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Revista Empresários - Julho Agosto 2018

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Conheça a <strong>Revista</strong><br />

Nasceu em 2015 com o objetivo de realizar<br />

a troca de informações para o público<br />

empresarial voltada a incentivar o<br />

empreendedorismo através da troca de<br />

experiências para que eles possam obter<br />

destaque no mundo empresarial sendo<br />

composta por uma equipe de colaboradores<br />

dos mais diversos seguimentos<br />

empresariais com experiências comprovadas<br />

no Brasil e exterior.<br />

Circulação.<br />

Enviada via banco de dados compostos<br />

de aproximadamente 50 mil e-mails validos<br />

para empresários, empreendedores<br />

dos mais diversos seguimentos no Brasil<br />

e Exterior.<br />

Proposta da <strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong>:<br />

É oferecer a todos os setores um espaço<br />

editorial de qualidade, agregando mais<br />

um valor, o da informação, às empresas.<br />

Com isso, temos a certeza que estamos<br />

colaborando com o desenvolvimento<br />

das empresas e de seus colaboradores.<br />

O conteúdo elaborado atende tanto as<br />

demandas dos empreendedores – sejam<br />

pequenos, médios ou grandes – quanto<br />

daqueles que buscam sua inserção no<br />

mundo dos negócios.<br />

Matérias Informativas sobre:<br />

Comportamento, Moda, Cultura Empresarial,<br />

Planejamento Estratégico, Artigos<br />

Empresariais, Eventos, Economia, Cidades<br />

e Viagens, Networking, Empreendedorismo<br />

dentre outros assuntos que pretende<br />

mudar o olhar do empresário para<br />

obter sucesso no mundo empresarial.<br />

Perfil do Publico<br />

Tem um público exigente e qualificado,<br />

sendo que 42% de seus leitores são<br />

empresários ligados às atividades de<br />

comércio exterior e logística; 27% são<br />

industriais ou empresários atuantes em<br />

entidades ligadas à indústria; 16% são<br />

trabalhadores ligados às diversas áreas<br />

do setor portuário e 13% são professores<br />

e estudantes universitários. Trata-<br />

-se de um público ligado às classes A e<br />

B, sendo 82% com nível superior completo<br />

ou pós-graduação.<br />

Website<br />

O website www.revistaempresarios.<br />

net tem atualização diária. A média<br />

de visitantes é 9,4 mil internautas/dia,<br />

sendo que 41% desse público são formados<br />

por profissionais ligados ao comércio<br />

Brasil/ Internacional, logística<br />

e transportes; 29% são empresários ,<br />

empreendedores e industriais e 19%<br />

são professores e estudantes universitários.<br />

Mercado<br />

O mercado da <strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> é<br />

formado por CEO´s e profissionais<br />

ligados ao comércio internacional,<br />

portuários, atividade industrial, professores<br />

e universitários, órgãos governamentais,<br />

empresas de transportes<br />

dos modais aéreo, marítimo e terrestre<br />

e associações empresariais, RH , TI<br />

dentre outros.<br />

4


FALTA DE ÉTICA PPP, MANTÊM A “CONTINUIDADE” DO BRASIL NO<br />

RALO POR: MAURÍCIO RONCATO PIAZZA – EXECUTIVO DE GRC COM<br />

20 ANOS DE ATUAÇÃO EM MERCADO REGULADO. ALIMENTOS,<br />

QUÍMICA FINA E FARMACÊUTICA.<br />

básicas do país, estratégias, negociações e acordos<br />

sem efeitos. Preparei uma matriz modelo<br />

de plano de continuidade de negócios e gerenciamento<br />

de crise apenas com alguns elementos<br />

para exemplificar com mais clareza o cenário<br />

que tratamos em gestão de riscos.<br />

“Ou você tem uma estratégia própria,<br />

ou então é parte da estratégia de alguém.” (Alvin<br />

Toffler)<br />

Abro o artigo com a frase do célebre futurista<br />

estadunidense, Alvin Toffler, com muito<br />

sentido ao caos instalado em meio à greve,<br />

ou boicote, ou manifestação que assolam o país<br />

exatamente neste momento. “Ou você tem uma<br />

estratégia própria, ou então é parte da estratégia<br />

de alguém”, impressionante, tão simples e<br />

direta, que com seu poder de síntese resume<br />

com profundidade o que vem acontecendo.<br />

Vejamos alguns impactos gerados até o momento:<br />

• 300mi de litros de leite jogados fora (viva lácteos)<br />

• 70mi de aves mortas (ABPA)<br />

• 20mi de suínos ameaçados (ABPA)<br />

• Prejuízo diário do comercio de SP e RJ R$<br />

2.8bi (Fecomércio SP e RJ)<br />

• 45% da indústria nacional sem produção<br />

(CNI)<br />

• Falta de sangue, medicamentos, insumos básicos,<br />

alimentos, etc.<br />

Ainda quero expor os aumentos abusivos de<br />

produtos básicos, a grande circulação de notícias<br />

falsas e correntes negativas gerando o caos<br />

entre a população, os cibercriminosos gerando<br />

aplicativos maliciosos com a intensão de<br />

roubar dados do cidadão desesperado. Imaginem<br />

um litro de gasolina a R$ 10, um saco de<br />

batatas de R$ 80 beirando os R$ 400, vans de<br />

transporte de trabalhadores cobrando até R$<br />

30 por uma corrida, pessoas fazendo estoques<br />

6<br />

como se fossemos enfrentar uma guerra nuclear,<br />

agressões no comércio, entre tantos outros<br />

absurdos que acompanhamos diariamente na<br />

imprensa em geral.<br />

Como especialista em gestão de riscos corporativos<br />

e profissional do compliance, não posso<br />

deixar de observar de maneira holística o que<br />

vem ocorrendo em termos éticos, de transparência<br />

e respeito às leis.<br />

Tenho repetido em palestras e aulas que antes<br />

do indivíduo ser político, empresário, autônomo,<br />

militar, comerciante, etc., ele é brasileiro,<br />

então, em algum momento o perfil bastante se<br />

assemelha. O oportunismo geral que acontece<br />

é prova disso, não generalizo, mas há fortes<br />

indícios de interesses particulares claramente<br />

definidos em diversas frentes pelo Brasil.<br />

Quando me refiro à falta de ética PPP, considero<br />

que parte dos responsáveis pelos problemas<br />

tem relação aos setores, Público, Privado e Pessoas,<br />

cada um com sua proporção.<br />

Existe uma vertente extraordinariamente gigante<br />

de culpabilidade no Brasil, se culpa a<br />

imprensa, o governo, os executivos, as multinacionais,<br />

o sistema político-econômico entre<br />

outros, mas, infelizmente poucas pessoas<br />

deixam de adotar o “jeitinho brasileiro”, para<br />

resolver seus problemas cotidianos. Para este<br />

quesito não existe gestão de riscos, compliance<br />

ou fórmulas que tragam resultados satisfatórios.<br />

O Brasil praticamente parou, foram montados<br />

comitês de crises para garantir a continuidade<br />

do funcionamento das cidades e das operações<br />

Como podem notar antes da ocorrência<br />

da greve o governo recebeu avisos das associações,<br />

as entidades e organizações sabiam<br />

das estratégias, não houve gerenciamento de<br />

riscos, inclusive o efeito foi tão devastador que<br />

as lideranças perderam o controle da situação<br />

em algum momento, as pautas eram conhecidas<br />

de todos há tempos, aqui tivemos um envolvimento<br />

público e privado emperrando a<br />

antecipação de iminente crise, eles não podem<br />

alegar qualquer desconhecimento ou surpresa<br />

em relação aos fatos.<br />

Já observando o após crise, onde o impacto já<br />

deveria ser conhecido e calculado, de forma a<br />

estabelecer um prazo limite e aceitável para o<br />

desabastecimento e gerenciamento dos fatores,<br />

ainda continua a miopia pública e privada<br />

frente aos acontecimentos, demora e enfraquecimento<br />

político do governo permitiram dúvidas,<br />

ameaças e mais exigências por parte dos<br />

grevistas.<br />

Entra um terceiro elemento neste ponto, as<br />

pessoas, então cria-se o caos e o desespero, filas<br />

em postos de combustíveis, corridas aos mercados,<br />

nervos a flor da pele e alguns saques,<br />

abrindo espaço aos oportunistas, aproveitadores,<br />

circulação de fake news e demais criminosos<br />

em geral.<br />

Aqui fiz apenas um pequeno exercício para<br />

elucidar como deve ser tratada a questão de<br />

gerenciamento de crises e continuidade dos<br />

negócios, pois, se fosse estudar profundamente<br />

este episódio, dezenas de cenários e atores<br />

deveriam ser incorporados a partir de análises<br />

de riscos, descobertas, indícios, investigações e<br />

etc.<br />

Por fim, podemos entender que as ações pouco<br />

funcionaram frente à grandiosidade do problema,<br />

faltou critério de observação e avaliação<br />

aos sinais claros do rumo das necessidades<br />

que estavam em proposição. Importante para


Saiba mais sobre GCN:<br />

conhecimento de todos que isso pode voltar a<br />

ocorrer a qualquer momento, inclusive nas organizações,<br />

que devem sempre ter um mínimo<br />

de preparação em relação à gestão de riscos e<br />

garantias de continuidade dos seus principais<br />

processos ou atividades. Gestão da continuidade<br />

dos negócios, se antecipe, não seja pego de<br />

surpresa, torne-se perene frente suas necessidades.<br />

https://www.linkedin.com/pulse/gest%-<br />

C3%A3o-da-continuidade-de-neg%C3%B-<br />

3cios-um-ato-antecipa%C3%A7%C3%A3o-<br />

-maur%C3%ADcio/<br />

Maurício Roncato Piazza – Executivo de GRC<br />

com 20 anos de atuação em mercado regulado.<br />

Alimentos, química fina e farmacêutica.<br />

MBA – MASTER IN BUSINESS ADMINIS-<br />

TRATION em Gestão de Riscos Corporativos<br />

pela FAPI – FACULDADE DE ADMNISTRA-<br />

ÇÃO DE SÃO PAULO BRASILIANO & AS-<br />

SOCIADOS. Especialista em GCN Gestão da<br />

Continuidade de Negócios pela Brasiliano &<br />

Associados – FAPI. PERITO JUDICIAL TRA-<br />

BALHISTA, Especialista em LEAN MANU-<br />

FACTURING. Palestrante da Next Business<br />

Media – CorpRisk e CorpBusiness, edições<br />

de riscos e compliance, nas áreas de GRC,<br />

Fraudes e BCP (Business Continuity Plan) e<br />

AMCHAM – Câmara Americana de Comércio.<br />

Autor e colaborador do site “Monitor das<br />

Fraudes” http://www.fraudes.org.<br />

Graduado em Ciências Contábeis. Aborda a<br />

Gestão de Riscos e Compliance, Auditoria Interna,<br />

Ouvidoria e Investigações.<br />

Atua no combate a fraudes, corrupção e desvios<br />

de informações. Na contabilidade atuou<br />

durante 17 anos na área tributária, desenvolvendo-se<br />

em planejamento tributário nos ramos<br />

de comércio, indústria e serviços.<br />

Possui profundo conhecimento em implantação<br />

de sistemas integrados (SAP, Microsiga,<br />

RM), no que tange as áreas tributárias e de finanças.<br />

Autor de diversos artigos e da Teoria<br />

da Estrela da Fraude.<br />

Professor de Pós Graduação nas instituições<br />

FESP (Faculdade de Engenharia de São Paulo/<br />

Brasiliano e Associados) e FIA (Fundação Instituto<br />

de Administração) e palestrante abordando<br />

assuntos relacionados a Riscos Corporativos,<br />

Fraudes, Investigações, Compliance,<br />

Código de Conduta, Ética Empresarial e Canais<br />

de Denúncias.<br />

7


SUA EMPRESA ESTÁ PRONTA PARA A JORNADA DE DADOS?<br />

POR – FELIPE STUTZ É DIRETOR DE SOLUÇÕES PARA AMÉRICA LATINA<br />

DA ORANGE BUSINESS SERVICES.<br />

Armazenamento e processamento – os dados<br />

devem ser encaminhados para locais que permitam<br />

processamento, utilizando plataformas<br />

privadas ou serviços de infraestrutura, como<br />

nuvem, por exemplo. Até aqui, uma estratégia<br />

integrada de transporte e proteção de dados é<br />

fundamental.<br />

Análise dos dados – quando todos os estágios<br />

citados acima foram feitos de maneira correta,<br />

parte-se para a análise, que é fundamental para<br />

o negócio. Aqui começam as aplicações de ciência<br />

de dados, big data, inteligência artificial<br />

e soluções digitais, que extraem informação e<br />

insights estratégicos do dado – que antes era<br />

bruto e descontextualizado – e trazem maior<br />

inteligência e novas aplicações para suportar<br />

diferentes áreas do negócio.<br />

Compartilhamento – por fim, as equipes devem<br />

trabalhar de forma colaborativa para encontrar<br />

soluções holísticas, a partir da análise<br />

das informações. Garantir que a comunicação<br />

com clientes e times internos ocorra de maneira<br />

contínua e colaborativa, e façam uso dos dados<br />

para desenvolver novos projetos e iniciativas<br />

é o resultado que se espera.<br />

Nos últimos anos, o número de dispositivos<br />

conectados cresceu exponencialmente<br />

e a tendência é que aumente ainda mais: a<br />

BI Intelligence, setor de pesquisa da Business<br />

Insider, estima que serão 34 bilhões deles até<br />

2020. Se unirmos a essa informação o fato de<br />

que aplicações na nuvem, virtualização de serviços,<br />

digitalização de processos, entre outras<br />

tecnologias, também desbravam caminhos em<br />

diferentes mercados, fica mais fácil entender<br />

o segundo estágio da transformação digital: a<br />

jornada de dados.<br />

A primeira fase da transformação digital tem<br />

como foco a massificação da comunicação<br />

digital, o aumento da mobilidade e o uso de<br />

novas tecnologias para ganhos de eficiência e<br />

produtividade. Esses novos ambientes acabam<br />

gerando muitos dados, no entanto, boa parte<br />

das empresas ainda não utilizam o valor dessas<br />

informações, mas tendência é que esse cenário<br />

mude: o Gartner aponta que 60% das empresas<br />

vão explorar novos modelos econômicos até<br />

2020; modelos que talvez ainda não existam,<br />

mas que surgirão a partir dos dados.<br />

Além disso, estima-se também que, em 2020,<br />

o universo digital chegará a 40 trilhões de gigabytes,<br />

ou seja, serão de 5,2 mil gigabytes de<br />

dados para cada pessoa no mundo todo, de<br />

acordo com a IDC.<br />

8<br />

Nesse contexto, é necessário garantir que o<br />

fluxo dos dados ocorra de maneira estruturada<br />

para que as informações passem a ser ainda<br />

mais relevantes para tomar decisões, maximizar<br />

vendas e melhorar a experiência do cliente.<br />

O primeiro passo, então, é entender a jornada<br />

de dados, que é dividida em seis fases:<br />

Coleta – é o momento de recolher os dados<br />

dentro da infraestrutura, que pode ser composta<br />

por sistemas, dispositivos de IoT, nuvem<br />

e uma série de outras fontes de informação.<br />

Transporte – é feito por soluções de conectividade<br />

entre os usuários ou dispositivos e<br />

aplicações, utilizando a diversidade de meios<br />

existentes, como LAN, WLAN, 4G/5G, rede<br />

privada, internet, satélite e outros.<br />

Proteção – o transporte dos dados precisa ser<br />

feito de maneira segura pelos diferentes caminhos<br />

e destinos – internet, nuvem, de um<br />

ambiente público para privado, etc – o que<br />

demanda um forte e diverso aparato de segurança<br />

da informação e mitigação de riscos,<br />

adequado a cada ambiente no qual o dado está<br />

momentaneamente.<br />

A segurança também precisa ser escalável para<br />

milhares de pontos de conectividade, já que a<br />

mobilidade dos usuários expande ou elimina<br />

os limites da infraestrutura.<br />

As empresas ainda estão em processo de amadurecimento<br />

dessa visão integrada da jornada<br />

de dados, muitas vezes, ainda focadas na otimização<br />

de um ou dois desses estágios – ritmo<br />

comum em um processo de aculturamento e<br />

ganho de maturidade.<br />

Mas, invariavelmente, o futuro digital vai requerer<br />

proficiência e um planejamento estratégico<br />

para integrar todos esses estágios. A jornada<br />

é longa. Mas não há como olhar para trás.<br />

Felipe Stutz é diretor de soluções para América<br />

Latina da Orange Business Services.


OS PERIGOS DO EFEITO MANADA NO COMPORTAMENTO COLETIVO<br />

POR: ADRIANO SIMÕES – TRABALHA COM GESTÃO DE LIDERANÇA E<br />

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE EM EQUIPE.<br />

para onde eles querem, independentemente se<br />

aquilo fará bem ou mal aos envolvidos.<br />

Quanto mais sensacionalista for a notícia, mais<br />

atrairá pessoas, e quanto mais os indivíduos<br />

observam que outros estão indo neste caminho,<br />

curtindo, comentando e compartilhando<br />

a informação, maior será a tendência de outros<br />

irem também, chegando ao ponto de se<br />

formar uma multidão com a mesma linha de<br />

pensamento e opinião sobre um determinado<br />

assunto, praticando todos as mesmas atitudes<br />

sem questionar certo ou errado. A manada<br />

segue seu fluxo sem refletir sobre aquilo, apenas<br />

fazendo porque todo mundo está fazendo<br />

também. Essa técnica, infelizmente, é usada<br />

rotineiramente para denegrir ou enaltecer a<br />

imagem de pessoas, consolidar ou destruir<br />

uma marca, e, principalmente, para influenciar<br />

uma disputa eleitoral, direcionando a opinião<br />

pública para algum ponto de vista e candidato.<br />

E por que isso é importante para sua equipe? Já<br />

dizia o filósofo Friedrich Nietzsche: “A loucura<br />

é uma exceção nos indivíduos, mas a regra nos<br />

grupos”.<br />

Vivemos inseridos nesse contexto e, diante disso,<br />

ninguém está imune a este tipo de mau uso<br />

da Força da Sincronização.<br />

Você já percebeu o nível de semelhança nas<br />

atitudes de pessoas que trabalham juntas<br />

há muito tempo? Reparou que elas tendem a<br />

estabelecer a mesma velocidade, ritmo e um<br />

padrão de concordância comportamental que<br />

aproximam as decisões, condutas e produtividades?<br />

Essa ação se chama sincronia, uma<br />

tendência de todos os indivíduos de vibrar na<br />

mesma frequência, adaptando-se ao ambiente<br />

ao seu redor.<br />

Segundo estudos do matemático Steven Strogatz<br />

da Universidade de Cornell, nos EUA, isso<br />

ocorre devido à Força da Sincronização, uma<br />

propensão à organização espontânea presente<br />

no Universo e em todos nós. Ela é definida,<br />

simplificadamente, como uma inclinação para<br />

a harmonização das ações de forma coletiva,<br />

algo que todos desenvolvem ao se agruparem<br />

com outros indivíduos. O fenômeno é observado<br />

quando todos começam a praticar uma<br />

mesma ação, num mesmo sentido.<br />

Todavia, como já falei em outra publicação da<br />

<strong>Revista</strong> Gestão RH (Ed. 132 – 2017), essa condição<br />

em grupos pode se apresentar de duas<br />

formas:<br />

1 – Mente de Colmeia<br />

A mais produtiva, e ótima para a formação e<br />

manutenção de uma grande equipe, é conhecida<br />

como Mente de Colmeia, pela qual o resultado<br />

coletivo é a soma consciente dos resultados<br />

individuais. Por exemplo: o movimento<br />

de “OLA” que é praticado com o erguimento e<br />

extensão dos braços de muitos envolvidos de<br />

forma lúcida e sincronizada, gerando um tipo<br />

visual de onda dentro de um estádio de futebol;<br />

2 – Efeito Manda<br />

A menos produtiva, caótica e deletéria para<br />

qualquer conjunto de indivíduos é chamada de<br />

sincronização via Efeito Manada, que ocorre<br />

quando se começa a fazer o que outros estão fazendo<br />

sem se refletir se aquele comportamento<br />

será bom para o resultado final do grupo.<br />

É o caso de pessoas aglomeradas numa multidão,<br />

onde todos começam a querer se deslocar<br />

abruptamente numa mesma direção, sem<br />

se preocupar com os outros ao redor; assim,<br />

a massa é levada sem controle, e esse tumulto<br />

pode causar graves acidentes, como fortes empurrões,<br />

esmagamentos e até pisoteamentos se<br />

alguém sofrer uma queda.<br />

Fake News<br />

Atualmente uma das maiores ferramentas que<br />

tem sido utilizadas nas redes sociais de forma<br />

capciosa e perigosa é a ativação do Efeito<br />

Manada (EM) através da elaboração de “Fake<br />

News”. Para isso, pessoas publicam notícias<br />

falsas com o intuito de viralizar o conteúdo,<br />

agrupando a manada, o público, e assim direcionando<br />

a opinião do coletivo, o rebanho,<br />

A manada segue seu fluxo sem refletir sobre<br />

aquilo, apenas fazendo porque todo mundo<br />

está fazendo também. Essa técnica, infelizmente,<br />

é usada rotineiramente para denegrir<br />

ou enaltecer a imagem de pessoas, consolidar<br />

ou destruir uma marca, e, principalmente, para<br />

influenciar uma disputa ele<br />

Conjuntos de pessoas no trabalho podem se<br />

tornar uma boa equipe ou um mau grupo. E<br />

a próxima vítima pode ser sua empresa, sua<br />

equipe ou até mesmo você.<br />

Para evitar isso, proponho a reflexão de alguns<br />

exemplos de EM no nosso dia a dia.<br />

Exemplo 1<br />

“Poxa, eu não vou ficar perdendo meu tempo<br />

arrumando isso aqui, sendo que ninguém arruma”<br />

Exemplo 2<br />

Quando você se atrasa um pouco, alguém vem<br />

te cobrar e você logo retruca: “Caramba, um<br />

monte de gente se atrasa e ninguém fala nada,<br />

mas quando é comigo…”<br />

Exemplo 3<br />

“Aqui cada um só pensa no seu, ninguém se<br />

preocupa comigo, então a partir de agora vou<br />

ser assim também, não vou me preocupar com<br />

mais ninguém”<br />

Já aconteceu isso com você? Reconheceu outras<br />

pessoas ou se viu nos exemplos?<br />

Esse tipo de pensamento não é privilégio ex-<br />

10


clusivo seu. Quem faz isso não é a pessoa mais<br />

egoísta e individualista do mundo, simplesmente<br />

está seguindo o coletivo, entrando em<br />

EM. Pensar daquela forma faz sentido em alguns<br />

momentos porque quando olha para o<br />

lado, você observa todos tendo a mesma atitude,<br />

e se torna lógico fazer igual. Mas isso, a<br />

longo prazo, vai se tornar um grave problema<br />

na equipe, podendo ocasionar atrito entre os<br />

membros e diminuição da produtividade.<br />

E se você não tomar cuidado vai começar a trabalhar<br />

errado também! Começará a não arrumar<br />

a mesa porque ninguém arruma, chegar<br />

um pouquinho atrasado porque todo mundo<br />

chega, e parar de ajudar os outros porque ninguém<br />

te ajuda.<br />

Sabe aquela clássica frase: “faz o seu e não se<br />

preocupa com os outros”? É vibração total em<br />

Efeito Manada. Se todos começarem a fazer<br />

isso, o que vai acontecer? Se todos fizerem só o<br />

seu e não se preocuparem com o trabalho dos<br />

outros integrantes da equipe, qual é a chance<br />

de isso dar certo no final? Cuidado para não<br />

cair nessa armadilha.<br />

Existem diversos fatores que podem desencadear<br />

o EM no seu trabalho. Vou citar quatro:<br />

1- Falta de clareza na elaboração da meta:<br />

Quanto menos detalhada for a informação,<br />

quanto maior a falta de planejamento, gerenciamento<br />

e descrição das tarefas, maior a chance<br />

de as pessoas não saberem como conquistar<br />

a meta proposta. Isto pode causar um EM de<br />

paralisia coletiva, na qual ninguém tomará<br />

nenhuma atitude por não existir protocolo definido<br />

para determinadas situações. Ou, pior<br />

ainda, alguém pode ter uma interpretação errônea<br />

do objetivo a ser atingido, e todos começarem<br />

a seguir esse caminho até o ponto que<br />

levará a um abismo sem retorno. Exemplos de<br />

frases típicas desta condição:<br />

“Eu não sabia”, “Ninguém me falou que era assim”,<br />

“Não foi do jeito que me passaram”.<br />

2 – Falta de independência profissional<br />

Quanto mais engessado o sistema, menor a<br />

possibilidade de postura flexível dos colaboradores.<br />

Em alguns setores das empresas, por exemplo,<br />

os funcionários são separados em blocos operacionais<br />

com as funções seguindo uma forte<br />

rotina preestabelecida e a possibilidade de ascensão<br />

restrita.<br />

Isso cerceia no indivíduo a capacidade de criar<br />

novas estratégias de trabalho que beneficiem<br />

a todos, pois ele se enxerga muito limitado.<br />

Nesta condição de falta de flexibilidade profissional,<br />

não demora muito para ativar o EM no<br />

grupo e todos estarem agindo da mesma forma<br />

e se tornando cada vez mais inflexíveis. Exemplos<br />

de frases típicas desta condição:<br />

“Esse trabalho não vai mais dar tempo hoje”,<br />

“Este serviço não sou eu que faço”, “Não posso<br />

te dar certeza se vou conseguir porque não depende<br />

só de mim”.<br />

3 – Falta de diversidade de perfis<br />

Por mais que a filosofia da empresa, missão,<br />

visão e valores já estejam pré-definidas e bem<br />

estabelecidas, a ausência de perfis psicológicos<br />

diferentes e complementares entre indivíduos<br />

da mesma equipe pode fechar o leque de possibilidades,<br />

limitando a criatividade e melhoria<br />

das atividades com poucas formas de análise<br />

de necessidades. Se todos tiverem o mesmo<br />

perfil de afinidades, num curto espaço de tempo<br />

iniciam a sincronização via EM e começam<br />

a ter as mesmas opiniões e atitudes para tudo,<br />

independente da área de atuação, o que pode<br />

causar um grande desequilíbrio na empresa,<br />

inflando demais alguns setores e deixando outros<br />

abandonados. Exemplos de frases típicas<br />

desta condição:<br />

“Não me sinto bem fazendo isso”, “Qual é a<br />

necessidade de termos este setor na empresa?”,<br />

“Vamos deixar este departamento para depois”.<br />

4 – Falta de segurança<br />

Essa é a principal causa de EM na minha opinião.<br />

Uma pessoa insegura, desconfortável<br />

dentro de um grupo, dispara dentro de si o<br />

instinto mais primário de todo ser vivo: a sobrevivência.<br />

E para se proteger dos perigos decorrentes<br />

da falta de confiança ao seu redor, ela<br />

começa a se defender escondendo seus erros e<br />

criando um clima de insatisfação no ambiente<br />

que acaba sendo disseminado entre os outros<br />

membros da equipe; quando se dá conta, todos<br />

estão agindo dessa mesma forma, se autoprotegendo<br />

sem se preocupar com o resultado final,<br />

e assim o EM impera e a produtividade despenca.<br />

Exemplos de frases típicas desta condição:<br />

“Não fui eu!”, “A culpa é sua”, “Isso não vai<br />

ficar assim”.<br />

Por mais que a sincronização via Efeito Manada<br />

por muitas vezes pareça um caminho plausível<br />

para se conquistar um bom resultado, por<br />

ser de fácil assimilação e estar ancorado no argumento<br />

de que todos fazem assim também,<br />

seu uso contínuo pode ser extremamente deletério<br />

em todos os segmentos da vida.<br />

E o primeiro passo para evitá-lo é saber que<br />

existe e como funciona. Desta maneira, quando<br />

você se enxergar nesse caminho, irá perceber<br />

o quão aquilo pode ser prejudicial e buscará<br />

enxergar uma saída para você e sua equipe.<br />

Adriano Simões trabalha com Gestão<br />

de Liderança e Aumento da Produtividade<br />

em Equipe.<br />

É escritor e parceiro da <strong>Revista</strong> Gestão RH e<br />

Blog Quero Mais Tempo de Christian Barbosa,<br />

possui formação em programação neurolinguística<br />

e coaching, dedicando-se aos estudos<br />

na área de Comportamento Coletivo sendo<br />

especialista em Inteligência Coletiva, analisando<br />

padrões e direcionando o perfil dos colaboradores<br />

e líderes para trabalharem melhor<br />

em EQUIPE dentro das necessidades de cada<br />

empresa.<br />

Autor do Livro: Como Construir Seus Sonhos,<br />

também contribui na área da Educação com<br />

um projeto de Mentoria Profissional para adolescentes<br />

deficientes visuais.<br />

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11


BOM MOMENTO PARA O FOODSERVICE NO BRASIL POR: FERNANDO<br />

CARDOSO, HEAD DE FOODSERVICE DA AGR CONSULTORES<br />

Este mercado tem poucas alternativas com<br />

custos vs benefícios adequados para a frequência<br />

de entrega e outros requerimentos básicos<br />

como amplitude e disponibilidade do mix de<br />

categorias, rastreabilidade e conformidade de<br />

refrigeração.<br />

A necessidade é de distribuidores que possam<br />

agregar valor para seus clientes como apoio<br />

para gestão da demanda, mix de produtos fracionados<br />

e serviços de abastecimento.<br />

A entrega cega, suprimento sem conferência<br />

pelo cliente, é realidade em vários países, mas<br />

por aqui ainda não é uma opção considerada.<br />

A expansão da adoção do ecommerce/B2B deverá<br />

agilizar o ciclo dos pedidos e contribuir<br />

para o aumento da eficiência da cadeia de suprimentos.<br />

Outra área de oportunidade na distribuição de<br />

Foodservice é o processamento para agregar<br />

valor a produtos que podem racionalizar operações<br />

e diminuir perdas para os clientes.<br />

Frutas, legumes, verduras, proteínas e outras<br />

categorias podem ser pré-elaboradas ou processadas<br />

em distribuidores especializados.<br />

Poderá haver um incremento no custo do produto,<br />

porem quando executado com eficiência<br />

é compensado por produtividade nos operadores<br />

de restaurantes.<br />

Os benefícios tangíveis são a redução de perdas,<br />

gastos com mão de obra, espaço, utilidades<br />

e tempo de preparo no ponto de venda.<br />

Estamos observando grande movimentação<br />

nos diferentes níveis da cadeia de valor do<br />

Foodservice.<br />

Na ponta, o setor de restaurantes e demais<br />

conceitos de alimentação fora do lar começa<br />

a dar sinais do início de recuperação após um<br />

ciclo de baixo crescimento real (descontando<br />

a inflação) durante 2015 e 2016 e superando<br />

R$200 bilhões em 2017.<br />

Apesar de lento e gradual, operadores de restaurantes<br />

reportam aumento no número de<br />

transações e incremento do ticket médio.<br />

A crise econômica freou o crescimento expressivo<br />

e consistente do setor de alimentação fora<br />

do lar que em 2002 representava 22% do total<br />

de gastos dos consumidores e atingiu 34% em<br />

2014. Estamos estagnados neste patamar. Nos<br />

EUA, o consumo de alimentos fora do lar representou<br />

50% em 2017.<br />

As expectativas são de recuperação e crescimento<br />

consistente da participação da alimentação<br />

fora do lar, impulsionando desta forma<br />

toda a cadeia do Foodservice. A projeção de<br />

crescimento médio anual dos próximos 3 anos<br />

para o mercado de Foodservice é de 5,8% (fonte:<br />

IFB – Instituto Brasileiro de Foodservice),<br />

atingindo R$258 bilhões em 2020.<br />

A recuperação oferece oportunidades que já<br />

estão apresentando as tendências de mudanças<br />

no setor. Entre elas, o aumento de participação<br />

das redes de restaurantes em relação aos<br />

operadores independentes, que hoje representam<br />

em torno de 90% do mercado.<br />

Durante a crise as redes de restaurantes aumentaram<br />

sua participação no mercado e sem<br />

12<br />

dúvidas estarão crescendo com maior agressividade<br />

durante esta fase de recuperação.<br />

Entre os principais mercados globais, o Brasil<br />

se destaca pela diluição de operadores.<br />

A tendência de concentração é inevitável gerando<br />

maior escala e eficiência no setor. Os<br />

operadores independentes manterão a maior<br />

fatia do mercado, mas terão que encontrar diferenciais<br />

para enfrentar a competitividade das<br />

redes.<br />

O elo de logística e distribuição talvez seja o setor<br />

com mais potencial de mudanças no curto<br />

e médio prazo. De todos os elos da cadeia de<br />

valor do Foodservice, logística e distribuição é<br />

onde visualizamos as maiores lacunas em relação<br />

as melhores práticas globais.<br />

Um dos fatores de restrição à excelência neste<br />

segmento é a complexidade e alto impacto<br />

nos custos da estrutura fiscal brasileira. Outros<br />

fatores como infraestrutura, custo do capital e<br />

baixa adoção de tecnologia também contribuíram<br />

para o estágio atual. Fundos de investimentos<br />

e operadores internacionais estão avaliando<br />

oportunidades para investir e expandir<br />

os serviços nesse segmento.<br />

Um caso prático de distribuidor e processador<br />

de carnes apresenta economias de 8% a 10%<br />

no CMV de seus clientes sem contabilizar os<br />

demais benefícios. Nas categorias de FLV os<br />

ganhos no ponto de venda também superam<br />

os 10% quando comparado com compras e<br />

manipulação de produtos in natura no ponto<br />

de venda.<br />

A indústria de alimentos no Brasil esta bem estruturada<br />

e na cadeia de valor do Foodservice<br />

está mais próxima dos padrões internacionais<br />

de eficiência e inovação. Entretanto, acreditamos<br />

que pode melhorar o nível de serviço a<br />

seus clientes. Como historicamente o Foodservice<br />

tem uma participação menor nas vendas,<br />

o foco da indústria de alimentos teve maior<br />

prioridade para o atendimento ao varejo.<br />

Outro fator que tem limitado iniciativas mais<br />

proativas da indústria no canal do Foodservice<br />

é a pulverização deste setor.<br />

Tradicionalmente, a indústria delegou a seus<br />

distribuidores o desenvolvimento e manutenção<br />

do canal Foodservice.<br />

Desta forma, inovações da indústria chegam<br />

mais lentamente e com filtros no ponto de<br />

venda. Estamos acompanhando iniciativas da<br />

indústria para levar sua proposição de valor diretamente<br />

aos operadores de restaurantes, bem<br />

como maior dinamismo de ações em parceria<br />

com distribuidores para fechar a lacuna entre<br />

os elos da cadeia.<br />

As mudanças que aqui abordamos são apenas<br />

uma parte da grande transformação que está<br />

ocorrendo no setor de Foodservice.<br />

Essencial para que estas mudanças gerem resultados<br />

excepcionais é que sejam lideradas e<br />

executadas por talentos bem preparados. Com<br />

o crescimento e a inovação no setor, aumenta


a necessidade de aprimoramento tecnológico e<br />

de métodos de gestão para os profissionais deste<br />

mercado. Novos programas específicos para<br />

gestão no Foodservice, publicações de melhores<br />

práticas e networking de profissionais estão<br />

colaborando para uma formação mais ampla e<br />

sólida de talentos.<br />

Consultorias especializadas também contribuem<br />

para que as organizações nos diferentes<br />

elos da cadeia de valor possam operar com<br />

maior integração e eficiência.<br />

A divisão de Foodservice da AGR Consultores<br />

tem participado desta transformação com vários<br />

casos de sucesso. Entre em contato que teremos<br />

muito prazer em compartilhar e apoiá-<br />

-lo nesta jornada de mudanças no Foodservice.<br />

Fernando Cardoso, head de Foodservice da<br />

AGR Consultores compõe seu time de trabalho<br />

com uma equipe própria formada por<br />

profissionais experientes que já atuaram em<br />

funções executivas de grandes empresas do<br />

mercado, em suas áreas de expertise.<br />

13


NOSSO FUTURO COM ROBÔS INTELIGENTES JÁ COMEÇOU. E ISSO É<br />

ÓTIMO! POR: LUIZ ALEXANDRE CASTANHA É DIRETOR GERAL DA TE-<br />

LEFÔNICA EDUCAÇÃO DIGITAL – BRASIL<br />

Na educação, também vejo com bons olhos<br />

a participação de bots, algoritmos e as outras<br />

novas tecnologias. A Inteligência Artificial e os<br />

robôs vão revolucionar desde a alfabetização<br />

básica até o ensino superior, sem esquecer, é<br />

claro, da educação corporativa.<br />

Imagine se cada um de nós tiver um robô que<br />

possa ajudar a conduzir os estudos?<br />

Em um piscar de olhos, ele poderia apresentar<br />

pesquisas, calcular probabilidades, montar<br />

protótipos, cruzar dados, etc. São muitas possibilidades!<br />

As experiências de aprendizagem<br />

serão, com certeza, muito mais enriquecedoras<br />

e divertidas no futuro.<br />

Antigamente, os robôs eram valorizados porque<br />

podiam fazer um trabalho pesado muito<br />

melhor e mais rápido do que um ser humano.<br />

A grande diferença é que hoje esses mesmos<br />

robôs podem aprender a pensar cada vez mais<br />

como um humano, aprendendo a tomar as melhores<br />

decisões e transformando nosso bom e<br />

velho “feeling” em dados reais e tangíveis.<br />

Há pouco tempo, vi um vídeo do Will Smith<br />

tentando flertar com a robô Sophia.<br />

Eles estavam nas Ilhas Cayman, com uma paisagem<br />

fantástica, digna de filme de Hollywood.<br />

Will serviu espumante, disse algumas frases<br />

românticas, olhou nos olhos dela e tentou um<br />

beijo. O resultado? Sophia ficou olhando para<br />

ele com uma feição desconcertada e ofereceu<br />

para, no máximo, incluí-lo na lista de amigos<br />

dela. Will Smith acabou na friendzone de um<br />

robô.<br />

Para quem não conhece, a Sophia é um robô<br />

desenvolvido pela empresa Hanson Robotics.<br />

Com mais de 62 expressões faciais, ela é apontada<br />

atualmente como a andróide de inteligência<br />

artificial mais avançada do mundo.<br />

Em outubro de 2017, Sophia fez história sendo<br />

apresentada para a Organização das Nações<br />

Unidas e, no dia 25 de outubro, recebeu<br />

a cidadania da Arábia Saudita, tornando-se o<br />

primeiro robô a ter uma nacionalidade. Além<br />

disso, Sophia apareceu em diversos sites e programas<br />

de TV e virou, inclusive, capa de uma<br />

famosa revista de moda brasileira.<br />

Desde que assisti ao vídeo dela com o Will<br />

Smith, fiquei perturbado. Ou melhor, inquieto.<br />

Uma coisa é você assistir “Blade Runner – O<br />

Caçador de Andróides”, ou ver o próprio “Eu,<br />

Robô” do Will Smith. Você está confortavelmente<br />

sentado no seu sofá e pensa:<br />

“Bom, é só um filme. Pura ficção!”. Mas ao ver<br />

Sophia enfrentando uma plateia, participando<br />

de debates e comprovadamente aprendendo a<br />

cada interação… Bom, isso é um pouco desconcertante.<br />

Por um lado, você já começa a pensar em como<br />

os robôs realmente vão dominar o mundo do<br />

trabalho, já que trabalham 24 horas, sete dias<br />

por semana sem necessidade de descanso, estão<br />

sempre de bom humor, não ficam doentes,<br />

etc. Mas eu, pessoalmente, prefiro olhar esse<br />

novo mundo pelo lado positivo.<br />

Um bom exemplo é o fato dos algoritmos e<br />

robôs já serem capazes de identificar e tratar<br />

diversos tipos de câncer, com habilidades que<br />

seriam impossíveis para um grupo de médicos<br />

humanos.<br />

Hoje mesmo, quase sem perceber, usei os serviços<br />

de vários bots e seus algoritmos.<br />

O primeiro me recomendou um livro e um tênis<br />

esportivo. De fato, estou precisando mesmo<br />

me exercitar… Depois, eu precisava fazer uma<br />

visita, então utilizei um serviço de táxi que<br />

usou um algoritmo para localizar o motorista<br />

mais próximo e outro algoritmo para conseguir<br />

traçar a rota mais rápida para o destino.<br />

Mal comecei meu dia e mais de cinco algoritmos<br />

já foram utilizados ativamente. Fora os<br />

que nos monitoram e nós nem ficamos sabendo…<br />

]<br />

Novas tecnologias e a Educação<br />

Certamente teremos muitas questões a serem<br />

debatidas, como qual o limite da utilização de<br />

um robô e suas questões éticas. Para que criaremos<br />

um robô:<br />

para a paz ou para a guerra?<br />

E os robôs autônomos, quem seria o responsável<br />

em caso de acidentes? Mas apesar de tudo<br />

isso, é fato que também viveremos um tempo<br />

muito interessante.<br />

Ainda estamos engatinhando. A Sophia, que<br />

é o exemplar mais avançado de robôs autônomos,<br />

não entendeu quando Will Smith esticou<br />

o braço e lhe ofereceu uma taça de espumante.<br />

Ela provavelmente não se deu conta daquele<br />

gesto, culturalmente tão natural para um ser<br />

humano. Mesmo com toda a tecnologia, ela<br />

ainda não sabe diferenciar o sabor de uma pizza<br />

napolitana ao uma de quatro queijos.<br />

Mas acredito que tudo está no caminho para o<br />

bem, pelo menos é o que eu espero.<br />

E você:<br />

já imaginou para que você gostaria de ter o<br />

seu próprio robô ou assistente pessoal? Muito<br />

em breve eles estarão caminhando entre nós,<br />

provavelmente passando despercebidos.<br />

Agora vou para casa para treinar meu robot..<br />

Luiz Alexandre Castanha é diretor geral da Telefônica<br />

Educação Digital – Brasil e especialista<br />

em Gestão de Conhecimento e Tecnologias<br />

Educacionais.<br />

Mais informações em<br />

https://alexandrecastanha.wordpress.com<br />

15


#3 MAIORES LIÇÕES DE LUTADORES E EMPREENDEDORES QUE SABEM<br />

RECOMEÇAR. POR: BRUNO PERIN – EMPREENDEDOR SÓCIO EM<br />

3 STARTUPS E 2 EMPRESA NO RAMO DE COMUNICAÇÃO, INVESTIDOR,<br />

PALESTRANTE E ESCRITOR<br />

importante você entender que tudo aquilo<br />

que você deseja criar é arriscado, mas o<br />

É<br />

maior risco se esconde na escolha de permanecer<br />

onde está. O mundo está em movimento<br />

constante… As pessoas, as ideias, tudo seguindo<br />

o ritmo do sistema solar e nada disso vai<br />

parar pra esperar você tomar uma decisão. E se<br />

nada vai parar, não é possível que você ainda<br />

acredite que tudo vai ficar bem se decidir ficar<br />

na mesma condição.<br />

Quando você percebe que tudo é arriscado, entende<br />

que em todo risco é possível que se negócio<br />

dê certo ou errado.<br />

É assim que funcionam as coisas e não precisa<br />

entrar em colapso ou desespero por essa questão.<br />

Saiba que muitas vezes você realmente vai sofrer<br />

uma grande queda, mas isso não é o fim<br />

do mundo.<br />

O fim é apenas a morte, o resto é recomeço.<br />

O fim é apenas um “marco zero” que permite<br />

você sair de um ciclo e iniciar outro novinho e<br />

diferente. A partir do novo ponto de partida,<br />

da nova chance, de um recomeço você cria e<br />

vivencia momentos mais marcantes tanto no<br />

seu desenvolvimento pessoal, quanto na estrada<br />

profissional.<br />

São novas adaptações que chegam. Novas conexões,<br />

novas ideias, novos aprendizados, novas<br />

possibilidades… E isso não parece de todo<br />

ruim, não é mesmo?!<br />

Grandes lutadores de boxe e MMA sempre<br />

afirmaram que o importante não é saber bater,<br />

mas que em primeiro lugar você precisa saber<br />

apanhar, levantar e seguir adiante!<br />

No Empreendedorismo de Alto Impacto (Startups)<br />

funciona da mesma forma, ter essa compreensão<br />

é fundamental para grandes saltos.<br />

Pare um pouco e pense comigo, pense na história<br />

dos seus ídolos e procure lembrar do legado<br />

que, assim como você, eles também estão<br />

construindo. Com toda certeza cada um deles<br />

tiveram quedas muito fortes e no fim das contas<br />

se fortaleceram positivamente com isso!<br />

Concorda que isso trouxe uma nova visão de<br />

ciclos, fluxos e reinícios?<br />

E o que de fato podemos aprender sobre se reerguer<br />

com empreendedores e lutadores:<br />

#1 MOTIVOS REAIS<br />

Pense numa porrada bem dada: Simplesmente<br />

você tomou ela de graça, não há nada em jogo<br />

e apenas aconteceu isso por uma imprudência.<br />

Qual seria a diferença dela em relação a você<br />

estar defendendo o seu país nas olimpíadas e<br />

ser o primeiro ouro na história da categoria?<br />

Qual a diferença de ver que o empreendimento<br />

está dando errado, sabendo que você nem estava<br />

esperando muito dele?<br />

Muitas pessoas estão ansiosas em ver tudo<br />

acontecer, sua motivação vai ajudá-las imensamente<br />

e um sonho antigo seu fica mais perto<br />

de se tornar real.<br />

O motivo que vale a pena se levantar para voltar<br />

pra batalha está por trás da sua maior inspiração.<br />

Existem lutadores mais brilhantes tecnicamente<br />

que seguidamente perdem para outros, que<br />

aparecem com mais sangue nos olhos… E ambos<br />

apanham, porém aquele com motivos mais<br />

sinceros segue o jogo e vence!<br />

#2 OLHAM PARA A HISTÓRIA<br />

Quando a situação está feia, seja porque a ideia<br />

não está avançando legal ou de a luta exigir<br />

muito desempenho físico, aquele desejo de jogar<br />

a toalha se torna forte.<br />

Por isso, não se assuste, isso acontece com todos<br />

nós. A diferença é que os verdadeiros campeões<br />

pensam na história, e ninguém quer ser<br />

lembrado pela sua desistência, e sim por mais<br />

uma grande reviravolta na sua própria trajetória.<br />

A questão é que muitas vezes surge àquela vontade<br />

de parar, acontece devido a um grande<br />

incomodo que nos impede de enxergar lá na<br />

frente, vislumbrando o passado e falando com<br />

orgulho das atitudes que tomamos, não mais<br />

como uma justificativa e pena.<br />

#3 NEM TUDO ESTÁ RUIM E POR ISSO É<br />

POSSÍVEL AVANÇAR<br />

Para quem está por baixo o pensamento negativo<br />

vem tão rápido quanto mosca em sobra de<br />

churrasco, não tem como evitar.<br />

A questão é deixa-lo tomar conta e assumir<br />

responsabilidade de tudo. Quem sabe como se<br />

reerguer, entende que por estar ali naquele instante,<br />

muitos acertos aconteceram, então não<br />

existe só o lado ruim.<br />

Esses lutadores e empreendedores conseguem<br />

colocar suas crenças nos acertos, mesmo que<br />

não sejam tanto, mas de uma forma que seja<br />

possível lembrar-se do seu potencial e alimentam<br />

sua autoconfiança. Assim podem se reerguer<br />

e começar a encarar novamente sua jornada<br />

passo-a-passo.<br />

A CERTEZA É – VOCÊ VAI CAIR!<br />

A DÚVIDA É – VOCÊ ESTÁ PRONTO<br />

PARA SE LEVANTAR?<br />

Bruno Perin – Empreendedor sócio em 3 Startups<br />

e 2 empresa no ramo de comunicação,<br />

investidor, palestrante e escritor, graduado em<br />

Administração pela UFSM e integra o grupo<br />

dos 200 maiores talentos brasileiros, segundo o<br />

Virtvs Group. Palestrante influente no Brasil e<br />

no mundo inteiro, Perin é considerado um dos<br />

grandes fomentadores do empreendedorismo,<br />

inovação de alto impacto e disseminação do<br />

conceito de Startup no país. Além disso, atua<br />

como colunista em 13 blogs e sites com conteúdos<br />

que já atingiram aproximadamente 16<br />

milhões de visualizações nos últimos três anos,<br />

tornando-o um dos articulistas de maior presença<br />

digital no país.<br />

• Segundo o Conselho Latino Americano de<br />

Administração, Perin é uma das principais referências<br />

em empreendedorismo e inovação na<br />

America Latina;<br />

• Primeiro brasileiro a participar de um dos<br />

maiores projetos de empreendedorismo do<br />

mundo, realizado por Tony Hiesh, em Las Vegas;<br />

• Entre os professores de MBA mais bem avaliados<br />

do país;<br />

• Seu terceiro livro – Sem Dinheiro: Como<br />

construir uma Startup com pouca grana – Foi<br />

recomendado por 3 referências globais de empreendedorismo;<br />

• Autor do livro A Revolução das Startups, um<br />

dos mais vendidos sobre o assunto no Brasil;<br />

• Autor do e-book Os 15 maiores erros de novos<br />

empreendedores, atingindo o primeiro lugar<br />

na Amazon em apenas 12 horas.<br />

Um cara despojado e com ideias extremamente<br />

influentes no mundo dos negócios, Bruno<br />

Perin continua surpreendendo plateias e leitores<br />

com o seu estilo Free LifeStyle.<br />

17


A EXPRESSÃO E CONCEITO “UBER” ESTÁ SE ALASTRANDO PARA<br />

VÁRIOS SEGMENTOS DO MERCADO, IMPACTANDO A ECONOMIA E TAMBÉM<br />

PROVOCANDO UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO NO<br />

MERCADO DE TRABALHO.<br />

POR: Renato Bernhoeft – Fundador e Presidente do Conselho de Sócios da höft consultoria<br />

Prossegue dizendo que “se torna uma conta na<br />

qual cada empresa que contrata pessoal temporário<br />

vai precisar depositar uma quantia relativa<br />

à quantidade de horas de serviços prestados.<br />

Esse tipo de seguro individual, portátil, é o<br />

que se pode chamar de seguro universal.<br />

Cada trabalhador o usa, para ter acesso aos benefícios<br />

que teria direito, caso fosse contratado<br />

regularmente.”<br />

Estudos bem atuais já mostram que muitas<br />

fábricas de automóveis nos Estados Unidos já<br />

contratam sua mão de obra, de forma temporária.<br />

Este índice chega a 50% dos empregados<br />

na maioria das empresas.<br />

Embora realizem as mesmas tarefas dos regularmente<br />

contratados, e cumpram jornada similar,<br />

recebem a metade do salário e não tem<br />

nenhum benefício social.<br />

Segundo Steven Hill, a “uberização” da economia<br />

“vai ampliar o número de empresas que<br />

utilizam plataformas digitais para contratar e<br />

demitir, facilmente, a mão de obra.<br />

As empresas querem uma mão de obra que<br />

possam ligar e desligar da mesma forma que<br />

fazem com a TV.<br />

Isso acaba com a dimensão social do mercado<br />

de trabalho e destrói a relação do empregado<br />

com o empregador”.<br />

Estas são algumas das questões que já devem<br />

fazer parte das agendas de governos, sindicatos,<br />

programas previdenciários e todos aqueles<br />

com alguma responsabilidade com o futuro do<br />

mercado de trabalho.<br />

Também empresários e profissionais de Recursos<br />

Humanos devem se debruçar sobre o tema.<br />

Entre as várias nomenclaturas utilizadas no<br />

universo laboral, ao longo dos séculos XX<br />

e XXI, algumas deverão sofrer alterações substanciais.<br />

Expressões tais como empregabilidade, vínculo<br />

trabalhista, previdência, aposentadoria, renda<br />

vitalícia, férias, jornada de trabalho, identidade<br />

corporativa etc. precisarão ser revistas à<br />

luz dos impactos do que tem sido chamado de<br />

“uber-economia”.<br />

Pelo menos é o que já podemos antecipar considerando<br />

as conclusões, e provocações, do<br />

pesquisador Steven Hill, especialista em crescimento<br />

econômico da New America Foundation,<br />

dos Estados Unidos.<br />

Em seu livro “Raw Deal”, ele alerta para os riscos<br />

do que ele chama de “precarização do trabalho”.<br />

Pessoas desempregadas, ou aqueles que desejam<br />

ampliar sua renda, especialmente em<br />

economias em crise, como é o nosso caso, trabalhar<br />

como motorista do Uber pode ser uma<br />

18<br />

forma de obter uma renda adicional.<br />

“Mas esse trabalhador não terá benefícios trabalhistas<br />

como seguro desemprego, plano de<br />

saúde ou abono salarial”, alerta ele.<br />

Sua proposta é a de criar um Plano de Seguro<br />

Universal que garanta benefícios tanto para<br />

trabalhadores temporários como freelancers.<br />

Desta forma quem presta serviços para mais<br />

de uma empresa, ao mesmo tempo, teria benefícios<br />

de forma proporcional ao número de<br />

horas trabalhadas em cada emprego.<br />

Sua proposta aos responsáveis pelas políticas<br />

públicas, nos mais diferentes países, é de que<br />

“a criação de um Plano de Seguro Individual<br />

(Individual Security Account) para todos os<br />

trabalhadores, pode equacionar esta alteração<br />

nos vínculos trabalhistas.”<br />

Além, é claro, de todos aqueles que estão atentos<br />

às suas carreiras.<br />

Sejam os atuais trabalhadores como também o<br />

que ainda se preparam para ingressar no mercado.<br />

Renato Bernhoeft – Fundador e Presidente do<br />

Conselho de Sócios da höft consultoria. Atua<br />

como consultor e palestrante no Brasil e no exterior.<br />

É articulista e autor de 16 livros sobre<br />

empresas familiares, sociedades empresariais e<br />

qualidade de vida. Cursou filosofia na Faculdade<br />

Anglicana de Teologia, em São Paulo.<br />

Trabalhou por sete anos em projetos de desenvolvimento<br />

comunitário da Organização das<br />

Nações Unidas para a educação, a ciência e a<br />

cultura (Unesco) no México e no Peru. Coordenou<br />

a área de recursos humanos nas empresas<br />

Kibon, DOW Química e Villares.


19


DRIBLAR A CRISE? POR: LUIZ AFFONSO ROMANO É CONSULTOR,<br />

COACH DE CONSULTORES, PROFESSOR DOS CURSOS DE<br />

DESENVOLVIMENTO DE CONSULTORES<br />

Já para os jovens, no início, as referências não<br />

são mais os pais, por os verem ansiosos com<br />

a provável perda do emprego ou já desempregados.<br />

Almejam escolher por determinados<br />

períodos.<br />

Para os que ora vem ao mundo a atividade que<br />

exercerão sequer existe.<br />

Luiz Affonso Romano é consultor, coach de<br />

Consultores, professor dos cursos de Desenvolvimento<br />

de Consultores, coordenador do<br />

Perfil da Consultoria no Brasil 2014/15/ 16/17<br />

e presidente da ABCO Associação Brasileira de<br />

Consultores<br />

Driblar é para craques como Garrincha,<br />

Pelé, Maradona, Messi… que se livravam<br />

rapidamente de um marcador e de outros que<br />

vinham em socorro e, igualmente, também<br />

driblados. Craques!<br />

Para os mortais, como nós, há de haver análise<br />

e interpretação das mudanças, das crises por<br />

virem, a fim de preservar e otimizar os nossos<br />

ativos ( competências, integridade, network…)<br />

e colocá-los a serviço da autoria da própria<br />

vida e trabalho, para não terem a vida de Sísifo<br />

fazendo o que não gostava, numa rotina<br />

enfadonha e, por tal, estressante. Evidência de<br />

amadurecimento.<br />

Não é de hoje que há crise- (i) política, (ii) econômica,<br />

(iii) éticas, políticas e econômicas. As<br />

originadas lá fora como a de 2008, da Segunda<br />

Guerra, dos choques externos (alta do preço<br />

do petróleo e dos juros), queda do preço do<br />

petróleo…e as geradas por nós mesmos- por<br />

ação ou por omissão, no país:<br />

ditadura varguista, deposição, eleição e suicido<br />

de Vargas, renúncia de Jânio Quadros,<br />

deposição de João Goulart, inflação galopante,<br />

ditadura, inflação reprimida e escondida,<br />

moratória, redemocratização, 84% ao mês de<br />

inflação, impeachment do primeiro presidente<br />

eleito, pós-60, impeachment 2, caça aos atuais<br />

corruptos e aos privilégios, mordomias, dependência<br />

de commodities…<br />

Contudo o grande desafio é conviver com as<br />

novas crises, originadas pela automação, que<br />

são irrepetíveis:<br />

avalanche de informações, precoce envelhecimento<br />

dos conhecimentos, encolhimento<br />

constante do mercado de trabalho, acompanhada<br />

da globalização, que também enseja<br />

concentração de negócios ora num país ora<br />

noutro, sem, no entanto, repetir o livre tráfego<br />

com pessoas. Há, então, que se preparar constante<br />

e interruptamente para trabalhos independentes<br />

e formatação de parcerias interconectando<br />

saberes.<br />

Adultos- homens e mulheres- compreendem<br />

que os títulos formais, os cursos longos, carregados<br />

de chancelas- formando para um mundo<br />

que não existe-, marcas consagradas no<br />

passado, carecem de reexame, e preparam-se<br />

para viver ativamente mais, e melhores anos,<br />

buscando zelosamente equipararem-se para<br />

dobrar o tempo de trabalho, porém prazeroso<br />

e profícuo, exprimindo vigor mental e físico.<br />

Os novos adultos estão cientes que não haverá<br />

mais emprego abundante nem tudo será na<br />

mesma sequência, previsível só o imprevisível,<br />

sem esquecer que viverão até os 85/90.<br />

Não imputarão a culpa aos governos, ao mercado,<br />

aos RHs, pois as mudanças e crises são<br />

sempre bruscas e, agora, constantes e implacáveis<br />

com os que não têm as rédeas da vida e do<br />

trabalho nas próprias mãos.<br />

20


21


PORQUE EXISTIMOS POR: DIMITRIOS ASVESTAS MENTOR HOLÍSTICO-<br />

SISTÊMICO<br />

e assim viver uma Vida com Sentido.<br />

Entendermos que a Vida só tem sentido para<br />

cada um de nós se estivermos vivendo e exercitando<br />

nossa própria missão, nosso próprio<br />

caminhar. Enquanto estivermos vivendo para<br />

provar para alguém que somos capazes, ou que<br />

temos potencial, ou que estou estudando me<br />

formando para alegrar ou agradar familiares, a<br />

vida será um imenso Buraco Negro no espaço<br />

vazio da própria existência.<br />

Tenho observado muitos jovens em inicio de<br />

estudos na faculdade que estão totalmente perdidos<br />

em relação a que caminho seguir.<br />

Como podemos seguir um caminho se ao menos<br />

sabemos o que viemos resolver por aqui.<br />

Nesse sentido o Despertar do Conhecimento<br />

através da Numerologia Kaballística, vem no<br />

direção de nos ajudar a entender e relembrar a<br />

nossa Missão de Alma.<br />

Então, tomamos posse desse conhecimento e<br />

se torna mais fácil encontrar sentido na Vida e<br />

vive-la na direção de nossos próprios objetivos<br />

interiores.<br />

Tenho observado muitas pessoas nos últimos<br />

tempos a se questionarem:<br />

• Qual a razão de nossa existência?<br />

• Porque trabalhamos tanto?<br />

• Onde vamos chegar com tudo isso?<br />

• Porque correr tanto?<br />

• Tanta competitividade?<br />

• Qual resultado de tudo isso, se entendermos<br />

que caixão não tem gaveta?<br />

• Será que temos alguma missão por aqui?<br />

• Porque as pessoas andam tão doentes física e<br />

emocionalmente?<br />

• Afinal estamos correndo tanto, atras do que?<br />

Para que?<br />

Em minhas palestras, treinamentos em empresas,<br />

atendimento como Coach, Mentor Holístico-Sistêmico<br />

e estudos em Numerologia<br />

Kaballística, tenho observado que as pessoas<br />

tem um enorme sentimento de vazio interior,<br />

um algo que esta sempre faltando por mais que<br />

estejamos buscando suprir através do Ter.<br />

Tenho observado que em alguns casos, quanto<br />

mais algumas pessoas tem, maior é esse vazio<br />

que existe em seu vida.<br />

Caso você leitor, esteja de alguma maneira se<br />

sentido assim, bem vindo ao Mundo Real Atual.<br />

Essa busca constante das pessoas por uma razão<br />

de viver, por descobrir a própria missão ou<br />

propósito de Vida, eu diria melhor, nossa Missão<br />

de Alma, tem levado muitos ao Despertar<br />

de um novo olhar para a própria vida.<br />

Com toda certeza estamos aqui cada um de<br />

nós para resolvermos nossas pendências mal<br />

resolvidas em “Momentos Passados”.<br />

A dificuldade reside em despertarmos nossa<br />

consciência para a nossa própria razão de existir.<br />

Cada um de nós é dotado de habilidades e talentos<br />

únicos, os quais nos capacitam para desempenharmos<br />

nosso real papel nessa existência<br />

e assim resolvermos as nossas “DP’s”, assim<br />

como numa faculdade. Precisamos resolver e<br />

passar nas “matérias pendentes” para assim<br />

conseguirmos o diploma, o canudo, e em relação<br />

à vida poderíamos então dizer, conquistar<br />

a tão sonhada “Vida Eterna”.<br />

Porém como descobrir afinal, o porque estamos<br />

aqui e passando pelo que estamos passando?<br />

Nossos desafios, adversidades, doenças,<br />

dificuldades, problemas financeiros, familiares,<br />

de relacionamento, etc… etc… etc… Tudo<br />

que permeia nosso dia-a-dia, tem intrínseco<br />

um aprendizado, uma lição, algo a ser decodificado,<br />

aprendido, para que assim possamos<br />

“Ascender”, mudar e assim crescer. Diria se elevar<br />

a uma “oitava acima” na escala de evolução<br />

e crescimento espiritual.<br />

Afinal, não somos humanos mas sim Seres Espirituais<br />

vivendo uma experiencia Humana,<br />

para nosso desenvolvimento.<br />

O conhecimento e estudos profundos através<br />

dos ensinamentos da Kaballah, podemos então<br />

iniciar a descoberta de nossa Missão de Alma,<br />

Viver uma vida plena, sem ter que provar nada<br />

a ninguém, ou muitos que vivem uma vida<br />

de “Status” – Comprar o que não precisamos,<br />

com recursos que não temos, para impressionar<br />

aqueles que não gostamos”, isso nos torna<br />

medíocres em nosso caminhar pela vida.<br />

A Mensagem que desejo deixar e compartilhar<br />

com Você leitor que me deu a honra de<br />

seu tempo lendo esse breve artigo, é que reflita<br />

sobre a vida, sobre o que esta fazendo de<br />

sua existência na direção de seu Propósito de<br />

Alma. Conte Comigo nessa jornada. Estamos<br />

por aqui para Servir.<br />

Gratidão – Namastê<br />

Dimitrios Asvestas – Mentor Holístico-Sistêmico<br />

11 95910-1587 www.dimitrios.com.br dimitrios@thormentoria.com.br<br />

23


AUTOMAÇÃO E DESEMPREGO: COMO RESOLVER ESSA QUESTÃO?<br />

POR: FABRÍCIO VENDICHETIS MARTINS, CEO DA INDIGOSOFT<br />

STARTUP QUE OFERECE SOLUÇÕES DE AUTOMAÇÃO DIGITAL<br />

Com uma visão mais pessimista, Martin Ford<br />

(autor do livro “Rise of the Robots”) acredita<br />

que o mundo está prestes a enfrentar um período<br />

de desemprego em massa, causando um<br />

colapso financeiro.<br />

Uma solução possível seria a criação de um<br />

salário mínimo social, medida já estudada por<br />

países como Finlândia e Holanda.<br />

As mudanças na forma como trabalhamos e<br />

produzimos nossas riquezas são irreversíveis.<br />

Nossa economia mudou e a sociedade deve<br />

passar por tempos complicados por causa disso.<br />

Não existe uma fórmula pronta para resolvermos<br />

essa equação, pois o momento ainda<br />

é novo. A tecnologia certamente já alterou a<br />

forma como muitos empregos funcionam, chegando<br />

a eliminar algumas funções, mas medidas<br />

efetivas precisam ser tomadas por nossos<br />

governantes. A questão social afeta toda a população<br />

e infelizmente não vejo uma ação real<br />

sendo executada.<br />

É preciso tomar uma atitude agora para ao menos<br />

amenizar as preocupantes consequências<br />

dessa eliminação em massa de empregos.<br />

Seu emprego está seguro? Provavelmente<br />

não. A automação e o desenvolvimento de<br />

novas tecnologias têm transformado o mundo<br />

do trabalho. E está difícil prever quem estará<br />

ou não empregado no futuro.<br />

De um lado, alguns especialistas defendem<br />

que novos empregos vão começar a surgir. Do<br />

outro, temos previsões nada amigáveis para os<br />

trabalhadores.<br />

Um estudo realizado pela Universidade de Oxford<br />

aponta que 63,9% dos empregos no mundo<br />

estão ameaçados pelas novas tecnologias.<br />

Segundo a Organização para a Cooperação e<br />

Desenvolvimento Econômico (OCDE), esse<br />

número é 57%. De acordo com a consultoria<br />

McKinsey, até 2030, 15,7 milhões de trabalhadores<br />

serão afetados pela automação, e isso<br />

apenas no Brasil.<br />

Países que tem a indústria como seu principal<br />

negócio serão os mais atingidos. Na Etiópia,<br />

85% dos empregos correm o risco de desaparecer;<br />

na China, 77%. Em contrapartida, no<br />

Reino Unido o número é de 35%.<br />

Os dados são da pesquisa da Universidade de<br />

Oxford. A explicação é simples: as indústrias já<br />

estão passando por um amplo processo de au-<br />

tomação, com robôs operários dominando as<br />

linhas de produção. Desde 2010, o número de<br />

robôs industriais cresce 9% ao ano no mundo,<br />

segundo a Organização Internacional do Trabalho<br />

(OIT).<br />

Frear a automação não é uma opção viável,<br />

pois ela gera economia para as organizações e,<br />

consequentemente, mais riqueza para os países.<br />

E qual empresa não sonha em dobrar sua<br />

produção sem aumentar o investimento? Os<br />

efeitos sociais, como o possível crescimento do<br />

desemprego, não são vistos como um problema<br />

imediato.<br />

Não podemos impedir a nossa sociedade de<br />

evoluir, mas qual o real custo da automação?<br />

Devemos tratá-la como algo inevitável – quase<br />

uma “seleção natural” – ou podemos interferir<br />

no seu curso?<br />

O fundador da Microsoft Bill Gates, famoso<br />

por defender causas sociais, assustou muitos<br />

empresários ao defender a criação de um imposto<br />

para robôs.<br />

A ideia era taxar a automação de forma diferenciada<br />

para criar um fundo social de ajuda<br />

para os trabalhadores que perderam suas funções<br />

para as máquinas.<br />

Para se ter uma ideia da gravidade da situação,<br />

o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts)<br />

lançou em março do ano passado um desafio<br />

global para o desenvolvimento de ações<br />

de estímulo à criação de empregos. Quem conseguir<br />

desvendar essa charada leva para casa<br />

um prêmio de mais de US$ 1 milhão. Não vejo<br />

nossos governantes com este nível de preocupação.<br />

Apesar do aumento da riqueza do país, como<br />

um todo, grande parcela da população corre o<br />

risco de aumentar os números da pobreza no<br />

Brasil. Essa não é uma realidade exclusivamente<br />

verde e amarela, mas precisamos enxergar<br />

nossa realidade e começar a cobrar medidas de<br />

nossos governantes.<br />

A automação é um avanço tecnológico extremamente<br />

positivo, mas jamais podemos nos<br />

esquecer de suas sérias consequências sociais.<br />

Fabrício Vendichetis Martins, CEO da Indigosoft<br />

– startup que oferece soluções de automação<br />

digital, focadas em simplificar o trabalho<br />

diário de empresas de todos os segmentos,<br />

além de consultoria especializada. Mais informações<br />

em:<br />

http://www.indigosoft.tech<br />

24


Entrevista de Artur Grynbaum , Presidente do Grupo O Boticário<br />

A modernização da empresa passando de<br />

mono para multicanal de vendas e também de<br />

relacionamento com os consumidores, que antes<br />

se concentrava na loja e na CRC (Central<br />

de Relacionamento com o Consumidor) e hoje<br />

conta com o reforço e a velocidade da tecnologia<br />

por meio da nossa plataforma de fidelidade,<br />

além dos nossos canais nas redes sociais. Essas<br />

são conquistas que todos os times comemoram<br />

com o orgulho de ter realizado sem deixar<br />

de lado a preocupação a sustentabilidade e a<br />

preservação dos recursos naturais, adotando<br />

iniciativas como o recolhimento e a destinação<br />

correta das embalagens pós consumo entre<br />

tantas outras que visam fazer o melhor com o<br />

menor impacto no planeta.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> - Em sua opinião, quais<br />

são as principais características, habilidades e<br />

atitudes de um verdadeiro líder?<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> - Conte um pouco sobre<br />

sua trajetória profissional fora e dentro do grupo<br />

O Boticário?<br />

Artur Grynbaum - Minha formação acadêmica<br />

é em Administração e Economia<br />

pela Faculdade de Administração de Empresas<br />

(FAE), com Pós-Graduação em Finanças pelo<br />

IBMEC. Iniciei em O Boticário em 1986 como<br />

assistente financeiro e passei pelos cargos de<br />

assessor de diretoria, diretor financeiro, diretor<br />

comercial e vice-presidente.<br />

Assumi a presidência de O Boticário em 2008 e<br />

em 2010 fundamos o Grupo Boticário que em<br />

dois anos lançou no mercado as marcas Eudora,<br />

quem disse, berenice?<br />

e The Beauty Box, unidades que hoje compõem<br />

o Grupo com O Boticário. Em 2017, agregamos<br />

a Multi B ao Grupo, referência em canais<br />

de farmácias e lojas multimarcas, trazendo a<br />

distribuição de algumas marcas proprietárias<br />

do Grupo, além de marcas importadas – como<br />

Australian Gold, Revlon, Bio-Oil, Lee Stafford,<br />

Nuxe Paris e Salvador Dali . E, neste ano, anunciamos<br />

a compra da Vult, marca com forte atuação<br />

lojas multimarcas e farmácias .<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> - O que o senhor faz para<br />

preservar os valores éticos, a transparência, a<br />

responsabilidade social e a governança no seu<br />

dia a dia como CEO?<br />

Artur Grynbaum - Eu tive duas grandes escolas<br />

profissionais. A primeira foi o comércio<br />

da família.<br />

Aprendi muito sobre varejo e sobre a impor-<br />

tância da relação com os clientes.<br />

Como era um negócio pequeno e familiar, os<br />

valores aplicados na empresa eram os mesmo<br />

que meus pais me passavam dentro de casa.<br />

Depois fui para O Boticário, onde alógica era<br />

a mesma.<br />

O Miguel Krigsner (fundador de O Boticário<br />

e presidente do Conselho de administração<br />

do Grupo Boticário) construiu a empresa com<br />

base no respeito às relações com as pessoas, os<br />

parceiros, o meio ambiente e a sociedade. Esses<br />

valores são praticados todos os dias pelos<br />

nossos colaboradores, fornecedores, parceiros<br />

da rede franqueada e transmitidos à sociedade.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> - Como líder no Grupo<br />

Boticário, quais foram suas principais realizações?<br />

Artur Grynbaum - A liderança no Grupo Boticário<br />

é balizada pela cooperação. Somos um<br />

time de líderes coesos e integrados que trabalha<br />

as estratégias com foco em toda a cadeia de<br />

valor, buscando sempre as melhores soluções.<br />

este contexto, as realizações profissionais individuais<br />

se misturam com as realizações de toda<br />

a companhia.<br />

Cada um dos nossos dez mil colaboradores<br />

diretos tem o orgulho de fazer parte de cada<br />

conquista, como em 2010, com criação do<br />

Grupo Boticário, 33 anos após a fundação da<br />

empresa, em 1977, com a unidade O Boticário.<br />

Cito também o desenvolvimento sustentável<br />

da companhia que, atualmente está presente<br />

em 1750 municípios brasileiros com mais de<br />

quatro mil lojas físicas.<br />

Artur Grynbaum - Um verdadeiro líder deve<br />

ser, antes de tudo, um empreendedor. Precisa<br />

demonstrar e incentivar o sentimento de dono<br />

do negócio e liderar pelo exemplo. É aquele<br />

que promove a integração e que consegue conduzir<br />

uma equipe com diferentes ideias para<br />

o mesmo destino, respeitando as diferenças e<br />

reconhecendo as competências individuais e<br />

coletivas.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> - Baseando-se nas suas<br />

experiências, quais são os principais aprendizados<br />

de liderança que você poderia passar aos<br />

leitores?<br />

Artur Grynbaum - Meu principal aprendizado,<br />

todos os dias, é ver nossos times liderando importantes<br />

frentes da companhia.<br />

É ver as ideias inovadoras que levam o Grupo<br />

Boticário a ter os resultados que tem e a<br />

inquietude de sempre buscar mais, mantendo<br />

a responsabilidade do respeito às relações e a<br />

essência que a empresa traz em 41 anos de história<br />

de empreendedorismo e inovação.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong> - Qual líder empresarial<br />

brasileiro que o senhor admira pela postura<br />

ética e íntegra nos negócios? Explique o porquê.<br />

Artur Grynbaum - Admiro muitos líderes brasileiros,<br />

em empresas e em outras áreas.<br />

Neste caso temos um grande exemplo dentro<br />

de casa, o Miguel Krigsner, fundador de O<br />

Boticário e presidente do Conselho de Administração<br />

do Grupo, por tudo que fez – e principalmente<br />

como ele faz-dentro da empresa e<br />

fora dela, com total dedicação às pessoas, ao<br />

meio ambiente e à sustentabilidade. Ele é um<br />

grande mentor.<br />

25


PERDAS COM FRAUDES BANCÁRIAS PODEM CHEGAR A US$ 93 BILHÕES<br />

Especialistas em segurança traçam cenário<br />

preocupante sobre a atividade do cibercrime<br />

no Brasil e no Mundo, mas garantem que<br />

ambiente móvel ainda é o mais seguro.<br />

Se você quer dormir tranquilo depois de fazer<br />

uma transação financeira ou efetuar uma compra<br />

pela internet, adote como padrão executar<br />

tudo pelo smartphone, recomentam os especialistas<br />

em segurança digital Ricardo Leocádio,<br />

coordenador de tecnologia de Segurança<br />

no Banco Mercantil do Brasil; e Thiago Bordini,<br />

diretor de inteligência cibernética e pesquisa<br />

da New Space.<br />

Regulamentar blockchain pode limitar a tecnologia,<br />

defende especialista<br />

Durante o painel “Fraudes na Internet:<br />

Ascensão, Ápice e Além”, nesta quarta-feira,<br />

13, durante o CIAB Febraban <strong>2018</strong>, os riscos<br />

de fraudes bancárias são cada vez maiores,<br />

chegando a US$ 93 bilhões no mundo e R$ 750<br />

milhões no Brasil.<br />

Ambos traçaram um histórico de comportamento<br />

do cibercrime, revelando que riscos e<br />

investimentos em prevenção crescem na mesma<br />

proporção. “O malware bancário evoluiu,<br />

chegando ao atual momento de publicar telas<br />

falsas que capturam todas as credenciais dos<br />

usuários de internet banking”, disse Leocádio.<br />

26<br />

Ele traçou um histórico de aperfeiçoamento<br />

dos malwares bancários, o qual revela que entre<br />

2009 e 2011, o ápice foi um único malware<br />

ser capaz de atacar 40 bancos.<br />

“Foi um período que identificamos inclusive<br />

o comércio de credenciais bancárias em redes<br />

sociais, como Orkut”, cita.<br />

Em 2012, o grupo que monitora as fraudes<br />

bancárias dentro da Febraban, identificou um<br />

novo salto qualitativo do malware bancário.<br />

Foi quando perceberam o início da chamada<br />

“codificação segura”, com qual os malwares ganharam<br />

inteligência suficiente para identificar<br />

se estavam rodando em máquinas virtuais, por<br />

exemplo, e também perceberem se estavam<br />

sendo monitorados.<br />

No ano seguinte, o iPhone dificultou a vida dos<br />

cibercriminosos, que rapidamente passaram a<br />

infectar os modems residenciais para modificar<br />

o DNS das máquinas e centralizar os ataques.<br />

E de 2017 para cá, a prática mais preocupante<br />

tem sido o maqueamento de telas de internet<br />

banking e dos aplicativos dos bancos.<br />

“No nosso projeto de monitoramento chegamos<br />

a 120 servidores do mundo, traduzindo o<br />

nome do banco.com.br para uma página falsa.<br />

Isso gera dificuldade da lingual, geolocalização<br />

e comunicação com outros países. Como vamos<br />

explicar que a página que estão vendo não<br />

é verdadeira?”, perguntou Leocádio.<br />

Ele também revelou que a tendência atual é de<br />

sequestro de rotas dos bancos na internet.<br />

“O fraudador coloca um servidor na rede e invade<br />

a infraestrutura de internet, avisando que<br />

a partir daquele momento o banco é ele.<br />

Assume a rota do banco sem mandar email falso,<br />

sem infectar ninguém. Semana passada um<br />

grande provedor de internet sofreu este mesmo<br />

sequestro.<br />

A Europa parou, porque alguém sequestrou o<br />

endereço web”, lembrou.<br />

A correção, neste caso, é complexa, segundo<br />

Leocádio, pois demanda monitoramento intensivo<br />

das alterações e a comunicação com os<br />

provedores de acesso e serviços de telecomunicações<br />

para descadastrar a rota fraudador.


Cinco maiores bancos do País criam empresa para gerenciar Cadastro Positivo<br />

O sistema ainda está em aprovação no Congresso,<br />

mas os cinco maiores bancos do país<br />

– Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica<br />

Federal, Itaú Unibanco e Santander – já se<br />

uniram para dominar a gestão dos dados de<br />

clientes em busca de crédito.<br />

Rodrigo Abreu, presidente da Quod<br />

Gestora de Inteligência de Crédito, empresa<br />

criada pelos cinco maiores bancos<br />

A<br />

do país, e que tem foco na gestão de dados do<br />

Cadastro Positivo, passa a atuar oficialmente<br />

no mercado brasileiro com a marca Quod.<br />

A proposta da fintech, atualmente em fase pré-<br />

-operacional, é disponibilizar produtos e soluções<br />

de controle de risco, prevenção a fraudes<br />

e análise de grandes volumes de dados, tanto<br />

para instituições financeiras quanto para as<br />

demais empresas que demandem informações<br />

sobre risco de crédito no dia a dia de suas operações.<br />

Com isso, pessoas e companhias poderão ter<br />

maior conhecimento e controle de seus dados<br />

e de suas operações de crédito e pagamentos.<br />

Os produtos e serviços da Quod combinarão<br />

técnicas de big data, inteligência artificial e o<br />

uso de plataformas tecnológicas de ponta para<br />

transformar informações de histórico de pagamentos<br />

em inteligência, durante as etapas de<br />

tomada de decisão na concessão de crédito.<br />

A fintech coloca em prática uma mudança de<br />

perspectiva nas políticas de concessão de crédito<br />

que vêm sendo utilizadas no Brasil ao longo<br />

de vários anos.<br />

“Até agora, a consulta aos cadastros de inadimplentes<br />

era o principal método utilizado na<br />

concessão de crédito.<br />

Para apoiar a construção da infraestrutura<br />

tecnológica, foi firmada uma parceria exclusiva<br />

de longo prazo com a empresa LexisNexis<br />

Risk Solutions, responsável por desenvolver e<br />

implementar a plataforma analítica da Quod.<br />

A LexisNexis atua em mais de 100 países, utilizando<br />

tecnologia de ponta e ferramentas analíticas<br />

avançadas e patenteadas que ajudam a<br />

avaliar riscos e melhorar processos decisórios.<br />

A fitech acredita que promover o uso do histórico<br />

positivo de crédito contribui para o<br />

fomento à educação financeira da população<br />

brasileira, assim como para a criação de um<br />

círculo virtuoso na economia do país: cidadãos<br />

e empresas bem informados geram melhorias<br />

nos hábitos de consumo e históricos de pagamentos,<br />

reduzindo, como consequência, os<br />

atuais padrões de inadimplência e superendividamento.<br />

Por sua vez, isso possibilita maior acesso e<br />

melhores condições de crédito. Deste modo,<br />

a economia tende a se desenvolver gerando<br />

benefícios para esses mesmos cidadãos e empresas.<br />

“Queremos contribuir para o desenvolvimento<br />

deste cenário.<br />

Nosso objetivo vai bem além de apenas disponibilizar<br />

um novo sistema de classificação para<br />

a concessão de crédito:<br />

desejamos incentivar que os consumidores<br />

desenvolvam e mantenham o seu ‘score’ de<br />

crédito como um verdadeiro ativo financeiro<br />

pessoal.<br />

Com informações precisas, ampliadas e consolidadas,<br />

é possível contribuir para a queda<br />

da inadimplência, incentivando a expansão do<br />

crédito e a inclusão financeira de pessoas que<br />

não conseguem comprovar renda, mas que pagam<br />

suas contas em dia”, complementa Abreu.<br />

Ciente dos desafios enfrentados por empresas<br />

e consumidores quanto à privacidade e proteção<br />

de seus dados, a Quod, desde a sua criação,<br />

prioriza a segurança e sigilo das informações<br />

sob sua gestão, operando dentro dos mais rigorosos<br />

padrões de governança corporativa e em<br />

conformidade regulatória.<br />

Todas as informações só serão disponibilizadas<br />

com as devidas autorizações.<br />

O cadastro positivo inverte esta lógica, já que<br />

considera a pontualidade e a consistência do<br />

consumidor no pagamento de suas obrigações,<br />

possibilitando melhores condições para os<br />

bons pagadores, que passarão a ser reconhecidos<br />

por meio dos seus ‘scores’ de crédito”, explica<br />

Rodrigo Abreu, presidente da Quod.<br />

29


Entrevista com Theunis Marinho .<br />

“Para um empresário chegar ao pico do “everest corporativo” ele deve ter a humildade<br />

de reconhecer que trabalhar em equipe é a melhor receita para o sucesso.”<br />

Theunis Marinho, administrador de empresas,<br />

fez sua estreia no mercado de trabalho, aos 14<br />

anos, como office-boy com “Carteira de Trabalho<br />

do Menor” assinada. Aos 24 anos, começou<br />

a trabalhar na corporação Bayer, na qual<br />

ficou por mais de 28 anos. Foi Diretor de RH<br />

da Bayer S/A no Brasil, dirigiu a Unidade Comercial<br />

de Negócios Óxido de Ferro da Bayer<br />

AG-Alemanha, onde viveu com sua família,<br />

esposa, três filhas e um cachorro, por mais de<br />

oito anos. Na sua volta ao Brasil, assumiu o<br />

cargo de diretor executivo de Finanças e Administração<br />

da Bayer S.A., que incluía as áreas de<br />

Finanças, RH, Jurídica, Suprimentos, Ti, Contabilidade<br />

e Relações Externas. Por fim, chegou<br />

ao topo como Presidente da Bayer Polímeros<br />

S.A., que agregava também a Diretoria Geral<br />

de Plásticos de Engenharia do Grupo Bayer<br />

para a América Latina.<br />

Hoje, além de presidir a Associação Brasileira<br />

de Recursos Humanos de São Paulo (ABRH-<br />

-SP), Theunis Marinho é conselheiro consultivo<br />

e de administração de empresas.<br />

Atua também como coach e mentor para CEOs<br />

e é autor do best-seller “Sonhar Alto, Pensar<br />

Grande”, Lições de um brasileiro, que enfrentou<br />

os desafios e tornou-se presidente de uma<br />

multinacional (Editora Gente). Em entrevista<br />

concedida a Jamir Silva, jornalista e diretor da<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Empresários</strong>, Theunis Marinho relata<br />

que para um empresário chegar ao pico do<br />

“everest corporativo” ele deve ter a humildade<br />

de reconhecer que trabalhar em equipe é a melhor<br />

receita para o sucesso.<br />

“Manter-se solitário no pico do “Everest Corporativo”,<br />

é um dos grandes desafios, mas, a<br />

partir de experiências próprias, o executivo<br />

aconselha: “Ninguém é campeão só “por sorte”<br />

ou por apenas dominar técnicamente o que<br />

faz. Sempre precisará do faro, do apoio e da capacidade<br />

de se relacionar com todo o time da<br />

organização.<br />

Da mesma forma, em meio a tempestades, o<br />

líder vai precisar contar com uma equipe talentosa,<br />

feita de profissionais bem formados,<br />

prontos a apoiá-lo, e uns aos outros”.<br />

Quando perguntei a ele sobre a receita para<br />

o sucesso ele prontamente me respondeu: “<br />

Como trabalhei por vários anos na Alemanha,<br />

constatei que quando os alemães percebem<br />

que você está preparado para um grande desafio,<br />

seja na escola, na empresa, no esporte,<br />

e outros, eles te desejam sucesso e quando<br />

percebem que você não está preparado, eles te<br />

desejam boa sorte. Por isso, digo sempre que<br />

devemos estar preparados para enfrentar os<br />

desafios que a vida e também o mundo corporativo<br />

colocam na nossa frente.”<br />

Neste momento, fiquei pensativo, pois percebi<br />

que muitos empresários não estão atentos<br />

a diversos fatores e alguns não buscam o aprimoramento<br />

através de cursos de atualização,<br />

leituras, grupos de relacionamentos afetos à<br />

sua área, etc. para. Ai perguntei a ele como o<br />

empresário brasileiro deve se comportar com<br />

os seus colaboradores.<br />

“Atualmente ele (empresário) deve pensar<br />

como se estivesse em um jogo. “Os esportes<br />

trazem para as pessoas um importante sentimento<br />

de coletividade e de competição com regras,<br />

estratégias, ética e a busca de um resultado.<br />

Observe, as melhores corporações são boas<br />

porque as suas equipes trabalham juntas, principalmente<br />

, na atualidade, na qual as empresas<br />

estão num mundo globalizado, conhecido<br />

pela sigla americana VUCA (Volátil, Incerto,<br />

Complexo e Ambíguo).<br />

É o grande fenômeno em que todos têm que<br />

estar preparados e serem muito flexíveis, diante<br />

da velocidade das mudanças. Agora, focando<br />

nas pessoas, lanço uma reflexão: como você<br />

tem tratado o seu “time” na caminhada rumo<br />

ao do Everest Corporativo?“.<br />

Quanto ao sucesso de seu primeiro livro “Sonhar<br />

Alto, Pensar Grande”(Editora Gente),<br />

Theunis relata que escreveu-o, não visando<br />

resultados econômicos, mas sim por gratidão<br />

a tudo que a vida lhe proporcionou e vontade<br />

de retribuir à sociedade, principalmente aos<br />

jovens, uma parte de tudo isso.<br />

“A não ser saúde, não tenho coragem de pedir<br />

mais nada a Deus. Já recebi muito”, diz Theunis,<br />

que doa 100% dos valores recebidos como<br />

30


direitos autorais, para instituições oficiais de<br />

caridade.<br />

Não mais me acrescenta nem diminui os bens<br />

materiais.<br />

Preciso deixar aqui um pouco daquilo que a<br />

vida me possibilitou construir, para encorajar<br />

aqueles que estão nesta caminhada. Somos todos<br />

iguais, temos todos as mesmas oportunidades<br />

em fazer acontecer, em buscar os nossos<br />

sonhos.<br />

Meu livro se prende nisso: mostrar que o segredo<br />

para o sucesso é a persistência, o sonhar,<br />

a busca para chegar ao topo. Cada um de nós<br />

tem o seu topo.<br />

“Este livro é genuíno, não é ficção.<br />

É a história verdadeira de um soldado, que<br />

voltou para casa. vencedor das suas batalhas,<br />

que foi lançado em abril/2016 e já está na 6ª<br />

edição ”, tendo entrado na lista dos mais vendidos,<br />

na revista Veja e Folha de São Paulo, declarou<br />

Theunis.<br />

Em seu Livro Sonhar Alto Pensar Grande ,<br />

Theunis enumera os 15 mandamentos para o<br />

Sucesso no Mundo Corporativo e espera que<br />

os seu leitores possam realizar uma reflexão<br />

sobre o assunto. Vamos a eles:<br />

1. Sonhe alto e faça planos desafiadores para<br />

o futuro.<br />

2. Não delegue seu destino a terceiros.<br />

3. Aprenda a dizer não, sempre que necessário<br />

e na hora certa.<br />

4. Não cultive relacionamentos destrutivos.<br />

eles são epidêmicos.<br />

5. Discipline-se com pensamentos positivos. A<br />

vida fica mais suave.<br />

6. Reflita sobre as consequências dos seus atos<br />

antes de colocá-los em prática.<br />

A ABRH-SP, presidida por Theunis (gestão<br />

2016-<strong>2018</strong>), criou o CONALIFE-Congresso<br />

Nacional de Liderança Feminina, em parceria<br />

com a ONU Mulheres.<br />

Sua terceira edição foi realizada no dia 24 de<br />

maio, no Hotel Unique, na capital paulista, O<br />

Senhor abriu o evento dizendo que:<br />

“ Após séculos, a opressão, segregação e desigualdade<br />

de gênero, de raça, opções sexuais e<br />

outras, não deram certo e estão com os dias<br />

contados”.<br />

Todos seres humanos do bem, devem se engajar<br />

nessas lutas com ações construtivas e práticas<br />

por um mundo melhor, também nestes<br />

quesitos?<br />

“Nós, profissionais que atuamos em gestão de<br />

pessoas e que temos a oportunidade de abordar<br />

e influenciar esses temas diretamente, precisamos<br />

propor ações concretas.<br />

Sei que a luta é longa”. Ao pedir-lhe um exemplo,<br />

Theunis informou que além de ter uma<br />

mulher negra no Comitê de Conteúdo do CO-<br />

NALIFE, a ABRH-SP disponibilizou cinco inscrições<br />

gratuitas para a participação de jovens<br />

universitárias negras no congresso. Ainda é<br />

pouco, mas, é um início”<br />

E para finalizar este bate-papo muito interessante,<br />

solicitei ao Theunis Marinho que deixasse<br />

um recado para os empresários brasileiros:<br />

“A cada dia, o mercado de trabalho exige resultados.<br />

E isso não ocorre somente nas grandes empresas.<br />

Com a necessidade de lucrar mais,<br />

através da inovação e eficiência, pequenos empresários<br />

também tornam seus ambientes de<br />

trabalho competitivos, fazendo com que seus<br />

colaboradores gerem lucros, independente das<br />

condições em que se encontram.<br />

Por isso, você que é empresário, fique mais<br />

perto de sua equipe ouça mais e compartilhe<br />

mais e com isso tenho a certeza de que você vai<br />

prosperar junto com a sua equipe.”<br />

7. Cultive suas amizades, mesmo que sejam<br />

passageiras.<br />

8. Aprenda com seus erros. eles são ótimos<br />

“professores”.<br />

9. Não sofra por antecipação.<br />

10. Não apague seu passado. ele é seu alicerce<br />

mais profundo. negá-lo é tornar-se um “indivíduo<br />

falsificado”.<br />

11. Não adie as soluções para seus problemas.<br />

resolva-os respeitando o tempo e todos os envolvidos.<br />

12. Perdoe quem já o magoou. Você desocupará<br />

espaços para preenchê-los com coisas boas.<br />

13. Estude sempre.<br />

14. Errar é inevitável.<br />

15. Tenha bom humor.<br />

31


33


Expert em finanças conta quais são as principais características dos investidores<br />

que obtêm sucesso<br />

Além do fator tempo, a conscientização financeira<br />

também é um ponto essencial. Sem uma<br />

boa base de educação financeira, a curva de<br />

aprendizado desta pode ser longa.<br />

Além de entender de conceitos básicos de finanças,<br />

é importante que o investidor se conheça,<br />

entenda seu perfil de risco e saiba como<br />

ele reage às variações de mercado que impactarão<br />

seus investimentos. Silva ressalta que<br />

“o quanto antes a pessoa começar a executar<br />

um plano de investimentos, mais tempo ela<br />

terá para adquirir o conhecimento necessário<br />

a fim de conseguir atingir seus objetivos financeiros<br />

no futuro”.<br />

risco e diversificação.<br />

Sobre a Maway Global Investments<br />

http://maway.us/<br />

Thiago Silva - tsilva@maway.us - +55 (21)<br />

991806867<br />

êxito vai além da faixa etária, do perfil de<br />

O risco e do tempo de investimento<br />

Dinheiro não simboliza somente poder e status,<br />

também significa liberdade.<br />

Porém, como revelou uma pesquisa da Associação<br />

Brasileira das Entidades dos Mercados<br />

Financeiro e de Capitais (Anbima), somente<br />

24% da população brasileira economicamente<br />

ativa faz algum tipo de aplicação financeira.<br />

Deste percentual, 42% está na classe A e 18%<br />

na C. Em contrapartida, 62,34% dos entrevistados<br />

disseram não conhecer nenhum tipo de<br />

investimento.<br />

Investir dinheiro é um tema que chama a atenção<br />

cada vez mais, e o quanto antes uma pessoa<br />

começar a fazer investimento, melhor.<br />

“Nos países em que a educação financeira faz<br />

parte do cotidiano das famílias e a poupança<br />

está mais enraizada na cultura, é muito comum<br />

que os investimentos comecem a ser feitos bem<br />

cedo. Em alguns casos, antes da criança nascer,<br />

os pais já estão investindo para elas”, revela<br />

Thiago Silva, fundador da Maway Global Investments.<br />

O tempo como aliado<br />

A longo prazo, os investimentos se beneficiam<br />

do fator tempo. Por exemplo, uma pessoa de 40<br />

anos que nunca fez nenhum investimento, mas<br />

pretende juntar R$1 milhão até os 50 anos, teria<br />

de investir R$ 6.102,05 mensalmente, considerando<br />

uma taxa fixa de juros de 0.5% ao<br />

mês.<br />

Em contrapartida, se os pais deste mesmo indivíduo<br />

tivessem começado a poupar em seu<br />

nome desde o nascimento, ele precisaria aplicar<br />

somente R$ 264,05 ao mês, considerando a<br />

mesma taxa fixa de juros, para chegar ao mesmo<br />

R$ 1 milhão ao atingir seus 50 anos.<br />

Faixa etária como influência<br />

Em qualquer faixa etária, quem quer investir<br />

deve considerar tanto o prazo quanto o perfil<br />

de risco.<br />

Um investidor jovem que está iniciando um<br />

projeto de investimentos de longo prazo, se beneficia<br />

do fator tempo. Isso porque sua carteira<br />

de investimentos suporta maiores variações, e<br />

ele pode acessar ativos com menores liquidez<br />

em busca de um retorno relativamente maior.<br />

Já a pessoa em uma faixa etária mais avançada,<br />

muitas vezes, vai estar preocupada com a manutenção<br />

do seu patrimônio e a utilização dos<br />

recursos acumulados.<br />

O portfólio deste investidor, muitas vezes, não<br />

suporta variações grandes. Também é preciso<br />

considerar que é uma fase da vida na qual o<br />

investidor vai precisar de liquidez dos seus investimentos<br />

no curto prazo.<br />

Quem pode se tornar um investidor?<br />

Silva acredita que “mais do que simplesmente<br />

poupar, todas as pessoas devem se tornar investidores.<br />

Ter uma mentalidade investidora<br />

faz a diferença”.<br />

Se tornar um investidor não quer dizer que<br />

se faz necessário ter profundos conhecimentos<br />

técnicos na área de finanças. Basta ter uma<br />

consciência financeira, planejamento bem<br />

definido e ser disciplinado na execução deste<br />

plano. Contar com a ajuda de um profissional<br />

da área pode trazer benefícios e ajudar nesse<br />

processo.<br />

Eis as principais características dos investidores<br />

que obtêm sucesso, mesmo não sendo profissionais<br />

de investimentos:<br />

- Possuem consciência financeira e conhecem<br />

seu perfil de risco;<br />

- Definem um planejamento de investimentos<br />

adequado ao prazo em que os recursos serão<br />

necessários e ao seu perfil de risco;<br />

- São extremamente disciplinados na execução<br />

de seus planos;<br />

- São fiéis ao plano, mesmo quando ocorrem<br />

variações pontuais de curto prazo;<br />

- São capazes de montar um portfólio balanceado<br />

em termos de liquidez dos ativos, grau de<br />

35


Cresce a procura de serviços de proteção contra crimes na internet<br />

Além de crimes como pishing, pornografia<br />

infantil, violação de direitos autoriais e invasão<br />

de servidores, o Brasil tem sofrido cada<br />

vez mais como os trolls, “monstrinhos digitais”<br />

que atacam na internet.<br />

Fernando Azevedo, sócio da Silicon Minds e<br />

autor dos livros “Segredos de Reputação Online”<br />

e “O Negócio Sujo das Fake News”, afirma<br />

que existem hackers profissionais operando<br />

neste segmento. Porém são muitos os casos de<br />

contas falsas no Instagram e Twitter criadas<br />

para difamar pessoas.<br />

Segundo ele, as pessoas confundem liberdade<br />

de expressão com discuro de ódio. “Quando<br />

você posta uma reclamação sem ofensas na sua<br />

conta pessoal, é liberdade de expressão. Quando<br />

você cria uma conta anônima para assediar<br />

e difamar, é crime.<br />

E as redes sociais são obrigadas pela lei a dizer<br />

quem as criou. Se você sofreu uma injustiça,<br />

contrate um advogado, entre com uma ação,<br />

não tente resolver o problema se tornando<br />

mais um troll na internet.<br />

Segundo Fernando, no caso de hackers, a preocupação<br />

aumenta muito. “Vemos muitos casos<br />

de pessoas sem preparação e sem noção criando<br />

conta fake no Instagram para assediar pessoas<br />

e familiares, mas o que nos preocupa são<br />

hackers, que sabem usar VPNs (Virtual Private<br />

Network - rede privada virtual para mascarar<br />

seu endereço na internet), que sabem invadir<br />

emails e informações pessoais, estes podem fazer<br />

um estrago muito maior e ainda se conseguem<br />

manter no anonimato.<br />

Nossa empresa cria armadilhas para incrimar<br />

estes criminosos, mas sempre trabalhamos somente<br />

na defesa.”<br />

36<br />

Perguntamos a jornalista Elaine Raquel Assis,<br />

especialista em crimes cibernéticos, como<br />

se aplica a lei brasileira para criação de perfil<br />

falso para difamação, bully, cybertalking e<br />

fake news. Elaine responde citando o advogado<br />

criminalista e constitucionalista, Dr. Adib<br />

Abduoni. Segundo ele, a criação e utilização<br />

de um perfil falso com a finalidade de caluniar,<br />

difamar, injuriar ou ameaçar alguém, além de<br />

representar causa de responsabilização penal<br />

pelos crimes em espécie (CP, artigos 138, 139,<br />

140 e 147), também constitui a prática do crime<br />

de falsa identidade, previsto no artigo 307<br />

do CP (atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa<br />

identidade para obter vantagem, em proveito<br />

próprio ou alheio, cuja conduta dissimulada é<br />

repudiada pela Constituição Federal ao vedar o<br />

anonimato como forma de garantir a liberdade<br />

de expressão (CF, artigo 5º. IV).<br />

Para rastrear o hacker através do endereço de<br />

internet, Dr. Adib diz que a obtenção da identificação<br />

do endereço de protocolo de internet<br />

constitui mecanismo indispensável acerca do<br />

descobrimento do criador do perfil falso, cuja<br />

obtenção, regulada pela Lei 12.965/2014 (Marco<br />

Civil da Internet), deve se dar por meio de<br />

autorização judicial – em caráter de liminar ou<br />

não – com vistas a formar o conjunto probatório<br />

do processo judicial cível ou penal, cuja<br />

ordem será dirigida ao provedor de acesso<br />

responsável pela guarda e fornecimento desses<br />

registros, desde que fundados os indícios da<br />

ocorrência do ilícito, sem prejuízo da preservação<br />

da intimidade, da vida privada, da honra e<br />

da imagem das partes direta ou indiretamente<br />

envolvidas.<br />

Existe alguma legislação vigente no Brasil para<br />

crimes de internet?<br />

A responsabilidade penal por crimes cometidos<br />

no ambiente digital – à exceção daqueles<br />

estabelecidos na Lei 12.737/12 (Lei Carolina<br />

Dieckmann) sobre a tipificação penal da invasão<br />

de dispositivos informáticos alheios, cometida<br />

por hackers para coleta de dados sem<br />

autorização – padece de uma legislação específica,<br />

o que não impede a incidência dos tipos<br />

penais comuns sobre essas condutas contrárias<br />

à norma penal.<br />

Nessa senda, pouco importa o meio pelo qual a<br />

prática do crime seja consumada – real ou virtual<br />

-, a exemplo dos crimes contra a honra e a<br />

liberdade pessoal (calúnia, difamação, injúria,<br />

constrangimento ilegal ou ameaça) previstos<br />

no Código Penal, além dos crimes previstos<br />

no Estatuto da Criança e do Adolescente, atinentes<br />

à produção e reprodução de cenas de<br />

sexo explícito ou pornográfica, envolvendo os<br />

infantes, assim como os delitos contra as relações<br />

de consumo estabelecidas no Código de<br />

Defesa do Consumidor cujo exemplo clássico<br />

é a propaganda enganosa.<br />

É importante ressaltar que, muitas vezes o ataque<br />

vem do ambiente familiar, atraves da internet.Se<br />

a vítima souber quem é seu agressor<br />

virtual (ex marido , namorados, amigos etc),<br />

basta imprimir a mensagem difamatória ou<br />

ameacadora e levar à Delegaciad a Mulher e<br />

prestar queixa, completa Elaine.<br />

“O Brasil precisa acordar para que assédio e<br />

difamação na internet é crime! E as pessoas<br />

precisam parar de usar a distância para criticar<br />

usando difamação e assédio. Mais ainda, as<br />

redes sociais precisam ser mais ágeis na resolução<br />

destas contas e postagens”, diz Fernando<br />

Azevedo da Silicon Minds.<br />

Segundo o Instagram, por exemplo: “Se uma<br />

conta for criada com o intuito de exercer<br />

bullying ou de assediar outra pessoa em seus<br />

posts, após a pessoa prejudicada denunciar o<br />

abuso, essa conta poderá ser bloqueada”.<br />

Parece fácil, mas na verdade não é. “A maioria<br />

das pessoas desconhece esta regra e nem sabem<br />

como reportar. Além disso, a própria rede<br />

social exige dezenas de denúncias da conta do<br />

troll, com morosidade de semanas para tornar<br />

efetiva a ação.” – diz Azevedo.


Cyberbullying ou assédio virtual, segundo a<br />

Wikipedia, é uma prática que envolve o uso<br />

de tecnologias de informação e comunicação<br />

para dar apoio a comportamentos deliberados,<br />

repetidos e hostis praticados por um indivíduo<br />

ou um grupo com a intenção de prejudicar o<br />

outro.<br />

Entretanto, não é somente este o problema.<br />

Cyberstalking consiste no uso de ferramentas<br />

tecnológicas com o objetivo de perseguir ou<br />

assediar uma pessoa, segundo a Wikipedia. E<br />

ainda temos outros problemas como criação<br />

de fake news, pornografia infantil e violação de<br />

direitos autorais.<br />

Fernando Azevedo reporta alguns passos importantes<br />

que uma pessoa pode utilizar quando<br />

é assediada na internet:<br />

“Existem alguns passos importantes que as<br />

pessoas podem seguir ao lidar com notícias<br />

falsas, cyberbullying e cyberstalking. Os processos<br />

legais podem demorar, então temos algumas<br />

dicas:<br />

“O primeiro passo salvar todas as etelas e depois<br />

reportar a conta que está causando o problema<br />

e pedir para que amigos, colegas e seguidores<br />

façam o mesmo.<br />

No caso de assédio em comentários, o Instagram,<br />

em “configurações”, tem um filtro de<br />

comentários que pode banir as palavras que o<br />

incomodam.<br />

O usuário pode fazer um post pedindo ajuda<br />

a seguidores e relatando o problema. Ele também<br />

pode emitir press releases informando a<br />

verdadeira história.<br />

Ao responder a notícias e ofensas falsas on-line,<br />

lembre-se da regra de ouro das mídias sociais:<br />

“seja positivo ou fique quieto”. Desativar<br />

contas de todos os membros que podem ter<br />

dificuldade em controlar seu temperamento.<br />

Para os trolls amadores, Fernando ainda dá a<br />

dica: “Não é porque você está protegido atrás<br />

de uma tela que você vai ficar impune. Aja dentro<br />

da lei sem difamação e sem assédio.<br />

Você tem liberdade de expressão, use-a com<br />

responsabilidade.” Fernando ainda completa<br />

com os 5 passos para uma crítica construtiva:<br />

seja gentil, seja objetivo, seja específico, seja<br />

claro no seu objetivo em como resolver o seu<br />

problema, não faça em anonimato.<br />

O problema é tão grave que Fernando Azevedo,<br />

junto com a jornalista Livia Clozel, começaram<br />

uma campanha com o hashtag #helpmeinternet<br />

no site https://helpmeinter.net<br />

. A idéia é usar o poder do crowdsource para<br />

ajudar a reportar crimes nas redes sociais.<br />

“Caso eu esteja sofrendo cyberbullying de ‘fulanodetal’,<br />

eu posso fazer um post na minha<br />

conta ‘#helpmeinternet fulanodetal está me<br />

atacando’.<br />

Assim as pessoas poderão ver meu pedido,<br />

ir até a conta do suposto agressor e avaliar se<br />

realmente está ocorrendo um abuso para ajudarem<br />

a reportar a conta do troll para a rede<br />

social.”<br />

Sobre a Silicon-Minds<br />

A Silicon-Minds busca maneiras efetivas para<br />

marcas e pessoas físicas conquistarem uma<br />

presença positiva online, por meio de E-Commerce,<br />

Seo, Apps e Online Reputation. A empresa<br />

de Reputação Online é americana, fundada<br />

em 2014 por brasileiros, com sede em<br />

Miami e Vale do Silício.<br />

A inovação que apresenta ao mercado brasileiro,<br />

Reputation, consiste em manter uma reputação<br />

online positiva de maneira constante,<br />

uma vez que a necessidade em ter uma boa reputação<br />

pode aparecer em qualquer momento.<br />

Por exemplo: solicitação de faculdade no exterior;<br />

abrir uma empresa; preservar e proteger<br />

o status social e familiar; participação em<br />

concursos públicos ou privados; concorrendo<br />

em cargos eletivos ou políticos; networking;<br />

novos negócios; obter um empréstimo; captação<br />

de recursos; compra de imóvel; e atrair<br />

novos clientes.<br />

Home - Help me Internet<br />

#helpmeinternet<br />

HelpMeInternet.net is an initiative to protect<br />

us from bullies, stalkers and all kinds of abuse<br />

behavior on the internet.<br />

helpmeinter.net<br />

37


E SE O BILL GATES TIVESSE NASCIDO NO BRASIL? POR: RODRIGO<br />

MANCINI É ECONOMISTA, MESTRE E DOUTOR EM GEOGRAFIA<br />

ECONÔMICA, EMPREENDEDOR E EMPRESÁRIO.<br />

que tinha um ‘Clube de Informática’. Detalhe:<br />

instalado na escola onde ele estudava.<br />

O próprio Bill Gates reconhece que esta facilidade<br />

de acesso aos computadores foi sorte, já<br />

que naquela época o número de adolescentes<br />

com a mesma oportunidade, chutando muito<br />

alto, não chegou a 50 em todo o mundo.<br />

Sendo assim, se Bill Gates tivesse nascido aqui<br />

no Brasil, na mesma época e numa família sem<br />

muitas condições financeiras, muito provavelmente,<br />

não teria contribuído com tanto sucesso<br />

para o avanço da computação!<br />

E ao aplicarmos esta mesma ideia para outras<br />

realidades, ainda que distintas, parece que<br />

tudo caminha para a mesma lógica.<br />

E se o Bill Gates tivesse nascido<br />

no Brasil?<br />

Ter a sorte de estar no lugar e na hora certa<br />

pode ser fundamental para o seu sucesso.<br />

Já ouvimos por inúmeras vezes que a relação<br />

entre sorte e sucesso é inexistente. Frases<br />

como: “o sucesso não é uma questão de sorte,<br />

é uma questão de competência” ou "sorte é o<br />

nome que o vagabundo dá a quem se empenha"<br />

são repetidas por alguns especialistas e<br />

muito compartilhadas nas redes sociais.<br />

As histórias de sucesso de grandes personalidades<br />

que deixaram algum legado positivo<br />

para a humanidade e que nos inspiram, sempre<br />

ressaltam que o topo foi conquistado exclusivamente<br />

pelos seus talentos e muita garra.<br />

É claro que atribuir todo sucesso a sorte seria<br />

um grande erro, mas ignorá-la completamente,<br />

também pode ser!<br />

E isso podemos verificar no livro “Fora de Série<br />

– Outlier”, de Malcolm Gladwell. Ao estudar a<br />

trajetória de grandes “celebridades”, o autor<br />

mostra algumas circunstâncias ou “golpes de<br />

sorte”, que foram fundamentais, por exemplo,<br />

para Bill Gates.<br />

Além de sua genialidade (talento) e do acúmulo<br />

de mais de 10 mil horas de experiência em<br />

programação (garra), outros eventos também<br />

contribuíram para o seu sucesso.<br />

O lugar, época e família em que nasceu, segundo<br />

o autor, foram importantes para a construção<br />

de sua brilhante carreira.<br />

O pai era um renomado advogado e seu avô<br />

materno um banqueiro muito rico, o que lhe<br />

proporcionou acesso as melhores escolas.<br />

Nasceu nos tempos pioneiros da revolução dos<br />

computadores e vivia numa das únicas cidades<br />

Por exemplo, e se o Neymar tivesse nascido no<br />

Marrocos?<br />

Nascer no Brasil, um país com tradição no futebol,<br />

viver próximo a um clube e ter acesso a<br />

oportunidades de praticar este esporte podem<br />

ser considerados os ‘golpes de sorte’ que, somados<br />

ao seu talento e determinação, resultaram<br />

no sucesso que está aí para todo mundo ver.<br />

Ao que tudo indica, a sorte é um elemento que<br />

pode agregar valor à fórmula do sucesso. Evidente<br />

que não poderíamos considerá-la como<br />

condição.<br />

Até porque a psicologia do sucesso já mostrou,<br />

com estudos e pesquisa, que garra é o principal<br />

componente do sucesso.<br />

O que explica, inclusive, porque muitas pessoas<br />

talentosas, mas sem garra, nunca alcançarem<br />

o sucesso.<br />

Enfim, acredito que a grande provocação deste<br />

texto está em quebrar a crença de que a sorte<br />

não existe.<br />

E assim, ampliar a nossa visão para enxergarmos<br />

oportunidades que já se fazem presentes<br />

em nossas vidas ou ainda acreditarmos em situações<br />

inesperadas, que podem acontecer a<br />

qualquer momento, e que somadas ao nosso<br />

talento e garra, contribuirão significativamente<br />

para as nossas conquistas.<br />

Pensando assim, vale até uma “fezinha” na<br />

mega sena.<br />

De repente, aí está o ‘golpe de sorte’ que precisamos<br />

para os nossos projetos e negócios!<br />

Porém, repito: não podemos ter a sorte como<br />

condição, apenas como um elemento que pode<br />

agregar valor à nossa trajetória.<br />

*Rodrigo Mancini é economista, Mestre e<br />

Doutor em geografia econômica, empreendedor<br />

e empresário.<br />

39


OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA A PARTIR DA INSTABILIDADE ECONÔMI-<br />

CA E MERCADOLÓGICA DO CENÁRIO ATUAL Por: Gilvam Vieira da Silva<br />

Especialista em Metodologia do Ensino Superior, com mais de 20 anos de experiência<br />

como Pesquisador Acadêmico em Logística e Supply Chain Management<br />

mandatório, acima de tudo, estabelecermos<br />

o que determinamos como foco para<br />

É<br />

que o leitor entenda aquilo que apresentaremos<br />

no propósito deste prelúdio inicial:<br />

Entre a resiliência e a flexibilidade fique com<br />

as duas. No entanto, a logística não é uma atividade<br />

tão simples, como muita gente imagina<br />

e também não é tão fácil. A logística é uma atividade<br />

de soluções de problemas, isto é, uma<br />

atividade meio, porém, que representa muito<br />

na competitividade na atividade fim de qualquer<br />

empresa.<br />

Nesta ambidestria agora e sempre, como primeiro<br />

passo deste trabalho julgamos de suma<br />

importância considerar que a flexibilidade da<br />

logística em cenário de crise compreende a<br />

adaptação a mudanças na realidade (homeostase)<br />

e capacidade de restaurar os níveis de<br />

resposta e de operação (resiliência).<br />

A logística possui uma atuação fundamental<br />

nos processos das empresas. Em tempos de<br />

instabilidade econômica e financeira, o setor<br />

ainda merece destaque, por ser um potencial<br />

agregador de valor aos clientes. As novas formas<br />

de pensar na atividade logística mediante<br />

o atual cenário, favorece para o surgimento de<br />

parcerias com distribuidores ou mesmo com<br />

outras empresas com o objetivo de rateio de<br />

custos e otimização de processos.<br />

Independente do cenário econômico a logística<br />

pressupõe flexibilidade, resiliência e dinamismo,<br />

uma vez que as variáveis mercadológicas<br />

mudam em alta velocidade, seja por meio<br />

da economia,concorrência, sazonalidades, ou<br />

mesmo mudança de hábitos dos clientes.<br />

40<br />

Em tempos de crise só são nichos de oportunidades<br />

para aqueles que tem a capacidade de<br />

gerir toda a cadeia logística de forma resiliente.<br />

Neste sentido, vamos explorar a crise para implementar<br />

uma logística resiliente e flexível, e<br />

com o objetivo principal de alertar e assegurar<br />

que a resiliência e a flexibilidade são vanguardas<br />

no mundo moderno.<br />

Sem elas, fica muito mais difícil gerenciar qualquer<br />

negócio. Metodologias rígidas de controle<br />

não são muito adequadas às constantes transformações<br />

do mercado e às contínuas inovações<br />

disruptivas e tecnológicas.<br />

As operações logística envolvem processos, estratégias,<br />

recursos, materiais, procedimentos,<br />

informações e sistemas. Se existem tantas variáveis<br />

mutantes e flutuantes inerentes à logística,<br />

é preciso que implementemos uma logística<br />

resiliente.<br />

Segundo a reportagem da revista exame (online)<br />

publicado em março/17: “A crise econômica<br />

exige que as organizações adquiram e<br />

desenvolvam novas competências para conquistar<br />

e manter clientes.<br />

Frente a este cenário, a estruturação logística<br />

tornou-se fundamental nas empresas, sendo<br />

vista como uma oportunidade de diferenciação<br />

e vantagem competitiva”.<br />

Assim como na logística militar, a gestão flexível<br />

deve estar apta a responder às mudanças do<br />

ambiente externo (crise).<br />

Para compreender como a flexibilidade pode<br />

ser aplicada com eficiência na logística e aumentar<br />

o potencial competitivo é necessário<br />

considerar alguns exemplos práticos, como os<br />

que seguem.<br />

Flexibilidade de mix: se trata da personalização<br />

dos produtos, dando ao cliente maior variedade<br />

de opções (cor, tamanho, quantidade).<br />

Já a flexibilidade de entrega consiste na habilidade<br />

para reprogramar a entrega de bens e<br />

serviços, considerando as formas de reposição<br />

— reposição contínua, em que a quantidade é<br />

fixa, mas o período é variável e reposição variável,<br />

em que a quantidade é variável, mas o<br />

período é fixo.<br />

A flexibilidade de volume é a habilidade para<br />

modificar os níveis de produção ou atividade.<br />

E a flexibilidade estratégica considera, especialmente,<br />

o aparecimento de<br />

novos concorrentes no mercado, a parceria<br />

entre os concorrentes, a inovação por meio<br />

do lançamento de novos produtos e assim por<br />

diante.<br />

Há a flexibilidade de processos, que é o conhecimento<br />

e integração dos processos envolvidos<br />

na cadeia de suprimentos (uso de ERP contribui<br />

para conferir essa flexibilidade).<br />

A flexibilidade de gestão permite ações e reações<br />

que atendam prontamente as necessidades<br />

do negócio.<br />

E a flexibilidade dos fornecedores é conjunto<br />

ajustado de fornecedores que oferecem fontes<br />

de suprimentos de materiais.<br />

É importante o compartilhamento de informações<br />

e o processo colaborativo para compreender<br />

melhor a demanda futura.<br />

A flexibilidade dos transportes considera que<br />

tanto o transportador quanto o veículo precisam<br />

se adaptar às exigências do cliente. As<br />

atividades de transporte representam mais que<br />

movimentar cargas de um ponto a outro.<br />

A flexibilidade de armazenagem considera que<br />

todos os elementos que constituem o sistema<br />

de armazenagem (estocagem, movimentação)<br />

devem funcionar com agilidade e eficiência. A<br />

estrutura física é um item fundamental, bem<br />

como a possibilidade de aplicar o sistema cross-docking,<br />

que dispensa a necessidade de armazenagem<br />

por períodos longos.<br />

A flexibilidade do canal de distribuição precisa<br />

ser amparada pela TI e considerar a manutenção<br />

de estoques perto do cliente (logística de<br />

antecipação), bem como o adiamento de certas<br />

operações (etiquetagem, embalagem) para um<br />

momento mais próximo dos pedidos concretizados<br />

(logística de postergação).<br />

E a flexibilidade de serviço ao cliente é o resultado<br />

final da execução de todas as outras<br />

operações logísticas. É necessário atender as<br />

necessidades específicas de cada cliente.<br />

A flexibilidade logística pode oferecer muitas<br />

vantagens, inclusive operacionais. Já vimos que<br />

ela ajuda a aumentar o potencial competitivo.<br />

Além disso, ela permite:<br />

agilidade de resposta, com o desenvolvimento<br />

de serviços mais rápidos; maximização do<br />

tempo; manutenção da confiabilidade, mantendo<br />

as operações dentro do que foi programado.<br />

Homeostase: Com influência do meio externo<br />

(crise), manter uma condição estável, mediante<br />

múltiplos ajustes internos. - Resiliência:<br />

A capacidade de se recuperar ou se adaptar a<br />

mudanças, nesse caso oriundas da crise. - Crise:<br />

Evolução, distúrbio ou retrocesso econômico.<br />

Não existe formula mágica, as Organizações<br />

se adaptam a tudo a sua volta e a todo momento,<br />

as vezes de forma lenta quase imperceptível<br />

e as vezes de forma drástica. A Logística não<br />

foge a isso, assim como outros setores das Organizações<br />

irá se adaptar.<br />

Sua forma de agir, pensar e enxergar processos,<br />

métodos, novas tecnologias e até mesmo<br />

a próprio medo generalizado, onde é proporcional<br />

ao tamanho da crise ou do problema,<br />

gera uma reflexão profunda de toda a cadeia<br />

de abastecimento e consequentemente mudará<br />

a realidade, mudando paradigmas, porém<br />

Organizações medíocres se resumem apenas


em demissões e reduções de custos, o que não<br />

está errado, mais pouco significativo no que<br />

diz respeito a conceitos e mudanças profundas.<br />

Executar os processos com extrema eficácia<br />

em ambiente e escassez de recursos mantendo<br />

o nível de serviço e reduzindo custos, torna-se<br />

um grande desafio para a logística, algo que em<br />

alguns processos pode ser muito perigoso, mas<br />

muitas vezes as empresas não tem alternativa.<br />

Veja que em muitas empresas gasta-se muito<br />

tempo para corrigir erros, ajustar inventário,<br />

acertar cadastros mal feitos.<br />

Então se fizessem certo da primeira vez muitos<br />

custos seriam eliminados ou até flexibilizados.<br />

A logística pressupõe flexibilidade e resiliência<br />

com ou sem crise, pois as variáveis (mutantes<br />

e flutuantes) que a definem estão sempre mudando.<br />

A proposta logística é altamente desafiadora.<br />

As empresas precisam criar metodologias alternativas<br />

para atender as demandas mercadológicas,<br />

visando atender as necessidades dos<br />

clientes com qualidade e eficácia.<br />

Por outro lado, precisam trabalhar de forma<br />

estratégica e criativa com o intuito de não impactar<br />

de forma insatisfatória os custos das<br />

operações logísticas, tornando o produto incompetitivo<br />

no mercado.<br />

Se por um lado, a palavra crise está estampada<br />

todos os dias nas principais páginas de notícias<br />

da internet, de jornal, na televisão, no rádio.<br />

Os números apresentados sobre a economia<br />

são cada vez mais alarmantes e desanimadores.<br />

Diante de tal cenário, uma característica essencial<br />

para não se deixar abater e seguir em frente<br />

é a resiliência. No campo da física, esse termo<br />

é utilizado para calcular o quanto de energia<br />

pode ser absorvido por um material que ao<br />

sofrer um determinado impacto é capaz de se<br />

regenerar e voltar a sua forma original, mesmo<br />

depois de deformado.<br />

E justamente por conta disso a palavra resiliência<br />

foi apropriada por pesquisadores que passaram<br />

a se interessar em estudar pessoas que<br />

permaneciam saudáveis mesmo sendo expostas<br />

a severas adversidades.<br />

Por outro, o termo resiliência pode ser entendida<br />

como a capacidade do indivíduo de<br />

"segurar as pontas" em situações de pressão e<br />

situações adversas (que pode ser de situação<br />

problemática mal definida ou de situação problema<br />

explícita onde se requer mudanças sistematicamente<br />

desejáveis e culturalmente viáveis<br />

com vistas para uma ação para melhorar a situação<br />

problema, usando suas habilidades para<br />

crescer e aprender com os desafios.<br />

A cadeia de abastecimento é composta por<br />

vários setores, representando um conjunto de<br />

processos necessários para obter materiais,<br />

agregar- lhes valor dentro da concepção dos<br />

seus clientes e disponibiliza-los onde e quando<br />

os clientes desejarem.<br />

Enfim, é um setor dinâmico, cheio de desafios<br />

e muito propenso a conflitos. Quem decide<br />

trabalhar nas áreas que envolvem o abastecimento<br />

e obter sucesso, precisam ser profissionais<br />

resilientes e não resistentes.<br />

Em períodos de crise, onde as empresas precisam<br />

ser rápidas para acompanhar as mudanças<br />

do mercado, é comum o profissional resistente<br />

atrapalhar o ritmo do processo, pois ele resiste<br />

em sair da zona de conforto, onde normalmente<br />

não existem riscos e ele não terá aborrecimentos.<br />

Diferente do profissional resiliente,<br />

que sempre é flexível e contribui com a empresa<br />

de forma positiva.<br />

Cada vez mais as empresas de classe mundial<br />

direcionam seus esforços no sentido de usar<br />

velocidade e rapidez nas entregas como estratégias<br />

competitivas.<br />

A velocidade é o principal mandado da logística<br />

contemporânea, e seu objetivo consiste em<br />

executar as atividades essenciais mais rapidamente<br />

e com maior precisão.<br />

Com isso você já pode ter percebido que o foco<br />

principal da velocidade é aumentar o giro de<br />

estoques, uma vez que existe uma relação direta<br />

entre a estrutura da cadeia logística e a redução<br />

do tempo de entrega.<br />

Não existe receita mágica no mundo dos negócios<br />

e, diante desse cenário, é mandatório e<br />

imperativo oferecer aos clientes a maior flexibilidade<br />

possível dos processos logísticos para<br />

atender suas necessidades (prazos de entrega<br />

reduzidos, competitividade nos preços através<br />

da racionalização dos custos de produção, disponibilidade<br />

de estoque, etc.).<br />

Flexibilidade e resiliência é tudo, pois processos<br />

rígidos não respondem a mudanças constantes<br />

que nosso país necessita e vive.<br />

A flexibilidade e resiliência logística fará a diferença<br />

entre o sucesso e o fracasso.<br />

O maior caos que temos no Brasil é logística<br />

atual, em detrimento da nossa crítica infraestrutura<br />

(malha logística) precisamos criar alternativas<br />

estratégicas.<br />

Não somente a Logística, mas sim todas as áreas<br />

das corporações tem que se lançar em projetos<br />

de readequação de demanda e certamente<br />

ter a flexibilidade em se ajustar num cenário<br />

aparentemente "pós-recessivo", há indícios de<br />

que a economia esteja tendo uma leve retomada,<br />

sendo assim necessitará novamente de<br />

flexibilidade nas readequações das demandas.<br />

Uma logística flexível, certamente encontrará<br />

o estado da arte e o caminho das soluções para<br />

crise, tonando-se uma logística resiliente.<br />

A uma logística resiliente à crise pode-se utilizar-se<br />

de alguns recursos como a criatividade e<br />

inovação, buscando maneiras não convencionais<br />

e nunca antes imaginadas para ultrapassar<br />

o atual cenário de crise. Torna-se imprescindível<br />

atribuir grande valor a logística, justamente<br />

pela vantagem competitiva sobretudo em um<br />

ambiente mercadológico de incertezas.<br />

Considerando que a base de tudo é a ciência<br />

da Administração e sua essência é gerar recursos<br />

(humanos, materiais e financeiros), certamente<br />

quem não se adequar de forma rápida e<br />

estratégica estará comprometendo sua permanência<br />

no mercado.<br />

Além, da parte técnica a situação exige integração<br />

econômica.<br />

A maximização da utilização, sempre atenderá<br />

o interesse organizacional.<br />

Como dizia Albert Einstein, não se pode solucionar<br />

um problema no mesmo nível em que<br />

ele foi apresentado. Afinal, a sua logística é flexível<br />

e resiliente?<br />

Adm. Gilvam Vieira da Silva - Registrado no<br />

Conselho Regional de Administração de João<br />

Pessoa - Paraíba (CRA –PB) sob o número 1-<br />

5243.<br />

Especialista em Metodologia do Ensino Superior,<br />

com mais de 20 anos de experiência como<br />

Pesquisador Acadêmico em Logística e Supply<br />

Chain Management<br />

Contato: admgilvan@yahoo.com.br<br />

41


NOTICIAS - CULTURA DO BRASILEIRO É RASA QUANDO SE FALA EM<br />

COMBATE A CORRUPÇÃO, AFIRMA ESPECIALISTA<br />

para difundir o assunto na organização, auditorias<br />

para ter um monitoramento eficiente e<br />

engajamento da alta liderança são outros aspectos<br />

importantes. “Precisa ter engajamento<br />

de diversos setores e áreas, transformando em<br />

uma questão global na companhia”, comenta.<br />

E no caso de flagrar um caso ilícito?<br />

Quando o empresário descobre um ato ilícito<br />

dentro da organização, isso é um sinal que a<br />

gestão de risco já falhou, já que não conseguiu<br />

antecipar esse risco e agir proativamente.<br />

“É claro que tem que trabalhar de maneira<br />

reativa e proativa, abrir um inquérito policial,<br />

se for funcionário, e dispensar por justa causa,<br />

amparado pela área jurídica”, comenta.<br />

O mais importante nesse caso é que depois do<br />

fato, é necessário rever a gestão de riscos, com<br />

o objetivo de embutir novos elementos para<br />

que a empresa não seja mais pega de surpresa.<br />

Fonte: Amcham Brasil<br />

Campo Grande /MS - Mauricio Roncato<br />

deu dicas de como construir um programa<br />

de compliance e de gestão de riscos<br />

Apesar de mais discussão sobre combate a<br />

fraudes e corrupção, a cultura do brasileiro<br />

ainda é rasa quanto ao assunto.<br />

Essa é a avaliação de Mauricio Roncato Piazza<br />

- Professor de Pós Graduação nas instituições<br />

FESP (Faculdade de Engenharia de São Paulo/<br />

Brasiliano e Associados) e FIA (Fundação Instituto<br />

de Administração).<br />

O convidado especial do comitê Estratégico de<br />

Economia e Finanças da Amcham – Campo<br />

Grande falou sobre compliance e gestão de riscos<br />

no dia 26/06.<br />

“O brasileiro precisa olhar um pouco para dentro<br />

de si em pensar em ser íntegro, em integridade.<br />

Porque enquanto ele faz pequenas ações<br />

que não são íntegras durante o dia, ele não tem<br />

como fortalecer isso [a cultura anticorrupção]<br />

na sociedade. Antes de serem políticos, eles<br />

são brasileiros, tem a mesma base de todos<br />

nós. Cada um ter que fazer o dever de casa”,<br />

comentou.<br />

O especialista lembra que a Lava Jato foi um<br />

grande passo para o setor privado refletir sobre<br />

assuntos como gestão de riscos, integridade<br />

42<br />

corporativa e compliance.<br />

“E esse assunto precisa ser cada vez mais discutido.<br />

Comecei a trabalhar em gestão de risco e prevenção<br />

à fraudes em 2008 e passei por várias<br />

fases de evolução desse assunto, e ele nunca<br />

evolui tanto quanto agora”, ressaltou.<br />

Como montar um programa de compliance<br />

fortalecido?<br />

Independente de a empresa ser pública ou privada,<br />

Roncato cita alguns elementos essenciais<br />

para a construção de uma política de compliance<br />

efetiva.<br />

Um dos primeiros é a cultura da empresa.<br />

“Costumo falar em compliance viável:<br />

quando o compliance é viável? Quando consegue<br />

entender o negócio, a cultura da empresa.<br />

A pessoa que está fazendo esse trabalho precisa<br />

manter elos com áreas importantes da empresa,<br />

construir o programa baseado em integridade<br />

e em sua viabilidade”, resume. Por isso,<br />

o trabalho deve envolver a implementação de<br />

uma área de avaliação de risco proativa, que<br />

consiga identificar e antecipar questões; outra<br />

área importante é a de controles internos, para<br />

que possa dar segurança a esses processos da<br />

companhia.<br />

Uma equipe de treinamento e comunicação


ARTIGO - Devo aceitar qualquer emprego? Por: Fernanda Andrade é Gerente<br />

de Hunting e Outplacement da NVH - Human Intelligence.<br />

No entanto, tudo depende do ponto de vista<br />

e das oportunidades que podem ser oferecidas<br />

futuramente. Nesse sentido, é imprescindível<br />

analisar as possibilidades de plano de carreira<br />

e desenvolvimento que a empresa pode proporcionar.<br />

Às vezes, vale a pena encarar um<br />

sacrifício temporário.<br />

O candidato também deve sempre avaliar o clima<br />

organizacional.<br />

Pesquise sobre a empresa e, se possível, procure<br />

conversar com atuais e ex-colaboradores.<br />

Ninguém melhor do que eles para dizer se vale<br />

a pena investir nesta empresa.<br />

Empresas com bons ambientes de trabalho são<br />

muito mais saudáveis e proporcionam colaboradores<br />

mais felizes e produtivos.<br />

Aquelas que oferecem opção de home office<br />

estão entre as que possuem maior índice de<br />

satisfação. No final, satisfeitos, todos saem ganhando.<br />

Com a crise econômica, o índice de desemprego<br />

está na casa dos 13 milhões. É muita gente<br />

buscando uma recolocação profissional.<br />

E, como o mercado obedece a lei da oferta e da<br />

procura, muitos salários foram reduzidos.<br />

Dessa forma, está praticamente impossível encontrar<br />

a oportunidade dos sonhos. Mas, isso<br />

quer dizer que devo aceitar qualquer emprego?<br />

Não necessariamente.<br />

Todos precisamos trabalhar, mas é preciso<br />

lembrar que o trabalho não é apenas um meio<br />

para a nossa sobrevivência, ele é também um<br />

meio para a nossa realização pessoal e profissional.<br />

Sendo assim, é muito importante que<br />

busquemos uma oportunidade que realmente<br />

nos complete e nos faça cumprir os objetivos<br />

profissionais que traçamos.<br />

A questão financeira é sim muito importante,<br />

mas nunca deve ser avaliada de forma isolada.<br />

Quando surge uma oportunidade de emprego<br />

precisamos nos fazer várias perguntas. A primeira<br />

questão é sobre a cultura da empresa. É<br />

muito importante fazer o que se gosta e em um<br />

ambiente saudável.<br />

Quem não está encontrando uma opção interessante<br />

no mercado de trabalho precisa avaliar<br />

também a possibilidade de seguir uma carreira<br />

solo.<br />

Dependendo da área em que você atua, talvez<br />

seja possível se tornar um consultor. Nessa<br />

hora, também é comum alguns profissionais<br />

resolverem empreender.<br />

Nesse caso, é preciso muita cautela e planejamento<br />

para que o negócio dê certo. Estudar<br />

muito bem o mercado e a área em que se pretende<br />

atuar é fundamental.<br />

Por fim, cabe destacar que a relação entre candidato<br />

e empregador deve ser sempre muito<br />

clara, honesta e transparente.<br />

Trata-se de uma situação equilibrada, onde um<br />

não tem vantagem sobre o outro.<br />

Desempregadas, muitas pessoas tendem a<br />

achar que devem aceitar “qualquer coisa”, mas<br />

isso não é bem uma verdade. Procure negociar<br />

de igual para igual. A empresa não é soberana<br />

e cabe uma relação justa, onde o potencial empregado<br />

se sinta valorizado e respeitado.<br />

Fernanda Andrade é Gerente de Hunting e<br />

Outplacement da NVH - Human Intelligence.<br />

E, não há nada pior do que trabalhar em um<br />

local com o qual não nos identificamos. Tudo<br />

parece se tornar um fardo. E, por mais que a<br />

necessidade financeira seja grande, muito provavelmente<br />

o profissional não irá aguentar isso<br />

por muito tempo.<br />

Outra questão é o alinhamento de competências.<br />

Muitas vagas podem ser para cargos e responsabilidades<br />

inferiores aos que você estava<br />

acostumado e, a princípio, isso pode parecer<br />

muito desestimulante.<br />

44


Sílvia Leão<br />

A Bachellor Cosméticos foi criada através do<br />

sonho de seus fundadores Fábio Dias e Suzana<br />

Vilela Dias. Após anos de pesquisa no setor<br />

cosmético internacional e nacional, foi desenvolvido<br />

um trabalho sério e de qualidade com<br />

produtos elaborados através de matérias-primas<br />

de última geração, especialmente testadas<br />

para as condições climáticas brasileiras. Foram<br />

criados revestimentos especiais e prima-se<br />

por um acabamento sofisticado, visando atender<br />

aos mais exigentes consumidores, sempre<br />

mantendo o comprometimento em relação ao<br />

meio ambiente e o respeito aos animais.<br />

Com quase 10 anos de mercado, a Bachellor<br />

tem cada vez mais se posicionado no mercado<br />

nacional e hoje deseja ser reconhecida como<br />

uma empresa comprometida com seus sonhos.<br />

Por isso, hoje, está entrando no mercado brasileiro<br />

de marketing de relacionamento e oferecendo<br />

estrutura e aprimoramento contínuo<br />

necessários para que você tenha seu próprio<br />

negócio de sucesso.<br />

Possui, em seu universo da beleza, uma completa<br />

linha com mais de 150 itens para cuidados<br />

pessoais, entre eles perfumaria feminina e<br />

masculina, produtos capilares e corporais, entre<br />

outros.<br />

Inserida neste contexto empreendedor está a<br />

Equipe Fênix, fundada inicialmente em Ribeirão<br />

Preto/SP.<br />

Hoje, a equipe conta com diversos líderes com<br />

especialidades diversas, como treinamento de<br />

equipes, coaching, vendas, psicologia, gestores,<br />

empresários e empreendedores em geral, o que<br />

faz com que a Equipe Fênix seja uma das mais<br />

fortes e maiores equipes de MKT de relacionamento<br />

do Brasil.<br />

A equipe Fênix está experimentando neste<br />

momento um crescimento exponencial, isso<br />

aliado aos 5 pilares fundamentais para o desenvolvimento<br />

desse tipo de negócio, que são<br />

eles: i) Produtos de qualidade; ii) Infraestrutura<br />

(capital, logística e TI); iii) Plano de MKT;<br />

iv) A gestão da empresa e v) Momento.<br />

Este último, refere-se ao momento de maior<br />

potencial na indústria do MKT de relacionamento<br />

que ocorre justamente nos 2 ou 3 primeiros<br />

anos após o lançamento oficial da empresa<br />

no mercado de vendas diretas, sendo que,<br />

no caso da Bachellor, ocorrerá dia 28/07/<strong>2018</strong>.<br />

Ou seja, para aqueles que desejam empreender<br />

e ter seu próprio negócio, esta se trata de uma<br />

oportunidade imperdível!<br />

Pois além de estar inserido no melhor momento<br />

do crescimento de uma fantástica empresa<br />

como a Bachellor, possui a estrutura construída<br />

pela Equipe Fênix, fornecendo todo o suporte<br />

para o desenvolvimento profissional e<br />

pessoal do empreendedor rumo ao sucesso.<br />

E como exemplo da liderança dentro da Equipe<br />

Fênix temos a Coach, empresária e fundadora<br />

da LionRH, Sílvia Leão.<br />

Uma das principais lideranças dentro da Equipe<br />

Fênix, Sílvia vem desenvolvendo um trabalho<br />

de orientação e apoio, sendo um dos pilares<br />

da equipe no desenvolvimento pessoal e<br />

profissional dos empreendedores que compõe<br />

o time.<br />

Para conhecer melhor o projeto, seus benefícios<br />

e todas as suas 9 formas de bonificação,<br />

os contatos da Sílvia Leão estão disponíveis<br />

abaixo.<br />

(16) 98183-9990 - Whatsapp<br />

site: http://silleao.bachellorfamily.com.br/<br />

47


Conarh <strong>2018</strong> – Um explorador do futuro chamado RH – Conrado Schlochauer,<br />

cofundador da Affero Lab, fala de pensamento futurista para o RH e como ele<br />

pode ajudar a construir o futuro que deseja<br />

A<br />

clássica discussão sobre o RH ser convidado<br />

a participar do board para discutir<br />

estratégias de futuro continua atual, mesmo<br />

numa época em que a transformação digital<br />

escancara a premência de muitas empresas<br />

mudarem sua cultura para surfar nesses novos<br />

tempos.<br />

“Quando a gente fala de transformação digital,<br />

talvez o principal aspecto seja a cultura organizacional,<br />

mas conheço poucas empresas em<br />

que o RH lidera esse processo; geralmente, é<br />

alguém de TI”, aponta Conrado Schlochauer,<br />

cofundador da Affero Lab, empresa de educação<br />

corporativa, e embaixador da Singularity<br />

University em São Paulo.<br />

Por que isso acontece? Talvez porque o próprio<br />

RH esteja acomodado em um papel que<br />

já não lhe cabe mais; talvez porque a empresa<br />

não enxergue em RH uma área propensa a disrupções.<br />

“O RH vive um momento totalmente<br />

paradoxal: nunca foi tão importante a questão<br />

das pessoas em um mundo focado em tecnologia<br />

e, ao mesmo tempo, nunca foi difícil ele<br />

ser ouvido nesse processo”, coloca Schlochauer.<br />

48<br />

“Quando o RH participa do debate sobre estratégias<br />

estruturadas, efetivas e diferentes daquelas<br />

clássicas para reorganizar a empresa, o<br />

impacto nos negócios é visível.”<br />

Seja qual for a causa, há uma luz no fim do túnel<br />

indicando que isso pode mudar: de acordo<br />

com Schlochauer, a prática corporativa tem<br />

mostrado que, quando o RH participa do debate<br />

sobre estratégias estruturadas, efetivas e<br />

diferentes daquelas clássicas para reorganizar<br />

a empresa, o impacto nos negócios é visível. Já<br />

quando ele se manifesta afeito aos processos<br />

tradicionais, muitas vezes vistos como pouco<br />

impactantes para o negócio, acaba não sendo<br />

ouvido. Sendo assim, dá para levar essa discussão<br />

a um novo patamar.<br />

Se o próprio RH se posicionar como explorador<br />

do futuro, que busca respostas inovadoras<br />

para o presente, poderá se tornar um agente<br />

estratégico, como já acontece em empresas<br />

globais como IBM e Unilever. Para tanto, é preciso<br />

que o RH entenda o ambiente 4.0, em que<br />

as mudanças são constantes, e seja envolvido<br />

como ator do processo de mudanças.<br />

Para ajudar o RH a dar um passo nessa direção,<br />

em agosto, Schlochauer estará no Espaço<br />

Lab Digital, novidade do CONARH <strong>2018</strong> – 44º<br />

Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas.<br />

Em parceria com a Rito, empresa dedicada a<br />

experiências imersivas para pessoas e organizações<br />

vivenciarem cenários complexos e<br />

criarem memórias de futuro, ele conduzirá o<br />

workshop Organização 4.0.<br />

“Costumo me apresentar como presentista,<br />

não como futurista. Tem muita gente boa<br />

olhando o que deve acontecer, mas o meu<br />

olhar é para o que acontece agora. Não falo de<br />

futurismo, mas de pensamento futurista para o<br />

RH e como ele pode ajudar a construir o futuro<br />

que deseja”, define.<br />

A dinâmica a ser aplicada no workshop chama-se<br />

What if (E se…), um jogo de exploração<br />

coletiva de futuros alternativos. “É uma viagem<br />

a fazer, e nós vamos conduzi-la para que se entenda<br />

de que forma o RH participa desse processo”,<br />

finaliza.<br />

O workshop Organização 4.0 vai acontecer no<br />

dia 15 de agosto, das 10h30 às 14h, na sala 3 do<br />

São Paulo Expo.


O que acontece ao seu negócio quando pode contar com<br />

outros empresários geradores de indicações milionárias?<br />

Se duas cabeças pensam melhor do que uma, imagine o<br />

que 20 ou 30 “mentores” poderiam fazer para ajudá-lo,<br />

ativamente, a resolver os maiores desafios na geração de<br />

novos negócios de sua empresa.<br />

É isso que mais e mais donos de empresas, de segmentos<br />

diversificados, que faturam de R$10 milhões a R$200<br />

milhões/ano, em vários países e, agora no Brasil, estão fazendo.<br />

Fazendo reuniões quinzenais, por 90 minutos, regularmente,<br />

para abrir portas a novos clientes, de maneira<br />

colaborativa e sistemática, gerando uma parcela importante<br />

do faturamento das empresas, chegando a mais de 20%<br />

das receitas brutas anuais das empresas participantes.<br />

Há muitos anos, as redes chamadas peer-to-peer, inclusive<br />

no Brasil, vêm tentando através de shows, apresentações<br />

com gente famosa, almoços, workshops e feiras fazer algo<br />

similar. Mas este processo, aparentemente promissor, consome<br />

valioso investimento e tempo. Na prática, tem se<br />

mostrado inviável pela falta de uma metodologia robusta<br />

que proporcione resultados concretos.<br />

A Corporate Connections, alicerçou seu programa de<br />

geração de indicações e referências de negócios num conceito<br />

testado e aprovado por mais de 30 anos, no mundo<br />

inteiro, para ajudar a acelerar o crescimento das MPEs.<br />

No Brasil, assim como em outros 72 países, a organização<br />

BNI – Business Network International, comprovou ser<br />

uma plataforma inigualável, que cresce ininterruptamente<br />

ano após ano desde 1985, tão grande é o resultado gerado<br />

para seus mais de 230 mil membros. Mas, seria possível<br />

algo similar para empresas maiores?<br />

Dez anos atrás, um dos membros da BNI no Canadá, cresceu<br />

aceleradamente com sua empresa. Depois de alavancar<br />

todo o valor que pôde obter do grupo de relacionamento<br />

do BNI a qual fazia parte, se viu, praticamente, forçado a<br />

procurar outros parceiros-empresários, igualmente, bem-<br />

-sucedidos para continuar alavancando seus negócios.<br />

Foi então que surgiu a organização Corporate Connections.<br />

50<br />

Claramente, nesse mercado de médias e grandes empresas,<br />

seus líderes, seja da alta direção ou seus respectivos<br />

sócios-proprietários, normalmente, possuem oportunidades<br />

muito limitadas para gerarem indicações de negócios<br />

mutuamente, crescerem com o aconselhamento de outros<br />

líderes de sucesso e trocarem experiências profissionais<br />

com seus pares. Há uma falta real de boas oportunidades,<br />

informações e indicações/referências para os profissionais<br />

que estão à frente de suas empresas com a pressão de expandirem<br />

seus negócios seja aqui no Brasil como no mundo.<br />

Comparo isso ao uso de pilhas: Uma bateria sozinha<br />

tem energia. Mas quando você coloca um monte de baterias<br />

juntas, o poder é ampliado. Esse é o nosso objetivo<br />

- elevar os C-Level’s e <strong>Empresários</strong> bem-sucedidos, para<br />

um patamar superior, aumentando-os através do poder e<br />

sabedoria do grupo na geração de riquezas, não somente<br />

materiais, mas, principalmente, na realização de uma vida<br />

de qualidade com relacionamentos fortes, significativos e<br />

duradouros.<br />

Para participar ou não<br />

Antes de ingressar em um grupo Corporate Connections,<br />

os executivos e empresários devem pensar se sua personalidade<br />

os ajudará a tirar o máximo proveito do grupo e se<br />

eles têm o compromisso pessoal com os outros.<br />

As pessoas mais eficientes são donos de empresas, e C-Level’s<br />

que tenham a mentalidade que chamamos de “Givers<br />

Gain”. E não basta apenas “querer” entrar. Há uma prévia<br />

análise de seu perfil: algumas entrevistas. Ou seja, será selecionado<br />

aquela pessoa que tenha o nível e perfil adequados<br />

e a disposição de praticar a habilidade de buscar primeiro<br />

ajudar o outro a obter mais sucesso. Se todos agirem<br />

assim, todos ganharão.<br />

A dinâmica do grupo<br />

O mais importante é que os CEOs, donos de empresas e<br />

executivos níveis C, têm tempo muito limitado. Algumas<br />

entidades de classe, associações, têm um componente social<br />

necessário, como retiros anuais e funções sociais. Na<br />

Corporate Connections há, praticamente, apenas uma<br />

reunião quinzenal durante o café da manhã, em um lugar<br />

altamente diferenciado.<br />

Uma vez que você se compromete a participar, você é<br />

treinado nas melhores práticas do marketing de relacionamento<br />

e referências, recebe um mentor, um par de seu<br />

nível. E pronto!<br />

A chave para o sucesso é que a liderança é feita por um<br />

facilitador treinado, alguém que sabe como tirar o melhor<br />

proveito do grupo. Um grupo que concretiza ações não é<br />

um grupo que faz apenas brainstorming. É necessário alguém<br />

que seja hábil em envolver cada membro, desconstruindo<br />

sistemas de crenças que impedem uma conversa,<br />

todas as coisas que levam o grupo a ajudar na geração de<br />

referências e construção de relacionamentos significativos.<br />

Profissionais bem-sucedidos dependem de referências de<br />

negócio “boca-a-boca” e sistemas que permitem que se<br />

“trabalhe com inteligência”. O ProgramaCorporate Connections<br />

oferece um ambiente estruturado e solidário,<br />

que comprovadamente gera milhões de dólares em negócios<br />

fechados, através da geração de referências qualificadas<br />

para os membros.<br />

Minha conclusão<br />

“Desde que me tornei um empreendedor oficial, participei<br />

de eventos empresariais. Eu participei e me juntei a milhares<br />

de organizações diferentes. Há muitos por aí que eu<br />

Corporate Connections Brasil<br />

pessoalmente não tirei nada. Quer você deseja se conectar,<br />

conhecer mentores ou obter insights sobre as últimas<br />

tendências do setor, participar e participar de uma organização<br />

tem uma abundância de benefícios que podem<br />

torná-lo um empreendedor mais forte e eficaz. No entanto,<br />

nem todas as organizações são criadas iguais. É por isso<br />

que acreditei na Corporate Connections, é um ambiente<br />

onde todos igualmente contribuem, colaborativamente,<br />

para acelerar o negócio de cada membro. Definitivamente,<br />

não há nada igual.” - Marcos R. Martins e Pedro Carvalho.<br />

Marcos R. Martins é Diretor Nacional da Organização<br />

Corporate Connections, Sócio-Proprietário e CEO da<br />

BNI no Brasil, maior e mais bem-sucedida organização<br />

de Networking de Negócios do Mundo. Com experiência<br />

profissional de 29 anos como executivo de empresas multinacionais,<br />

tais como, FORD, BOSCH, SAP, MRO (Grupo<br />

IBM) e BNI. Formado em Engenharia de Produção pela<br />

UFSCar, Mestrado em Engenharia de Produção pela USP e<br />

MBA (Comportamento Organizacional) pela Universidade<br />

de Brighton na Inglaterra. Hoje atua como Embaixador<br />

da Universidade de Brighton para a América Latina, e responsável<br />

pela expansão e desenvolvimento da organização<br />

BNI – Business Network International como Master Franqueador<br />

para todo Brasil desde 2009.<br />

Contato: marcos@corporateconnections.com.br<br />

Pedro Carvalho é Diretor Executivo do Corporate Connections<br />

de São Paulo, Sócio da in-sight® onde faz Recrutamento<br />

& Seleção de Executivos e é Diretor do Centro de<br />

Carreiras de Executivos da Associação dos Ex-Alunos da<br />

GV onde fundou a iniciativa de Orientação para a Carreira<br />

de Executivos. Engenheiro Eletrônico formado pela<br />

FAAP, com dois mestrados nos Estados Unidos: MBA na<br />

Thunderbird e Mestrado em Sistemas e Controle na Bradley<br />

University. Trabalhou em empresas como Lucent,<br />

Nortel Networks, Elevadores Otis e Banco Pactual, sob<br />

responsabilidades como Finanças, Pesquisa, Marketing e<br />

Investimentos. É Presidente da associação dos ex-alunos<br />

da Thunderbird University.<br />

Contato: pedro@corporateconnections.com.br<br />

Corporate Connections Brasil<br />

Mais informações: (11) 2506-7402<br />

www.corporateconnections.com.br


BNI Brasil - Business Network Internacional<br />

BNI Brasil gera mais de R$ 416<br />

milhões em negócios em 2017<br />

Em um cenário econômico considerado difícil,<br />

os empresários que participam do BNI Brasil<br />

ultrapassaram a marca de R$ 416 milhões em<br />

negócios fechados a partir de referências trocadas<br />

entre si em 2017.<br />

A operação brasileira da maior e mais bem sucedida<br />

organização mundial de networking de<br />

negócios não para de crescer e já reúne mais<br />

de 4.700 membros organizados em 130 equipes<br />

nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,<br />

Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina,<br />

Paraná e Bahia.<br />

No exterior, o BNI também continua sua história<br />

de crescimento constante desde a sua criação<br />

há mais de 30 anos.<br />

Nos últimos doze meses, seus 235 mil membros<br />

organizados em mais de 8 mil equipes<br />

em 73 países geraram cerca de 10 milhões de<br />

referências que resultaram na impressionante<br />

marca de U$ 14 bilhões em negócios fechados.<br />

“Não restam dúvidas que a metodologia exclusiva<br />

do BNI funciona e gera crescimento constante<br />

para seus membros, devido à sua visão de<br />

longo prazo na construção de relações baseadas<br />

na confiança e na filosofia Givers Gain, que<br />

significa ganhar contribuindo. Nós estamos<br />

muito satisfeitos com os mais recentes resultados<br />

e decididos a dar continuidade a esta história<br />

de sucesso”, comemora Marcos R. Martins,<br />

CEO do BNI Brasil.<br />

BNI Brasil - Business Network International<br />

Mais informações: (11) 3532-3015<br />

www.bnibrasil.com.br<br />

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52


A IMPORTÂNCIA DA CONTRATAÇÃO DE ADVOCACIA PREVENTIVA Por:<br />

Paula Pace Prado, advogada, formada em 2001 pela Universidade Católica de Direito<br />

de Santos, membro da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos<br />

Advogados do Brasil<br />

poderá minimizar suas perdas tomando decisões<br />

adequadas a seu negócio.<br />

Assim, a advocacia preventiva<br />

se tornou, um grande investimento que, com<br />

o passar dos tempos, gerará cada vez mais segurança,<br />

minimizando os gastos inesperados<br />

com multas e processos judiciais.<br />

contratação de uma advocacia preventiva<br />

A é considerada hoje, ao contrário do que<br />

podemos imaginar, uma forma de minimizar<br />

custos para o empresário, e que vem tomando<br />

cada vez mais espaço no nosso país, com inclusão<br />

de técnicas que diminuem o índice de<br />

processos judiciais.<br />

Como é sabido, lidamos diariamente<br />

com a morosidade do Poder Judiciário, onde<br />

um processo pode levar anos para que ocorra o<br />

seu deslinde e dessa forma a advocacia preventiva<br />

tornou-se necessária com o claro objetivo<br />

de diminuir perdas não só financeiras, mas<br />

também de cunho moral para o empresário.<br />

O que podemos perceber, é que<br />

com o auxílio de uma advocacia preventiva o<br />

empresário encontra-se amparado nos mais<br />

diversos seguimentos, como por exemplo,<br />

aquele empresário lojista, ou que presta serviços<br />

ao consumidor final, onde há necessidade<br />

da observância de regras contidas no Código<br />

de Defesa do Consumidor, como, elaboração<br />

de contratos adequados a cada área, elaboração<br />

de contratos de garantias, estabelecimento<br />

de políticas de troca, dentre outros.<br />

Podemos ainda constatar que as<br />

vantagens trazidas ao empresário são inúmeras,<br />

pois além de se utilizar da prevenção para<br />

redução de gastos, como dito acima, ainda<br />

pode contar com uma assessoria em sua vida<br />

particular, como, por exemplo, assessoria em<br />

Contratos Bancários; Celebração de Contratos<br />

em geral, Compra, Venda e Locações de Bens,<br />

dentre outros tantos existentes no mundo jurídico.<br />

Assim sendo, a assessoria jurídica<br />

que um advogado especializado pode fornecer<br />

ao empresário, não se restringe apenas quando<br />

os problemas já estão instalados e na defesa de<br />

processos judiciais mas também na área consultiva,<br />

onde há possibilidade de prevenir o<br />

empresário, com a adoção de medidas garantidoras<br />

de sua segurança, evitando conflitos.<br />

Podemos concluir, que a importância<br />

da contratação de uma advocacia preventiva<br />

são inúmeras e valem o investimento,<br />

quando pensamos na possibilidade de sermos<br />

surpreendidos com processos judiciais e consequentemente<br />

despesas desnecessárias que<br />

poderia ser evitadas por meio de uma assessoria<br />

jurídica que auxilia o empresário a tomar as<br />

melhores decisões para o seu negócio.<br />

Paula Pace Prado, advogada, formada em 2001<br />

pela Universidade Católica de Direito de Santos,<br />

membro da Comissão de Direito do Consumidor<br />

da Ordem dos Advogados do Brasil<br />

desde 2010, atuou como assessora do XIV Turma<br />

do Tribunal de Ética da OAB/SP nos anos<br />

de 2004/2005, foi assessora da Câmara Municipal<br />

de Santos nos períodos de 2003/2004 e<br />

2006/2008, assessora da 6ª Câmara Recursal<br />

do Tribunal de Ética da OAB/SP nos anos de<br />

2014/2016, sócia desde 2005 da Serrette e Prado<br />

Advogados Associados.<br />

Importante ainda se verificar, que<br />

muitas vezes, com a adoção de medidas orientadas<br />

por uma assessoria jurídica especializada<br />

o empresário, acaba obtendo lucros, precavendo-se<br />

principalmente de demandas judiciais.<br />

Acreditar ainda que o auxílio de<br />

um advogado é necessário apenas em grandes<br />

empresas, é uma ideia totalmente ultrapassada,<br />

uma vez que o pequeno empresário, que conta<br />

com uma assessoria preventiva de referência,<br />

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