figuras 1 e 2 (partes grifadas), que representam, basicamente, as forças de
estímulo, as respostas estratégicas e os objetivos gerenciais da utilização das APG’s no Japão e
nos EUA, respectivamente. Verifica-se diferenças significativas nestas variáveis através do
quadro comparativo abaixo:
Relação entre variáveis que influenciaram a adoção e utilização das APG’s nas empresas
japonesas americanas e na empresa pesquisada pelo autor.
VARIÁVEIS JAPÃO EUA
Internacionalização
(Competitividade)
Em relação a internacionalização dos mercados, os EUA tornavam-se
pouco competitivos em relação ao Japão apenas em alguns setores
concentrados da indústria, como ex: automobilístico e eletrônico. Isto
pode ter influenciado outros setores a não se interessarem por novas
estratégias como as APG’s.
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