Ano III - Edição 27 - Agosto 2010 - Reparação Automotiva
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:34 PM Page 1<br />
<strong>Ano</strong> <strong>III</strong> | Edição <strong>27</strong> | <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong> | Distribuição Nacional | R$ 5,00 | WWW.REPARACAOAUTOMOTIVA.COM.BR
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:34 PM Page 2
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:34 PM Page 3
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 4<br />
4 EDITORIAL Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva<br />
Omercado de reparação automotiva sempre mereceu<br />
de nossa parte uma atenção toda especial. Por isso, dois<br />
anos atrás, resolvemos criar o jornal Reparação <strong>Automotiva</strong>,<br />
voltado às necessidades de aprimoramento de profissionais<br />
e empresários do setor.<br />
Com a experiência adquirida no segmento de nossos profissionais,<br />
foi possível identificar que algo de diferente precisava<br />
ser feito, ou refeito, para marcar a evolução de uma classe que<br />
cada dia mais conquista seu espaço. Então, mais uma vez,<br />
arregaçamos as mangas.<br />
Certamente, você, ao passar o olho por este jornal, já percebeu<br />
que algo mudou. E mudou mesmo! A começar pelo formato,<br />
diagramação e inclusão de um conteúdo mais técnico,<br />
focado às necessidades do mercado de reparação.<br />
Com dois anos recém-completados, o jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />
continua firme no seu propósito de levar aos profissionais<br />
e empresários da reparação automotiva informações para o seu<br />
aprimoramento, e a partir de agora será apresentado dessa forma.<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong><br />
De cara nova, mas com o compromisso de sempre<br />
Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4<br />
Feiras & Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16<br />
Palavra De Quem Entende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30/34<br />
Mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32<br />
E nesse tempo que está no mercado, atento a todos os<br />
movimentos, identificou uma necessidade latente nos profissionais<br />
do setor: a carência de conhecimento.<br />
Claro que continuaremos a levar para aqueles que estavam<br />
acostumados informações sobre Gestão, RH, etc., porque com<br />
o aumento de páginas será possível agradar a todos, sem exceção.<br />
É importante frisar que com o aumento do número de<br />
páginas do jornal, de 36 para 48, foi possível, já a partir desta<br />
edição, reunir material técnico de especialistas na reparação<br />
automotiva, com assuntos de seu interesse.<br />
Também o encarte Dicas Técnicas, já há algum tempo<br />
com oito páginas, recebeu uma turbinada em seu conteúdo,<br />
na grande maioria das vezes cedido por profissionais de indústrias<br />
e entidades ligadas ao setor automotivo.<br />
Lembramos ainda que isso é só o começo de uma reformulação<br />
que esperamos que seja compreendida por nossos<br />
parceiros e, principalmente, público-leitor.<br />
O Editor<br />
Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35/36/42/46<br />
Lançamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36/42<br />
Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40/44<br />
Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45<br />
Diretor Executivo<br />
Bernardo Henrique Tupinambá<br />
Diretor Financeiro<br />
Salvador do Nascimento Carvalho<br />
Diretor Comercial<br />
Edio Ferreira Nelson<br />
ANO <strong>III</strong> - NÀ <strong>27</strong> - AGOSTO DE <strong>2010</strong><br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
twitter.com/reparacao<br />
Editor executivo<br />
Bernardo Henrique Tupinambá<br />
Editor-chefe<br />
Silvio Rocha<br />
editor@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Editor<br />
Edison Ragassi<br />
ragassi@pranaeditora.com.br<br />
Redação<br />
Camilla Perez - redacao@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Departamento de Arte<br />
arte@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Supervisor de Arte<br />
Clayton Adjair<br />
Assistente de Arte<br />
Erika Takahara<br />
Diagramador<br />
Adriano Siqueira<br />
Fotografia<br />
José Nascimento<br />
Saulo Mazzoni<br />
Departamento Comercial<br />
comercial@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Diretor Comercial<br />
Edio Ferreira Nelson - edio@pranaeditora.com.br<br />
Gerente Comercial<br />
Richard Fabro Faria - richard@pranaeditora.com.br<br />
Executivos de Contas<br />
Rosa Souza - rosa@pranaeditora.com.br<br />
Marcello Nestor da Costa - marcello@pranaeditora.com.br<br />
Assistente Comercial<br />
Cintia Nunes<br />
Internet<br />
webmaster@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Supervisor de Desenvolvimento<br />
Aryel Tupinambá - aryel@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Assinaturas<br />
Telefone: 11 5084-1090<br />
contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Financeiro<br />
Mariza de Oliveira Neto - mariza@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Assistente Administrativo / Financeiro<br />
Tatiane Nunes Garcia<br />
Prána Criação<br />
Recepcionista<br />
Raquel Rodrigues de Souza<br />
Impressão<br />
Prol Editora Gráfica<br />
Jornalista Responsável<br />
Silvio Rocha – MTB: 30375<br />
Colaboradores<br />
Arthur Henrique S. Tupinambá / Carlos Napoletano Neto<br />
Fauzi Timaco Jorge / Ingo Hoffmann<br />
Jeison Cocianji / Karin Fuchs<br />
Reparação <strong>Automotiva</strong> é uma publicação mensal da Prána Editora &<br />
Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais<br />
automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para<br />
melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.<br />
Apoios e Parcerias<br />
dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As<br />
matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.<br />
Atendimento ao Leitor<br />
Fone: 11 5084-1090<br />
contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />
Prána Editora & Marketing Ltda. - Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />
Rua Pedro de Toledo, 129 - 10À andar<br />
CEP 04039-030 - Vila Clementino - São Paulo - SP
&<br />
s<br />
a<br />
a<br />
s<br />
reparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 5<br />
r<br />
iva
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 6<br />
6 FEIRAS &<br />
EVENTOS<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Seminário da Reposição <strong>Automotiva</strong><br />
Assuntos apresentados servem como base para a definição do plano de ações do GMA. O evento reuniu<br />
500 participantes no auditório e mais de 1.000 pessoas puderam assistir às palestras por meio de transmissão<br />
pela internet para 21 cidades do País<br />
Texto: Redação<br />
Realizado no dia 3 de<br />
agosto, no auditório do<br />
prédio da Fiesp, em São<br />
Paulo, o Seminário da Reposição<br />
<strong>Automotiva</strong> <strong>2010</strong> abordou temas<br />
sobre a composição e estrutura<br />
do mercado de aftermarkert europeu<br />
(apresentação do alemão<br />
Hans Eisner, presidente e CEO<br />
do Group Auto Union International,<br />
que reúne mais de 800<br />
distribuidores e tem experiência<br />
de mais de 17 anos em redes de<br />
oficinas em 24 países com a<br />
marca EuroGarage), a importância<br />
da Inspeção Técnica Veicular<br />
para garantir a redução de acidentes<br />
de trânsito no País e as<br />
ações que foram feitas pelo Programa<br />
Carro 100% para auxiliar<br />
na implantação da medida (palestra<br />
de Antônio Carlos Bento, coordenador<br />
do GMA).<br />
O evento teve ainda exposições<br />
sobre a questão da garantia<br />
de peças, com a apresentação de<br />
um case inovador no mercado<br />
criado pela Valeo e que foi o<br />
ponto inicial de um amplo debate<br />
sobre o assunto, o que envolve<br />
todos os elos da cadeia de reposição<br />
automotiva.<br />
No seminário também foram<br />
apresentadas as palestras do presidente<br />
do IMEPPI (Instituto<br />
Meirelles de Proteção à Propriedade<br />
Intelectual), Flávio<br />
Meirelles, sobre pirataria com<br />
exemplo de como o setor ótico<br />
conseguiu combater o problema,<br />
e do consultor de gestão de empresas<br />
e especialista na área contábil,<br />
José Guarino, que falou<br />
sobre as mudanças no sistema de<br />
documentação eletrônica que inclui<br />
a Nota Fiscal Eletrônica e<br />
outras mudanças que afetam diretamente<br />
a contabilidade das<br />
empresas com a criação de banco<br />
de dados da Receita Federal, que<br />
permite o cruzamento das informações<br />
fiscais dos contribuintes.<br />
PLANO DE AÇÕES<br />
Os assuntos apresentados<br />
terão desdobramentos e fazem<br />
parte do plano de ações do GMA.<br />
Por exemplo, a partir do evento<br />
que contou com a presença do<br />
diretor do Denatran, Alfredo<br />
Peres, será encaminhada uma<br />
carta ao Ministério das Cidades<br />
com cópia aos líderes dos partidos<br />
da Câmara dos Deputados<br />
com a solicitação da implantação<br />
da Inspeção Técnica Veicular por<br />
meio de resolução, seguindo o<br />
modelo adotado pelo Ministério<br />
do Meio Ambiente para o Programa<br />
de Emissões de Poluentes,<br />
delegando aos órgãos estaduais a<br />
gestão da parte operacional.<br />
A problemática questão da garantia<br />
de autopeças, assunto<br />
complexo que envolve todos os<br />
elos da cadeia (fabricantes, distribuidores,<br />
varejo e oficinas), também<br />
será amplamente debatida<br />
para garantir melhorias no sistema<br />
que é adotado hoje e que é<br />
considerado complexo e lento.<br />
Outro assunto é o combate à<br />
pirataria de autopeças, que faz<br />
parte da pauta que o GMA está<br />
adotando, um plano de ações focado<br />
no varejo que contará com<br />
a consultoria do IMEPPI e também<br />
terá um disque denúncia.<br />
AFTERMARKET<br />
Na abertura do seminário, estiveram<br />
presentes os presidentes<br />
das entidades que representam a<br />
reposição automotiva: Paulo Bu-<br />
tori (Sindipeças), Renato Giannini<br />
(Andap/Sicap), Francisco de La<br />
Torre (Sincopeças-SP) e Antonio<br />
Fiola, além do diretor do Denatran,<br />
Alfredo Peres, vice-presidente<br />
da Fiesp, João Guilherme<br />
Sabino Ometto, presidente da<br />
AEA, José Edison Parro, presidente<br />
do IQA, Marcio Migues.<br />
“Ao longo das edições, a<br />
programação do seminário tem<br />
garantido a continuidade e a<br />
evolução de temas que são de<br />
interesse do setor da reposição<br />
automotiva, como é o caso da<br />
Inspeção Técnica Veicular, da<br />
garantia de autopeças, assim<br />
como o combate à pirataria.<br />
Uma oportunidade única para<br />
promover um amplo debate e<br />
gerar mudanças em prol do<br />
desenvolvimento do aftermarket”,<br />
afirma o presidente do<br />
Sindirepa-SP, Antonio Fiola.<br />
SEMIN˘RIO É TRANSMITIDO PARA MAIS DE 21 CIDADES<br />
PELAS FILIAIS DA DISTRIBUIDORA AUTOMOTIVA<br />
O Seminário da Reposição <strong>Automotiva</strong>, que já está na 16ª edição, pela primeira vez,<br />
teve abrangência nacional com transmissão realizada por meio de uma iniciativa<br />
inédita da Distribuidora <strong>Automotiva</strong> (divisão do Grupo Comolatti) via internet para<br />
21 cidades, permitindo que mais de mil pessoas, entre varejistas e reparadores, assistissem<br />
ao evento nas filiais da empresa.<br />
A iniciativa da Distribuidora <strong>Automotiva</strong> deu uma amplitude maior a um dos principais<br />
eventos do aftermarket brasileiro. Além disso, uma comissão formada por<br />
21 varejistas que fazem parte da Rede PitStop veio a São Paulo para participar do<br />
seminário e conhecer o presidente e CEO do Group Auto Union, Hans Eisner.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 7
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 8<br />
8 CAPA<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Redes sociais: conecte-se ao mundo digital<br />
Marketing, fidelização, informações técnicas, orientação ao cliente... Tão infinita quanto a internet são os<br />
negócios que ela pode proporcionar à sua oficina<br />
Texto: Karin Fuchs<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Tipicamente comunicativo,<br />
o povo brasileiro é<br />
também recordista em<br />
horas navegadas na internet, seja<br />
no trabalho ou em casa. Segundo<br />
um estudo do Ibope, no<br />
mês de julho o total foi de 48<br />
horas e 26 minutos, bem à<br />
frente dos Estados Unidos<br />
(42h19min) e Reino Unido<br />
(36h30 min).<br />
Ainda de acordo com o levantamento,<br />
o País totalizou no<br />
mês 64,8 milhões de pessoas<br />
que acessaram a internet, um<br />
aumento de 4% em comparação<br />
a junho ou, ainda, um crescimento<br />
superior a 100% se compararmos<br />
ao mesmo mês<br />
de 2008, quando foram<br />
registrados cerca de 25 milhões<br />
JOSÉ C. ALQUATI, CONSULTOR ESPE-<br />
CIALISTA EM REPOSIÇ‹O AUTOMOTIVA<br />
de internautas.<br />
Twitter, blogs, e-mails,<br />
MSN, SMS, entre tantas<br />
ferramentas que constituem as<br />
redes sociais, elas têm gerado<br />
um universo infinito de comunicação<br />
e possibilidades. E o que<br />
tudo isso tem a ver com a sua<br />
oficina? É muito simples. Várias<br />
dessas ferramentas podem e<br />
devem ser utilizadas para gerar<br />
negócios, visibilidade, marketing<br />
direto com seus clientes,<br />
compras diretamente com fornecedores,<br />
colaboração ativa<br />
para conscientização do consumidor<br />
quanto à importância da<br />
manutenção preventiva e muito<br />
mais. Afinal, assim como na internet<br />
as possibilidades são infinitas.<br />
Basta avaliar o seu negócio<br />
e definir quais estratégias adotar.<br />
Confira nesta matéria as<br />
dicas de consultores e os exemplos<br />
das oficinas que já adotaram<br />
as redes sociais em seu<br />
dia-a-dia, e os resultados.<br />
CREDIBILIDADE<br />
E SEGURANÇA<br />
Na avaliação de José Carlos<br />
Alquati, consultor especialista<br />
em reposição automotiva, uma<br />
oficina que não tenha hoje e-<br />
mail está em uma situação crítica,<br />
“ou encolhendo, ou, não<br />
querendo crescer. É inevitável o<br />
uso desta ferramenta e os<br />
benefícios<br />
que ela traz”,<br />
“<br />
defende.<br />
Segundo<br />
ele, enquanto<br />
que as fábricas<br />
já aderiram<br />
totalmente à<br />
web, na informatização<br />
dos<br />
É muito ágil<br />
esse processo e<br />
um meio econômico<br />
de atrair<br />
o cliente para<br />
a oficina.<br />
pedidos, o<br />
mesmo tem<br />
acontecido<br />
com os distribuidores.<br />
Seja como uma ferramenta<br />
institucional, com as<br />
localizações de seus centros de<br />
distribuição, com informações<br />
sobre garantias, pedidos de<br />
compras, etc. Também com a<br />
adoção de sistemas automáticos<br />
de mensagens individuais para<br />
seus clientes identificarem<br />
oportunidades.<br />
Especificamente para oficinas,<br />
destaca o consultor, na Europa<br />
os centros automotivos,<br />
com seus respectivos cadastros,<br />
enviam informações aos seus<br />
clientes sobre preços e promoções,<br />
geralmente em épocas sazonais,<br />
como, por exemplo,<br />
descontos para revisões no período<br />
de férias ou outra<br />
de componentes em<br />
época de inverno rigoroso.<br />
“O mais interessante<br />
é que geralmente<br />
o consumidor que<br />
compra pela internet<br />
checa qual é a marca<br />
usada no seu veículo,<br />
como, por exemplo,<br />
dos pneus e compra a<br />
mesma. Esse meio de<br />
”<br />
vendas é muito eficiente,<br />
pois na Europa,<br />
como no Brasil, há problema de<br />
déficit de mão-de-obra”.<br />
Outra ação costumeira no<br />
continente europeu, lembra Alquati,<br />
é que também pela comunicação<br />
digital as oficinas<br />
agendam serviços junto aos seus<br />
clientes, tudo de forma on-line.<br />
“É muito ágil esse processo e<br />
um meio econômico de atrair<br />
o cliente para a oficina. Mas é<br />
preciso lembrá-lo periodicamente<br />
sobre a data para ele não<br />
se esquecer o que, ao contrário,
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 9
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 10<br />
10 CAPA<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
seria negativo para a oficina”.<br />
Em um paralelo com o Brasil,<br />
o consultor pontua que um dos<br />
segmentos que já caminha à<br />
frente no setor é as concessionárias,<br />
com ofertas de carros 0 Km<br />
com garantia estendida. “Como<br />
subsídio, as concessionárias têm<br />
as montadoras. As oficinas não e<br />
por isso precisam ser criativas”,<br />
como, por exemplo, firmar parcerias<br />
com fornecedores para<br />
ofertar promoções. “O que há de<br />
bom é que no Brasil o mercado é<br />
dominado pelo aftermarket e o<br />
mecânico é visto como um Deus<br />
pelo proprietário do veículo, já<br />
que carro é uma paixão nacional”.<br />
E quando o assunto é confiabilidade,<br />
ele cita o Messenger<br />
(MSN) como uma excelente<br />
ferramenta. “Primeiro porque é<br />
um registro legal de comunicação,<br />
funciona como um comprovante<br />
de compras, da<br />
especificação de pedidos feitos,<br />
evitando trocas por erros de entregas.<br />
E tanto pelo MSN como<br />
por e-mail o envio de foto de<br />
peças, quando necessário, esclarece<br />
dúvida dos vendedores na<br />
loja. É uma confirmação do<br />
pedido de maneira mais assertiva”,<br />
conclui.<br />
NÃO BASTA SÓ CRIAR<br />
Por funcionar 24 horas por<br />
dia ininterruptamente, facilitar<br />
e possibilitar a comunicação<br />
com o cliente, expor a sua marca<br />
para um número infinito de<br />
usuários da internet, o site por<br />
si só já traz milhares de benefícios<br />
às oficinas. Mas não basta<br />
apenas criar uma página<br />
na internet.<br />
“<br />
Os critérios têm<br />
que ser rigorosos.<br />
“Da mesma<br />
forma que a oficina<br />
tem a sua<br />
imagem e preço de<br />
acordo com a excelência<br />
de seus<br />
profissionais e sua<br />
especialização, o<br />
site também tem<br />
que transmitir esta<br />
imagem de profissionalismo,<br />
tanto quanto a oficina.<br />
Tem que ser bem<br />
incorporado, com uma boa consultoria<br />
para que ele esteja no<br />
top do buscador (geralmente no<br />
É muito abrangente<br />
e as redes<br />
sociais estão em<br />
plena ascensão.<br />
Como, por exemplo,<br />
o LinkedIn, o<br />
Orkut empresarial,<br />
com o perfil de profissionais<br />
dos mais<br />
diversos setores.<br />
REDES SOCIAIS EM NÐMEROS<br />
Google). Portanto, cuidado com<br />
preço para não ser tão caseiro”,<br />
orienta o diretor executivo da<br />
Zint, agência especializada na<br />
criação de websites e em soluções<br />
de TI, Arthur Henrique<br />
Tupinambá.<br />
O layout e a linguagem também<br />
são pontos fortes que requerem<br />
o máximo de atenção, já que<br />
site nada mais é do que a exposição<br />
da própria marca. “E quanto<br />
mais exposto e mais atrativo,<br />
maior é o retorno.<br />
O site também<br />
possibilita a<br />
interação, como o<br />
e-mail e as salas de<br />
site para esclarecer<br />
dúvidas e ampliar<br />
o relacionamento<br />
com clientes e<br />
consumidores, e<br />
até acompanhar<br />
quem são seus visitantes,<br />
o perfil e<br />
”<br />
localidades, por<br />
exemplo. Mas, para utilizar essas<br />
ferramentas, é importante que,<br />
com a mesma agilidade da internet,<br />
as respostas sejam rápidas”,<br />
ressalta Tupinambá.<br />
ARTHUR H. TUPINAMB˘, DIRETOR<br />
EXECUTIVO DA ZINT<br />
Segundo ele, utilizar a tecnologia<br />
é dar um passo à frente<br />
para a abertura de um leque de<br />
opção para se trabalhar com<br />
ferramentas de marketing e com<br />
diversos públicos. “É muito<br />
abrangente e as redes sociais<br />
estão em plena ascensão. Como,<br />
por exemplo, o LinkedIn, o<br />
Orkut empresarial, com o perfil<br />
de profissionais dos mais diversos<br />
setores. É um site de busca<br />
por profissionais de excelência,<br />
que cabe também ao mecânico<br />
participar como um profissional<br />
de referência”.<br />
São ferramentas que, ainda de<br />
acordo com Tupinambá, utilizálas<br />
adequadamente e de forma<br />
eficiente, só amplia os negócios.<br />
Hoje mais de 67,5 milhões de pessoas acessam a internet no País, seja de suas residências, em lan houses,<br />
no ambiente de trabalho ou via dispositivos móveis, de acordo com dados do Ibope Nielsen. O número<br />
de brasileiros que estão nas redes sociais também impressiona (são <strong>27</strong>,4 milhões em programas de<br />
mensagem instantânea, 26 milhões no Orkut, 10 milhões no Twitter, 9,6 milhões no Facebook, 1,5<br />
milhão no LinkedIn, etc).<br />
Já superamos o número de 185 milhões de celulares no País, sendo mais de 10 milhões de smartphones.<br />
As vendas desses dispositivos com acesso à web saltaram quase 170% nos três primeiros<br />
meses de <strong>2010</strong>, comparando-se com o mesmo período do ano passado. Foram 1,2 milhão de<br />
smartphones para usuários finais (não incluindo vendas corporativas), segundo pesquisa da<br />
consultoria Teleco. Esse cenário de conectividade abre espaço para o crescimento do mercado<br />
de mobile advertising no Brasil, que mundialmente deve movimentar US$ 3,8 bilhões neste<br />
ano, representando um crescimento de 45%, segundo projeção do JP Morgan.<br />
Já um estudo da PricewaterhouseCoopers, realizado em 2009, indica que nos próximos três anos<br />
cerca de 30% de todos os anúncios serão digitais, interativos, móveis ou colaborativos, fenômeno<br />
justificado pela mudança do perfil de consumo das mídias tradicionais. A TV, até então soberana,<br />
já perde para a internet no consumo por hora da população mundial. Nos dois últimos anos, enquanto<br />
o consumo da mídia TV ficou estacionado em 11,5 horas por semana, a audiência da internet cresceu<br />
de 8,9 horas (2008) para 14,2 horas por semana em <strong>2010</strong>.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 11
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 12<br />
12 CAPA CASES (OFICINAS QUE UTILIZAM REDES SOCIAIS)<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
E-mail eficiente<br />
Tanto no Sindirepa do Maranhão, como também<br />
na sua própria oficina, a Stop Kar, em São Luis<br />
(MA), Raimundo Nonato, diretor do Sindicato, diz<br />
que já é praxe as empresas associadas utilizarem<br />
e-mails na comunicação com seus clientes. “Já utilizamos<br />
esta ferramenta há dois anos, para orientar<br />
nossos clientes em relação à manutenção<br />
preventiva e chamá-los para a revisão de seus<br />
veículos”. O resultado, diz ele, é um retorno em<br />
torno de 20% para as oficinas. “Em um mundo globalizado, não podemos ficar<br />
para trás. O e-mail é essencial”.<br />
Mas não apenas para manutenção que o e-mail é utilizado. Nonato explica que,<br />
frequentemente, quando há palestras agendadas pelo Sindicato, os clientes são<br />
convidados a participar. Também outra utilização são as dicas passadas a eles de<br />
como cuidar de seus veículos. “E o retorno é muito bom, muitos nos respondem<br />
de forma positiva, agradecendo a iniciativa”, ressalta Nonato, destacando que o<br />
e-mail é uma forte ferramenta de relacionamento.<br />
Compras via MSN<br />
Na Casa dos Freios, em Porto Alegre (RS), 95% das<br />
compras são feitas pelo Messenger. “É muito prático<br />
e rápido, e já utilizamos essa ferramenta para compras<br />
junto às autopeças há cerca de dois anos”, diz a<br />
gerente e proprietária do centro automotivo,<br />
Claudia Botti.<br />
Já pelo site, diz ela, o contato com o cliente também<br />
é tão quanto eficiente, onde ele pode esclarecer<br />
dúvidas e até, por e-mail, solicitar orçamentos. “No site há dicas de manutenção,<br />
seguindo a cultura popular, elucidadas com muita orientação”.<br />
Sobre o retorno de novos clientes, Claudia explica que a internet facilita bastante.<br />
“Tanto que sempre anunciávamos no Telelista, em várias seções de acordo com a<br />
especialidade. Optamos por um anúncio grande impresso e investir na mídia<br />
eletrônica do Telelista. Além de mais barato, percebemos que as pessoas têm nos<br />
procurado mais pela mídia eletrônica”.<br />
Dividindo os canais, ela pontua que a maior parte dos clientes ainda busca a Casa<br />
dos Freios por referência, o famoso boca-a-boca, seguido pelo aspecto físico da<br />
loja e, em terceiro lugar, pelas redes sociais.<br />
Agilidade nas informações<br />
Marcos Adolar Thim, coordenador do Núcleo Estadual de Automecânicas de Santa<br />
Catarina (NEA-SC) e proprietário da oficina Codipave, em Canoinhas (SC), conta<br />
que entre as 380 oficinas que compõem o núcleo cerca de 30% utilizam ferramentas<br />
digitais. “Muitos contatos com clientes são feitos por e-mail, como, por exemplo,<br />
o envio do orçamento com resposta de no máximo 15 minutos, sem nenhuma<br />
burocracia. É muito ágil e facilita muito no contato com as empresas frotistas, principalmente<br />
quando a matriz não é na nossa região”. Já pelo Messenger, informa<br />
Thim, além de esclarecimentos sobre dúvidas técnicas junto a fornecedores, compras<br />
também são feitas pela ferramenta.<br />
Segundo ele, por mais modernas que sejam as ferramentas, em alguns quesitos<br />
elas não substituem o contato direto. “O pós-venda tem que ser feito pelo telefone,<br />
esse contato é fundamental para avaliar a satisfação do cliente”.<br />
O próximo passo no Núclelo, diz ele, é se preparar para a prevenção automotiva.<br />
“E, neste sentido vamos preparar o mailing de clientes para informar sobre<br />
manutenção preventiva e orientar sobre agendamentos nas oficinas”, conclui.<br />
Rádio e MSN<br />
Presidente do GOE e diretor Técnico Responsável da<br />
Oficina Mingau, localizada em Suzano (SP),<br />
Edson Roberto de Avila informa que o telefone deu<br />
lugar ao rádio e ao MSN, quando o assunto é compra<br />
de peças para a sua oficina. “A vantagem do rádio é<br />
que só é possível atender uma pessoa de uma vez,<br />
sem congestionamento, como no caso do Messenger.<br />
Mas, a ferramenta é muito eficiente para esclarecer<br />
dúvidas, confirmar se há peças disponíveis, o preço e o tempo de entrega.<br />
É tudo muito rápido”, diz o empresário, acrescentando que os dois meios, rádio e<br />
MSN, respondem hoje por 80% das compras de peças.<br />
Diretamente com cliente, Avila diz que o contato muitas vezes é insubstituível. “A<br />
internet é muito fria e com o cliente o contato por telefone é mais direto para<br />
transmitir, inclusive, seriedade, principalmente no pós-venda para nos certificarmos<br />
que o conserto foi feito corretamente ou, até mesmo, para corrigir alguma<br />
falha. Muitas vezes o cliente não se queixa, pela correria do dia-a-dia, e esse contato<br />
é uma forma dele retornar à oficina para garantirmos que ele fique 100%<br />
satisfeito com os serviços”.<br />
Com um site dedicado à visibilidade e a orientar o consumidor sobre a finalidade<br />
dos componentes, Ávila alerta que todo o cuidado é pouco quando se trata de<br />
conteúdo. “E como na internet tem de tudo e nem sempre muito confiável, vejo<br />
portais que dão dicas de como substituir peças, o que é muito perigoso, comprometendo<br />
a segurança do consumidor. Isso é um tiro no pé para a credibilidade. É<br />
preciso haver uma grande preocupação e cuidado com o conteúdo”.<br />
Para ele, o site é uma vitrine da oficina. Mas cliente mesmo é no boca-a-boca. “O<br />
site não vai vender mais serviços, mas sim dar visibilidade à oficina, de sua ética<br />
e especialização. Sabemos que o público virtual é diversificado e nosso foco não<br />
é quantidade, mas sim qualidade”.<br />
Credibilidade<br />
Para Jair Bezerra, presidente do Núcleo Setorial<br />
de Oficinas de Londrina, o e-mail é uma ferramenta<br />
para fidelização. “Utilizamos muito o e-<br />
mail para mostramos novidades do mercado,<br />
parabenizar os clientes nas datas de seus aniversários.<br />
Esta ferramenta dá credibilidade à oficina<br />
e é uma ferramenta de fidelização”.<br />
Uma novidade bastante utilizada no Núcleo é<br />
uma área restrita a clientes especiais no portal,<br />
onde eles podem visualizar os reparos feitos em seus veículos. “Estamos moldando<br />
esse sistema e as empresas associadas também já estão adotando”.<br />
Pelo e-mail, ele avalia que um dos pontos a favor é a liberdade que o cliente tem<br />
de se expressar, de forma positiva ou negativa e, em ambos os casos, para a oficina<br />
é ótimo para corrigir erros e aprimorar. “Isso dá um retorno maior para que sejam<br />
adotadas providências para o cliente ficar plenamente satisfeito com o serviço e<br />
também para melhorar a qualidade técnica da equipe”.<br />
Também outra ferramenta utilizada na oficina de Bezerra, a Monobloco, localizada<br />
em Londrina (PR), é o MSN com foco na aquisição de peças. “Tanto para compras,<br />
como também para orientações técnicas junto a fornecedores. Enquanto que para<br />
veículos importados realizamos 80% das compras por esta ferramenta, justamente<br />
pelas lojas estarem fora da cidade, para veículos mais populares o percentual é<br />
bem menor pela proximidade com as autopeças”. Neste último o contato é diretamente<br />
por telefone.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 13
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 14<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
PAINEL<br />
14 PERFIL O primeiro monovolume<br />
Nissan Livina é o primeiro veículo de passeio fabricado pela empresa no Brasil,<br />
ele chegou para fazer a marca ganhar novos clientes no mercado nacional<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
C˜MBIO<br />
FRENTE<br />
FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />
FARŁIS QUE INVADEM OS PARA-<br />
LAMAS, GRADE CROMADA, PARA-<br />
CHOQUE NA COR DO VE¸CULO, S‹O<br />
ALGUNS DOS ITENS QUE CHAMAM A<br />
ATENÇ‹O NO MODELO<br />
SIMPLES, MAS COM ŁTIMA VISUALIZA-<br />
Ç‹O DOS INSTRUMENTOS, O VOLANTE<br />
TEM DETALHES CROMADOS<br />
Lançado em março de<br />
2009, o Livina é o primeiro<br />
veículo de passeio<br />
da Nissan produzido no País.<br />
Trata-se de um modelo global,<br />
antes de chegar por aqui conquistou<br />
consumidores na China,<br />
Indonésia, Vietnã, Taiwan, África<br />
do Sul, Malásia e Filipinas.<br />
Desenvolvido para ser um<br />
multiuso, o monovolume de 5<br />
portas utiliza suspensão independente<br />
tipo McPherson com barra<br />
estabilizadora na dianteira e eixo<br />
de torção com barra estabilizadora<br />
e molas helicoidais na traseira.<br />
Os freios dianteiros são a discos<br />
e os traseiros com tambor, a opção<br />
topo de linha sai da fábrica equipada<br />
com sistema ABS, controle<br />
eletrônico de frenagem (EBD) e<br />
assistência de frenagem (BA).<br />
Seu comprimento é de 4.180<br />
mm, largura de 1.690 mm e altura<br />
de 1570 mm. A distância entre os<br />
eixos é de 2.600 mm e o portamalas<br />
tem capacidade volumétrica<br />
de 449 litros com os assentos traseiros<br />
na posição normal e 769 litros<br />
ao rebater os bancos.<br />
Desde a versão de entrada traz<br />
de série: direção com assistência<br />
variável elétrica, travas, vidros e<br />
retrovisores elétricos, ar-condicionado<br />
e air bag do motorista.<br />
As opções topo de linha, são<br />
equipadas com rodas de liga-leve<br />
15”, faróis de neblina dianteiros,<br />
travamento automático das portas<br />
com sensor de velocidade,<br />
keyless (travamento/destravamento<br />
das portas por controle remoto),<br />
alarme (somente versão<br />
1.8 SL) e air bag para o motorista<br />
e passageiro.<br />
São duas as opções de motores,<br />
ambos flex 16 válvulas, 1.6L<br />
com câmbio manual de 5 marchas<br />
e 1.8L, com transmissão automática<br />
de 4 velocidades.<br />
O design foi inspirado no crossover<br />
Murano, os faróis são angulosos,<br />
capô marcado por vincos e<br />
para-choque de contornos limpos,<br />
a grade frontal é cromada.<br />
Com carroceria alta, visto de<br />
lateral, chama atenção a ampla<br />
área envidraçada e a linha de cintura<br />
elevada. Na traseira, as lanternas<br />
invadem as laterais, a<br />
tampa do porta-malas é ampla,<br />
assim como o vidro.<br />
Nesta matéria utilizamos a<br />
versão SL com motor 1.8 16V<br />
Flex e transmissão automática.<br />
O interior é confortável, os bancos<br />
e painéis das portas são revestidos<br />
com veludo. O carro possui<br />
vários porta-objetos espalhados no<br />
habitáculo, o que é bem funcional.<br />
O painel de instrumentos é<br />
amplo e de fácil visualização, a<br />
iluminação é constante, ou seja,<br />
mesmo com as lanternas ou faróis<br />
apagados os mostradores<br />
estão iluminados.<br />
O propulsor 1.8L 16V entrega<br />
potência de 125 cv a 5.200 rpm<br />
A VERS‹O 1.8L FLEX É EQUIPADA<br />
COM C˜MBIO AUTOM˘TICO DE 4<br />
MARCHAS E FUNÇ‹O OVERDRIVE
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:35 PM Page 15<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | PERFIL 15<br />
quando abastecido com gasolina<br />
e de 126 cv, na mesma rotação, ao<br />
usar etanol. Seu torque máximo<br />
é de 17,5 kgfm a 4.800 rpm com<br />
qualquer um dos combustíveis e<br />
a taxa de compressão é de 9,9:1.<br />
O Nissan Livina 1.8 SL, no<br />
anda para do trânsito de uma<br />
grande cidade, mostrou-se confortável.<br />
O modelo emprestado<br />
pela fabricante usa o Aerokit<br />
(spoilers dianteiro/traseiro,<br />
saias laterais e aerofólio), comercializado<br />
como acessório.<br />
Isso o deixou com visual mais<br />
esportivo, porém, exige cuidado<br />
ao ultrapassar por uma valeta<br />
ou lombada.<br />
Apesar de ter câmbio automático,<br />
pelo menos no arranque, a<br />
resposta é rápida, mas ao realizar<br />
uma ultrapassagem, mesmo no<br />
módulo D (ainda pode ser usada<br />
a posição 1 e 2), o giro do motor<br />
sobe rápido e deixa a impressão<br />
de que o câmbio pensa para trocar<br />
a marcha, mas isso não compromete<br />
a manobra. Ao enfrentar<br />
curvas, é estável, passa segurança<br />
ao motorista.<br />
Igual a outros modelos da<br />
linha, a Nissan preparou para<br />
o Livina os Pacotes Especiais<br />
de Revisão, eles incluem peças<br />
e inspeções.<br />
Na revisão de 10.000 km são<br />
inspecionados 10 itens + troca<br />
de óleo do motor + filtro de óleo<br />
do motor + troca de filtro de<br />
combustível + kit lubrificação,<br />
pelo qual é cobrado R$ 142,48 e<br />
o equivalente a 1 hora de mãode-obra.<br />
No caso da concessionária<br />
AR Motors, o valor do<br />
serviço/ hora é de R$ 150,00, mas<br />
ele pode variar, pois cada revenda<br />
autorizada tem liberdade para estipular<br />
o preço.<br />
Já na revisão de 40.000 km<br />
são inspecionados 16 itens +<br />
troca de óleo do motor + filtro<br />
de óleo do motor + troca de filtro<br />
de combustível + filtro de<br />
ar + filtro de ar-condicionado<br />
+ troca de líquido de arrefecimento<br />
+ troca de velas de ignição<br />
+ troca de fluido do freio<br />
CUSTO DAS PEÇAS DE REPOSIÇ‹O<br />
PEÇAS<br />
AMORTECEDORES DIANTEIROS: R$ 228,04 - CADA<br />
AMORTECEDORES TRASEIROS: R$ 185,80 - CADA<br />
DISCOS DE FREIOS DIANTEIROS: R$ 161,26 - CADA<br />
JOGO DE PASTILHAS DIANTEIRAS: R$ 222,12<br />
LONAS DE FREIOS TRASEIROS: R$ 228,45<br />
FILTRO DE ÓLEO: R$ 46,18<br />
FILTRO DE AR: R$ 62,07<br />
FILTRO DE COMBUSTÍVEL: R$ 10,64<br />
FILTRO ANTI-PÓLEN: R$ 43,47<br />
VELAS: R$ 91,26 - CADA<br />
MOTOR<br />
+ kit lubrificação, neste caso o<br />
preço é de R$ 333,02 e o equivalente<br />
a 4h de mão-de-obra.<br />
Veja no box abaixo o preço de<br />
outras peças de reposição.<br />
O preço sugerido para venda<br />
do Nissan Livina 1.8 S AT Flex é<br />
de R$ 52.690 e a topo de linha<br />
1.8 SL custa R$ 57.390.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
NISSAN LIVINA 1.8L 16V<br />
FLEX AUTOMÁTICO<br />
Motor<br />
Tipo Dianteiro, transversal, 4 cilindros<br />
em linha, 16 válvulas, acelerador<br />
eletrônico, bicombustível<br />
(álcool/gasolina)<br />
Cilindrada 1.798 cm³<br />
Potência 126 cv (E) / 125 cv (G) a<br />
5.200 rpm<br />
Torque 17,5 kgf.m (E) / 17,5 kgf.m (G) a<br />
4.800 rpm<br />
Taxa de Compressão: 9,9:1<br />
Transmissão: Automática de 4 marchas<br />
com overdrive<br />
Suspensão<br />
Suspensão dianteira: Independente, tipo<br />
McPherson, barra estabilizadora, molas<br />
helicoidais Suspensão traseira: Eixo de<br />
torção, barra estabilizadora e<br />
molas helicoidais<br />
Freios/ Rodas/ Pneus<br />
Dianteiros: Discos ventilados<br />
Traseiros: Tambor<br />
Rodas: Liga leve de 15’’<br />
Pneus: 185/65 R15<br />
Capacidades<br />
Porta-malas: 449 litros<br />
Tanque de combustível: 50 litros<br />
AMORTECEDOR TRASEIRO<br />
O CUSTO DE CADA AMORTECEDOR<br />
TRASEIRO DO LIVINA 1.8L 16V FLEX É<br />
DE R$ 185,80<br />
AMORTECEDOR DIANTEIRO<br />
OS AMORTECEDORES DA PARTE DI-<br />
ANTEIRA DO MONOVOLUME NISSAN<br />
S‹O COMERCIALIZADOS COM PREÇO<br />
SUGERIDO DE R$ 228,04 CADA PEÇA<br />
DISCO DE FREIO<br />
CADA DISCO DE FREIO DO LIVINA É<br />
VENDIDO POR R$ 161,26, J˘ PELO<br />
JOGO DE PASTILHAS É COBRADO<br />
R$ 222,12<br />
Colaboraram: Nissan do Brasil, Concessionária Nissan AR Motors - Interlagos e Centro Automotivo Super G
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 16<br />
16 FEIRAS &<br />
EVENTOS<br />
Centromec automotiva<br />
Feira encerra mais uma edição com grande<br />
movimentação de negócios e ultrapassa<br />
expectativas dos organizadores<br />
Texto: Redação<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Centro de Convenções de<br />
Goiânia recebeu, entre<br />
os dias 15 e 17 de julho,<br />
a sétima edição da Centromec<br />
<strong>Automotiva</strong> – Feira de Reparação<br />
Veicular. Cerca de 20 mil pessoas,<br />
incluindo caravanas do Tocantins,<br />
Brasília, Campinas (SP) e de<br />
cidades do interior de Goiás, movimentaram<br />
os três dias do<br />
evento e conheceram as inovações<br />
apresentadas pelos expositores<br />
do setor. A feira, com mais de<br />
130 expositores, contou com a<br />
participação de profissionais e<br />
pessoas ligadas ao comércio e à<br />
indústria de autopeças, acessórios<br />
e equipamentos.<br />
Engenheiros, mecânicos,<br />
técnicos e outros interessados<br />
no segmento automotivo tiveram<br />
ainda a oportunidade de se<br />
atualizar em palestras ministradas<br />
gratuitamente pela Petrobras<br />
e pelo Senai (Serviço<br />
Nacional de Aprendizagem Industrial<br />
de Goiás). Combustíveis,<br />
lubrificantes e<br />
produtividade nas oficinas mecânicas<br />
foram temas abordados<br />
por técnicos capacitados. Nesta<br />
edição <strong>2010</strong> novamente a Centromec<br />
foi palco de lançamentos<br />
que chamaram a atenção dos<br />
visitantes. Aliás, os visitantes da<br />
feira que preencheram cupons<br />
concorreram a uma moto Dafra<br />
Kansas 150.<br />
EXPECTATIVAS SUPERADAS<br />
A feira, organizada pela Canal Feiras e Eventos, enfatizou<br />
o viés da responsabilidade ambiental ao<br />
apresentar as últimas tecnologias voltadas para a<br />
preservação do meio ambiente<br />
e redução de consumo<br />
de energia por meio do uso de<br />
“peças verdes”. Os organizadores<br />
constataram que as<br />
expectativas de projeção de negócios foi ultrapassada pelas indústrias<br />
que estiveram presentes na Centromec <strong>Automotiva</strong>.<br />
OS JORNAIS BALC‹O AUTOMOTIVO E, PRINCIPALMENTE,<br />
O REPARAÇ‹O AUTOMOTIVA FORAM DISTRIBU¸DOS NOS TR¯S DIAS<br />
DE EVENTO<br />
A FEIRA RECEBEU UM PÐBLICO DE 20 MIL PESSOAS, QUE PUDERAM CONHECER AS NOVIDADES DOS MAIS DE 130 EXPOSITORES
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
reparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 17
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 18<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
18 COMPARATIVO Mexicanos, mas sem complicação<br />
FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />
Entre os veículos importados do México, Captiva e CR-V se destacam no segmento dos SUVs médios,<br />
apesar de importados, não oferecem dificuldades nos reparos e manutenções<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
Um veículo alto, com<br />
porte imponente e soluções<br />
tecnológicas<br />
embarcadas para enfrentar vários<br />
tipos de terreno, mas com muito<br />
conforto para os passageiros e o<br />
motorista. Assim podemos definir<br />
o conceito utilizado no<br />
desenvolvimento de um veículo<br />
utilitário esportivo, o SUV.<br />
Este tipo de modelo agrada ao<br />
consumidor brasileiro de carros<br />
Premium. No ano passado, um<br />
levantamento divulgado pela Fenabrave<br />
(Federação Nacional da<br />
Distribuição de Veículos Automotores)<br />
mostrou que foram<br />
emplacados mais de 167.000<br />
SUVs. E deste total, o Chevrolet<br />
Captiva somou 13.589 unidades<br />
e o Honda CR-V respondeu por<br />
11.237 unidades.<br />
Apesar de origens bem distintas,<br />
o Chevrolet é norte-americano<br />
e o CR-V japonês, em<br />
comum eles têm o país de fabricação,<br />
o México.<br />
Para perceber que são concorrentes<br />
é só analisar o design dos<br />
dois modelos. O CR-V ostenta<br />
na frente faróis que invadem a<br />
grade e os para-lamas. No capô<br />
uma curvatura acentuada, a qual<br />
passa a impressão de unir-se com<br />
a grade. O mesmo acontece com<br />
o para-choque, nesta peça, abaixo<br />
aparecem os faróis de neblina.<br />
Para o Captiva, a grade trapezoidal<br />
é cortada por uma barra<br />
que ostenta a gravata dourada. O<br />
conjunto ótico invade as laterais,<br />
na opção Ecotec, os para-choques<br />
vêm com a parte inferior na<br />
cor preta e a superior pintada na<br />
cor do carro, a peça dianteira<br />
abriga os faróis de neblina.<br />
A lateral do CR-V, observada<br />
de cima para baixo, ressalta a<br />
curvatura do teto, grande área<br />
envidraçada, os vincos aparecem<br />
na altura das maçanetas e<br />
abaixo, faixas pretas reforçam o<br />
visual esportivo.<br />
O Captiva também usa a<br />
curva no teto ressaltada na região<br />
das portas dianteiras. É equipado<br />
com barras para transporte de<br />
carga. A área envidraçada é<br />
grande, nas portas, vincos acima<br />
das maçanetas, as pequenas saídas<br />
de ar ao lado dos para-lamas remetem<br />
à esportividade.<br />
Captiva e CR-V têm a tampa<br />
do porta-malas curvada, o modelo<br />
Chevrolet estampa a gravata<br />
ao centro, barra cromada na parte<br />
MOTOR<br />
inferior da tampa e as lanternas<br />
em formato triangular estão encaixadas<br />
nos para-lamas traseiros.<br />
No Honda as grandes lanternas<br />
estão colocadas nas colunas laterais,<br />
na parte superior da tampa,<br />
uma barra preta, com o grande<br />
‘H’ em destaque.<br />
Ambos usam iluminação<br />
contínua no painel de instrumentos<br />
e as informações são visualizadas<br />
em mostradores<br />
analógicos e digitais. O interior<br />
é espaçoso e tem vários portaobjetos<br />
espalhados. No painel<br />
O CR-V É EQUIPADO COM PROPULSOR 2.0L 16V SOHC I-VTEC, O CAPTIVA ECOTEC USA O MOTOR 2.4L16V VVT DOHC, AMBOS USAM<br />
GASOLINA COMO COMBUST¸VEL
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 19<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | COMPARATIVO 19<br />
FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />
NEY, DA MEC˜NICA OPCAR, DO BAIRRO<br />
MOINHO VELHO, EM S‹O PAULO<br />
do CR-V, bem ao centro, há<br />
uma silhueta do carro para indicar<br />
quando as portas estão abertas<br />
ou fechadas, já no Captiva<br />
estas informações são mostradas<br />
no fundo do odômetro.<br />
Computador de bordo é<br />
equipamento de série para<br />
ambos, mas as informações são<br />
diferentes. O do Chevrolet, além<br />
de consumo e quilometragem<br />
percorrida, também mostra a<br />
carga dos pneus e quando é necessário<br />
calibrá-los.<br />
Os veículos da Honda e Chevrolet<br />
também estão bem próximos<br />
nas dimensões. O CR-V<br />
tem 4.575 mm de comprimento,<br />
por 1.820 mm de largura. Sua<br />
distância entre-eixos é de 2.620<br />
mm, para uma altura de<br />
1.690mm. A capacidade volumétrica<br />
do porta-malas é de 1.011 litros,<br />
ao rebater os bancos chega a<br />
2.064 L. Enquanto que o Captiva<br />
mede 4.576mm de comprimento,<br />
com uma distância entre<br />
os eixos de 2.707mm. A altura é<br />
de 1.704 mm, mas a capacidade<br />
volumétrica do porta-malas é<br />
menor que a do concorrente, 821<br />
litros com os bancos em posição<br />
normal, ela é ampliada para 1.586<br />
litros ao rebater os bancos.<br />
A maior diferença entre os<br />
dois utilitários esportivos está no<br />
motor e câmbio.<br />
O CR-V vem equipado com<br />
propulsor 2.0L 16V SOHC i-<br />
VTEC movido a gasolina, o qual<br />
entrega 150 cv de potência<br />
(6.200 rpm) e 19,4 kgfm de torque<br />
(4.200 rpm). Sua transmissão<br />
é automática de 5<br />
velocidades e Overdrive com<br />
Grade Logic Control. Ao acionar<br />
a tecla D3, inabilita a quarta<br />
e a quinta marchas.<br />
A direção tem assistência<br />
elétrica progressiva (EPS), os<br />
freios são a disco nas quatro<br />
rodas com ABS e EBD e a suspensão<br />
dianteira é do tipo independente<br />
McPherson, na<br />
traseira o sistema é o independente<br />
Double Wishbone.<br />
Já o Captiva Sport Ecotec é<br />
equipado com motor de 4 cilindros<br />
2.4L16V VVT. É do tipo<br />
DOHC a gasolina, que desenvolve<br />
171 cavalos de potência a<br />
6.200 rpm, com torque de 22,2<br />
kgfm a 5.100 rpm. A transmissão<br />
automática de 4 velocidades<br />
chama-se Active Select (sequencial).<br />
As marchas podem ser trocadas<br />
manualmente acionando<br />
um botão no lado esquerdo da<br />
alavanca. A suspensão dianteira<br />
também é McPherson independente<br />
e a traseira independente<br />
com quatro braços articulados e<br />
barra de torção e a direção é elétrica<br />
com pinhão e cremalheira.<br />
NA OFICINA<br />
Honda CR-V e Chevrolet<br />
Captiva são modelos globais,<br />
produzidos com a mais moderna<br />
tecnologia embarcada. Apesar<br />
disso, os reparos e as manutenções<br />
são simples, é o que afirma<br />
Ney, da Mecânica Opcar, profissional<br />
experiente, com passagens<br />
por oficinas autorizadas das<br />
marcas Chevrolet e Citroën. Ao<br />
analisar o sistema de suspensão<br />
dianteira dos veículos, ele<br />
afirma, “com apenas quatro ferramentas,<br />
do uso diário de uma<br />
oficina, é possível trocar os<br />
amortecedores e molas de qualquer<br />
um dos modelos”.<br />
Substituir os discos e pastilhas<br />
de freios dianteiros também é<br />
simples, o trabalho é realizado<br />
com três tipos de ferramentas diferentes,<br />
“só é necessário cuidado<br />
para não danificar o sensor que<br />
integra o sistema do Captiva”,<br />
alerta ele. Já na traseira, ao substituir<br />
as pastilhas ou discos do<br />
carro da Honda é necessário a<br />
ferramenta para comprimir o pistão<br />
do cilindro.<br />
Por tratar-se de veículos grandes,<br />
oferecem muito espaço para<br />
trabalhar, também nos motores.<br />
Assim, tanto no 2.0L 16V SOHC<br />
i-VTEC, como no 2.4L16V<br />
DISCO DE FREIO TRASEIRO<br />
OS DOIS VE¸CULOS UTILIT˘RIOS ESPORTIVOS S‹O EQUIPADOS COM FREIOS A DISCO NAS<br />
QUATRO RODAS, A RETIRADA DAS PEÇAS N‹O EXIGE FERRAMENTAS ESPECIAIS<br />
DISCO DE FREIO DIANTEIRO<br />
APESAR DE IMPORTADOS, O CAPTIVA E CR-V MOSTRARAM SIMPLICIDADE EM SUA<br />
CONSTRUÇ‹O. OS DISCOS E PASTILHAS S‹O DE F˘CIL ACESSO<br />
FILTRO DE OLÉO<br />
DOHC VVT, substituir velas,<br />
filtros e correias não é problema.<br />
Para Ney, apesar de serem<br />
veículos importados, CR-V e<br />
Captiva são semelhantes ao realizar<br />
reparos ou troca de peças e<br />
nos itens principais exigem o<br />
mesmo tempo de trabalho.<br />
Por entrarem no país beneficiados<br />
pelo acordo comercial vigente<br />
entre Brasil e México, os<br />
O CAPTIVA UTILIZA FILTRO DO TIPO ECOLŁGICO, O QUAL EXIGE TORQU¸METRO PARA RETI-<br />
RAR E COLOCAR A PEÇA, O CR-V USA FILTRO DE ŁLEO DO TIPO CARTUCHO, N‹O NECES-<br />
SITA DE FERRAMENTA PRŁPRIA PARA SUBSTITUIÇ‹O
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 20<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
preços sugeridos para venda são laterais / cortina), freios ABS, arcondicionado,<br />
competitivos. O Honda CR-V<br />
rack de teto, rádio<br />
LX com tração dianteira 2WD AM/FM/CD/MP3 e entrada auxiliar,<br />
tem preço de R$ 88.410. Já vem<br />
vidros e retrovisores elé-<br />
equipado, entre outros itens, tricos, limpador, lavador do<br />
com: rodas de liga leve (17x 6,5 vidro traseiro, antena no teto,<br />
JJ), pneus 225/65R17, piloto automático,<br />
brake light, faróis de neblina e<br />
ar-condicionado, rodas de alumínio 17” com<br />
banco do motorista com regulagem<br />
pneus P235/60R17.<br />
altura, rádio AM/FM e CD Ainda pode ter bancos dian-<br />
Player com leitor de MP3 e teiros com aquecimento, redes<br />
WMA, coluna de direção ajustável<br />
organizadoras no porta-malas,<br />
em altura e profundidade, vo-<br />
volante e manopla do câmbio<br />
lante com controle de piloto em couro, retrovisores externos<br />
automático, vidros e retrovisores com desembaçador, sombreiras<br />
elétricos, antena no teto, brake iluminadas e bancos em couro,<br />
light, faróis halógenos de dupla neste caso o custo é de<br />
parábola, limpador e lavador do R$ 90.425.<br />
vidro traseiro.<br />
A Honda também importa a<br />
Com preço sugerido de opção EXL 4WD, com tração nas<br />
R$ 87.425, a versão de entrada quatro rodas, seu preço sugerido<br />
do Captiva Sport Ecotec, entre é de R$ 102.910. E a Chevrolet<br />
os equipamentos de série, tem: oferece o Captiva Sport V6, equipado<br />
com propulsor Alloytec Motor<br />
programa eletrônico de estabilidade<br />
(ESP - Electronic Stability 3.6L 24 válvulas, 6 cilindros em<br />
20 COMPARATIVO Program), sistema eletrônico de V. Sua potência é de 261 cv e o<br />
controle de tração (TCS - Traction<br />
torque de 32,95 kgfm, com preço<br />
Control System), ambos sugerido de R$ 100.574, ao acres-<br />
com indicador no painel de instrumentos,<br />
centar tração AWD, chega a<br />
6 air bags (frontais / R$<br />
106.193.<br />
AMORTECEDOR E MOLA TRASEIRA<br />
NO CHEVROLET CAPTIVA A MOLA FICA SEPARADA DO AMORTECEDOR, ENQUANTO<br />
QUE NO HONDA CR-V O AMORTECEDOR ATRAVESSA A MOLA<br />
FICHA TÉCNICA<br />
HONDA CR-V<br />
2.0 16V SOHC i-VTEC<br />
Cilindrada: 1.997 cm³<br />
Potência: 150 cv a 6.200 rpm<br />
Torque: 19,4 kgfm a 4.200 rpm<br />
Taxa de compressão: 10.5:1<br />
Tração Dianteira<br />
Transmissão<br />
Automática com Grade Logic<br />
Control e Overdrive 5 velocidades<br />
Pneus<br />
225/65R17<br />
Rodas<br />
Liga leve 17 x 6,5 JJ<br />
Direção<br />
Com assistência elétrica<br />
progressiva (EPS)<br />
Suspensões<br />
Dianteira:Independente tipo<br />
McPherson<br />
Traseira: Independente tipo<br />
Double Wishbone<br />
Capacidades<br />
Tanque de combustível: 58 litros<br />
Volume do porta-malas: 1.011<br />
litros (normal) / 2.064 litros (rebatido)<br />
AMORTECEDOR E MOLA DIANTEIRA<br />
A SUSPENS‹O DOS DOIS VE¸CULOS É ROBUSTA, APESAR DISSO, A SUBSTITUIÇ‹O DE<br />
MOLAS E AMORTECEDORES É FEITA DE MANEIRA SIMPLES<br />
FICHA TÉCNICA<br />
CHEVROLET CAPTIVA ECOTEC<br />
Motor<br />
Modelo: LE9 2.4L DOHC<br />
Cilindrada: 2.384 cm³<br />
Potência:171 cv a 6 500 rpm<br />
Torque: 22,2 kgfm a 5 100 rpm<br />
Taxa de compressão: 10,4:1<br />
Tração: Dianteira<br />
Transmissão<br />
Modelo: Hydramatic<br />
Automática de 4 velocidades com<br />
duas programações (automática<br />
e sequencial), tração dianteira<br />
Pneus<br />
P235/60R17<br />
Roda<br />
17 x 7 – Alumínio<br />
Direção<br />
Elétrica, pinhão e cremalheira<br />
Suspensões<br />
Dianteira: McPherson, independente<br />
e barra de torção, amortecedores<br />
telescópicos hidráulicos<br />
pressurizados a gás<br />
Traseira: Independente, quatro<br />
braços articulados e barra de<br />
torção, amortecedores<br />
telescópicos hidráulicos<br />
pressurizados a gás<br />
Capacidades<br />
Tanque de combustível: 72 litros<br />
Volume do porta-malas: 821<br />
litros (normal)/ 1.586<br />
litros (rebatido)<br />
Colaboraram: Honda Automóveis e General Motors do Brasil
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 21<br />
<strong>Ano</strong> <strong>III</strong> - NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Porque se deve trocar o pescador<br />
da bomba de óleo<br />
Os principais problemas que vêm condenando os motores dos veículos são: a borra de óleo e como consequência a carbonização, diretamente<br />
causados por combustíveis adulterados, tempo de troca do óleo lubrificante excedido, mistura de diversos tipos de óleos no motor, utilização<br />
de óleo abaixo da especificação recomendada pelo fabricante, entre outros.<br />
Quando o motor já está contaminado pela borra de óleo, suas partes móveis<br />
deixam de receber uma perfeita lubrificação, pois o tubo de sucção é o primeiro<br />
componente a ser obstruído pela borra, fazendo com que a bomba de óleo tenha<br />
dificuldade em sugar o óleo do cárter, conforme mostra a ilustração ao lado.<br />
Ao reutilizar o tubo de sucção, que foi supostamente limpo,<br />
as impurezas contidas em suas cavidades serão sugadas pela<br />
bomba de óleo, causando danos irreparáveis em suas partes<br />
internas (rotores ou engrenagens) e consequentemente<br />
no motor.<br />
A SCHADEK aconselha a todos os aplicadores que: sempre<br />
que trocar a bomba de óleo, seja feita também a substituição<br />
do tubo de sucção, filtro de óleo e válvula de alívio (quando<br />
não fizer parte da bomba), fazendo então a perfeita<br />
manutenção do sistema de lubrificação.<br />
Nunca se deve tentar limpar o tubo de sucção para reutilizálo.<br />
Mesmo aparentemente limpo, suas cavidades continuam contaminadas<br />
pela borra.<br />
*Colaborou: SCHADEK<br />
Conteúdo turbinado<br />
Seu encarte Dicas Técnicas, reformulado, traz informações de importantes empresas e entidades<br />
ligadas ao setor automotivo.<br />
Para começar, a Schadek ensina o porquê de se trocar o pescador da bomba de óleo. Em seguida,<br />
a Biagio Turbos mostra procedimentos de análise e manutenção preventiva de turbos.<br />
Continuando, a ElringKlinger informa as alterações nos motores da série 900, da Mercedes-Benz.<br />
Tem também a dica do Senai-SP sobre a qualidade dos lubrificantes e combustíveis.<br />
Por fim, trazemos ainda a segunda e última parte do artigo de Carlos Napoletano Neto, do Brasil<br />
Automático, a respeito dos procedimentos para um diagnóstico bem feito.<br />
Até a próxima!
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 22<br />
Muitos turbos são removidos desnecessariamente<br />
acreditando-se que o mesmo esteja com algum defeito,<br />
no entanto, a causa da falha detectada (ex. vazamento<br />
de óleo, emissão de fumaça, perda de potência, consumo<br />
excessivo de combustível e óleo lubrificante) pode ser proveniente<br />
de problemas em outros componentes do veículo.<br />
Análise preventiva<br />
3 – Admissão:<br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Inspecione as tubulações, mangueiras e filtro de ar quanto a possíveis danos<br />
ou restrições que possam ocasionar falhas ao turbo.<br />
Para evitar trocas desnecessárias,<br />
dificultando a solução do problema, é<br />
necessário que se faça a verificação nos<br />
itens relacionados abaixo:<br />
4 – Escape:<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
1 - Sistemas de lubrificação:<br />
Inspecione os dutos de entrada<br />
e retorno de óleo do turbo,<br />
certificando que não estejam<br />
restringindo o fluxo de óleo.<br />
Inspecione juntas do coletor de escape, borboleta do freio motor, tubulações<br />
de escape, abafadores, silenciosos e catalisadores se estão amassados ou<br />
com restrições.<br />
Observe o indicador de pressão de<br />
óleo, se a pressão não for registrada ou<br />
estiver abaixo da especificada para o<br />
motor, determine e corrija a causa.<br />
2 – Pressurização:<br />
Inspecione as tubulações, mangueiras, abraçadeiras, intercooler e coletor de<br />
admissão quanto a possíveis vazamentos ou trincas que possam ocasionar perda<br />
de pressão do turbo.<br />
Inspecione a tubulação do sistema de LDA da bomba injetora quanto a possíveis<br />
vazamentos ou trincas.<br />
5 – Respiro do Motor:<br />
Inspecione o respiro do motor<br />
quanto a possíveis restrições, o aumento<br />
da pressão no interior do Carter<br />
(Blow By) ocasiona vazamentos de óleo<br />
lubrificante pelas carcaças do turbo.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 23<br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Manutenção preventiva<br />
s<br />
1- Ao dar partida no motor, deixe-o funcionar alguns minutos<br />
em marcha lenta para estabilizar o fluxo de óleo lubrificante no<br />
sistema, antes de sua utilização normal. Isto protege o turbo,<br />
dando a ele vida longa.<br />
2- Não desligue o motor bruscamente, deixe-o funcionar alguns minutos em<br />
marcha lenta para que o fluxo de óleo não seja interrompido antes de resfriar os<br />
componentes internos do turbo e para que o eixo diminua a rotação. Ao desligar o<br />
motor em alta rotação, o turbo continuará girando sem fluxo de óleo, o que causará<br />
danos aos mancais ou até sua destruição.<br />
ATENÇÃO!<br />
O tempo gasto nestas verificações significará tempo ganho nas soluções dos<br />
problemas e principalmente à satisfação dos clientes.<br />
Antes da instalação de um novo turbo efetue os seguintes procedimentos:<br />
1 - Certifique-se que o turbo é o correto para a aplicação desejada.<br />
3 - Troque frequentemente o filtro<br />
de ar, óleo e filtro lubrificante seguindo<br />
as especificações recomendadas pelo<br />
fabricante do motor.<br />
4 - Verifique a correta regulagem da<br />
bomba injetora, bicos ou unidades injetoras,<br />
que deverão estar dentro dos<br />
parâmetros do fabricante do motor.<br />
Bomba injetora com excesso de débito,<br />
bicos injetores desregulados ou avariados<br />
conduzirão a danos no turbo e no motor.<br />
Procedimento de instalação<br />
4 - Adicionar óleo de motor limpo na entrada de<br />
lubrificação do conjunto central e girar o eixo manualmente<br />
algumas vezes para efetuar a pré-lubrificação<br />
nos mancais.<br />
2 - Inspecione e limpe completamente os coletores de escapamento,<br />
admissão, tubulações e intercooler.<br />
5 - Não utilize cola na<br />
entrada de óleo do turbo.<br />
Se for aplicada cola na<br />
junta de entrada de óleo<br />
lubrificante, a garantia do<br />
turbo será negada.<br />
6 - Se for necessário alinhar o ângulo de montagem do turbo, ajustar o correto<br />
posicionamento das carcaças no motor, após posicioná-las, assegurar o<br />
correto torque de aperto dos parafusos. Ajustar corretamente as dobras das<br />
abas nas travas de fixação conforme indicado na ilustração<br />
Fragmentos do turbo quebrado anteriormente podem ficar alojados temporariamente<br />
na entrada do filtro de ar, mangueiras, sistema de escape, etc.,<br />
eles devem ser removidos antes da instalação de um novo turbo, principalmente<br />
em instalações com sistemas de escapamento vertical. Isto irá prevenir<br />
novas falhas causadas pela queda destes fragmentos no rotor do turbo<br />
quando o motor for ligado novamente.<br />
3 - Substituir o elemento do filtro de ar, óleo e<br />
filtro lubrificante do motor.<br />
7 - Funcione o motor por alguns<br />
minutos em marcha lenta, não aplique<br />
carga no motor até que a pressão normal<br />
do óleo seja registrada<br />
no indicador.<br />
*Colaborou: BIAGIO TURBOS
1- Executar no cabeçote antigo o alojamento da bucha-guia<br />
(b1) no furo para o parafuso de fixação entre os cilindros 1 e 2;<br />
2- Executar no cabeçote antigo os furos de desaeração (a);<br />
3- Os furos de desaeração (a) padrão devem ser executados utireparacao<strong>27</strong>novo_Layout<br />
1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 24<br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Junta de Cabeçote OM 904/906/924/926<br />
Mercedes-Benz<br />
Informamos que os motores da série 900 receberam a aplicação de cabeçotes e blocos com furos para desaeração, visando otimizar o<br />
circuito de arrefecimento.<br />
Portanto, deve-se observar as recomendações desta informação quando da eventual substituição do cabeçote ou bloco dos motores.<br />
Os novos cabeçotes e blocos contêm furos (a) para desaeração do circuito de arrefecimento. Nos novos cabeçotes e blocos os furos para<br />
as buchas-guia estão dispostos conforme posição (b1), e nos cabeçotes e blocos antigos, conforme posição (b2).<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
1- CABEÇOTE DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />
2- BLOCO DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />
3 – CABEÇOTES DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />
4 – BLOCO DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />
É possível substituir o cabeçote antigo (sem furos ‘a’) pelo novo<br />
(com furos ‘a’), com a reutilização do bloco antigo (sem os furos<br />
‘a’), porém, deve ser observada a instalação da nova junta do<br />
cabeçote para garantir a estanqueidade do circuito<br />
de arrefecimento.<br />
No caso de substituição do bloco antigo (sem os furos ‘a’) pelo<br />
novo (com os furos ‘a’), a reutilização do cabeçote antigo é possível<br />
após efetuar os retrabalhos indicados a seguir.<br />
lizando a junta nova como referência de posição dos mesmos;<br />
3.1- Instalar as buchas-guia no cabeçote;<br />
3.2- Alojar corretamente a nova junta na superfície do cabeçote<br />
encaixando-a nas buchas-guia.<br />
Observar que a marca TOP da junta deverá estar para a face<br />
do cabeçote;<br />
3.3- Marcar no cabeçote as posições onde serão executados os<br />
furos (a) e retirar a junta do cabeçote;<br />
3.4- Executar os furos com diâmetro de 6mm e profundidade de<br />
18mm. Motores 904 e 924 são 4 furos, motores 906 e 926<br />
são 6 furos;<br />
4- Limpar o cabeçote e remover cavacos do interior das galerias,<br />
aplicando ar comprimido através dos furos.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 25<br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
1 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />
3 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />
1 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />
3 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />
INSTRUÇÃO DE APERTO DOS PARAFUSOS<br />
‘Lembre-se que é imprescindível a troca dos parafusos em<br />
cabeçotes com torque angular’<br />
*Colaborou: ELRING KLINGER
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 26<br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Qualidade dos lubrificantes e combustíveis<br />
TEXTO: LIDIA RUBACOW IOTTI*<br />
AAgência Nacional de Petróleo, Gás<br />
Natural e Biocombustíveis, órgão<br />
regulamentador, avalia mensalmente<br />
a qualidade do lubrificante e combustível<br />
comercializado em todo território<br />
brasileiro através do Programa de Monitoramento<br />
da Qualidade dos Lubrificantes<br />
e Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis<br />
Líquidos.<br />
Estes programas consistem em coletas de amostras mensais por<br />
parte da ANP em postos de combustível, supermercados, lojas de<br />
autopeças, oficinas mecânicas, concessionárias de veículos, distribuidores<br />
e atacadistas.<br />
Nas amostras coletadas para o monitoramento de lubrificantes<br />
são analisados os seguintes critérios: registro, para verificar a conformidade<br />
do cadastro na ANP; rótulo, para verificar a presença<br />
das informações requeridas por lei; e físico-química, para verificar<br />
se o produto atende às especificações determinadas pela ANP.<br />
Segundo o Boletim Mensal de Monitoramento da Qualidade do<br />
Lubrificante de abril/<strong>2010</strong>, informado pela ANP, 21,3% das<br />
amostras analisadas estavam não-conformes relacionadas<br />
à qualidade.<br />
A avaliação do combustível através do Programa de Monitoramento<br />
da Qualidade dos Combustíveis Líquidos no mês de<br />
abril/<strong>2010</strong> também detectou algumas não-conformidades (NC),<br />
como segue:<br />
Gasolina(características) NC %<br />
Destilação 30 57,7<br />
Etanol 11 21,2<br />
Outros 9 17,3<br />
Octanagem 2 3,8<br />
NC Totais 52 100<br />
Diesel (características) NC %<br />
T. Biodiesel 70 39,8<br />
Aspecto 45 25,6<br />
Pt. Fulgor 23 13,1<br />
Corante 19 10,8<br />
Enxofre 15 8,5<br />
Outros 4 2,3<br />
NC Totais 176 100<br />
Etanol (características) NC %<br />
M. Especif./TA 52 65<br />
Outros 21 26,3<br />
Condut. 5 6,3<br />
pH 2 2,5<br />
NC Totais 52 100<br />
Etanol NC %<br />
M. Especif./TA 52 65<br />
Fonte: Boletim Mensal da Qualidade dos Combustíveis<br />
Líquidos Automotivos Brasileiros - <strong>Ano</strong> 9 - Abril <strong>2010</strong>
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page <strong>27</strong><br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Diante deste cenário fica claro que o controle da qualidade dos produtos derivados do petróleo<br />
deve ser constante, pois a utilização de produtos não - conformes traz prejuízos ao consumidor devido<br />
ao desgaste prematuro nas partes do motor, aumento no consumo do lubrificante e combustível e<br />
maior agressão ao meio ambiente.<br />
O consumidor deve se precaver diante dos fatos consultando sempre<br />
que possível os Boletins de Monitoramento da Qualidade disponibilizado<br />
no site da ANP, comprar produtos de qualidade e caso haja dúvida quanto<br />
realizar testes que assegurem a qualidade do produto. Caso seja necessário<br />
verificar a especificação dos combustíveis a ANP disponibiliza em seu site<br />
as Portaria/Resoluções detalhando todas as características que os combustíveis<br />
devem ter:<br />
• Especificação para a comercialização de gasolinas automotivas<br />
Portaria Nº 309, DE <strong>27</strong> DE DEZEMBRO DE 2001;<br />
• Especificação para a comercialização de óleo diesel rodoviário<br />
Resolução ANP Nº 42, DE 16.12.2009 – DOU 17.12.2009;<br />
• Especificação para a comercialização de AEAC e AEHC:<br />
Resolução ANP Nº 36, DE 6.12.2005 – DOU 7.12.2005.<br />
A Escola SENAI “Conde Jose Vicente de Azevedo” – Ipiranga mantém em<br />
suas instalações recursos que podem ajudar neste controle. O Laboratório<br />
de Ensaios em Óleos Lubrificantes e Combustíveis foi criado para atender<br />
as necessidades das empresas em análise de lubrificantes e combustíveis<br />
ajudando como uma ferramenta na manutenção pró - ativa e preventiva.<br />
Possui reconhecimento pelo INMETRO e REMESP através de certificação<br />
pela norma ISO 17025 e cadastro na ANP (Agência Nacional de Petróleo,<br />
Gás Natural e Biocombustíveis) para ofertar ensaios em biodiesel. Presta<br />
serviço de análise de lubrificantes automotivos e indústrias, análise de combustíveis<br />
(Gasolina, Diesel, biodiesel e álcool).<br />
*Coordenadora do<br />
laboratório de ensaios<br />
em óleos lubrificantes e<br />
combustíveis. Contato:<br />
lelco@sp.senai.br e telefone:<br />
(11) 2066-1988 –<br />
R 2<strong>27</strong><br />
*Colaborou: SENAI
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 28<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
*TEXTO: CARLOS NAPOLETANO NETO<br />
NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />
Dez passos para um diagnóstico<br />
bem feito – Parte Final<br />
Nesta edição, como continuação do artigo do mês passado, e para ajudar<br />
o técnico reparador a realizar um diagnóstico bem feito, enumeramos<br />
abaixo alguns passos que devem ser seguidos para encontrar a verdadeira<br />
CAUSA do defeito, sem os quais se torna difícil realizar um reparo que dure.<br />
4 - Verifique o fluido da transmissão quanto à condição e nível.<br />
Como o fluido ATF realiza várias funções vitais, tais como a geração de pressão, limpeza,<br />
eliminação do atrito, transferência de calor, vedação, etc. dentro de uma transmissão automática,<br />
a análise dele pode dar ao técnico várias pistas sobre como anda a saúde do câmbio.<br />
É importante analisar o nível e corrigi-lo se necessário, bem como verificar se o fluido<br />
está limpo, embora com sua cor alterada, ou cheio de partículas sólidas em suspensão,<br />
acompanhado de um cheiro muito acentuado de queimado. Esta análise por si só pode indicar<br />
se um reparo mais radical é necessário na transmissão ou não. Salientamos aqui a necessidade<br />
de se tomar uma decisão baseada em fatos, e não simplesmente remover o<br />
câmbio como primeiro passo, pois nem sempre a causa do problema está dentro dele.<br />
5 - Faça uma análise visual da parte inferior do veículo.<br />
Busque indícios que indiquem uma falha em andamento, como por exemplo, vazamentos,<br />
mangueiras desconectadas ou cortadas, chicotes danificados, tubos de vácuo desconectados<br />
ou cortados, conectores parcialmente conectados ou fios estirados e afastados de<br />
seus conectores, oxidações de terminais, etc.<br />
6 - Proceda uma verificação das regulagens solicitadas pelo manual de serviço<br />
do veículo.<br />
É frequente, na conversa com o proprietário do veículo, descobrir que um defeito na<br />
transmissão começou depois que o motor foi retirado para remover vazamentos, ou durante<br />
um reparo de carroceria, etc. O comportamento estranho da transmissão pode ser decorrente<br />
de regulagem incorreta de um cabo de redução, por exemplo, ou nas transmissões<br />
com controle eletrônico, uma regulagem incorreta do TPS (Sensor de posição da abertura<br />
do acelerador). Oriente-se pelas informações técnicas fornecidas pela montadora, para ter<br />
certeza que esta causa não é a origem do problema.<br />
7 - Faça uma verificação completa do sistema de alimentação do veículo, antes de interferir<br />
na transmissão.<br />
Várias vezes, técnicos reparadores já nos procuraram buscando orientação sobre um<br />
reparo de transmissão, quando a causa real do problema era deficiência no sistema de alimentação<br />
do motor do veículo. Quando o motor não é corretamente alimentado, isto causa<br />
um comportamento totalmente alterado da transmissão, com mudanças de marcha na hora<br />
errada, ou mesmo sem mudanças, trancos nas mudanças, patinações, etc. Como os dois<br />
sistemas (alimentação e transmissão) operam com troca de informações, isto causa falhas<br />
no comportamento da transmissão, nem sempre detectadas com facilidade pelo técnico<br />
menos preparado, com decorrente prejuízo e descontentamento do cliente.<br />
8 - Repare a transmissão.<br />
Caso algum dos passos descritos mais acima indique que a falha está DENTRO da transmissão,<br />
proceda ao reparo da mesma, agindo de maneira profissional e seguindo os passos<br />
relacionados no manual de serviço da mesma, evitando “desvios” para ganhar tempo.<br />
Lembre-se: O melhor serviço que você poderá prestar ao seu cliente é fazer o serviço<br />
bem feito e dentro dos padrões de qualidade e segurança descritos pela montadora.<br />
Devemos saber separar as coisas:<br />
1-O dever do técnico é reparar perfeitamente o veículo.<br />
2-O dever do cliente é pagar o preço justo por isto.<br />
Não tente economizar no serviço, salvando peças que deveriam estar há muito tempo<br />
na lata de lixo. Isto somente causará retorno do cliente à oficina mais cedo ou mais tarde,<br />
gerando custos adicionais e descontentamento geral. Este custo geralmente fica a cargo do<br />
reparador que quis “ajudar” o cliente. Ele com certeza exigirá a garantia do serviço prestado<br />
e você não poderá repassar os custos a ele por isto.<br />
9 - Teste o veículo antes da entrega.<br />
Antes de entregar o veículo de volta ao cliente, faça um TESTE completo do veículo,<br />
procurando reproduzir todas as situações reclamadas por ele. Se o veículo for muito caro, e<br />
a situação do trânsito ou pessoas não aconselharem um percurso muito longo com ele, convide<br />
o próprio cliente, responsável pelo veículo, a fazer este teste final.<br />
10 - Dê seguimento ao serviço.<br />
Após a entrega, depois de alguns dias, contate o cliente para saber se ele está satisfeito<br />
com o serviço realizado.<br />
Convide-o a comparecer à oficina para uma revisão rápida.<br />
Isto demonstrará seu profissionalismo e interesse pelo cliente, e ajudará a evitar um<br />
problema, se houver algum item que não está ainda funcionando adequadamente.<br />
Esperamos que, com estes simples passos, o técnico reparador seja auxiliado<br />
a prestar um excelente serviço ao seu cliente, aumentando a satisfação de todos<br />
e seu senso de realização profissional.<br />
Até Breve!<br />
*Consultor técnico e ministra cursos sobre transmissão automática.<br />
suporte@brasilautomatico.com.br<br />
*Colaborou: BRASIL AUTOM˘TICO<br />
www.pranaeditora.com.br<br />
Prána Editora & Marketing Ltda<br />
Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />
Rua Pedro de Toledo, 129 - 10º andar<br />
CEP 04039-030 - Vila Clementino<br />
São Paulo - SP<br />
Fone: 11 5084-1090<br />
Jornalista Responsável<br />
Silvio Rocha – MTB: 30375<br />
Departamento Comercial<br />
comercial@reparacaoautomotiva.com.br
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 29
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 30<br />
30<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
PALAVRA DE<br />
QUEM ENTENDE<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Diagnóstico: o que fazer com ele?<br />
Texto: Edson Roberto de Avila*<br />
Hoje vamos conversar de um assunto que nos traz situações<br />
e algo que sempre encontramos no nosso dia-a-dia, algumas<br />
dificuldades de se resolver logo de início.<br />
DIAGNÓSTICO, ESSE É O NOME, E DELE TEMOS<br />
A SOLUÇÃO<br />
E para se ter a solução existe o tempo técnico, ou seja, temos que ter o<br />
conhecimento, equipamento e mais equipamento e conhecimento, caso<br />
contrário teremos sim uma grande frustração em questão, não a solução.<br />
COMEÇO, MEIO E FIM É<br />
ASSIM QUE SE DEFINE<br />
O cliente chega até nós, RE-<br />
PARADORES, com o problema<br />
em seu veículo.<br />
Ele diz que o veículo está fazendo<br />
um barulho ou um ruído<br />
(ESTALO), que não é de sua<br />
normalidade, sendo que ele utiliza o veículo todos os dias, pois ele não<br />
ouvia esse no que ele se refere, está estranhando e trazendo preocupação.<br />
Prontamente, vamos com uma enxurrada de perguntas, mesmo porque<br />
senão as fizermos, abriremos um leque de (ACHISMO), e esse termo<br />
não se pode utilizar de nenhuma maneira, temos que ter ética e seriedade,<br />
comprometimento como a nossa profissão, e fazendo isso teremos e somaremos<br />
com todos aqueles parceiros reparadores que acreditam e fazem<br />
por onde para se existir no mercado da reparação.<br />
POR EXEMPLO, QUANDO SE DÁ O ESTALO?<br />
É quando vira para a direita ou para a esquerda, é quando passa em solavanco<br />
ou quando vai subir em algum ressalto de guia, quando entra em<br />
sua garagem, ou então, é quando esterça a direção com o veículo parado<br />
(QUANDO do SISTEMA de DIREÇÃO HIDRAÚLICA).<br />
Ou então, ele (CLIENTE) chega até nós e diz:<br />
Meu veículo está falhando, pasmem, e agora qual será o momento<br />
da falha do propulsor no qual ele se refere, e lá vamos nós com uma<br />
enxurrada de perguntas ao cliente, e não pensem vocês que esse procedimento<br />
é equivocado, veja seu cliente como seu parceiro, ele é o<br />
mais indicado para se dizer de onde vamos começar, se é quando o<br />
propulsor está em fase de aquecimento ou quando está totalmente<br />
com a temperatura ambiente ou temperaturas ambientes de funcionamento<br />
do propulsor em si, são várias situações e o cliente pode nos<br />
auxiliar e bastante nesse início de processo do diagnóstico.<br />
É, temos que colocar a nossa experiência em frequência com as<br />
informações que nos são dadas pelo cliente, esse é o caminho para se<br />
iniciar o processo de solução.<br />
Agora não pense que tudo que se viu e fez é via de regra, sempre é o<br />
mesmo defeito. Vejo sempre colegas dizendo que, quando chegou determinado<br />
veículo em seu departamento de manutenção, ele foi e fez o<br />
mesmo processo de um outro veículo com o mesmo ano, modelo, e olha<br />
só, não conseguiu trazer solução, sabem por quê?<br />
Simples: viu que como ele trouxe a solução no primeiro caso, imaginou<br />
que no segundo também seria o mesmo, e não sendo, já viu no que vai<br />
dar, entendeu, pessoal.<br />
Hoje temos mecânica, elétrica e eletrônica, todos os sistemas trabalhando<br />
juntos, para que se possa ter um ambiente limpo, mais agradável,<br />
seguro a todos os seres humanos, e essa situação está em nossas<br />
mãos, melhor dizendo, em nosso conhecimento, e através dele executar<br />
com procedimentos a determinada manutenção, mas isso é assunto<br />
para outra matéria.<br />
Hoje o assunto é técnica, diagnóstico em busca da solução, então vamos<br />
lá colocar nossa massa cefálica para trabalhar.<br />
Voltemos ao nosso segundo cliente, que chegou com o propulsor<br />
de seu veículo falhando, melhor dizendo, para ele estava falhando o<br />
propulsor, o indício seria de sem força de arrancada e consumo excessivo<br />
de combustível.<br />
Atente-se ao detalhe, ele não disse que o problema só aparece somente<br />
quando o veículo está aquecido, e está com carga ou não, disse somente<br />
que estava sem arrancada e consumo excessivo de combustível, pensem<br />
só na quantidade de tempo que seu diagnóstico vai levar.<br />
Pergunta: de que adianta ter equipamentos em nosso departamento se<br />
não temos o conhecimento de utilização, e se temos o conhecimento de<br />
utilização, de que resolve se não temos a técnica do conhecimento do determinado<br />
sistema, seja mecânico,<br />
elétrico ou eletrônico, é<br />
extensa a quantidade de informação<br />
que temos que ter para se<br />
ter e fazer um diagnóstico certeiro<br />
e com sucesso no momento<br />
de buscar a solução,<br />
trazendo benefícios ao nosso<br />
cliente e ao nosso departamento<br />
(CREDIBILIDADE ), isso tudo<br />
gira em torno do bom diagnóstico.<br />
Recentemente estive no departamento de um colega reparador em que<br />
ele estava com uma dificuldade de estabilizar o sistema de marcha lenta do<br />
propulsor de um veículo, não vou citar a marca porque a idéia é outra<br />
(DIAGNÓSTICO e SOLUÇÃO). Esse veículo já vinha se arrastando de<br />
outros departamentos de manutenção, essa foi a informação que o proprietário<br />
do veículo havia passado a ele, atente-se ao detalhe que foi citado<br />
lá atrás, nessa matéria, ele fez o procedimento de perguntar ao cliente em<br />
relação de quando surgiu o problema e qual foi, ao menos do conhecimento<br />
dele, as medidas tomadas para a solução, e através disso foi iniciado<br />
o processo de diagnóstico.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 31<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
PALAVRA DE<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | QUEM ENTENDE 31<br />
Vamos lá, equipamento de diagnóstico do sistema eletrônico conectado<br />
ao veículo e vamos dar início à leitura, pronto! Temos uma<br />
porta aberta a informações de ordem eletrônica expostas à nossa frente<br />
e vemos tudo irregular. Então, por onde começar? Sabemos, e não<br />
podemos esquecer que a informação que a unidade de comando eletrônica<br />
recebe é de sensores, que por sua vez capta as informações de<br />
ordem mecânica do propulsor.<br />
Verificado todo o sistema de funcionamento mecânico do propulsor,<br />
sincronismo, etc., tudo certo na perfeita ordem, vamos para a eletrônica,<br />
tempo de injeção alterado (ATUADOR), leitura de depressão do coletor<br />
do sistema de admissão alterado (SENSOR), sensor de leitura do sistema<br />
de aceleração alterado (SENSOR), sinal do sistema de marcha lenta alterado<br />
(ATUADOR ). Vamos nos atentar a comentar que vários componentes<br />
haviam sido substituídos.<br />
Vejam, ferramentas de ordem mecânica utilizadas, equipamento<br />
de diagnóstico eletrônico utilizado e não se chegou à solução. Estamos<br />
no processo de diagnóstico, continuamos então, osciloscópio à mão<br />
para se ter certeza das informações que estavam na tela do computador<br />
eram para se dar crédito, e sim, eram reais, então vamos ao papel<br />
e lápis e colocar as informações e a nossa massa cefálica para trabalhar.<br />
Vejam, tenho as informações técnicas, tenho o conhecimento técnico<br />
do sistema operacional do veículo.<br />
Cheguei a uma conclusão e coloquei ao colega. Tenho alteração em<br />
tempo de injeção, alteração no valor de depressão, o valor alterado do sensor<br />
de posição do acelerador era simplesmente a regulagem do corpo (ME-<br />
CÂNICO), sim, aquele parafuso que nem sempre mexemos, agora regulado,<br />
o sinal do sensor voltou ao normal, e os demais?<br />
Conclusão: depois de uma verificação detalhada, viu se um pequeno<br />
fiapo dentro do sensor de leitura da depressão do propulsor,<br />
removido o fiapo, tudo voltou à sua ordem.<br />
O que se passou aqui, a todos, é que temos que nos atualizar em<br />
conhecimento e técnicas e auxílio em relação a equipamentos que<br />
existem no mercado para nos auxiliar no diagnóstico. Vejam nesse<br />
caso em si, houve uma soma para se poder chegar à solução, talvez<br />
alguns diriam: era só substituir o devido sensor, mas não somos trocadores<br />
de componentes, e sim reparadores responsáveis.<br />
Ei, pessoal, sabe aquele primeiro defeito que comentei, o que estava<br />
sem arrancada e consumo de combustível, (SISTEMA de EMBREA-<br />
GEM), os detalhes ficam para vocês raciocinarem, afinal temos essa responsabilidade<br />
de nos dar a solução aos problemas que batem à nossa porta.<br />
Então: ouvir o cliente, diagnosticar e dar solução.<br />
Até a próxima!<br />
* Diretor Responsável do Departamento Técnico de Manutenção Preventiva<br />
e Corretiva de Autos Mingau e presidente do Grupo GOE (Grupo<br />
de Oficinas Especializadas)
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 32<br />
DHB conquista medalha de<br />
bronze no PGQP<br />
Destaque entre as empresas premiadas pelo Programa<br />
Gaúcho de Qualidade e Produtividade <strong>2010</strong> (PGQP), a<br />
DHB Componentes Automotivos – fornecedora de produtos<br />
para montadoras de todo o Brasil e presente em<br />
mais de 20 países no exterior – recebeu a medalha de<br />
bronze pelo trabalho de aprimoramento do sistema de<br />
gestão, iniciado em 2009 e já certificado pelas ISO<br />
9001/14001/TS16949. A entrega do prêmio ocorreu<br />
no dia 20 de julho na Fiergs, em Porto Alegre (RS).<br />
Novas bombas d’água chegam ao mercado<br />
de reposição<br />
A Delphi Soluções em Produtos e Serviços dispõe<br />
ao mercado 20 novas bombas d’água que atendem<br />
a aplicações em modelos de veículos das<br />
plataformas Audi, Volkswagen, Fiat, Ford, General<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Motors, Mercedes-Benz, Renault, Hyundai, Mitsubishi,<br />
Suzuki e Chrysler. Produzido com materiais<br />
de alta qualidade e proporcionando melhor<br />
resistência e desempenho ao veículo, o lançamento proporcionou à<br />
Delphi a cobertura de mais de 70% da frota circulante da América do<br />
Sul, além de torná-la a única do mercado a oferecer soluções completas<br />
que variam desde bombas d’água, radiadores, condensadores e<br />
compressores, até aditivos.<br />
Cofap traz de volta o cachorrinho mais famoso<br />
do Brasil<br />
Conhecido como Cofapinho, o cão da raça Dachshund ficou famoso na<br />
campanha dos anos 80 e está de volta com o slogan “O melhor amigo do<br />
carro e do dono do carro”. As novidades são o formato em desenho animado<br />
e os spots que visam estimular a prática da verificação preventiva<br />
dos amortecedores. Com produção da W/Brasil, o Cofapinho reestreia em<br />
oito vinhetas de 10 segundos veiculadas em canais como ESPN, HBO e<br />
Globonews, além de exibidas em 44 salas de cinema.<br />
Seminário debate Segurança no Trânsito<br />
O seminário “Os Novos Desafios da Engenharia de Segurança<br />
Veicular”, organizado e promovido pela Associação<br />
de Engenharia <strong>Automotiva</strong> (AEA) – no dia 10 de agosto, no<br />
Millenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP) –<br />
levou a público palestras sobre segurança. Dentre as apresentadas,<br />
“A Correta Utilização do ABS – Segurança Ativa e<br />
suas Utilizações” foi ministrada por Carlos Gilbran, gerente<br />
de Marketing da Bosch, que esclareceu como os freios ABS<br />
funcionam e as maneiras corretas de usá-lo.<br />
Osram agita o mercado de tuning<br />
Uma das líderes mundiais em iluminação automotiva<br />
lança no Brasil a linha OSRAM X-RACER®<br />
COOL BLUE, com dois modelos de lâmpadas. A<br />
luz branca azulada é semelhante às lâmpadas de<br />
xenon e ainda conta com três diferenciais importantes:<br />
é cerca de 20% mais brilhante do que as<br />
opções convencionais do mercado nacional, dispensa<br />
o uso de relé auxiliar e está equipada com a<br />
consolidada tecnologia UV-STOP da OSRAM, capaz<br />
de filtrar a radiação ultravioleta e evitar o amarelamento da lente<br />
do farol. É importante ressaltar que os modelos H4 e H7 da série<br />
foram desenvolvidos em total conformidade com as normas internacionais<br />
ECE R37 e a Resolução CONTRAN 2<strong>27</strong>.<br />
Primeiro gerador flex do mundo é destaque<br />
na FIIEE<br />
O gerador de energia desenvolvido pela Grameyer e Jimenez<br />
equipado com motor da FPT - Powertrain Technologies, com<br />
tecnologia flex, foi apresentado pela primeira vez ao público na<br />
13ª Feira Internacional da Indústria Elétrica e Eletrônica<br />
(FIIEE), dentre os dias 10 e 13 de agosto no Expominas, em<br />
Belo Horizonte (MG). O protótipo é equipado com o novo motor<br />
E.torQ 1.8 16V, foi lançado recentemente e equipa veículos da<br />
linha 2011 da Fiat Automóveis, como o Punto e o Novo Idea.<br />
Utilizado no grupo gerador, o propulsor gera 70 KVA de energia<br />
e pode ser alimentado com etanol, gasolina ou a mistura dos<br />
dois, em qualquer proporção.<br />
Monroe lança novo catálogo de produtos<br />
A Monroe, uma das líderes mundiais no desenvolvimento<br />
e fabricação de amortecedores, acaba<br />
de lançar seu novo catálogo de produtos para o<br />
mercado de reposição. Com o layout reformulado,<br />
a edição é totalmente ilustrada e se destaca pela<br />
presença de dicas técnicas sobre os produtos. A<br />
lista foi atualizada com 25 inclusões para a Linha<br />
Leve, cinco para a Linha Pesada e duas para a<br />
Linha Rancho. O novo catálogo de produtos, que<br />
também está disponível na internet (www.sa-tenneco-automotive.com),<br />
permite ao usuário efetuar consultas online ou fazer o<br />
download do conteúdo em formato pdf.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 33<br />
Responsabilidade social com o meio ambiente<br />
Uma nova árvore plantada, a cada elevador automotivo comercializado.<br />
Este é o ponto de partida do projeto de responsabilidade socioambiental<br />
da Hidromar, indústria instalada em Londrina (PR) há 60 anos e com<br />
atuação em 22 estados brasileiros. A iniciativa já conta com parceiros<br />
como a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e o Viveiro Municipal de<br />
Londrina, órgão responsável pela formação das mudas das árvores que<br />
serão plantadas em praças públicas e em áreas urbanas que precisam<br />
de recuperação de mata ciliar, como a do fundo do vale Rio das Pedras.<br />
Inflação do carro em julho é de 0,60%<br />
Conforme apontam dados levantados pela<br />
Agência AutoInforme, a inflação cresceu<br />
0,60% no mês de julho. Enquanto no acumulado<br />
do ano o motorista teve um aumento<br />
de 0,85% nos gastos para rodar e<br />
fazer a manutenção preventiva do veículo.<br />
O estudo levantou, ainda, os preços de<br />
mais de 30 itens para a cesta de produtos e serviços, como peças<br />
de reposição e seguro, além dos combustíveis, e calcula o custo<br />
de cada um por quilômetro rodado. Em março e junho deste ano,<br />
houve deflação dos preços, o que contribuiu para a redução da inflação<br />
acumulada.<br />
Novo filtro Wix chega este mês aos distribuidores<br />
A partir deste mês, a Affinia começa a entregar aos seus distribuidores<br />
o novo produto da Wix. A linha – que já contava com filtros<br />
de combustíveis, de ar e de óleo – incorpora o filtro de cabine<br />
ao mix para atender à demanda do mercado de filtros automotivos.<br />
Trata-se de um componente vinculado à saúde respiratória do motorista,<br />
pois inibe a entrada de partículas do ar, como pó e fuligem,<br />
para dentro da cabine do veículo. Tudo isso com 95% de eficiência<br />
na capacidade de filtragem. Para mais informações,<br />
acesse www.wixfiltros.com.br.<br />
Honeywell comemora dez anos do primeiro<br />
motor brasileiro 1.0 turbo<br />
A Honeywell Turbo Technologies comemorou em sua fábrica instalada<br />
em Bonsucesso, Guarulhos (SP), dez anos do lançamento do<br />
turbo Garrett GT 12, utilizado no motor 1.0 dos automóveis Gol<br />
Turbo e Parati Turbo. O projeto fez do motor Volkswagen 16V a<br />
primeira ação efetiva do processo de downsizing, atualmente adotado<br />
pela indústria automobilística mundial para a redução das<br />
emissões de CO2 (dióxido de carbono). O motor 1.0 Turbo atingiu<br />
torque de 155 Nm, a 2.000 rpm, e potência de 112 cv, uma das<br />
mais elevadas do mundo para automóveis de passeio de produção<br />
em grande série, com níveis iguais a de motores 2,0 litros. Em<br />
termos de consumo de combustível, obteve 11,5 km/l em ciclo urbano<br />
e 16,5 km/l em ciclo rodoviário.<br />
MTE-Thomson lança Sensor Lambda<br />
Planar Universal<br />
Para completar a linha de Sensores Lambda, a<br />
MTE-Thomson lança o Sensor Lambda Planar Universal,<br />
cuja principal vantagem é o rápido aquecimento,<br />
se comparado ao Lambda Convencional<br />
(Finger), seu antecessor. O uso deste equipamento<br />
é recomendado quando não é possível encontrar<br />
a Lambda específica com o conector do<br />
veículo. Sua aplicação deve seguir à risca todas as<br />
recomendações do manual, que vem junto à embalagem.<br />
Para mais aplicações e produtos, consulte<br />
o catálogo online de peças no<br />
www.cattemperatura.mte-thomson.com.br ou faça o download pelo<br />
www.mte-thomson.com.br, na guia lateral “catálogos”.<br />
Linha Rodabrill: Agora na versão Tuning<br />
A Rodabrill Tuning chega às prateleiras<br />
de todo país com embalagem inspirada<br />
no design de utilitários esportivos. São<br />
quatro diferentes modelos que trazem os<br />
tradicionais produtos da marca, com<br />
preços que variam entre R$ 8 (Lava<br />
Autos, Lava Autos com Cera e Pneu<br />
Pretinho) e R$ 12 (Cera Líquida). Além de vendido separadamente,<br />
o produto também está disponível em kits com duas<br />
unidades, dentro de um caminhão cegonha. A nova linha estará à<br />
venda nos maiores varejistas de autopeças, centros automotivos,<br />
supermercados e lojas do ramo de todo o país.<br />
Cidades brasileiras adotam medidas para melhorar a<br />
qualidade do ar<br />
São Paulo deu o primeiro passo quando começou, em 2008, a realizar<br />
a inspeção veicular ambiental. A medida, que já reduziu as<br />
emissões de gases como o monóxido de carbono, apresentou bons<br />
resultados e passou a incentivar outras cidades do país. A partir de<br />
então, São Bernardo do Campo (SP) iniciou a inspeção veicular<br />
voluntária e gratuita nos veículos movidos a diesel e, em breve,<br />
Joinville representará a primeira cidade de Santa Catarina a fiscalizar<br />
e multar motoristas que transitam com veículos em desacordo<br />
com as leis ambientais e de trânsito.<br />
Turbos BorgWarner garantem presença na<br />
“Motores Melhores do Mundo”<br />
No primeiro semestre deste ano, 71 jornalistas de<br />
todo o mundo formaram o corpo de jurados da<br />
eleição do “Motor do <strong>Ano</strong>”, tradicional promoção de<br />
uma editora inglesa. Dentre os oito melhores motores,<br />
cinco possuíam turbo BorgWarner, ou seja,<br />
62,5% dos eleitos . No total, os turbocompressores<br />
BorgWarner estão os presentes nos motores premiados de 21<br />
modelos das montadoras Volkswagen, BMW, Audi, Cooper e Peugeot,<br />
com turbos que vão de 1,600 um 3,000 centímetros ³ de cilindrada.<br />
Mais de mil credenciados Bosch Service se reúnem<br />
em Salvador<br />
Entre os dias 16 e 19 de agosto, a Bosch reuniu no hotel IberoStar,<br />
em Salvador (BA), seus mais de mil credenciados à Rede Bosch Car<br />
Service, Truck Service e Bosch Diesel Center de todo o Brasil.<br />
Realizada a cada dois anos, a convenção busca levar aos participantes<br />
o que há de novo em manutenção automotiva, e também<br />
conhecimentos sobre gestão de empresas, atendimento ao cliente,<br />
comercialização, administração e marketing. Este ano, a Bosch<br />
propôs palestras com a apresentação de diferentes cases: o sucesso<br />
da Azul linhas aéreas, a nova visão da rede de postos Ipiranga<br />
(Rodo Rede) e as oportunidades de negócio do mercado brasileiro.<br />
NGK realiza palestras na oficina do<br />
“Lata Velha”<br />
A NGK, fabricante e especialista em velas de<br />
ignição e sensores de oxigênio, em parceria<br />
com o Centro Automotivo Garage 59 – produtora<br />
oficial dos carros do Lata Velha,<br />
quadro do programa Caldeirão do Huck, da<br />
Rede Globo – está realizando uma série de<br />
palestras técnicas para mecânicos e profissionais<br />
do setor. Com periodicidade mensal, o curso oferece<br />
dicas de como prevenir possíveis problemas nos sensores de<br />
oxigênio, velas, cabos de ignição, dentre outros esclarecimentos.<br />
O próximo curso será no dia 26 de agosto, em São<br />
Paulo (SP). Para mais informações: 0800 197 112.
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 34<br />
34<br />
PALAVRA DE<br />
QUEM ENTENDE<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Vectra 2.2, ano 2001 Turbo com módulo de<br />
Injeção Eletrônica Autronic SM 2<br />
funcionando com álcool hidratado<br />
FOTOS: Jł ROCHA / DIVULGAÇ‹O<br />
BREVE RELATO SOBRE A UNIDADE DE INJEÇ‹O ELETRłNICA UTILIZADA<br />
Após ler e experimentar vários tipos de preparação de motores<br />
turbo, tais como: bicos refurados (retrabalhados), clamper<br />
para M.A.P., reguladores de pressão com ajuste, etc., resolvi<br />
utilizar uma unidade de injeção eletrônica inteiramente reprográmavel,<br />
partir para vários contatos por telefone, e-mail e outros, mundo<br />
afora, na tentativa de descobrir qual a melhor unidade reprogramável<br />
à venda. Em meados de 2001 consegui adquirir uma unidade SM 2,<br />
da Autronic.<br />
Com a unidade na mão, parti para estudar a mesma e saber como<br />
poderia tirar o maior proveito de toda a sua capacidade.<br />
Só para que vocês possam quantificar a capacidade dessa unidade<br />
com relação à programação e uso, vou citar algumas:<br />
1 - Podem ser usadas em motores de 1 a 16 cilindros.<br />
2 - Podem funcionar em motores de 4 ou 2 tempos.<br />
3 - Podem controlar pressão de turbo em função de rotação e da<br />
temperatura do motor. Por exemplo, a 3000 rpms, quero 1,2 kg de<br />
pressão de turbo, mais a 6000 rpms, quero 0,8kg de pressão, mais isso<br />
só irá ocorrer caso a temperatura da água seja superior a 70 graus,<br />
abaixo desse valor manter a pressão de turbo em 0.4kg serve para proteger<br />
o motor na fase fria de funcionamento ou não deixar a pressão<br />
passar de 0,4kg, se a temperatura subir acima de 110 graus.<br />
4 - Podem acionar a função Anti-Lag, (um sistema no qual a<br />
unidade atrasa o ponto e enriquece a mistura, mantendo dessa forma<br />
uma grande quantidade de ar aquecido para com isso diminuir o<br />
atraso (lag) do turbo nas retomadas de aceleração e soltar as formidáveis<br />
labaredas de fogo e estampidos na descarga).<br />
Texto: José Augusto Miranda*<br />
5 - Podem acionar o eletroventilador de arrefecimento na temperatura<br />
desejada pelo preparador, por exemplo, ligar aos 95 e desligar<br />
aos 90 graus centrigados em função do sinal do sensor de temperatura<br />
da água (saída - fan cooler).<br />
6 - Podem modificar o valor do tempo de injeção de cilindro<br />
para cilindro (útil quando existem variações do coletor de admissão<br />
ou rendimento diferente entre cilindros ou temperaturas<br />
de descarga).<br />
7- A unidade acima descrita possui no seu interior um M.A.P.<br />
com capacidade de medir depressão e pressão 0 até 3bar, com isso<br />
pode ser usada em carros aspirados ou turbos, sendo necessário ligar<br />
uma mangueira após a borboleta para que a unidade leia essas informações<br />
(carga do motor).<br />
8- Podemos determinar o valor da mistura em cada faixa de<br />
rotação e carga do motor e analisar o que está acontecendo, fazendo<br />
um Datalogging - a unidade acumula dados de carga do motor, depressão<br />
ou pressão no coletor de admissão, valor lido no M.A.P. interno<br />
da unidade, rotação, posição de borboleta, temperatura da<br />
água e do ar do motor, mistura, valor programado na unidade de injeção<br />
e valor lido pela sonda colocada no escape durante o processo<br />
de ajuste do motor, tempo de injeção, ângulo final de injeção, ângulo<br />
de avanço de ignição, etc. Mostrando tudo isso para o preparador<br />
em forma de gráfico.<br />
9 - Utilizando a mesma com um motor de quatro cilindros,<br />
controla todas as funções até 16000rpms. E muito mais.<br />
10 - Partida a frio do motor, compensa rotação de marcha lenta e<br />
corrige a mistura enriquecendo para facilitar o funcionamento do<br />
motor nessa condição (função afogador), etc.<br />
Obs: Essas unidades de injeção eletrônica mais famosas, Autronic, Motec,<br />
Haltech, Xede, e outras tantas, são todas fabricadas na Austrália, acho eu que<br />
isso aconteceu em função do filme Mad Max (rs).<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 35<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
PALAVRA DE<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | QUEM ENTENDE 35<br />
FOTOS: Jł ROCHA / DIVULGAÇ‹O<br />
PARTINDO PARA A INSTALAÇÃO<br />
PROPRIAMENTE DITA<br />
Primeiro passo é a colocação de dois sensores HALL, um no<br />
eixo de manivelas que irá gerar dois pulsos a cada volta do motor e<br />
outro no eixo do comando de válvulas para gerar um pulso a cada<br />
duas voltas do eixo de manivelas (motor).<br />
Os sensores escolhidos foram os da WV usados no gol geração <strong>III</strong>,<br />
tendo sido feita uma polia de alumínio com dois pinos separados a<br />
180 graus de distância para sensibilizar o sensor quando passar pelo<br />
mesmo, montada internamente na polia do eixo<br />
de manivelas. O suporte para o sensor tem<br />
furos oblongos para ajustar o valor do ponto do<br />
motor com o valor setado na unidade de injeção<br />
(avanço), por exemplo, foi setado 10 graus de<br />
avanço inicial na unidade de injeção, com a pistola<br />
de ponto e usando a graduação feita na<br />
polia de alumínio verificamos o ponto real e a<br />
partir desse valor ajustamos a posição do sensor<br />
(como se fôssemos colocar um carro no ponto<br />
SENSOR DE ROTAÇ‹O<br />
usando o distribuidor).<br />
Para o eixo do comando de válvulas foi usinada uma polia de ajuste na<br />
qual um dos parafusos de fixação sai na parte de trás da mesma e passa na<br />
frente do sensor instalado na capa da correia dentada logo à frente da tampa<br />
de óleo do motor.<br />
Esse sensor e utilizado pela unidade para realizar a injeção de combustível<br />
em fase com a abertura da válvula de admissão.<br />
Injeção sequencial de combustível.<br />
O sensor de temperatura do ar<br />
de admissão foi colocado logo após<br />
o intercooler o mais próximo possível<br />
da borboleta para podemos ter<br />
a temperatura mais fiel possível do<br />
ar admitido, o mesmo acompanha o<br />
SENSOR DE FASE<br />
kit de instalação da unidade de injeção<br />
eletrônica, pois se trata de um sensor especialmente fabricado<br />
com tempo de resposta de leitura extremamente rápido.<br />
O sensor de temperatura da água<br />
é o mesmo utilizado no Vectra 2.2,<br />
ano 2001(a unidade funciona com<br />
sensor de temperatura Bosch comum<br />
disponível no nosso comércio).<br />
SENSOR DA TEMPERATURA DA ˘GUA<br />
SENSOR DE TEMPERATURA DO AR<br />
O potenciômetro de borboleta<br />
(TPS) utilizado é o mesmo do carro<br />
original, a unidade de injeção tem<br />
um procedimento de aprendizado<br />
que quando executado determina o 0<br />
e os 100% de abertura da borboleta.<br />
Na próxima edição, a continuação desta matéria.<br />
* Proprietário, projetista e sócio da Charger, do Rio de Janeiro (RJ)<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Inspeção Ambiental Veicular:<br />
oportunidade e desafio<br />
ARTIGO<br />
35<br />
*Texto: César Samos<br />
Apesquisa realizada pelo<br />
SINDIREPA-SP – Sindicato<br />
da Indústria de Reparação<br />
de Veículos e Acessórios do<br />
Estado de São Paulo, em 50 oficinas<br />
divididas por regiões (centro, norte,<br />
sul, leste e oeste) da cidade de São<br />
Paulo revela que 54% motoristas só<br />
levam os veículos para revisão após<br />
os mesmos serem rejeitados/reprovados<br />
na inspeção ambiental veicular,<br />
22% disseram que fazem uma<br />
revisão pré e 24% afirmaram que vão<br />
ao mecânico de confiança antes e depois<br />
da inspeção.<br />
Isso mostra que o brasileiro ainda<br />
não tem o hábito da prevenção.<br />
Contudo, a inspeção tem mostrado<br />
uma mudança de comportamento<br />
dos donos dos veículos que são obrigados<br />
a fazerem a manutenção<br />
quando é identificado algum problema<br />
no carro. Apesar de não se<br />
sentirem à vontade com a situação,<br />
eles sabem que precisam cuidar melhor<br />
do veículo a partir de agora. Portanto,<br />
cabe ao reparador orientá-los<br />
sobre esse assunto. Mais do que<br />
nunca é necessário informar o<br />
cliente e explicar todas as possibilidades<br />
que podem ocorrer na inspeção.<br />
O mecânico de confiança deve<br />
ser o porto seguro do seu cliente que<br />
está desinformado e assustado com<br />
essa nova medida.<br />
Essa dedicação exige esforço permanente<br />
do reparador em mostrar<br />
os benefícios da inspeção ao cliente<br />
que, num primeiro momento, se<br />
parece insatisfeito.<br />
O mecânico jamais deve reclamar<br />
da medida com o seu cliente,<br />
pelo contrário, é ele quem deve<br />
mudar o conceito do motorista que,<br />
por falta de conhecimento, não consegue<br />
enxergar o lado positivo da<br />
inspeção que pode melhorar a qualidade<br />
do ar, reduzir o consumo de<br />
combustível e garantir a diminuição<br />
de doenças respiratórias causadas<br />
pela poluição. Quando há o entendimento<br />
de todo o contexto fica mais<br />
fácil aceitar a mudança que mexe<br />
com o lado sensível do consumidor:<br />
o bolso.<br />
O SINDIREPA-SP acaba de<br />
criar a Comissão de Avaliação da Inspeção<br />
Veicular Ambiental do Município<br />
de São Paulo justamente para<br />
que o setor de reparação de veículos<br />
discuta questões e esclareça dúvidas<br />
sobre a inspeção ambiental veicular.<br />
*Diretor técnico do SINDIREPA-<br />
SP – Sindicato da Indústria de Reparação<br />
de Veículos e Acessórios do<br />
Estado de São Paulo – e sócio da<br />
Oficina Mecânica do Gato
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 36<br />
36<br />
LANÇAMENTO ARTIGO<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong><br />
O Idea mudou<br />
Motores E.torQ, nova frente, lanternas com LED’s,<br />
são algumas das novidades incorporadas à segunda<br />
geração do monovolume fabricado pela Fiat<br />
A ameaça dos<br />
produtos piratas<br />
*Texto: Antônio Carlos Bento<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
Dia 30 de julho, no Guarujá (SP), a Fiat Automóveis mostrou<br />
para a imprensa especializada brasileira e da América<br />
Latina o Novo Idea. A versão de entrada agora tem a designação<br />
Attractive. Ela é equipada com o propulsor 1.4 8V Flex,<br />
com 80 cv (Gasolina) / 81 cv (Etanol) e 12,2 kgfm (G) /12.4 kgfm<br />
(E) de torque disponíveis a 2.250 rpm.<br />
A fabricante também incorporou ao modelo a nova família de motores<br />
E.torQ: 1.6 16V (115 cv (G) / 117 cv (E)- Torque de 16,2 kgfm<br />
(G / 16,8 kgfm (E) a 4.500 rpm) e 1.8 16V (130 cv (G) / 132 cv (E)-<br />
Torque de 18,4 kgfm (G) / 18,9 kgfm (E) a 4.500 rpm).<br />
Os propulsores foram desenvolvidos pela engenharia da FPT - Powertrain<br />
Technologies, sendo que o E.TorQ é fabricado no Paraná e o<br />
Fire em Minas Gerais.<br />
Não foram feitas alterações na arquitetura do veículo, as versões<br />
equipadas com os propulsores 1.6 16V e 1.8 16V receberam nova calibragem<br />
na suspensão, por causa da diferença de peso entre os motores.<br />
No visual, a frente teve o capô, para-choque e grade dianteira redesenhados,<br />
ela ficou mais arredondada. A traseira ganhou tampa com<br />
aerofólio integrado e um novo vidro posterior, o para-choque traseiro<br />
segue a forma do dianteiro. E a principal novidade é a inclusão das lanternas<br />
traseiras com sistema de iluminação por LEDs e guias de luz,<br />
desenvolvido pela Magneti Marelli, que também fornece o câmbio automatizado<br />
Dualogic.<br />
A versão Attractive (1.4 8V Fire) tem preço sugerido de R$ 43.590.<br />
Com acabamento Essence (1.6 16V) o valor sugerido é de R$ 45.610<br />
(câmbio manual) e R$ 47.720 (Dualogic), desde o modelo de entrada<br />
o ar-condicionado é opcional. A Fiat adicionou a versão de acabamento<br />
Sporting no mix de produtos, a qual usa o propulsor E.TorQ 1.8 16V,<br />
ao preço de R$ 54.280 (câmbio manual) e R$ 56.390 (Dualogic), neste<br />
caso o ar-condicionado é de série.<br />
E a Adventure equipada com motor E.TorQ 1.8 16V, câmbio manual,<br />
custa R$ 56.900, com a transmissão automatiza Dualogic o valor<br />
cobrado é de R$ 59.010.<br />
A expectativa da Fiat é de comercializar mensalmente uma média<br />
de 2.400 unidades do Novo Idea.<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Apirataria é um problema mundial. Essa prática existe em<br />
países desenvolvidos também e envolve vários setores da<br />
economia. Os criminosos atuam quando encontram facilidades.<br />
Por isso, é importante fechar o cerco. Na Europa, há uma<br />
prática de falsificar uma embalagem fazendo mudanças cosméticas<br />
no nome da empresa, mas que nos iludem numa primeira “olhada”.<br />
As cores da empresa são as mesmas, a logomarca é muito parecida<br />
e feita de forma a nos enganar.<br />
Não dá para generalizar até porque há muitas falsificações tão bem<br />
feitas que podem enganar até mesmo o mais experiente dos mecânicos.<br />
No entanto, acredito que a grande maioria dos mecânicos experientes<br />
desconfia sim, uma vez que os preços desses produtos são muito baixos,<br />
quando comparados com o produto de origem comprovada. Todo o<br />
esforço do GMA – Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong> – está na direção<br />
de convencer o mecânico sobre a importância do seu papel ao escolher<br />
uma peça para o seu cliente, ganhando com merecimento a fidelidade<br />
do seu cliente.<br />
Por isso, deve ficar atento e não se iludir com preços muito abaixo<br />
do mercado. Não existe milagre. Para se proteger, deve procurar uma<br />
loja de autopeças conhecida e devidamente estabelecida. Também deve<br />
exigir a nota fiscal do produto e apresentar ao seu cliente. Optar por<br />
marcas conhecidas e de qualidade. Orientar o cliente quando o mesmo<br />
traz uma peça que parece de origem duvidosa e não colocá-la no veículo<br />
em caso de suspeita.<br />
Comercializar produto falsificado como verdadeiro ou perfeito,<br />
mercadoria falsificada ou deteriorada, incide em diversos crimes, como<br />
fraude no comércio, artigo 175 do Código Penal, cuja pena é fixada de<br />
seis meses a dois anos de prisão ou multa, bem como crime contra relação<br />
de consumo, artigo 7º da Lei 8.137/90, com pena de dois a cinco<br />
anos de detenção ou multa; crime de sonegação fiscal, tipificado na Lei<br />
4.729/65, com pena de seis meses a dois anos e multa de até cinco vezes<br />
o valor do tributo.<br />
O assunto é sério e o GMA está criando uma central de inteligência<br />
e disque-denúncia para coibir a comercialização de peças piratas e<br />
falsificadas. O Sindipeças criou um grupo de estudo para criar a certificação<br />
compulsória acreditada pelo INMETRO de vários componentes.<br />
Isso representa um grande avanço e uma enorme barreira para<br />
a entrada de produtos de origem duvidosa e que não atendem às mínimas<br />
especificações exigidas pelas montadoras.<br />
É necessário fechar o cerco contra essas ações criminosas que<br />
podem colocar em risco a vida de milhares de pessoas. Mas, nunca é<br />
demais lembrar que, conscientização, ética e cidadania, sempre farão a<br />
diferença no combate a essa prática. O cidadão não deve fazer concessões<br />
de nenhum tipo à sua consciência relevando práticas que possam<br />
parecer inofensivas, mas não são.<br />
*Coordenador do GMA – Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong>
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
reparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 37
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 38<br />
38 TÉCNICA<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Partida a frio<br />
Texto: Antonio Gaspar Oliveira *<br />
No início, na década<br />
de 80, os carros movidos<br />
a álcool tinham<br />
dificuldades nas partidas<br />
nas manhãs frias. Bastava apertar<br />
um botão para que a gasolina<br />
fosse injetada, o carro<br />
pegava e o problema estava<br />
resolvido.<br />
O sistema era composto<br />
por um reservatório de gasolina,<br />
uma bomba elétrica, um<br />
tubo de três vias no formato de<br />
um “T” e mangueiras.<br />
Com a melhora do sistema,<br />
foi instalada válvula de três<br />
vias, sensor de temperatura e<br />
passou a ser temporizado, ou<br />
seja, enquanto o motor de partida<br />
estivesse funcionando, a<br />
injeção de gasolina também<br />
estaria funcionando.<br />
Continuando a evolução,<br />
chegamos ao sistema flex, original<br />
de fábrica, que reúne tecnologia<br />
na eletrônica<br />
embarcada e melhoria na eficiência<br />
do motor para funcionar<br />
com gasolina, álcool ou<br />
mistura dos dois combustíveis.<br />
Curiosamente, a eletrônica<br />
deveria ajudar e está ajudando,<br />
mas não resolve tudo e a consequência<br />
são mais carros nas<br />
oficinas com problema de partida<br />
nas frias manhãs.<br />
Muitos problemas poderão<br />
ser resolvidos na oficina, como<br />
verificação do sistema que<br />
pode estar com gasolina muito<br />
velha, a bomba não funciona,<br />
sensor de temperatura com<br />
defeito, cabos e velas de ignição.<br />
Motores com problemas<br />
de regulagem ou assentamento<br />
de válvulas, veículos que a<br />
FOTO: JOSÉ NASCIMENTO<br />
mistura “AF” ar/combustível<br />
altera (álcool 9:1, nove partes<br />
de ar por uma de combustível<br />
e gasolina 13,3:1), e para aqueles<br />
que colocam um pouquinho<br />
de gasolina misturada<br />
no álcool achando que a partida<br />
será mais fácil, terá uma<br />
surpresa, pois, em dias com<br />
temperaturas mais baixas, o<br />
sistema inibe a partida a frio.<br />
O sistema de gerenciamento<br />
da injeção eletrônica do<br />
automóvel pode ter leituras<br />
que podem induzir ao erro de<br />
informação sobre o combustível<br />
que está no tanque, e por<br />
causa desta falha, a partida<br />
a frio também não será<br />
acionada.<br />
Até quando o óleo lubrifi-<br />
cante não é trocado<br />
por período longo<br />
e que está contaminado<br />
pelo combustível,<br />
pode<br />
ocorrer erro. Isso<br />
acontece porque os<br />
gases do óleo são<br />
queimados e a<br />
sonda lambda faz a<br />
leitura que pode<br />
provocar uma indicação<br />
errada para o<br />
sistema de injeção, inibindo a<br />
partida a frio.<br />
Em determinados casos, é<br />
necessário até recorrer à concessionária<br />
para fazer o telecarregamento,<br />
pois, do contrário,<br />
não é possível resolver o problema<br />
de partida a frio.<br />
MUITOS PROBLEMAS SOBRE PARTIDA A FRIO PODEM SER RESOLVIDOS NAS OFICINAS<br />
*Diretor técnico do Sindirepa-SP<br />
(Sindicato da Indústria<br />
de Reparação de<br />
Veículos e Acessórios do Estado<br />
de São Paulo)
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 39
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 40<br />
40 TÉCNICA<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Princípios da filtração do ar<br />
Entenda o processo de filtração do ar nos veículos leves e qual sua importância<br />
para o funcionamento dos motores de ciclo Otto<br />
Texto: Rodrigo Malagutti Pereira*<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Filtragem significa a ação de um meio que impossibilita a passagem<br />
de uma substância indesejada. A diferença entre o tamanho<br />
da partícula contaminante do meio ambiente e a<br />
capacidade de retenção do filtro estabelece o princípio fundamental<br />
sobre a filtração do ar ou líquidos.<br />
Exemplos:<br />
Filtração do Ar, Óleo e Combustível<br />
IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE FILTRAÇÃO<br />
O filtro automotivo é um componente integrante do veículo,<br />
cuja finalidade é reter as partículas contaminantes insolúveis no<br />
fluido ou ar, nocivas ao sistema.<br />
A retenção dos contaminantes realiza-se através de um dispositivo<br />
(filtro) que usa meio poroso para remover ou separar partículas<br />
contaminantes através de um processo mecânico ou físico, por intermédio<br />
de um meio filtrante que pode ser de tela, algodão, lã,<br />
poliéster, feltro, fibras, papel, etc.<br />
Filtração Líquida<br />
POR QUE OS FILTROS SÃO IMPORTANTES?<br />
O contínuo desenvolvimento dos motores tem exigido que os<br />
óleos lubrificantes trabalhem sob severas condições de aplicação,<br />
tornando necessário o uso de sistemas de lubrificação e filtração<br />
mais eficientes e que proporcionem aos motores e seus componentes<br />
uma vida útil mais prolongada. Devido à presença de substâncias<br />
poluentes em suspensão no ar, de impurezas e corpos estranhos<br />
existentes no combustível e de minúsculas partículas produzidas<br />
pelo desgaste normal das peças do motor, os filtros de ar, combustível<br />
e óleo são de uma importância fundamental, evitando a entrada<br />
de partículas contaminantes no sistema, evitando danos aos<br />
componentes do motor.<br />
Amostras de Filtros<br />
De acordo com as figuras acima, durante o processo de filtração,<br />
encontramos a presença de contaminantes. Estes contaminantes<br />
são substâncias indesejadas que podem afetar o motor do veículo.<br />
*Engenheiro e supervisor de assistência técnica da Sogefi<br />
Filtration do Brasil, fabricante dos filtros FRAM
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 41
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 42<br />
42<br />
LANÇAMENTO ARTIGO<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong><br />
FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />
Chinês, compacto<br />
e completo<br />
Face é o novo modelo da Chery Motors que chega<br />
para disputar o segmento de entrada, ele vem<br />
equipado com ar-condicionado, direção hidráulica,<br />
air bag e ABS/EBD<br />
Texto: Edison Ragassi<br />
Em 6 de agosto, a fabricante chinesa de veículos Chery mostrou<br />
para a imprensa especializada, em Itu (SP), o compacto Face.<br />
Seu principal atrativo é o preço sugerido para venda de<br />
R$ 31.900.<br />
O compacto é equipado com motor ACTECO de 1.300 cc, 16<br />
válvulas, com duplo comando tipo DOHC e curso dos pistões mais<br />
longo que o diâmetro dos cilindros. Desenvolvido em parceria tecnológica<br />
entre a fabricante chinesa e a indústria austríaca AVL, o propulsor<br />
1.3L entrega 84 cv de potência a 5.750 rpm e torque de 12,4<br />
kgfm disponíveis entre 3.500/ 4.500 rpm.<br />
A suspensão dianteira é do tipo McPherson independente, a traseira<br />
é de braço vertical dependente e uma barra estabilizadora<br />
transversal.<br />
Usa freios a disco ventilados nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras<br />
com sapatas de frenagem de alta performance.<br />
Como item de série, o carro é equipado com ABS que ajuda a<br />
manter o controle da direção reduzindo e o travamento das rodas durante<br />
uma frenagem e EBD, que regula a força da frenagem aplicada<br />
proporcionalmente nas rodas dianteiras e traseiras.<br />
O Face ainda sai de fábrica com air bag para motorista e passageiro,<br />
retrovisores, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, sensor de<br />
marcha ré, computador de bordo, sistema de som com entrada de<br />
MP3, entre outros itens.<br />
A Chery trabalha no desenvolvimento do motor flex fuel para os<br />
modelos comercializados no Brasil,<br />
e também na implantação de uma<br />
fábrica, para atender o mercado nacional<br />
e América Latina.<br />
Certificada e em<br />
constante evolução<br />
*Texto: Ingo Pelikan<br />
Não é possível falar em certificação de oficinas de reparação<br />
sem envolver todas as empresas que participam da cadeia<br />
automotiva. Para colher os benefícios do Selo da Qualidade,<br />
como o oferecido pelo IQA - Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>,<br />
as oficinas precisam trabalhar em sincronia, com sistema,<br />
processo, produto e serviço de qualidade, pois este conjunto permite<br />
oferecer ao cliente um serviço de excelência.<br />
O foco de toda a certificação tem como base fundamental o cliente.<br />
Então, ao focar o cliente, as oficinas certificadas passam por um processo<br />
de mudança estrutural, a começar pelo atendimento, organização<br />
e a limpeza do ambiente. Além disso, focar na satisfação dos consumidores<br />
também significa que se deve buscar constantemente a eficácia<br />
nos resultados e ser eficiente em todos os aspectos. Além disso, a empresa<br />
precisa agregar valor ao que faz, um diferencial para garantir a<br />
credibilidade do serviço e fidelidade dos clientes.<br />
A grande vantagem da certificação é que a empresa pode combater<br />
as causas dos problemas organizacionais, avaliando os métodos de gerenciamento<br />
dos seus negócios. Com a certificação, é possível organizar<br />
a estrutura, melhorar o negócio e gerar benefícios. Além destes<br />
aspectos, outro efeito positivo é que a empresa tem a chance de reduzir<br />
seus custos, ao eliminar desperdícios e agilizar processos. O resultado<br />
é que o cliente fica feliz, porque as boas mudanças refletem<br />
lá na ponta e o consumidor poderá até obter um serviço superior com<br />
custos menores.<br />
Mas estar certificado não significa que você, empresário da reparação,<br />
não deva se preocupar com mais nada, e que seu espaço no mercado<br />
estará garantido no futuro próximo. A empresa tem um diferencial<br />
ante a concorrência - isto é fato, mas não se deve nunca cruzar os braços.<br />
Justamente por estar à frente é que se deve evitar a estagnação, porque<br />
o mercado evolui muito rápido e, para garantir e conquistar a<br />
clientela, a empresa não pode parar de investir.<br />
A certificação tem validade de dois anos e precisa ser renovada pelo<br />
reparador para que não perca o efeito. Após esse período, a oficina deve<br />
manter sempre atualizada as suas operações, dando continuidade ao<br />
processo de melhoria contínua, bem como às pesquisas de satisfação<br />
dos clientes. Em outras palavras, buscar sempre o melhor!<br />
Além disso, é importante e necessário que a certificação seja estendida<br />
a todos os elos que compõe a cadeia automotiva, começando pelas<br />
montadoras, concessionárias, autopeças, distribuidores de autopeças<br />
até chegar às lojas de serviços. A soma de tudo isso é um atendimento<br />
final de qualidade. A certificação traz bons resultados para a empresa,<br />
mas requer controles constantes da qualidade.<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
*Diretor do IQA -<br />
Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
reparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 43
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 44<br />
44 TÉCNICA<br />
FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />
Bobinas ou Magnetos do sistema de<br />
embreagem dos compressores de<br />
ar-condicionado automotivo<br />
Texto: Mario Meier Ishiguro*<br />
As bobinas ou magnetos são eletroímãs, que quando recebem<br />
tensão (12 ou 24 volts), são utilizadas nos sistemas de<br />
embreagem eletromagnética de muitos compressores de<br />
ar-condicionado automotivo.<br />
Quando excitadas com 12 ou 24 volts, criam uma indução magnética,<br />
e fazem a aproximação do<br />
platô (espelho, cubo ou campana) de<br />
embreagem contra a polia conduzida<br />
do compressor.<br />
As bobinas 12 volts têm uma resistência<br />
por volta de 3 a 5 ohms a<br />
20°C e um consumo de corrente de<br />
cerca de 2,5 a 4,5 ampéres.<br />
Quando há o aquecimento demasiado da bobina, ela pode<br />
derreter o verniz isolante dos fios do enrolamento, assim baixando<br />
seu isolamento, ela pode entrar em curto e queimar.<br />
Geralmente a bobina queima por fatores externos, como tensão<br />
maior que a normal ou aquecimento demasiado, causado por falta<br />
de arrefecimento no condensador ou até mesmo um filtro secador<br />
saturado (ASTRA é comum).<br />
Se o rolamento da polia do<br />
compressor estiver ruidoso, com<br />
desgaste, certamente vai gerar<br />
maior aquecimento, o que poderá<br />
afetar a durabilidade da bobina,<br />
além é claro das vedações<br />
do compressor também.<br />
Ligação na escala de<br />
200ohms para medir a resistência<br />
de uma bobina.<br />
Se a resistência ôhmica da bobina for baixa, a bobina tende a<br />
entrar em curto e queimar.<br />
Algumas bobinas possuem dispositivos de proteção contra a temperatura,<br />
um sensor que se exposto a cerca de 110°C abre um contato<br />
e interrompe a corrente para o bobinado até que a temperatura baixe,<br />
uma espécie de disjuntor.<br />
| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
Detalhe da bobina<br />
CVC com o termofusível<br />
(180°C)<br />
Muitos compressores possuem diodos junto às bobinas, para<br />
evitar um pico de corrente no relé, ao desligar a bobina. Quando<br />
o chicote da bobina está rompido e nova ligação é feita, se a polaridade<br />
for invertida, pode queimar o diodo, CUIDADO!<br />
(Na bobina do compressor CVC, de um lado fica o diodo (na<br />
entrada dos fios) e do outro fica o termofusível).<br />
O correto é procurar a causa<br />
deste aquecimento, pois a falta<br />
de arrefecimento, por um problema<br />
elétrico no eletroventilador,<br />
pode ocasionar sobrecarga e<br />
temperaturas altas no compressor,<br />
o que leva à queima<br />
da bobina.<br />
Detalhe da bobina do compressor aquecida pelo atrito<br />
com a polia PAJERO 95<br />
O isolamento baixou e esta bobina pode entrar em<br />
curto (queimar).<br />
Detalhe de uma bobina e<br />
um rolamento danificado<br />
ZEXEL<br />
Algumas bobinas até podem<br />
ser reparadas, fazendo-se novo<br />
enrolamento em oficinas especializadas.<br />
Mas o recomendado<br />
é trocar por peça nova.<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Detalhe de uma bobina<br />
SANDEN SCROLL com<br />
disjuntor térmico<br />
Alguns compressores já não utilizam embreagem eletromagnética,<br />
dispensando o uso de bobinas de embreagem, assunto<br />
para uma outra edição.<br />
*Proprietário da Ishi Ar-condicionado Automotivo.<br />
www.ishi.com.br
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 45<br />
www.reparacaoautomotiva.com.br<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | MERCADO 45<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Inspeção Ambiental Veicular<br />
Pesquisa do SINDIREPA-SP aponta os serviços mais realizados nas oficinas. A<br />
maioria (54%) dos motoristas só procura as oficinas após ter o seu veículo<br />
rejeitado/reprovado na inspeção ambiental da cidade de São Paulo<br />
Oestudo realizado pelo<br />
SINDIREPA-SP – Sindicato<br />
da Indústria de<br />
Reparação de Veículos e Acessórios<br />
do Estado de São Paulo, em 50 oficinas<br />
divididas por regiões (centro,<br />
norte, sul, leste e oeste) da cidade de<br />
São Paulo revela que 54% motoristas<br />
só levam os veículos para revisão após<br />
os mesmos serem rejeitados/reprovados<br />
na inspeção ambiental veicular,<br />
22% disseram que fazem uma revisão<br />
pré e 24% afirmaram que vão ao<br />
mecânico de confiança antes e depois<br />
da inspeção.<br />
A pesquisa revelou que os principais<br />
serviços executados em veículos<br />
de passeio para pré e pós-inspeção<br />
Texto: Redação<br />
ambiental veicular são:<br />
Descarbonização (limpeza do<br />
sistema de injeção eletrônica e lubrificação<br />
para a retirada de<br />
resíduos acumulados em áreas internas<br />
do motor);<br />
Revisão do cabeçote;<br />
Revisão do carburador;<br />
Revisão completa (verificação do<br />
sistema alimentação, escapamento,<br />
motor, sistema de ig<br />
nição, suspensão, freio e direção);<br />
Revisão do sistema de injeção<br />
eletrônica;<br />
Revisão do sistema de escapamento<br />
(catalisador – troca ou colocação);<br />
Sonda lambda;<br />
Troca de filtros de óleo;<br />
Regulagem do motor.<br />
O estudo identificou também<br />
que a ampliação da inspeção ambiental<br />
veicular para toda a frota de<br />
São Paulo provocou aumento do<br />
SELEÇ‹O DE OFICINAS<br />
movimento nas oficinas pesquisadas<br />
em até 36%, sendo que este maior<br />
índice foi constado na zona leste,<br />
30% no centro e região sul e 21% na<br />
parte oeste da cidade.<br />
Pensando em melhor atender os clientes de oficinas mecânicas, o SINDIREPA-SP criou<br />
programa de Seleção de Oficinas para Atendimento Pré e Pós-Inspeção Ambiental<br />
Veicular em Veículos/Motocicletas do Ciclo Otto e Ciclo Diesel, que conta com o apoio<br />
da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo.<br />
Para se ter uma ideia, a iniciativa visa orientar as oficinas a adotarem serviços e equipamentos<br />
necessários para realizar a pré e pós-inspeção e tem a parceria de empresas<br />
especializadas em produtos e equipamentos relacionados à inspeção e que atendem<br />
às exigências da legislação (Alfatest, Bosch, Napro, Mastra, Snap-on e Tecnomotor),<br />
sendo possível oferecer a assistência necessária para as oficinas que desejam ingressar<br />
no programa.<br />
Por fim, o consumidor pode consultar no site da entidade www.sindirepa-sp.org.br a<br />
lista com 280 oficinas credenciadas ao programa que estão separadas por regiões da<br />
cidade de São Paulo e também por tipo de veículo (carro, moto e caminhão).
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 46<br />
46 ARTIGO<br />
FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />
Para que<br />
a pressa?<br />
*Texto: Fernando Calmon<br />
Dentro de alguns dias o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)<br />
vai se reunir para tentar resolver problemas envolvendo a<br />
polêmica inspeção ambiental veicular (IAV), da capital paulista. No<br />
ano passado, de forma equivocada, apenas carros a gasolina, etanol ou flex produzidos<br />
entre 2003 e 2008 passaram pela inspeção, ou seja, os de emissões zero<br />
ou quase zero, segundo regulamentos de homologação. Mais grave, automóveis<br />
licenciados em dezembro, com placas de final 1, foram obrigados a se submeter<br />
ao teste após apenas três meses de uso.<br />
Em 2009, os aprovados pagaram e receberam de volta a tarifa de IAV.<br />
Porém, o tempo perdido no agendamento, pagamento de boleto e deslocamentos<br />
inúteis nem enrubesceu os responsáveis pela Secretaria Municipal do<br />
Verde e do Meio Ambiente. Em <strong>2010</strong>, incluiu-se a frota inteira e a tarifa de<br />
R$ 56,44 não é devolvida. Aquela esdrúxula obrigação sobre veículos de primeiro<br />
licenciamento continuou e sem justificativa.<br />
Na realidade, há uma razão dissimulada. Como a evasão entre veículos<br />
mais antigos é e será grande, pelo poder aquisitivo limitado dos proprietários,<br />
sustenta-se o equilíbrio financeiro da empresa concessionária impondo ônus<br />
aos donos dos carros seminovos. Resultado: outro imposto disfarçado e baixo<br />
impacto sobre a qualidade do ar. Noutros países a inspeção começa no terceiro<br />
ou quarto licenciamento.<br />
Para complicar, vários modelos de automóveis com um ou dois anos de<br />
uso, nacionais e importados, estão sendo barrados na IAV, sem motivo aparente.<br />
Depois de revisão apurada, continuaram condenados. Polêmica formada, a<br />
Anfavea alega que o limite exigido na inspeção – 0,3% de CO – é inferior ao<br />
homologado – 0,5% – e explicaria as reprovações. Na verdade, 95% dos modelos<br />
emitem 0% de CO ao passar pela homologação. Portanto, um fator de<br />
deterioração para 0,3% já inclui grande margem, pondera o órgão ambiental<br />
do Estado de São Paulo.<br />
A coluna ouviu engenheiros e especialistas que apresentaram explicações<br />
plausíveis. O procedimento de teste inclui aquecimento do catalisador, acelerando<br />
o motor até 2.500 rpm, para primeira leitura dos gases. Na prática, o período<br />
de descontaminação da sonda de escapamento revelou-se inadequado<br />
em alguns casos. Além disso, os 30 segundos em marcha lenta, presumidos na<br />
leitura automática pelo computador, também são escassos. Como o programa<br />
impede a leitura fora daquele limite de tempo, o técnico se vê obrigado a reprovar<br />
o veículo.<br />
O advento de motores com aceleradores eletrônicos também aumenta um<br />
pouco o intervalo para estabilização e leitura da marcha lenta. Durante o processo<br />
de homologação oficial não faz diferença, mas a linha de inspeção tem<br />
outra dinâmica – ou pressa – que exige revisão urgente. O motorista pagante<br />
nunca poderia ser prejudicado.<br />
A inspeção de ruído – incluída na IAV sem poder de reprovação no momento<br />
– ainda suscita dúvidas e também caberá ao Conama solucionar.<br />
Dentro de um ano todos os estados e municípios com mais de três<br />
milhões de veículos (boa parte do País) deverão estruturar a IAV. O que acontece<br />
hoje, na cidade de São Paulo, é uma demonstração de erros inadmissíveis,<br />
em algo tão essencial como o ar que respiramos.<br />
*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico,<br />
de comunicação e mercado. fernando@calmon.jor.br
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 47
eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:38 PM Page 48