Abastece BA 41 - A HORA DA VIRADA
A solução que vai devolver a competitividade ao setor.
A solução que vai devolver a competitividade ao setor.
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“<br />
“Não há competição<br />
de mercado ou<br />
concorrência<br />
equilibrada com<br />
cargas tributárias tão<br />
desiguais, o que está<br />
havendo é a redução<br />
econômica do setor<br />
enquanto as<br />
empresas instaladas<br />
na Bahia estão<br />
minguando”,<br />
Bruno Branco,<br />
Assessor jurídicotributário<br />
da AS<strong>DA</strong>B<br />
2018.<br />
O presidente Antônio Cabral<br />
destaca que apesar de ocupar a<br />
oitava posição no ranking nacional,<br />
as empresas baianas só<br />
começam a ser listadas a partir<br />
da 67ª posição. “Estes dados<br />
confirmam que a Bahia possui<br />
muitas empresas de pequeno e<br />
médio porte, enquanto que as<br />
grandes e mais consolidadas<br />
empresas do setor estão em<br />
outros estados do Nordeste,<br />
Centro-Oeste e Sudeste”, explica.<br />
As razões para essa distorção, diz<br />
Cabral, vêm se desenrolando ao<br />
longo dos últimos anos e estão<br />
concentradas numa combinação<br />
de fatores: as grandes proporções<br />
geográficas e populacionais<br />
da Bahia, que a tornam um mercado<br />
muito atraente, o fato de<br />
ter áreas de fronteiras com oito<br />
estados e os agressivos incentivos<br />
fiscais concedidos por esses estados<br />
vizinhos. “Com esses incentivos,<br />
as empresas concorrentes<br />
conseguem chegar ao mercado<br />
“<br />
conseguem chegar ao mercado<br />
baiano pagando apenas 10% do<br />
ICMS destacado”, protesta<br />
Cabral.<br />
Para tornar o cenário ainda mais<br />
desafiador para os distribuidores,<br />
soma-se a todos esses fatores, o<br />
grande número de produtos<br />
enquadrados na Substituição<br />
Tributária, bloqueando os aproveitamentos<br />
tributários previstos<br />
no Termo de Acordo. “Nesses<br />
casos, a competitividade dos<br />
agentes de distribuição instalados<br />
na Bahia fica totalmente<br />
comprometida. Chegamos ao<br />
absurdo de oferecer produtos no<br />
nosso mercado com preços mais<br />
elevados do que os mesmos itens<br />
vindos de fora do estado”, argumenta<br />
o presidente da AS<strong>DA</strong>B.<br />
Tensão – A tensão gerada pela<br />
Guerra Fiscal provocou debates<br />
acalorados no cenário legislativo,<br />
sinalizando que novos tempos<br />
estavam por vir, conta Bruno<br />
Branco da assessoria tributária da<br />
AS<strong>DA</strong>B. “Impulsionado pela<br />
pauta da Guerra Fiscal, o Governo<br />
Federal publicou em agosto<br />
de 2017, a Lei Complementar<br />
160/2017 que possibilitou a<br />
convalidação pelo CONFAZ dos<br />
incentivos fiscais concedidos à<br />
revelia da Constituição Federal,<br />
levando a Guerra Fiscal a um<br />
outro patamar”, completa<br />
Branco.<br />
A determinação do Governo<br />
Federal sacudiu o cenário tributário<br />
e adicionou diversos pontos<br />
críticos aos desafios do setor de<br />
distribuição, que já não eram<br />
poucos. Entre os percalços gerados<br />
por esse instrumento, estão o<br />
fim da glosa de créditos de ICMS<br />
que protegia os negócios locais,<br />
a proibição da concessão de<br />
novos incentivos fiscais fora dos<br />
preceitos legais , a possibilidade<br />
de “copiar” incentivos fiscais<br />
concedidos por outros estados<br />
da mesma região e o mais<br />
temido de todos os efeitos que<br />
foi a definição de um prazo<br />
máximo para que todos benefícios<br />
fiscais sejam extintos.<br />
De acordo com a Lei, todos os<br />
incentivos fiscais que estão em<br />
vigor, têm o prazo máximo de<br />
cinco anos para exercerem a sua<br />
função, que é a de impulsionar<br />
os negócios. “Depois desse intervalo,<br />
todos os tratamentos tributários<br />
diferenciados concedidos,<br />
através do Decreto 7.799/2000,<br />
por exemplo, serão encerrados<br />
até dezembro de 2022”, explica<br />
Bruno Branco.<br />
Avalanche - A notícia da suspensão<br />
programada dos incentivos<br />
fiscais chegou causando grande<br />
alvoroço entre os agentes de<br />
distribuição, que já vinham registrando<br />
perdas e assistindo o<br />
encurtamento do seu mercado<br />
de atuação, diante da pressão da<br />
concorrência de estados vizinhos.<br />
Obedecendo as premissas legais<br />
da LC 160/2017, em janeiro<br />
desse ano, o Governo Estadual<br />
revogou o Decreto 14.213/2012,<br />
derrubando as barreiras tributárias<br />
que sustentavam o equilíbrio<br />
do mercado para o setor de<br />
distribuição da Bahia. “Essa<br />
medida gerou um impacto<br />
profundo no setor, liberou nossas<br />
fronteiras a uma concorrência<br />
desigual, acentuou o efeito da<br />
sonegação e derrubou a confiança<br />
dos empresários do setor que<br />
ainda insistiam em enfrentar um<br />
mercado tão desafiador”, conta<br />
Cabral.<br />
Buscando elaborar uma estratégia<br />
para salvar o Canal Indireto, o<br />
abastece <strong>BA</strong> | julho/agosto 2018 | 34