Abastece BA 41 - A HORA DA VIRADA
A solução que vai devolver a competitividade ao setor.
A solução que vai devolver a competitividade ao setor.
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O setor atacadista distribuidor na<br />
Bahia sempre teve um papel<br />
importante como engrenagem<br />
na Cadeia de Distribuição, sobretudo<br />
a partir do ano 2000,<br />
quando entrou em vigor o Termo<br />
de Acordo da categoria (Lei<br />
7.799/2000), negociado com o<br />
Governo através da mediação da<br />
AS<strong>DA</strong>B.<br />
Com o maior contingente populacional<br />
do Nordeste, o mercado<br />
baiano sempre foi promissor para<br />
os negócios, mas nunca foi fácil.<br />
Os distribuidores sempre tiveram<br />
que competir com empresas de<br />
outros estados que vinham aproveitar<br />
as oportunidades no mercado<br />
baiano.<br />
Bruno Branco<br />
Assessor jurídico-tributário da AS<strong>DA</strong>B<br />
Entenda o cenário atual - A partir<br />
de 2010 o cenário começou a se<br />
tornar ainda mais difícil para os<br />
agentes de distribuição baianos,<br />
quando o Estado passou a adotar<br />
o Regime de Substituição Tributária<br />
de forma mais ampla. O<br />
consultor tributário da AS<strong>DA</strong>B,<br />
Bruno Branco, explica que o<br />
resultado da hegemonia e consolidação<br />
da cobrança do ICMS<br />
através do regime de Substituição<br />
Tributária por Antecipação<br />
em uma vasta gama de produtos<br />
foi uma redução do impacto dos<br />
benefícios tributários concedidos<br />
à categoria de distribuição através<br />
do Decreto 7.799/00 e o<br />
fortalecimento de empresas que<br />
operam no sistema de autosserviço,<br />
também conhecidas como<br />
cash and carry.<br />
Expansão do autosserviço - “A<br />
propagação de empresas de<br />
autosserviço nas maiores cidades<br />
do interior do estado revela a<br />
falta de competitividade dos<br />
atacadistas baianos para atuar<br />
em sua Cadeia de Abastecimento.<br />
Esse desequilíbrio é provocado<br />
pela equiparação tributária<br />
entre os segmentos de atacado e<br />
varejo no sistema de cálculo do<br />
ICMS para os itens enquadrados<br />
no Regime de Substituição Tributária”,<br />
analisa Branco.<br />
O presidente da AS<strong>DA</strong>B, Antônio<br />
Cabral, ressalta que o regime<br />
aplicado em larga escala sobre o<br />
portfólio da categoria, comprometeu<br />
a posição que o setor<br />
ocupa na Cadeia de Distribuição.<br />
“Perdemos a condição de cadeia<br />
intermediária, responsável por<br />
abastecer Pequeno e Médio<br />
Varejo, Bares, Restaurantes,<br />
Farma-Cosméticos e Microempreendedores<br />
Individuais<br />
(M.E.I.)”, argumenta.<br />
Guerra Fiscal – Em 2012, em<br />
pleno auge da guerra fiscal, a<br />
consolidação da dinâmica de<br />
substituição tributária levou a<br />
Bahia a experimentar uma forte<br />
invasão de produtos oriundos de<br />
outros estados, que chegavam ao<br />
mercado interno impulsionados<br />
por agressivos incentivos fiscais<br />
sobre o ICMS.<br />
Diante daquele contexto de mercado,<br />
a AS<strong>DA</strong>B conseguiu negociar<br />
com o Governo a instituição<br />
de um instrumento regulador, a<br />
Glosa de Crédito, que passou a<br />
funcionar como um mecanismo<br />
de proteção do mercado local<br />
contra a concorrência desigual de<br />
empresas de outros estados.<br />
O Decreto 14.213/2012 implementou<br />
o bloqueio de créditos<br />
fiscais do ICMS das entradas<br />
interestaduais de mercadorias<br />
contempladas com benefício<br />
fiscal. Na prática significa dizer,<br />
que as empresas de fora do<br />
estado teriam sua vantagem<br />
tributária reduzida de maneira<br />
que as empresas locais, que<br />
tinham uma carga tributária<br />
muito superior, pudessem ter<br />
condições mais igualitárias de<br />
concorrência.<br />
“A essa altura, a discussão em<br />
torno da Guerra Fiscal entre os<br />
Estados atravessou momentos de<br />
tensão, que culminaram com<br />
publicação da Resolução 13 do<br />
Senado Federal, reduzindo as<br />
alíquotas interestaduais de ICMS<br />
para 4% quando das saídas de<br />
produtos com conteúdo importado<br />
superior a 40% do valor da<br />
operação”, lembra Bruno Branco.<br />
Pé no freio - Apesar da tentativa<br />
de proteção concedida pela<br />
Glosa de Créditos de ICMS, a<br />
sonegação e a pressão dos estados<br />
vizinhos foram capazes de<br />
comprometer o desempenho do<br />
setor de distribuição, achatando<br />
seus resultados e imprimindo um<br />
ritmo de desaceleração à categoria.<br />
O Estado da Bahia, que já<br />
chegou a ocupar a quinta posição<br />
no ranking de faturamento<br />
do setor, registrou em 2017, seu<br />
pior desempenho dos últimos<br />
anos, caindo para a oitava colocação,<br />
é o que revelou o Ranking<br />
A<strong>BA</strong>D/Nielsen publicado em<br />
33 | abastece <strong>BA</strong> | julho/agosto 2018