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Ano III - Edição 27 - Agosto 2010 - Reparação Automotiva

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<strong>Ano</strong> <strong>III</strong> | Edição <strong>27</strong> | <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong> | Distribuição Nacional | R$ 5,00 | WWW.REPARACAOAUTOMOTIVA.COM.BR


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4 EDITORIAL Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva<br />

Omercado de reparação automotiva sempre mereceu<br />

de nossa parte uma atenção toda especial. Por isso, dois<br />

anos atrás, resolvemos criar o jornal Reparação <strong>Automotiva</strong>,<br />

voltado às necessidades de aprimoramento de profissionais<br />

e empresários do setor.<br />

Com a experiência adquirida no segmento de nossos profissionais,<br />

foi possível identificar que algo de diferente precisava<br />

ser feito, ou refeito, para marcar a evolução de uma classe que<br />

cada dia mais conquista seu espaço. Então, mais uma vez,<br />

arregaçamos as mangas.<br />

Certamente, você, ao passar o olho por este jornal, já percebeu<br />

que algo mudou. E mudou mesmo! A começar pelo formato,<br />

diagramação e inclusão de um conteúdo mais técnico,<br />

focado às necessidades do mercado de reparação.<br />

Com dois anos recém-completados, o jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

continua firme no seu propósito de levar aos profissionais<br />

e empresários da reparação automotiva informações para o seu<br />

aprimoramento, e a partir de agora será apresentado dessa forma.<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong><br />

De cara nova, mas com o compromisso de sempre<br />

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4<br />

Feiras & Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16<br />

Palavra De Quem Entende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30/34<br />

Mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32<br />

E nesse tempo que está no mercado, atento a todos os<br />

movimentos, identificou uma necessidade latente nos profissionais<br />

do setor: a carência de conhecimento.<br />

Claro que continuaremos a levar para aqueles que estavam<br />

acostumados informações sobre Gestão, RH, etc., porque com<br />

o aumento de páginas será possível agradar a todos, sem exceção.<br />

É importante frisar que com o aumento do número de<br />

páginas do jornal, de 36 para 48, foi possível, já a partir desta<br />

edição, reunir material técnico de especialistas na reparação<br />

automotiva, com assuntos de seu interesse.<br />

Também o encarte Dicas Técnicas, já há algum tempo<br />

com oito páginas, recebeu uma turbinada em seu conteúdo,<br />

na grande maioria das vezes cedido por profissionais de indústrias<br />

e entidades ligadas ao setor automotivo.<br />

Lembramos ainda que isso é só o começo de uma reformulação<br />

que esperamos que seja compreendida por nossos<br />

parceiros e, principalmente, público-leitor.<br />

O Editor<br />

Artigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35/36/42/46<br />

Lançamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36/42<br />

Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40/44<br />

Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45<br />

Diretor Executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Diretor Financeiro<br />

Salvador do Nascimento Carvalho<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson<br />

ANO <strong>III</strong> - NÀ <strong>27</strong> - AGOSTO DE <strong>2010</strong><br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

twitter.com/reparacao<br />

Editor executivo<br />

Bernardo Henrique Tupinambá<br />

Editor-chefe<br />

Silvio Rocha<br />

editor@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Editor<br />

Edison Ragassi<br />

ragassi@pranaeditora.com.br<br />

Redação<br />

Camilla Perez - redacao@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Departamento de Arte<br />

arte@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Supervisor de Arte<br />

Clayton Adjair<br />

Assistente de Arte<br />

Erika Takahara<br />

Diagramador<br />

Adriano Siqueira<br />

Fotografia<br />

José Nascimento<br />

Saulo Mazzoni<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Diretor Comercial<br />

Edio Ferreira Nelson - edio@pranaeditora.com.br<br />

Gerente Comercial<br />

Richard Fabro Faria - richard@pranaeditora.com.br<br />

Executivos de Contas<br />

Rosa Souza - rosa@pranaeditora.com.br<br />

Marcello Nestor da Costa - marcello@pranaeditora.com.br<br />

Assistente Comercial<br />

Cintia Nunes<br />

Internet<br />

webmaster@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Supervisor de Desenvolvimento<br />

Aryel Tupinambá - aryel@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assinaturas<br />

Telefone: 11 5084-1090<br />

contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Financeiro<br />

Mariza de Oliveira Neto - mariza@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Assistente Administrativo / Financeiro<br />

Tatiane Nunes Garcia<br />

Prána Criação<br />

Recepcionista<br />

Raquel Rodrigues de Souza<br />

Impressão<br />

Prol Editora Gráfica<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Colaboradores<br />

Arthur Henrique S. Tupinambá / Carlos Napoletano Neto<br />

Fauzi Timaco Jorge / Ingo Hoffmann<br />

Jeison Cocianji / Karin Fuchs<br />

Reparação <strong>Automotiva</strong> é uma publicação mensal da Prána Editora &<br />

Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais<br />

automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para<br />

melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.<br />

Apoios e Parcerias<br />

dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As<br />

matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.<br />

Atendimento ao Leitor<br />

Fone: 11 5084-1090<br />

contato@reparacaoautomotiva.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda. - Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Pedro de Toledo, 129 - 10À andar<br />

CEP 04039-030 - Vila Clementino - São Paulo - SP


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6 FEIRAS &<br />

EVENTOS<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Seminário da Reposição <strong>Automotiva</strong><br />

Assuntos apresentados servem como base para a definição do plano de ações do GMA. O evento reuniu<br />

500 participantes no auditório e mais de 1.000 pessoas puderam assistir às palestras por meio de transmissão<br />

pela internet para 21 cidades do País<br />

Texto: Redação<br />

Realizado no dia 3 de<br />

agosto, no auditório do<br />

prédio da Fiesp, em São<br />

Paulo, o Seminário da Reposição<br />

<strong>Automotiva</strong> <strong>2010</strong> abordou temas<br />

sobre a composição e estrutura<br />

do mercado de aftermarkert europeu<br />

(apresentação do alemão<br />

Hans Eisner, presidente e CEO<br />

do Group Auto Union International,<br />

que reúne mais de 800<br />

distribuidores e tem experiência<br />

de mais de 17 anos em redes de<br />

oficinas em 24 países com a<br />

marca EuroGarage), a importância<br />

da Inspeção Técnica Veicular<br />

para garantir a redução de acidentes<br />

de trânsito no País e as<br />

ações que foram feitas pelo Programa<br />

Carro 100% para auxiliar<br />

na implantação da medida (palestra<br />

de Antônio Carlos Bento, coordenador<br />

do GMA).<br />

O evento teve ainda exposições<br />

sobre a questão da garantia<br />

de peças, com a apresentação de<br />

um case inovador no mercado<br />

criado pela Valeo e que foi o<br />

ponto inicial de um amplo debate<br />

sobre o assunto, o que envolve<br />

todos os elos da cadeia de reposição<br />

automotiva.<br />

No seminário também foram<br />

apresentadas as palestras do presidente<br />

do IMEPPI (Instituto<br />

Meirelles de Proteção à Propriedade<br />

Intelectual), Flávio<br />

Meirelles, sobre pirataria com<br />

exemplo de como o setor ótico<br />

conseguiu combater o problema,<br />

e do consultor de gestão de empresas<br />

e especialista na área contábil,<br />

José Guarino, que falou<br />

sobre as mudanças no sistema de<br />

documentação eletrônica que inclui<br />

a Nota Fiscal Eletrônica e<br />

outras mudanças que afetam diretamente<br />

a contabilidade das<br />

empresas com a criação de banco<br />

de dados da Receita Federal, que<br />

permite o cruzamento das informações<br />

fiscais dos contribuintes.<br />

PLANO DE AÇÕES<br />

Os assuntos apresentados<br />

terão desdobramentos e fazem<br />

parte do plano de ações do GMA.<br />

Por exemplo, a partir do evento<br />

que contou com a presença do<br />

diretor do Denatran, Alfredo<br />

Peres, será encaminhada uma<br />

carta ao Ministério das Cidades<br />

com cópia aos líderes dos partidos<br />

da Câmara dos Deputados<br />

com a solicitação da implantação<br />

da Inspeção Técnica Veicular por<br />

meio de resolução, seguindo o<br />

modelo adotado pelo Ministério<br />

do Meio Ambiente para o Programa<br />

de Emissões de Poluentes,<br />

delegando aos órgãos estaduais a<br />

gestão da parte operacional.<br />

A problemática questão da garantia<br />

de autopeças, assunto<br />

complexo que envolve todos os<br />

elos da cadeia (fabricantes, distribuidores,<br />

varejo e oficinas), também<br />

será amplamente debatida<br />

para garantir melhorias no sistema<br />

que é adotado hoje e que é<br />

considerado complexo e lento.<br />

Outro assunto é o combate à<br />

pirataria de autopeças, que faz<br />

parte da pauta que o GMA está<br />

adotando, um plano de ações focado<br />

no varejo que contará com<br />

a consultoria do IMEPPI e também<br />

terá um disque denúncia.<br />

AFTERMARKET<br />

Na abertura do seminário, estiveram<br />

presentes os presidentes<br />

das entidades que representam a<br />

reposição automotiva: Paulo Bu-<br />

tori (Sindipeças), Renato Giannini<br />

(Andap/Sicap), Francisco de La<br />

Torre (Sincopeças-SP) e Antonio<br />

Fiola, além do diretor do Denatran,<br />

Alfredo Peres, vice-presidente<br />

da Fiesp, João Guilherme<br />

Sabino Ometto, presidente da<br />

AEA, José Edison Parro, presidente<br />

do IQA, Marcio Migues.<br />

“Ao longo das edições, a<br />

programação do seminário tem<br />

garantido a continuidade e a<br />

evolução de temas que são de<br />

interesse do setor da reposição<br />

automotiva, como é o caso da<br />

Inspeção Técnica Veicular, da<br />

garantia de autopeças, assim<br />

como o combate à pirataria.<br />

Uma oportunidade única para<br />

promover um amplo debate e<br />

gerar mudanças em prol do<br />

desenvolvimento do aftermarket”,<br />

afirma o presidente do<br />

Sindirepa-SP, Antonio Fiola.<br />

SEMIN˘RIO É TRANSMITIDO PARA MAIS DE 21 CIDADES<br />

PELAS FILIAIS DA DISTRIBUIDORA AUTOMOTIVA<br />

O Seminário da Reposição <strong>Automotiva</strong>, que já está na 16ª edição, pela primeira vez,<br />

teve abrangência nacional com transmissão realizada por meio de uma iniciativa<br />

inédita da Distribuidora <strong>Automotiva</strong> (divisão do Grupo Comolatti) via internet para<br />

21 cidades, permitindo que mais de mil pessoas, entre varejistas e reparadores, assistissem<br />

ao evento nas filiais da empresa.<br />

A iniciativa da Distribuidora <strong>Automotiva</strong> deu uma amplitude maior a um dos principais<br />

eventos do aftermarket brasileiro. Além disso, uma comissão formada por<br />

21 varejistas que fazem parte da Rede PitStop veio a São Paulo para participar do<br />

seminário e conhecer o presidente e CEO do Group Auto Union, Hans Eisner.


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8 CAPA<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Redes sociais: conecte-se ao mundo digital<br />

Marketing, fidelização, informações técnicas, orientação ao cliente... Tão infinita quanto a internet são os<br />

negócios que ela pode proporcionar à sua oficina<br />

Texto: Karin Fuchs<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Tipicamente comunicativo,<br />

o povo brasileiro é<br />

também recordista em<br />

horas navegadas na internet, seja<br />

no trabalho ou em casa. Segundo<br />

um estudo do Ibope, no<br />

mês de julho o total foi de 48<br />

horas e 26 minutos, bem à<br />

frente dos Estados Unidos<br />

(42h19min) e Reino Unido<br />

(36h30 min).<br />

Ainda de acordo com o levantamento,<br />

o País totalizou no<br />

mês 64,8 milhões de pessoas<br />

que acessaram a internet, um<br />

aumento de 4% em comparação<br />

a junho ou, ainda, um crescimento<br />

superior a 100% se compararmos<br />

ao mesmo mês<br />

de 2008, quando foram<br />

registrados cerca de 25 milhões<br />

JOSÉ C. ALQUATI, CONSULTOR ESPE-<br />

CIALISTA EM REPOSIÇ‹O AUTOMOTIVA<br />

de internautas.<br />

Twitter, blogs, e-mails,<br />

MSN, SMS, entre tantas<br />

ferramentas que constituem as<br />

redes sociais, elas têm gerado<br />

um universo infinito de comunicação<br />

e possibilidades. E o que<br />

tudo isso tem a ver com a sua<br />

oficina? É muito simples. Várias<br />

dessas ferramentas podem e<br />

devem ser utilizadas para gerar<br />

negócios, visibilidade, marketing<br />

direto com seus clientes,<br />

compras diretamente com fornecedores,<br />

colaboração ativa<br />

para conscientização do consumidor<br />

quanto à importância da<br />

manutenção preventiva e muito<br />

mais. Afinal, assim como na internet<br />

as possibilidades são infinitas.<br />

Basta avaliar o seu negócio<br />

e definir quais estratégias adotar.<br />

Confira nesta matéria as<br />

dicas de consultores e os exemplos<br />

das oficinas que já adotaram<br />

as redes sociais em seu<br />

dia-a-dia, e os resultados.<br />

CREDIBILIDADE<br />

E SEGURANÇA<br />

Na avaliação de José Carlos<br />

Alquati, consultor especialista<br />

em reposição automotiva, uma<br />

oficina que não tenha hoje e-<br />

mail está em uma situação crítica,<br />

“ou encolhendo, ou, não<br />

querendo crescer. É inevitável o<br />

uso desta ferramenta e os<br />

benefícios<br />

que ela traz”,<br />

“<br />

defende.<br />

Segundo<br />

ele, enquanto<br />

que as fábricas<br />

já aderiram<br />

totalmente à<br />

web, na informatização<br />

dos<br />

É muito ágil<br />

esse processo e<br />

um meio econômico<br />

de atrair<br />

o cliente para<br />

a oficina.<br />

pedidos, o<br />

mesmo tem<br />

acontecido<br />

com os distribuidores.<br />

Seja como uma ferramenta<br />

institucional, com as<br />

localizações de seus centros de<br />

distribuição, com informações<br />

sobre garantias, pedidos de<br />

compras, etc. Também com a<br />

adoção de sistemas automáticos<br />

de mensagens individuais para<br />

seus clientes identificarem<br />

oportunidades.<br />

Especificamente para oficinas,<br />

destaca o consultor, na Europa<br />

os centros automotivos,<br />

com seus respectivos cadastros,<br />

enviam informações aos seus<br />

clientes sobre preços e promoções,<br />

geralmente em épocas sazonais,<br />

como, por exemplo,<br />

descontos para revisões no período<br />

de férias ou outra<br />

de componentes em<br />

época de inverno rigoroso.<br />

“O mais interessante<br />

é que geralmente<br />

o consumidor que<br />

compra pela internet<br />

checa qual é a marca<br />

usada no seu veículo,<br />

como, por exemplo,<br />

dos pneus e compra a<br />

mesma. Esse meio de<br />

”<br />

vendas é muito eficiente,<br />

pois na Europa,<br />

como no Brasil, há problema de<br />

déficit de mão-de-obra”.<br />

Outra ação costumeira no<br />

continente europeu, lembra Alquati,<br />

é que também pela comunicação<br />

digital as oficinas<br />

agendam serviços junto aos seus<br />

clientes, tudo de forma on-line.<br />

“É muito ágil esse processo e<br />

um meio econômico de atrair<br />

o cliente para a oficina. Mas é<br />

preciso lembrá-lo periodicamente<br />

sobre a data para ele não<br />

se esquecer o que, ao contrário,


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10 CAPA<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

seria negativo para a oficina”.<br />

Em um paralelo com o Brasil,<br />

o consultor pontua que um dos<br />

segmentos que já caminha à<br />

frente no setor é as concessionárias,<br />

com ofertas de carros 0 Km<br />

com garantia estendida. “Como<br />

subsídio, as concessionárias têm<br />

as montadoras. As oficinas não e<br />

por isso precisam ser criativas”,<br />

como, por exemplo, firmar parcerias<br />

com fornecedores para<br />

ofertar promoções. “O que há de<br />

bom é que no Brasil o mercado é<br />

dominado pelo aftermarket e o<br />

mecânico é visto como um Deus<br />

pelo proprietário do veículo, já<br />

que carro é uma paixão nacional”.<br />

E quando o assunto é confiabilidade,<br />

ele cita o Messenger<br />

(MSN) como uma excelente<br />

ferramenta. “Primeiro porque é<br />

um registro legal de comunicação,<br />

funciona como um comprovante<br />

de compras, da<br />

especificação de pedidos feitos,<br />

evitando trocas por erros de entregas.<br />

E tanto pelo MSN como<br />

por e-mail o envio de foto de<br />

peças, quando necessário, esclarece<br />

dúvida dos vendedores na<br />

loja. É uma confirmação do<br />

pedido de maneira mais assertiva”,<br />

conclui.<br />

NÃO BASTA SÓ CRIAR<br />

Por funcionar 24 horas por<br />

dia ininterruptamente, facilitar<br />

e possibilitar a comunicação<br />

com o cliente, expor a sua marca<br />

para um número infinito de<br />

usuários da internet, o site por<br />

si só já traz milhares de benefícios<br />

às oficinas. Mas não basta<br />

apenas criar uma página<br />

na internet.<br />

“<br />

Os critérios têm<br />

que ser rigorosos.<br />

“Da mesma<br />

forma que a oficina<br />

tem a sua<br />

imagem e preço de<br />

acordo com a excelência<br />

de seus<br />

profissionais e sua<br />

especialização, o<br />

site também tem<br />

que transmitir esta<br />

imagem de profissionalismo,<br />

tanto quanto a oficina.<br />

Tem que ser bem<br />

incorporado, com uma boa consultoria<br />

para que ele esteja no<br />

top do buscador (geralmente no<br />

É muito abrangente<br />

e as redes<br />

sociais estão em<br />

plena ascensão.<br />

Como, por exemplo,<br />

o LinkedIn, o<br />

Orkut empresarial,<br />

com o perfil de profissionais<br />

dos mais<br />

diversos setores.<br />

REDES SOCIAIS EM NÐMEROS<br />

Google). Portanto, cuidado com<br />

preço para não ser tão caseiro”,<br />

orienta o diretor executivo da<br />

Zint, agência especializada na<br />

criação de websites e em soluções<br />

de TI, Arthur Henrique<br />

Tupinambá.<br />

O layout e a linguagem também<br />

são pontos fortes que requerem<br />

o máximo de atenção, já que<br />

site nada mais é do que a exposição<br />

da própria marca. “E quanto<br />

mais exposto e mais atrativo,<br />

maior é o retorno.<br />

O site também<br />

possibilita a<br />

interação, como o<br />

e-mail e as salas de<br />

site para esclarecer<br />

dúvidas e ampliar<br />

o relacionamento<br />

com clientes e<br />

consumidores, e<br />

até acompanhar<br />

quem são seus visitantes,<br />

o perfil e<br />

”<br />

localidades, por<br />

exemplo. Mas, para utilizar essas<br />

ferramentas, é importante que,<br />

com a mesma agilidade da internet,<br />

as respostas sejam rápidas”,<br />

ressalta Tupinambá.<br />

ARTHUR H. TUPINAMB˘, DIRETOR<br />

EXECUTIVO DA ZINT<br />

Segundo ele, utilizar a tecnologia<br />

é dar um passo à frente<br />

para a abertura de um leque de<br />

opção para se trabalhar com<br />

ferramentas de marketing e com<br />

diversos públicos. “É muito<br />

abrangente e as redes sociais<br />

estão em plena ascensão. Como,<br />

por exemplo, o LinkedIn, o<br />

Orkut empresarial, com o perfil<br />

de profissionais dos mais diversos<br />

setores. É um site de busca<br />

por profissionais de excelência,<br />

que cabe também ao mecânico<br />

participar como um profissional<br />

de referência”.<br />

São ferramentas que, ainda de<br />

acordo com Tupinambá, utilizálas<br />

adequadamente e de forma<br />

eficiente, só amplia os negócios.<br />

Hoje mais de 67,5 milhões de pessoas acessam a internet no País, seja de suas residências, em lan houses,<br />

no ambiente de trabalho ou via dispositivos móveis, de acordo com dados do Ibope Nielsen. O número<br />

de brasileiros que estão nas redes sociais também impressiona (são <strong>27</strong>,4 milhões em programas de<br />

mensagem instantânea, 26 milhões no Orkut, 10 milhões no Twitter, 9,6 milhões no Facebook, 1,5<br />

milhão no LinkedIn, etc).<br />

Já superamos o número de 185 milhões de celulares no País, sendo mais de 10 milhões de smartphones.<br />

As vendas desses dispositivos com acesso à web saltaram quase 170% nos três primeiros<br />

meses de <strong>2010</strong>, comparando-se com o mesmo período do ano passado. Foram 1,2 milhão de<br />

smartphones para usuários finais (não incluindo vendas corporativas), segundo pesquisa da<br />

consultoria Teleco. Esse cenário de conectividade abre espaço para o crescimento do mercado<br />

de mobile advertising no Brasil, que mundialmente deve movimentar US$ 3,8 bilhões neste<br />

ano, representando um crescimento de 45%, segundo projeção do JP Morgan.<br />

Já um estudo da PricewaterhouseCoopers, realizado em 2009, indica que nos próximos três anos<br />

cerca de 30% de todos os anúncios serão digitais, interativos, móveis ou colaborativos, fenômeno<br />

justificado pela mudança do perfil de consumo das mídias tradicionais. A TV, até então soberana,<br />

já perde para a internet no consumo por hora da população mundial. Nos dois últimos anos, enquanto<br />

o consumo da mídia TV ficou estacionado em 11,5 horas por semana, a audiência da internet cresceu<br />

de 8,9 horas (2008) para 14,2 horas por semana em <strong>2010</strong>.


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12 CAPA CASES (OFICINAS QUE UTILIZAM REDES SOCIAIS)<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

E-mail eficiente<br />

Tanto no Sindirepa do Maranhão, como também<br />

na sua própria oficina, a Stop Kar, em São Luis<br />

(MA), Raimundo Nonato, diretor do Sindicato, diz<br />

que já é praxe as empresas associadas utilizarem<br />

e-mails na comunicação com seus clientes. “Já utilizamos<br />

esta ferramenta há dois anos, para orientar<br />

nossos clientes em relação à manutenção<br />

preventiva e chamá-los para a revisão de seus<br />

veículos”. O resultado, diz ele, é um retorno em<br />

torno de 20% para as oficinas. “Em um mundo globalizado, não podemos ficar<br />

para trás. O e-mail é essencial”.<br />

Mas não apenas para manutenção que o e-mail é utilizado. Nonato explica que,<br />

frequentemente, quando há palestras agendadas pelo Sindicato, os clientes são<br />

convidados a participar. Também outra utilização são as dicas passadas a eles de<br />

como cuidar de seus veículos. “E o retorno é muito bom, muitos nos respondem<br />

de forma positiva, agradecendo a iniciativa”, ressalta Nonato, destacando que o<br />

e-mail é uma forte ferramenta de relacionamento.<br />

Compras via MSN<br />

Na Casa dos Freios, em Porto Alegre (RS), 95% das<br />

compras são feitas pelo Messenger. “É muito prático<br />

e rápido, e já utilizamos essa ferramenta para compras<br />

junto às autopeças há cerca de dois anos”, diz a<br />

gerente e proprietária do centro automotivo,<br />

Claudia Botti.<br />

Já pelo site, diz ela, o contato com o cliente também<br />

é tão quanto eficiente, onde ele pode esclarecer<br />

dúvidas e até, por e-mail, solicitar orçamentos. “No site há dicas de manutenção,<br />

seguindo a cultura popular, elucidadas com muita orientação”.<br />

Sobre o retorno de novos clientes, Claudia explica que a internet facilita bastante.<br />

“Tanto que sempre anunciávamos no Telelista, em várias seções de acordo com a<br />

especialidade. Optamos por um anúncio grande impresso e investir na mídia<br />

eletrônica do Telelista. Além de mais barato, percebemos que as pessoas têm nos<br />

procurado mais pela mídia eletrônica”.<br />

Dividindo os canais, ela pontua que a maior parte dos clientes ainda busca a Casa<br />

dos Freios por referência, o famoso boca-a-boca, seguido pelo aspecto físico da<br />

loja e, em terceiro lugar, pelas redes sociais.<br />

Agilidade nas informações<br />

Marcos Adolar Thim, coordenador do Núcleo Estadual de Automecânicas de Santa<br />

Catarina (NEA-SC) e proprietário da oficina Codipave, em Canoinhas (SC), conta<br />

que entre as 380 oficinas que compõem o núcleo cerca de 30% utilizam ferramentas<br />

digitais. “Muitos contatos com clientes são feitos por e-mail, como, por exemplo,<br />

o envio do orçamento com resposta de no máximo 15 minutos, sem nenhuma<br />

burocracia. É muito ágil e facilita muito no contato com as empresas frotistas, principalmente<br />

quando a matriz não é na nossa região”. Já pelo Messenger, informa<br />

Thim, além de esclarecimentos sobre dúvidas técnicas junto a fornecedores, compras<br />

também são feitas pela ferramenta.<br />

Segundo ele, por mais modernas que sejam as ferramentas, em alguns quesitos<br />

elas não substituem o contato direto. “O pós-venda tem que ser feito pelo telefone,<br />

esse contato é fundamental para avaliar a satisfação do cliente”.<br />

O próximo passo no Núclelo, diz ele, é se preparar para a prevenção automotiva.<br />

“E, neste sentido vamos preparar o mailing de clientes para informar sobre<br />

manutenção preventiva e orientar sobre agendamentos nas oficinas”, conclui.<br />

Rádio e MSN<br />

Presidente do GOE e diretor Técnico Responsável da<br />

Oficina Mingau, localizada em Suzano (SP),<br />

Edson Roberto de Avila informa que o telefone deu<br />

lugar ao rádio e ao MSN, quando o assunto é compra<br />

de peças para a sua oficina. “A vantagem do rádio é<br />

que só é possível atender uma pessoa de uma vez,<br />

sem congestionamento, como no caso do Messenger.<br />

Mas, a ferramenta é muito eficiente para esclarecer<br />

dúvidas, confirmar se há peças disponíveis, o preço e o tempo de entrega.<br />

É tudo muito rápido”, diz o empresário, acrescentando que os dois meios, rádio e<br />

MSN, respondem hoje por 80% das compras de peças.<br />

Diretamente com cliente, Avila diz que o contato muitas vezes é insubstituível. “A<br />

internet é muito fria e com o cliente o contato por telefone é mais direto para<br />

transmitir, inclusive, seriedade, principalmente no pós-venda para nos certificarmos<br />

que o conserto foi feito corretamente ou, até mesmo, para corrigir alguma<br />

falha. Muitas vezes o cliente não se queixa, pela correria do dia-a-dia, e esse contato<br />

é uma forma dele retornar à oficina para garantirmos que ele fique 100%<br />

satisfeito com os serviços”.<br />

Com um site dedicado à visibilidade e a orientar o consumidor sobre a finalidade<br />

dos componentes, Ávila alerta que todo o cuidado é pouco quando se trata de<br />

conteúdo. “E como na internet tem de tudo e nem sempre muito confiável, vejo<br />

portais que dão dicas de como substituir peças, o que é muito perigoso, comprometendo<br />

a segurança do consumidor. Isso é um tiro no pé para a credibilidade. É<br />

preciso haver uma grande preocupação e cuidado com o conteúdo”.<br />

Para ele, o site é uma vitrine da oficina. Mas cliente mesmo é no boca-a-boca. “O<br />

site não vai vender mais serviços, mas sim dar visibilidade à oficina, de sua ética<br />

e especialização. Sabemos que o público virtual é diversificado e nosso foco não<br />

é quantidade, mas sim qualidade”.<br />

Credibilidade<br />

Para Jair Bezerra, presidente do Núcleo Setorial<br />

de Oficinas de Londrina, o e-mail é uma ferramenta<br />

para fidelização. “Utilizamos muito o e-<br />

mail para mostramos novidades do mercado,<br />

parabenizar os clientes nas datas de seus aniversários.<br />

Esta ferramenta dá credibilidade à oficina<br />

e é uma ferramenta de fidelização”.<br />

Uma novidade bastante utilizada no Núcleo é<br />

uma área restrita a clientes especiais no portal,<br />

onde eles podem visualizar os reparos feitos em seus veículos. “Estamos moldando<br />

esse sistema e as empresas associadas também já estão adotando”.<br />

Pelo e-mail, ele avalia que um dos pontos a favor é a liberdade que o cliente tem<br />

de se expressar, de forma positiva ou negativa e, em ambos os casos, para a oficina<br />

é ótimo para corrigir erros e aprimorar. “Isso dá um retorno maior para que sejam<br />

adotadas providências para o cliente ficar plenamente satisfeito com o serviço e<br />

também para melhorar a qualidade técnica da equipe”.<br />

Também outra ferramenta utilizada na oficina de Bezerra, a Monobloco, localizada<br />

em Londrina (PR), é o MSN com foco na aquisição de peças. “Tanto para compras,<br />

como também para orientações técnicas junto a fornecedores. Enquanto que para<br />

veículos importados realizamos 80% das compras por esta ferramenta, justamente<br />

pelas lojas estarem fora da cidade, para veículos mais populares o percentual é<br />

bem menor pela proximidade com as autopeças”. Neste último o contato é diretamente<br />

por telefone.


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| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

PAINEL<br />

14 PERFIL O primeiro monovolume<br />

Nissan Livina é o primeiro veículo de passeio fabricado pela empresa no Brasil,<br />

ele chegou para fazer a marca ganhar novos clientes no mercado nacional<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

C˜MBIO<br />

FRENTE<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

FARŁIS QUE INVADEM OS PARA-<br />

LAMAS, GRADE CROMADA, PARA-<br />

CHOQUE NA COR DO VE¸CULO, S‹O<br />

ALGUNS DOS ITENS QUE CHAMAM A<br />

ATENÇ‹O NO MODELO<br />

SIMPLES, MAS COM ŁTIMA VISUALIZA-<br />

Ç‹O DOS INSTRUMENTOS, O VOLANTE<br />

TEM DETALHES CROMADOS<br />

Lançado em março de<br />

2009, o Livina é o primeiro<br />

veículo de passeio<br />

da Nissan produzido no País.<br />

Trata-se de um modelo global,<br />

antes de chegar por aqui conquistou<br />

consumidores na China,<br />

Indonésia, Vietnã, Taiwan, África<br />

do Sul, Malásia e Filipinas.<br />

Desenvolvido para ser um<br />

multiuso, o monovolume de 5<br />

portas utiliza suspensão independente<br />

tipo McPherson com barra<br />

estabilizadora na dianteira e eixo<br />

de torção com barra estabilizadora<br />

e molas helicoidais na traseira.<br />

Os freios dianteiros são a discos<br />

e os traseiros com tambor, a opção<br />

topo de linha sai da fábrica equipada<br />

com sistema ABS, controle<br />

eletrônico de frenagem (EBD) e<br />

assistência de frenagem (BA).<br />

Seu comprimento é de 4.180<br />

mm, largura de 1.690 mm e altura<br />

de 1570 mm. A distância entre os<br />

eixos é de 2.600 mm e o portamalas<br />

tem capacidade volumétrica<br />

de 449 litros com os assentos traseiros<br />

na posição normal e 769 litros<br />

ao rebater os bancos.<br />

Desde a versão de entrada traz<br />

de série: direção com assistência<br />

variável elétrica, travas, vidros e<br />

retrovisores elétricos, ar-condicionado<br />

e air bag do motorista.<br />

As opções topo de linha, são<br />

equipadas com rodas de liga-leve<br />

15”, faróis de neblina dianteiros,<br />

travamento automático das portas<br />

com sensor de velocidade,<br />

keyless (travamento/destravamento<br />

das portas por controle remoto),<br />

alarme (somente versão<br />

1.8 SL) e air bag para o motorista<br />

e passageiro.<br />

São duas as opções de motores,<br />

ambos flex 16 válvulas, 1.6L<br />

com câmbio manual de 5 marchas<br />

e 1.8L, com transmissão automática<br />

de 4 velocidades.<br />

O design foi inspirado no crossover<br />

Murano, os faróis são angulosos,<br />

capô marcado por vincos e<br />

para-choque de contornos limpos,<br />

a grade frontal é cromada.<br />

Com carroceria alta, visto de<br />

lateral, chama atenção a ampla<br />

área envidraçada e a linha de cintura<br />

elevada. Na traseira, as lanternas<br />

invadem as laterais, a<br />

tampa do porta-malas é ampla,<br />

assim como o vidro.<br />

Nesta matéria utilizamos a<br />

versão SL com motor 1.8 16V<br />

Flex e transmissão automática.<br />

O interior é confortável, os bancos<br />

e painéis das portas são revestidos<br />

com veludo. O carro possui<br />

vários porta-objetos espalhados no<br />

habitáculo, o que é bem funcional.<br />

O painel de instrumentos é<br />

amplo e de fácil visualização, a<br />

iluminação é constante, ou seja,<br />

mesmo com as lanternas ou faróis<br />

apagados os mostradores<br />

estão iluminados.<br />

O propulsor 1.8L 16V entrega<br />

potência de 125 cv a 5.200 rpm<br />

A VERS‹O 1.8L FLEX É EQUIPADA<br />

COM C˜MBIO AUTOM˘TICO DE 4<br />

MARCHAS E FUNÇ‹O OVERDRIVE


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | PERFIL 15<br />

quando abastecido com gasolina<br />

e de 126 cv, na mesma rotação, ao<br />

usar etanol. Seu torque máximo<br />

é de 17,5 kgfm a 4.800 rpm com<br />

qualquer um dos combustíveis e<br />

a taxa de compressão é de 9,9:1.<br />

O Nissan Livina 1.8 SL, no<br />

anda para do trânsito de uma<br />

grande cidade, mostrou-se confortável.<br />

O modelo emprestado<br />

pela fabricante usa o Aerokit<br />

(spoilers dianteiro/traseiro,<br />

saias laterais e aerofólio), comercializado<br />

como acessório.<br />

Isso o deixou com visual mais<br />

esportivo, porém, exige cuidado<br />

ao ultrapassar por uma valeta<br />

ou lombada.<br />

Apesar de ter câmbio automático,<br />

pelo menos no arranque, a<br />

resposta é rápida, mas ao realizar<br />

uma ultrapassagem, mesmo no<br />

módulo D (ainda pode ser usada<br />

a posição 1 e 2), o giro do motor<br />

sobe rápido e deixa a impressão<br />

de que o câmbio pensa para trocar<br />

a marcha, mas isso não compromete<br />

a manobra. Ao enfrentar<br />

curvas, é estável, passa segurança<br />

ao motorista.<br />

Igual a outros modelos da<br />

linha, a Nissan preparou para<br />

o Livina os Pacotes Especiais<br />

de Revisão, eles incluem peças<br />

e inspeções.<br />

Na revisão de 10.000 km são<br />

inspecionados 10 itens + troca<br />

de óleo do motor + filtro de óleo<br />

do motor + troca de filtro de<br />

combustível + kit lubrificação,<br />

pelo qual é cobrado R$ 142,48 e<br />

o equivalente a 1 hora de mãode-obra.<br />

No caso da concessionária<br />

AR Motors, o valor do<br />

serviço/ hora é de R$ 150,00, mas<br />

ele pode variar, pois cada revenda<br />

autorizada tem liberdade para estipular<br />

o preço.<br />

Já na revisão de 40.000 km<br />

são inspecionados 16 itens +<br />

troca de óleo do motor + filtro<br />

de óleo do motor + troca de filtro<br />

de combustível + filtro de<br />

ar + filtro de ar-condicionado<br />

+ troca de líquido de arrefecimento<br />

+ troca de velas de ignição<br />

+ troca de fluido do freio<br />

CUSTO DAS PEÇAS DE REPOSIÇ‹O<br />

PEÇAS<br />

AMORTECEDORES DIANTEIROS: R$ 228,04 - CADA<br />

AMORTECEDORES TRASEIROS: R$ 185,80 - CADA<br />

DISCOS DE FREIOS DIANTEIROS: R$ 161,26 - CADA<br />

JOGO DE PASTILHAS DIANTEIRAS: R$ 222,12<br />

LONAS DE FREIOS TRASEIROS: R$ 228,45<br />

FILTRO DE ÓLEO: R$ 46,18<br />

FILTRO DE AR: R$ 62,07<br />

FILTRO DE COMBUSTÍVEL: R$ 10,64<br />

FILTRO ANTI-PÓLEN: R$ 43,47<br />

VELAS: R$ 91,26 - CADA<br />

MOTOR<br />

+ kit lubrificação, neste caso o<br />

preço é de R$ 333,02 e o equivalente<br />

a 4h de mão-de-obra.<br />

Veja no box abaixo o preço de<br />

outras peças de reposição.<br />

O preço sugerido para venda<br />

do Nissan Livina 1.8 S AT Flex é<br />

de R$ 52.690 e a topo de linha<br />

1.8 SL custa R$ 57.390.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

NISSAN LIVINA 1.8L 16V<br />

FLEX AUTOMÁTICO<br />

Motor<br />

Tipo Dianteiro, transversal, 4 cilindros<br />

em linha, 16 válvulas, acelerador<br />

eletrônico, bicombustível<br />

(álcool/gasolina)<br />

Cilindrada 1.798 cm³<br />

Potência 126 cv (E) / 125 cv (G) a<br />

5.200 rpm<br />

Torque 17,5 kgf.m (E) / 17,5 kgf.m (G) a<br />

4.800 rpm<br />

Taxa de Compressão: 9,9:1<br />

Transmissão: Automática de 4 marchas<br />

com overdrive<br />

Suspensão<br />

Suspensão dianteira: Independente, tipo<br />

McPherson, barra estabilizadora, molas<br />

helicoidais Suspensão traseira: Eixo de<br />

torção, barra estabilizadora e<br />

molas helicoidais<br />

Freios/ Rodas/ Pneus<br />

Dianteiros: Discos ventilados<br />

Traseiros: Tambor<br />

Rodas: Liga leve de 15’’<br />

Pneus: 185/65 R15<br />

Capacidades<br />

Porta-malas: 449 litros<br />

Tanque de combustível: 50 litros<br />

AMORTECEDOR TRASEIRO<br />

O CUSTO DE CADA AMORTECEDOR<br />

TRASEIRO DO LIVINA 1.8L 16V FLEX É<br />

DE R$ 185,80<br />

AMORTECEDOR DIANTEIRO<br />

OS AMORTECEDORES DA PARTE DI-<br />

ANTEIRA DO MONOVOLUME NISSAN<br />

S‹O COMERCIALIZADOS COM PREÇO<br />

SUGERIDO DE R$ 228,04 CADA PEÇA<br />

DISCO DE FREIO<br />

CADA DISCO DE FREIO DO LIVINA É<br />

VENDIDO POR R$ 161,26, J˘ PELO<br />

JOGO DE PASTILHAS É COBRADO<br />

R$ 222,12<br />

Colaboraram: Nissan do Brasil, Concessionária Nissan AR Motors - Interlagos e Centro Automotivo Super G


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16 FEIRAS &<br />

EVENTOS<br />

Centromec automotiva<br />

Feira encerra mais uma edição com grande<br />

movimentação de negócios e ultrapassa<br />

expectativas dos organizadores<br />

Texto: Redação<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Centro de Convenções de<br />

Goiânia recebeu, entre<br />

os dias 15 e 17 de julho,<br />

a sétima edição da Centromec<br />

<strong>Automotiva</strong> – Feira de Reparação<br />

Veicular. Cerca de 20 mil pessoas,<br />

incluindo caravanas do Tocantins,<br />

Brasília, Campinas (SP) e de<br />

cidades do interior de Goiás, movimentaram<br />

os três dias do<br />

evento e conheceram as inovações<br />

apresentadas pelos expositores<br />

do setor. A feira, com mais de<br />

130 expositores, contou com a<br />

participação de profissionais e<br />

pessoas ligadas ao comércio e à<br />

indústria de autopeças, acessórios<br />

e equipamentos.<br />

Engenheiros, mecânicos,<br />

técnicos e outros interessados<br />

no segmento automotivo tiveram<br />

ainda a oportunidade de se<br />

atualizar em palestras ministradas<br />

gratuitamente pela Petrobras<br />

e pelo Senai (Serviço<br />

Nacional de Aprendizagem Industrial<br />

de Goiás). Combustíveis,<br />

lubrificantes e<br />

produtividade nas oficinas mecânicas<br />

foram temas abordados<br />

por técnicos capacitados. Nesta<br />

edição <strong>2010</strong> novamente a Centromec<br />

foi palco de lançamentos<br />

que chamaram a atenção dos<br />

visitantes. Aliás, os visitantes da<br />

feira que preencheram cupons<br />

concorreram a uma moto Dafra<br />

Kansas 150.<br />

EXPECTATIVAS SUPERADAS<br />

A feira, organizada pela Canal Feiras e Eventos, enfatizou<br />

o viés da responsabilidade ambiental ao<br />

apresentar as últimas tecnologias voltadas para a<br />

preservação do meio ambiente<br />

e redução de consumo<br />

de energia por meio do uso de<br />

“peças verdes”. Os organizadores<br />

constataram que as<br />

expectativas de projeção de negócios foi ultrapassada pelas indústrias<br />

que estiveram presentes na Centromec <strong>Automotiva</strong>.<br />

OS JORNAIS BALC‹O AUTOMOTIVO E, PRINCIPALMENTE,<br />

O REPARAÇ‹O AUTOMOTIVA FORAM DISTRIBU¸DOS NOS TR¯S DIAS<br />

DE EVENTO<br />

A FEIRA RECEBEU UM PÐBLICO DE 20 MIL PESSOAS, QUE PUDERAM CONHECER AS NOVIDADES DOS MAIS DE 130 EXPOSITORES


FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

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| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

18 COMPARATIVO Mexicanos, mas sem complicação<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

Entre os veículos importados do México, Captiva e CR-V se destacam no segmento dos SUVs médios,<br />

apesar de importados, não oferecem dificuldades nos reparos e manutenções<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Um veículo alto, com<br />

porte imponente e soluções<br />

tecnológicas<br />

embarcadas para enfrentar vários<br />

tipos de terreno, mas com muito<br />

conforto para os passageiros e o<br />

motorista. Assim podemos definir<br />

o conceito utilizado no<br />

desenvolvimento de um veículo<br />

utilitário esportivo, o SUV.<br />

Este tipo de modelo agrada ao<br />

consumidor brasileiro de carros<br />

Premium. No ano passado, um<br />

levantamento divulgado pela Fenabrave<br />

(Federação Nacional da<br />

Distribuição de Veículos Automotores)<br />

mostrou que foram<br />

emplacados mais de 167.000<br />

SUVs. E deste total, o Chevrolet<br />

Captiva somou 13.589 unidades<br />

e o Honda CR-V respondeu por<br />

11.237 unidades.<br />

Apesar de origens bem distintas,<br />

o Chevrolet é norte-americano<br />

e o CR-V japonês, em<br />

comum eles têm o país de fabricação,<br />

o México.<br />

Para perceber que são concorrentes<br />

é só analisar o design dos<br />

dois modelos. O CR-V ostenta<br />

na frente faróis que invadem a<br />

grade e os para-lamas. No capô<br />

uma curvatura acentuada, a qual<br />

passa a impressão de unir-se com<br />

a grade. O mesmo acontece com<br />

o para-choque, nesta peça, abaixo<br />

aparecem os faróis de neblina.<br />

Para o Captiva, a grade trapezoidal<br />

é cortada por uma barra<br />

que ostenta a gravata dourada. O<br />

conjunto ótico invade as laterais,<br />

na opção Ecotec, os para-choques<br />

vêm com a parte inferior na<br />

cor preta e a superior pintada na<br />

cor do carro, a peça dianteira<br />

abriga os faróis de neblina.<br />

A lateral do CR-V, observada<br />

de cima para baixo, ressalta a<br />

curvatura do teto, grande área<br />

envidraçada, os vincos aparecem<br />

na altura das maçanetas e<br />

abaixo, faixas pretas reforçam o<br />

visual esportivo.<br />

O Captiva também usa a<br />

curva no teto ressaltada na região<br />

das portas dianteiras. É equipado<br />

com barras para transporte de<br />

carga. A área envidraçada é<br />

grande, nas portas, vincos acima<br />

das maçanetas, as pequenas saídas<br />

de ar ao lado dos para-lamas remetem<br />

à esportividade.<br />

Captiva e CR-V têm a tampa<br />

do porta-malas curvada, o modelo<br />

Chevrolet estampa a gravata<br />

ao centro, barra cromada na parte<br />

MOTOR<br />

inferior da tampa e as lanternas<br />

em formato triangular estão encaixadas<br />

nos para-lamas traseiros.<br />

No Honda as grandes lanternas<br />

estão colocadas nas colunas laterais,<br />

na parte superior da tampa,<br />

uma barra preta, com o grande<br />

‘H’ em destaque.<br />

Ambos usam iluminação<br />

contínua no painel de instrumentos<br />

e as informações são visualizadas<br />

em mostradores<br />

analógicos e digitais. O interior<br />

é espaçoso e tem vários portaobjetos<br />

espalhados. No painel<br />

O CR-V É EQUIPADO COM PROPULSOR 2.0L 16V SOHC I-VTEC, O CAPTIVA ECOTEC USA O MOTOR 2.4L16V VVT DOHC, AMBOS USAM<br />

GASOLINA COMO COMBUST¸VEL


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | COMPARATIVO 19<br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

NEY, DA MEC˜NICA OPCAR, DO BAIRRO<br />

MOINHO VELHO, EM S‹O PAULO<br />

do CR-V, bem ao centro, há<br />

uma silhueta do carro para indicar<br />

quando as portas estão abertas<br />

ou fechadas, já no Captiva<br />

estas informações são mostradas<br />

no fundo do odômetro.<br />

Computador de bordo é<br />

equipamento de série para<br />

ambos, mas as informações são<br />

diferentes. O do Chevrolet, além<br />

de consumo e quilometragem<br />

percorrida, também mostra a<br />

carga dos pneus e quando é necessário<br />

calibrá-los.<br />

Os veículos da Honda e Chevrolet<br />

também estão bem próximos<br />

nas dimensões. O CR-V<br />

tem 4.575 mm de comprimento,<br />

por 1.820 mm de largura. Sua<br />

distância entre-eixos é de 2.620<br />

mm, para uma altura de<br />

1.690mm. A capacidade volumétrica<br />

do porta-malas é de 1.011 litros,<br />

ao rebater os bancos chega a<br />

2.064 L. Enquanto que o Captiva<br />

mede 4.576mm de comprimento,<br />

com uma distância entre<br />

os eixos de 2.707mm. A altura é<br />

de 1.704 mm, mas a capacidade<br />

volumétrica do porta-malas é<br />

menor que a do concorrente, 821<br />

litros com os bancos em posição<br />

normal, ela é ampliada para 1.586<br />

litros ao rebater os bancos.<br />

A maior diferença entre os<br />

dois utilitários esportivos está no<br />

motor e câmbio.<br />

O CR-V vem equipado com<br />

propulsor 2.0L 16V SOHC i-<br />

VTEC movido a gasolina, o qual<br />

entrega 150 cv de potência<br />

(6.200 rpm) e 19,4 kgfm de torque<br />

(4.200 rpm). Sua transmissão<br />

é automática de 5<br />

velocidades e Overdrive com<br />

Grade Logic Control. Ao acionar<br />

a tecla D3, inabilita a quarta<br />

e a quinta marchas.<br />

A direção tem assistência<br />

elétrica progressiva (EPS), os<br />

freios são a disco nas quatro<br />

rodas com ABS e EBD e a suspensão<br />

dianteira é do tipo independente<br />

McPherson, na<br />

traseira o sistema é o independente<br />

Double Wishbone.<br />

Já o Captiva Sport Ecotec é<br />

equipado com motor de 4 cilindros<br />

2.4L16V VVT. É do tipo<br />

DOHC a gasolina, que desenvolve<br />

171 cavalos de potência a<br />

6.200 rpm, com torque de 22,2<br />

kgfm a 5.100 rpm. A transmissão<br />

automática de 4 velocidades<br />

chama-se Active Select (sequencial).<br />

As marchas podem ser trocadas<br />

manualmente acionando<br />

um botão no lado esquerdo da<br />

alavanca. A suspensão dianteira<br />

também é McPherson independente<br />

e a traseira independente<br />

com quatro braços articulados e<br />

barra de torção e a direção é elétrica<br />

com pinhão e cremalheira.<br />

NA OFICINA<br />

Honda CR-V e Chevrolet<br />

Captiva são modelos globais,<br />

produzidos com a mais moderna<br />

tecnologia embarcada. Apesar<br />

disso, os reparos e as manutenções<br />

são simples, é o que afirma<br />

Ney, da Mecânica Opcar, profissional<br />

experiente, com passagens<br />

por oficinas autorizadas das<br />

marcas Chevrolet e Citroën. Ao<br />

analisar o sistema de suspensão<br />

dianteira dos veículos, ele<br />

afirma, “com apenas quatro ferramentas,<br />

do uso diário de uma<br />

oficina, é possível trocar os<br />

amortecedores e molas de qualquer<br />

um dos modelos”.<br />

Substituir os discos e pastilhas<br />

de freios dianteiros também é<br />

simples, o trabalho é realizado<br />

com três tipos de ferramentas diferentes,<br />

“só é necessário cuidado<br />

para não danificar o sensor que<br />

integra o sistema do Captiva”,<br />

alerta ele. Já na traseira, ao substituir<br />

as pastilhas ou discos do<br />

carro da Honda é necessário a<br />

ferramenta para comprimir o pistão<br />

do cilindro.<br />

Por tratar-se de veículos grandes,<br />

oferecem muito espaço para<br />

trabalhar, também nos motores.<br />

Assim, tanto no 2.0L 16V SOHC<br />

i-VTEC, como no 2.4L16V<br />

DISCO DE FREIO TRASEIRO<br />

OS DOIS VE¸CULOS UTILIT˘RIOS ESPORTIVOS S‹O EQUIPADOS COM FREIOS A DISCO NAS<br />

QUATRO RODAS, A RETIRADA DAS PEÇAS N‹O EXIGE FERRAMENTAS ESPECIAIS<br />

DISCO DE FREIO DIANTEIRO<br />

APESAR DE IMPORTADOS, O CAPTIVA E CR-V MOSTRARAM SIMPLICIDADE EM SUA<br />

CONSTRUÇ‹O. OS DISCOS E PASTILHAS S‹O DE F˘CIL ACESSO<br />

FILTRO DE OLÉO<br />

DOHC VVT, substituir velas,<br />

filtros e correias não é problema.<br />

Para Ney, apesar de serem<br />

veículos importados, CR-V e<br />

Captiva são semelhantes ao realizar<br />

reparos ou troca de peças e<br />

nos itens principais exigem o<br />

mesmo tempo de trabalho.<br />

Por entrarem no país beneficiados<br />

pelo acordo comercial vigente<br />

entre Brasil e México, os<br />

O CAPTIVA UTILIZA FILTRO DO TIPO ECOLŁGICO, O QUAL EXIGE TORQU¸METRO PARA RETI-<br />

RAR E COLOCAR A PEÇA, O CR-V USA FILTRO DE ŁLEO DO TIPO CARTUCHO, N‹O NECES-<br />

SITA DE FERRAMENTA PRŁPRIA PARA SUBSTITUIÇ‹O


eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 20<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

preços sugeridos para venda são laterais / cortina), freios ABS, arcondicionado,<br />

competitivos. O Honda CR-V<br />

rack de teto, rádio<br />

LX com tração dianteira 2WD AM/FM/CD/MP3 e entrada auxiliar,<br />

tem preço de R$ 88.410. Já vem<br />

vidros e retrovisores elé-<br />

equipado, entre outros itens, tricos, limpador, lavador do<br />

com: rodas de liga leve (17x 6,5 vidro traseiro, antena no teto,<br />

JJ), pneus 225/65R17, piloto automático,<br />

brake light, faróis de neblina e<br />

ar-condicionado, rodas de alumínio 17” com<br />

banco do motorista com regulagem<br />

pneus P235/60R17.<br />

altura, rádio AM/FM e CD Ainda pode ter bancos dian-<br />

Player com leitor de MP3 e teiros com aquecimento, redes<br />

WMA, coluna de direção ajustável<br />

organizadoras no porta-malas,<br />

em altura e profundidade, vo-<br />

volante e manopla do câmbio<br />

lante com controle de piloto em couro, retrovisores externos<br />

automático, vidros e retrovisores com desembaçador, sombreiras<br />

elétricos, antena no teto, brake iluminadas e bancos em couro,<br />

light, faróis halógenos de dupla neste caso o custo é de<br />

parábola, limpador e lavador do R$ 90.425.<br />

vidro traseiro.<br />

A Honda também importa a<br />

Com preço sugerido de opção EXL 4WD, com tração nas<br />

R$ 87.425, a versão de entrada quatro rodas, seu preço sugerido<br />

do Captiva Sport Ecotec, entre é de R$ 102.910. E a Chevrolet<br />

os equipamentos de série, tem: oferece o Captiva Sport V6, equipado<br />

com propulsor Alloytec Motor<br />

programa eletrônico de estabilidade<br />

(ESP - Electronic Stability 3.6L 24 válvulas, 6 cilindros em<br />

20 COMPARATIVO Program), sistema eletrônico de V. Sua potência é de 261 cv e o<br />

controle de tração (TCS - Traction<br />

torque de 32,95 kgfm, com preço<br />

Control System), ambos sugerido de R$ 100.574, ao acres-<br />

com indicador no painel de instrumentos,<br />

centar tração AWD, chega a<br />

6 air bags (frontais / R$<br />

106.193.<br />

AMORTECEDOR E MOLA TRASEIRA<br />

NO CHEVROLET CAPTIVA A MOLA FICA SEPARADA DO AMORTECEDOR, ENQUANTO<br />

QUE NO HONDA CR-V O AMORTECEDOR ATRAVESSA A MOLA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

HONDA CR-V<br />

2.0 16V SOHC i-VTEC<br />

Cilindrada: 1.997 cm³<br />

Potência: 150 cv a 6.200 rpm<br />

Torque: 19,4 kgfm a 4.200 rpm<br />

Taxa de compressão: 10.5:1<br />

Tração Dianteira<br />

Transmissão<br />

Automática com Grade Logic<br />

Control e Overdrive 5 velocidades<br />

Pneus<br />

225/65R17<br />

Rodas<br />

Liga leve 17 x 6,5 JJ<br />

Direção<br />

Com assistência elétrica<br />

progressiva (EPS)<br />

Suspensões<br />

Dianteira:Independente tipo<br />

McPherson<br />

Traseira: Independente tipo<br />

Double Wishbone<br />

Capacidades<br />

Tanque de combustível: 58 litros<br />

Volume do porta-malas: 1.011<br />

litros (normal) / 2.064 litros (rebatido)<br />

AMORTECEDOR E MOLA DIANTEIRA<br />

A SUSPENS‹O DOS DOIS VE¸CULOS É ROBUSTA, APESAR DISSO, A SUBSTITUIÇ‹O DE<br />

MOLAS E AMORTECEDORES É FEITA DE MANEIRA SIMPLES<br />

FICHA TÉCNICA<br />

CHEVROLET CAPTIVA ECOTEC<br />

Motor<br />

Modelo: LE9 2.4L DOHC<br />

Cilindrada: 2.384 cm³<br />

Potência:171 cv a 6 500 rpm<br />

Torque: 22,2 kgfm a 5 100 rpm<br />

Taxa de compressão: 10,4:1<br />

Tração: Dianteira<br />

Transmissão<br />

Modelo: Hydramatic<br />

Automática de 4 velocidades com<br />

duas programações (automática<br />

e sequencial), tração dianteira<br />

Pneus<br />

P235/60R17<br />

Roda<br />

17 x 7 – Alumínio<br />

Direção<br />

Elétrica, pinhão e cremalheira<br />

Suspensões<br />

Dianteira: McPherson, independente<br />

e barra de torção, amortecedores<br />

telescópicos hidráulicos<br />

pressurizados a gás<br />

Traseira: Independente, quatro<br />

braços articulados e barra de<br />

torção, amortecedores<br />

telescópicos hidráulicos<br />

pressurizados a gás<br />

Capacidades<br />

Tanque de combustível: 72 litros<br />

Volume do porta-malas: 821<br />

litros (normal)/ 1.586<br />

litros (rebatido)<br />

Colaboraram: Honda Automóveis e General Motors do Brasil


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<strong>Ano</strong> <strong>III</strong> - NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Porque se deve trocar o pescador<br />

da bomba de óleo<br />

Os principais problemas que vêm condenando os motores dos veículos são: a borra de óleo e como consequência a carbonização, diretamente<br />

causados por combustíveis adulterados, tempo de troca do óleo lubrificante excedido, mistura de diversos tipos de óleos no motor, utilização<br />

de óleo abaixo da especificação recomendada pelo fabricante, entre outros.<br />

Quando o motor já está contaminado pela borra de óleo, suas partes móveis<br />

deixam de receber uma perfeita lubrificação, pois o tubo de sucção é o primeiro<br />

componente a ser obstruído pela borra, fazendo com que a bomba de óleo tenha<br />

dificuldade em sugar o óleo do cárter, conforme mostra a ilustração ao lado.<br />

Ao reutilizar o tubo de sucção, que foi supostamente limpo,<br />

as impurezas contidas em suas cavidades serão sugadas pela<br />

bomba de óleo, causando danos irreparáveis em suas partes<br />

internas (rotores ou engrenagens) e consequentemente<br />

no motor.<br />

A SCHADEK aconselha a todos os aplicadores que: sempre<br />

que trocar a bomba de óleo, seja feita também a substituição<br />

do tubo de sucção, filtro de óleo e válvula de alívio (quando<br />

não fizer parte da bomba), fazendo então a perfeita<br />

manutenção do sistema de lubrificação.<br />

Nunca se deve tentar limpar o tubo de sucção para reutilizálo.<br />

Mesmo aparentemente limpo, suas cavidades continuam contaminadas<br />

pela borra.<br />

*Colaborou: SCHADEK<br />

Conteúdo turbinado<br />

Seu encarte Dicas Técnicas, reformulado, traz informações de importantes empresas e entidades<br />

ligadas ao setor automotivo.<br />

Para começar, a Schadek ensina o porquê de se trocar o pescador da bomba de óleo. Em seguida,<br />

a Biagio Turbos mostra procedimentos de análise e manutenção preventiva de turbos.<br />

Continuando, a ElringKlinger informa as alterações nos motores da série 900, da Mercedes-Benz.<br />

Tem também a dica do Senai-SP sobre a qualidade dos lubrificantes e combustíveis.<br />

Por fim, trazemos ainda a segunda e última parte do artigo de Carlos Napoletano Neto, do Brasil<br />

Automático, a respeito dos procedimentos para um diagnóstico bem feito.<br />

Até a próxima!


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Muitos turbos são removidos desnecessariamente<br />

acreditando-se que o mesmo esteja com algum defeito,<br />

no entanto, a causa da falha detectada (ex. vazamento<br />

de óleo, emissão de fumaça, perda de potência, consumo<br />

excessivo de combustível e óleo lubrificante) pode ser proveniente<br />

de problemas em outros componentes do veículo.<br />

Análise preventiva<br />

3 – Admissão:<br />

NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Inspecione as tubulações, mangueiras e filtro de ar quanto a possíveis danos<br />

ou restrições que possam ocasionar falhas ao turbo.<br />

Para evitar trocas desnecessárias,<br />

dificultando a solução do problema, é<br />

necessário que se faça a verificação nos<br />

itens relacionados abaixo:<br />

4 – Escape:<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

1 - Sistemas de lubrificação:<br />

Inspecione os dutos de entrada<br />

e retorno de óleo do turbo,<br />

certificando que não estejam<br />

restringindo o fluxo de óleo.<br />

Inspecione juntas do coletor de escape, borboleta do freio motor, tubulações<br />

de escape, abafadores, silenciosos e catalisadores se estão amassados ou<br />

com restrições.<br />

Observe o indicador de pressão de<br />

óleo, se a pressão não for registrada ou<br />

estiver abaixo da especificada para o<br />

motor, determine e corrija a causa.<br />

2 – Pressurização:<br />

Inspecione as tubulações, mangueiras, abraçadeiras, intercooler e coletor de<br />

admissão quanto a possíveis vazamentos ou trincas que possam ocasionar perda<br />

de pressão do turbo.<br />

Inspecione a tubulação do sistema de LDA da bomba injetora quanto a possíveis<br />

vazamentos ou trincas.<br />

5 – Respiro do Motor:<br />

Inspecione o respiro do motor<br />

quanto a possíveis restrições, o aumento<br />

da pressão no interior do Carter<br />

(Blow By) ocasiona vazamentos de óleo<br />

lubrificante pelas carcaças do turbo.


eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 23<br />

NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Manutenção preventiva<br />

s<br />

1- Ao dar partida no motor, deixe-o funcionar alguns minutos<br />

em marcha lenta para estabilizar o fluxo de óleo lubrificante no<br />

sistema, antes de sua utilização normal. Isto protege o turbo,<br />

dando a ele vida longa.<br />

2- Não desligue o motor bruscamente, deixe-o funcionar alguns minutos em<br />

marcha lenta para que o fluxo de óleo não seja interrompido antes de resfriar os<br />

componentes internos do turbo e para que o eixo diminua a rotação. Ao desligar o<br />

motor em alta rotação, o turbo continuará girando sem fluxo de óleo, o que causará<br />

danos aos mancais ou até sua destruição.<br />

ATENÇÃO!<br />

O tempo gasto nestas verificações significará tempo ganho nas soluções dos<br />

problemas e principalmente à satisfação dos clientes.<br />

Antes da instalação de um novo turbo efetue os seguintes procedimentos:<br />

1 - Certifique-se que o turbo é o correto para a aplicação desejada.<br />

3 - Troque frequentemente o filtro<br />

de ar, óleo e filtro lubrificante seguindo<br />

as especificações recomendadas pelo<br />

fabricante do motor.<br />

4 - Verifique a correta regulagem da<br />

bomba injetora, bicos ou unidades injetoras,<br />

que deverão estar dentro dos<br />

parâmetros do fabricante do motor.<br />

Bomba injetora com excesso de débito,<br />

bicos injetores desregulados ou avariados<br />

conduzirão a danos no turbo e no motor.<br />

Procedimento de instalação<br />

4 - Adicionar óleo de motor limpo na entrada de<br />

lubrificação do conjunto central e girar o eixo manualmente<br />

algumas vezes para efetuar a pré-lubrificação<br />

nos mancais.<br />

2 - Inspecione e limpe completamente os coletores de escapamento,<br />

admissão, tubulações e intercooler.<br />

5 - Não utilize cola na<br />

entrada de óleo do turbo.<br />

Se for aplicada cola na<br />

junta de entrada de óleo<br />

lubrificante, a garantia do<br />

turbo será negada.<br />

6 - Se for necessário alinhar o ângulo de montagem do turbo, ajustar o correto<br />

posicionamento das carcaças no motor, após posicioná-las, assegurar o<br />

correto torque de aperto dos parafusos. Ajustar corretamente as dobras das<br />

abas nas travas de fixação conforme indicado na ilustração<br />

Fragmentos do turbo quebrado anteriormente podem ficar alojados temporariamente<br />

na entrada do filtro de ar, mangueiras, sistema de escape, etc.,<br />

eles devem ser removidos antes da instalação de um novo turbo, principalmente<br />

em instalações com sistemas de escapamento vertical. Isto irá prevenir<br />

novas falhas causadas pela queda destes fragmentos no rotor do turbo<br />

quando o motor for ligado novamente.<br />

3 - Substituir o elemento do filtro de ar, óleo e<br />

filtro lubrificante do motor.<br />

7 - Funcione o motor por alguns<br />

minutos em marcha lenta, não aplique<br />

carga no motor até que a pressão normal<br />

do óleo seja registrada<br />

no indicador.<br />

*Colaborou: BIAGIO TURBOS


1- Executar no cabeçote antigo o alojamento da bucha-guia<br />

(b1) no furo para o parafuso de fixação entre os cilindros 1 e 2;<br />

2- Executar no cabeçote antigo os furos de desaeração (a);<br />

3- Os furos de desaeração (a) padrão devem ser executados utireparacao<strong>27</strong>novo_Layout<br />

1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 24<br />

NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Junta de Cabeçote OM 904/906/924/926<br />

Mercedes-Benz<br />

Informamos que os motores da série 900 receberam a aplicação de cabeçotes e blocos com furos para desaeração, visando otimizar o<br />

circuito de arrefecimento.<br />

Portanto, deve-se observar as recomendações desta informação quando da eventual substituição do cabeçote ou bloco dos motores.<br />

Os novos cabeçotes e blocos contêm furos (a) para desaeração do circuito de arrefecimento. Nos novos cabeçotes e blocos os furos para<br />

as buchas-guia estão dispostos conforme posição (b1), e nos cabeçotes e blocos antigos, conforme posição (b2).<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

1- CABEÇOTE DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />

2- BLOCO DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />

3 – CABEÇOTES DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />

4 – BLOCO DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />

É possível substituir o cabeçote antigo (sem furos ‘a’) pelo novo<br />

(com furos ‘a’), com a reutilização do bloco antigo (sem os furos<br />

‘a’), porém, deve ser observada a instalação da nova junta do<br />

cabeçote para garantir a estanqueidade do circuito<br />

de arrefecimento.<br />

No caso de substituição do bloco antigo (sem os furos ‘a’) pelo<br />

novo (com os furos ‘a’), a reutilização do cabeçote antigo é possível<br />

após efetuar os retrabalhos indicados a seguir.<br />

lizando a junta nova como referência de posição dos mesmos;<br />

3.1- Instalar as buchas-guia no cabeçote;<br />

3.2- Alojar corretamente a nova junta na superfície do cabeçote<br />

encaixando-a nas buchas-guia.<br />

Observar que a marca TOP da junta deverá estar para a face<br />

do cabeçote;<br />

3.3- Marcar no cabeçote as posições onde serão executados os<br />

furos (a) e retirar a junta do cabeçote;<br />

3.4- Executar os furos com diâmetro de 6mm e profundidade de<br />

18mm. Motores 904 e 924 são 4 furos, motores 906 e 926<br />

são 6 furos;<br />

4- Limpar o cabeçote e remover cavacos do interior das galerias,<br />

aplicando ar comprimido através dos furos.


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NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

1 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />

3 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />

1 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 904 E OM 924<br />

3 – CABEÇOTE DOS MOTORES OM 906 E OM 926<br />

INSTRUÇÃO DE APERTO DOS PARAFUSOS<br />

‘Lembre-se que é imprescindível a troca dos parafusos em<br />

cabeçotes com torque angular’<br />

*Colaborou: ELRING KLINGER


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NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Qualidade dos lubrificantes e combustíveis<br />

TEXTO: LIDIA RUBACOW IOTTI*<br />

AAgência Nacional de Petróleo, Gás<br />

Natural e Biocombustíveis, órgão<br />

regulamentador, avalia mensalmente<br />

a qualidade do lubrificante e combustível<br />

comercializado em todo território<br />

brasileiro através do Programa de Monitoramento<br />

da Qualidade dos Lubrificantes<br />

e Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis<br />

Líquidos.<br />

Estes programas consistem em coletas de amostras mensais por<br />

parte da ANP em postos de combustível, supermercados, lojas de<br />

autopeças, oficinas mecânicas, concessionárias de veículos, distribuidores<br />

e atacadistas.<br />

Nas amostras coletadas para o monitoramento de lubrificantes<br />

são analisados os seguintes critérios: registro, para verificar a conformidade<br />

do cadastro na ANP; rótulo, para verificar a presença<br />

das informações requeridas por lei; e físico-química, para verificar<br />

se o produto atende às especificações determinadas pela ANP.<br />

Segundo o Boletim Mensal de Monitoramento da Qualidade do<br />

Lubrificante de abril/<strong>2010</strong>, informado pela ANP, 21,3% das<br />

amostras analisadas estavam não-conformes relacionadas<br />

à qualidade.<br />

A avaliação do combustível através do Programa de Monitoramento<br />

da Qualidade dos Combustíveis Líquidos no mês de<br />

abril/<strong>2010</strong> também detectou algumas não-conformidades (NC),<br />

como segue:<br />

Gasolina(características) NC %<br />

Destilação 30 57,7<br />

Etanol 11 21,2<br />

Outros 9 17,3<br />

Octanagem 2 3,8<br />

NC Totais 52 100<br />

Diesel (características) NC %<br />

T. Biodiesel 70 39,8<br />

Aspecto 45 25,6<br />

Pt. Fulgor 23 13,1<br />

Corante 19 10,8<br />

Enxofre 15 8,5<br />

Outros 4 2,3<br />

NC Totais 176 100<br />

Etanol (características) NC %<br />

M. Especif./TA 52 65<br />

Outros 21 26,3<br />

Condut. 5 6,3<br />

pH 2 2,5<br />

NC Totais 52 100<br />

Etanol NC %<br />

M. Especif./TA 52 65<br />

Fonte: Boletim Mensal da Qualidade dos Combustíveis<br />

Líquidos Automotivos Brasileiros - <strong>Ano</strong> 9 - Abril <strong>2010</strong>


eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page <strong>27</strong><br />

NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Diante deste cenário fica claro que o controle da qualidade dos produtos derivados do petróleo<br />

deve ser constante, pois a utilização de produtos não - conformes traz prejuízos ao consumidor devido<br />

ao desgaste prematuro nas partes do motor, aumento no consumo do lubrificante e combustível e<br />

maior agressão ao meio ambiente.<br />

O consumidor deve se precaver diante dos fatos consultando sempre<br />

que possível os Boletins de Monitoramento da Qualidade disponibilizado<br />

no site da ANP, comprar produtos de qualidade e caso haja dúvida quanto<br />

realizar testes que assegurem a qualidade do produto. Caso seja necessário<br />

verificar a especificação dos combustíveis a ANP disponibiliza em seu site<br />

as Portaria/Resoluções detalhando todas as características que os combustíveis<br />

devem ter:<br />

• Especificação para a comercialização de gasolinas automotivas<br />

Portaria Nº 309, DE <strong>27</strong> DE DEZEMBRO DE 2001;<br />

• Especificação para a comercialização de óleo diesel rodoviário<br />

Resolução ANP Nº 42, DE 16.12.2009 – DOU 17.12.2009;<br />

• Especificação para a comercialização de AEAC e AEHC:<br />

Resolução ANP Nº 36, DE 6.12.2005 – DOU 7.12.2005.<br />

A Escola SENAI “Conde Jose Vicente de Azevedo” – Ipiranga mantém em<br />

suas instalações recursos que podem ajudar neste controle. O Laboratório<br />

de Ensaios em Óleos Lubrificantes e Combustíveis foi criado para atender<br />

as necessidades das empresas em análise de lubrificantes e combustíveis<br />

ajudando como uma ferramenta na manutenção pró - ativa e preventiva.<br />

Possui reconhecimento pelo INMETRO e REMESP através de certificação<br />

pela norma ISO 17025 e cadastro na ANP (Agência Nacional de Petróleo,<br />

Gás Natural e Biocombustíveis) para ofertar ensaios em biodiesel. Presta<br />

serviço de análise de lubrificantes automotivos e indústrias, análise de combustíveis<br />

(Gasolina, Diesel, biodiesel e álcool).<br />

*Coordenadora do<br />

laboratório de ensaios<br />

em óleos lubrificantes e<br />

combustíveis. Contato:<br />

lelco@sp.senai.br e telefone:<br />

(11) 2066-1988 –<br />

R 2<strong>27</strong><br />

*Colaborou: SENAI


eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 28<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

*TEXTO: CARLOS NAPOLETANO NETO<br />

NÀ<strong>27</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2010</strong><br />

Dez passos para um diagnóstico<br />

bem feito – Parte Final<br />

Nesta edição, como continuação do artigo do mês passado, e para ajudar<br />

o técnico reparador a realizar um diagnóstico bem feito, enumeramos<br />

abaixo alguns passos que devem ser seguidos para encontrar a verdadeira<br />

CAUSA do defeito, sem os quais se torna difícil realizar um reparo que dure.<br />

4 - Verifique o fluido da transmissão quanto à condição e nível.<br />

Como o fluido ATF realiza várias funções vitais, tais como a geração de pressão, limpeza,<br />

eliminação do atrito, transferência de calor, vedação, etc. dentro de uma transmissão automática,<br />

a análise dele pode dar ao técnico várias pistas sobre como anda a saúde do câmbio.<br />

É importante analisar o nível e corrigi-lo se necessário, bem como verificar se o fluido<br />

está limpo, embora com sua cor alterada, ou cheio de partículas sólidas em suspensão,<br />

acompanhado de um cheiro muito acentuado de queimado. Esta análise por si só pode indicar<br />

se um reparo mais radical é necessário na transmissão ou não. Salientamos aqui a necessidade<br />

de se tomar uma decisão baseada em fatos, e não simplesmente remover o<br />

câmbio como primeiro passo, pois nem sempre a causa do problema está dentro dele.<br />

5 - Faça uma análise visual da parte inferior do veículo.<br />

Busque indícios que indiquem uma falha em andamento, como por exemplo, vazamentos,<br />

mangueiras desconectadas ou cortadas, chicotes danificados, tubos de vácuo desconectados<br />

ou cortados, conectores parcialmente conectados ou fios estirados e afastados de<br />

seus conectores, oxidações de terminais, etc.<br />

6 - Proceda uma verificação das regulagens solicitadas pelo manual de serviço<br />

do veículo.<br />

É frequente, na conversa com o proprietário do veículo, descobrir que um defeito na<br />

transmissão começou depois que o motor foi retirado para remover vazamentos, ou durante<br />

um reparo de carroceria, etc. O comportamento estranho da transmissão pode ser decorrente<br />

de regulagem incorreta de um cabo de redução, por exemplo, ou nas transmissões<br />

com controle eletrônico, uma regulagem incorreta do TPS (Sensor de posição da abertura<br />

do acelerador). Oriente-se pelas informações técnicas fornecidas pela montadora, para ter<br />

certeza que esta causa não é a origem do problema.<br />

7 - Faça uma verificação completa do sistema de alimentação do veículo, antes de interferir<br />

na transmissão.<br />

Várias vezes, técnicos reparadores já nos procuraram buscando orientação sobre um<br />

reparo de transmissão, quando a causa real do problema era deficiência no sistema de alimentação<br />

do motor do veículo. Quando o motor não é corretamente alimentado, isto causa<br />

um comportamento totalmente alterado da transmissão, com mudanças de marcha na hora<br />

errada, ou mesmo sem mudanças, trancos nas mudanças, patinações, etc. Como os dois<br />

sistemas (alimentação e transmissão) operam com troca de informações, isto causa falhas<br />

no comportamento da transmissão, nem sempre detectadas com facilidade pelo técnico<br />

menos preparado, com decorrente prejuízo e descontentamento do cliente.<br />

8 - Repare a transmissão.<br />

Caso algum dos passos descritos mais acima indique que a falha está DENTRO da transmissão,<br />

proceda ao reparo da mesma, agindo de maneira profissional e seguindo os passos<br />

relacionados no manual de serviço da mesma, evitando “desvios” para ganhar tempo.<br />

Lembre-se: O melhor serviço que você poderá prestar ao seu cliente é fazer o serviço<br />

bem feito e dentro dos padrões de qualidade e segurança descritos pela montadora.<br />

Devemos saber separar as coisas:<br />

1-O dever do técnico é reparar perfeitamente o veículo.<br />

2-O dever do cliente é pagar o preço justo por isto.<br />

Não tente economizar no serviço, salvando peças que deveriam estar há muito tempo<br />

na lata de lixo. Isto somente causará retorno do cliente à oficina mais cedo ou mais tarde,<br />

gerando custos adicionais e descontentamento geral. Este custo geralmente fica a cargo do<br />

reparador que quis “ajudar” o cliente. Ele com certeza exigirá a garantia do serviço prestado<br />

e você não poderá repassar os custos a ele por isto.<br />

9 - Teste o veículo antes da entrega.<br />

Antes de entregar o veículo de volta ao cliente, faça um TESTE completo do veículo,<br />

procurando reproduzir todas as situações reclamadas por ele. Se o veículo for muito caro, e<br />

a situação do trânsito ou pessoas não aconselharem um percurso muito longo com ele, convide<br />

o próprio cliente, responsável pelo veículo, a fazer este teste final.<br />

10 - Dê seguimento ao serviço.<br />

Após a entrega, depois de alguns dias, contate o cliente para saber se ele está satisfeito<br />

com o serviço realizado.<br />

Convide-o a comparecer à oficina para uma revisão rápida.<br />

Isto demonstrará seu profissionalismo e interesse pelo cliente, e ajudará a evitar um<br />

problema, se houver algum item que não está ainda funcionando adequadamente.<br />

Esperamos que, com estes simples passos, o técnico reparador seja auxiliado<br />

a prestar um excelente serviço ao seu cliente, aumentando a satisfação de todos<br />

e seu senso de realização profissional.<br />

Até Breve!<br />

*Consultor técnico e ministra cursos sobre transmissão automática.<br />

suporte@brasilautomatico.com.br<br />

*Colaborou: BRASIL AUTOM˘TICO<br />

www.pranaeditora.com.br<br />

Prána Editora & Marketing Ltda<br />

Jornal Reparação <strong>Automotiva</strong><br />

Rua Pedro de Toledo, 129 - 10º andar<br />

CEP 04039-030 - Vila Clementino<br />

São Paulo - SP<br />

Fone: 11 5084-1090<br />

Jornalista Responsável<br />

Silvio Rocha – MTB: 30375<br />

Departamento Comercial<br />

comercial@reparacaoautomotiva.com.br


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30<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

PALAVRA DE<br />

QUEM ENTENDE<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Diagnóstico: o que fazer com ele?<br />

Texto: Edson Roberto de Avila*<br />

Hoje vamos conversar de um assunto que nos traz situações<br />

e algo que sempre encontramos no nosso dia-a-dia, algumas<br />

dificuldades de se resolver logo de início.<br />

DIAGNÓSTICO, ESSE É O NOME, E DELE TEMOS<br />

A SOLUÇÃO<br />

E para se ter a solução existe o tempo técnico, ou seja, temos que ter o<br />

conhecimento, equipamento e mais equipamento e conhecimento, caso<br />

contrário teremos sim uma grande frustração em questão, não a solução.<br />

COMEÇO, MEIO E FIM É<br />

ASSIM QUE SE DEFINE<br />

O cliente chega até nós, RE-<br />

PARADORES, com o problema<br />

em seu veículo.<br />

Ele diz que o veículo está fazendo<br />

um barulho ou um ruído<br />

(ESTALO), que não é de sua<br />

normalidade, sendo que ele utiliza o veículo todos os dias, pois ele não<br />

ouvia esse no que ele se refere, está estranhando e trazendo preocupação.<br />

Prontamente, vamos com uma enxurrada de perguntas, mesmo porque<br />

senão as fizermos, abriremos um leque de (ACHISMO), e esse termo<br />

não se pode utilizar de nenhuma maneira, temos que ter ética e seriedade,<br />

comprometimento como a nossa profissão, e fazendo isso teremos e somaremos<br />

com todos aqueles parceiros reparadores que acreditam e fazem<br />

por onde para se existir no mercado da reparação.<br />

POR EXEMPLO, QUANDO SE DÁ O ESTALO?<br />

É quando vira para a direita ou para a esquerda, é quando passa em solavanco<br />

ou quando vai subir em algum ressalto de guia, quando entra em<br />

sua garagem, ou então, é quando esterça a direção com o veículo parado<br />

(QUANDO do SISTEMA de DIREÇÃO HIDRAÚLICA).<br />

Ou então, ele (CLIENTE) chega até nós e diz:<br />

Meu veículo está falhando, pasmem, e agora qual será o momento<br />

da falha do propulsor no qual ele se refere, e lá vamos nós com uma<br />

enxurrada de perguntas ao cliente, e não pensem vocês que esse procedimento<br />

é equivocado, veja seu cliente como seu parceiro, ele é o<br />

mais indicado para se dizer de onde vamos começar, se é quando o<br />

propulsor está em fase de aquecimento ou quando está totalmente<br />

com a temperatura ambiente ou temperaturas ambientes de funcionamento<br />

do propulsor em si, são várias situações e o cliente pode nos<br />

auxiliar e bastante nesse início de processo do diagnóstico.<br />

É, temos que colocar a nossa experiência em frequência com as<br />

informações que nos são dadas pelo cliente, esse é o caminho para se<br />

iniciar o processo de solução.<br />

Agora não pense que tudo que se viu e fez é via de regra, sempre é o<br />

mesmo defeito. Vejo sempre colegas dizendo que, quando chegou determinado<br />

veículo em seu departamento de manutenção, ele foi e fez o<br />

mesmo processo de um outro veículo com o mesmo ano, modelo, e olha<br />

só, não conseguiu trazer solução, sabem por quê?<br />

Simples: viu que como ele trouxe a solução no primeiro caso, imaginou<br />

que no segundo também seria o mesmo, e não sendo, já viu no que vai<br />

dar, entendeu, pessoal.<br />

Hoje temos mecânica, elétrica e eletrônica, todos os sistemas trabalhando<br />

juntos, para que se possa ter um ambiente limpo, mais agradável,<br />

seguro a todos os seres humanos, e essa situação está em nossas<br />

mãos, melhor dizendo, em nosso conhecimento, e através dele executar<br />

com procedimentos a determinada manutenção, mas isso é assunto<br />

para outra matéria.<br />

Hoje o assunto é técnica, diagnóstico em busca da solução, então vamos<br />

lá colocar nossa massa cefálica para trabalhar.<br />

Voltemos ao nosso segundo cliente, que chegou com o propulsor<br />

de seu veículo falhando, melhor dizendo, para ele estava falhando o<br />

propulsor, o indício seria de sem força de arrancada e consumo excessivo<br />

de combustível.<br />

Atente-se ao detalhe, ele não disse que o problema só aparece somente<br />

quando o veículo está aquecido, e está com carga ou não, disse somente<br />

que estava sem arrancada e consumo excessivo de combustível, pensem<br />

só na quantidade de tempo que seu diagnóstico vai levar.<br />

Pergunta: de que adianta ter equipamentos em nosso departamento se<br />

não temos o conhecimento de utilização, e se temos o conhecimento de<br />

utilização, de que resolve se não temos a técnica do conhecimento do determinado<br />

sistema, seja mecânico,<br />

elétrico ou eletrônico, é<br />

extensa a quantidade de informação<br />

que temos que ter para se<br />

ter e fazer um diagnóstico certeiro<br />

e com sucesso no momento<br />

de buscar a solução,<br />

trazendo benefícios ao nosso<br />

cliente e ao nosso departamento<br />

(CREDIBILIDADE ), isso tudo<br />

gira em torno do bom diagnóstico.<br />

Recentemente estive no departamento de um colega reparador em que<br />

ele estava com uma dificuldade de estabilizar o sistema de marcha lenta do<br />

propulsor de um veículo, não vou citar a marca porque a idéia é outra<br />

(DIAGNÓSTICO e SOLUÇÃO). Esse veículo já vinha se arrastando de<br />

outros departamentos de manutenção, essa foi a informação que o proprietário<br />

do veículo havia passado a ele, atente-se ao detalhe que foi citado<br />

lá atrás, nessa matéria, ele fez o procedimento de perguntar ao cliente em<br />

relação de quando surgiu o problema e qual foi, ao menos do conhecimento<br />

dele, as medidas tomadas para a solução, e através disso foi iniciado<br />

o processo de diagnóstico.


eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:36 PM Page 31<br />

www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

PALAVRA DE<br />

<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | QUEM ENTENDE 31<br />

Vamos lá, equipamento de diagnóstico do sistema eletrônico conectado<br />

ao veículo e vamos dar início à leitura, pronto! Temos uma<br />

porta aberta a informações de ordem eletrônica expostas à nossa frente<br />

e vemos tudo irregular. Então, por onde começar? Sabemos, e não<br />

podemos esquecer que a informação que a unidade de comando eletrônica<br />

recebe é de sensores, que por sua vez capta as informações de<br />

ordem mecânica do propulsor.<br />

Verificado todo o sistema de funcionamento mecânico do propulsor,<br />

sincronismo, etc., tudo certo na perfeita ordem, vamos para a eletrônica,<br />

tempo de injeção alterado (ATUADOR), leitura de depressão do coletor<br />

do sistema de admissão alterado (SENSOR), sensor de leitura do sistema<br />

de aceleração alterado (SENSOR), sinal do sistema de marcha lenta alterado<br />

(ATUADOR ). Vamos nos atentar a comentar que vários componentes<br />

haviam sido substituídos.<br />

Vejam, ferramentas de ordem mecânica utilizadas, equipamento<br />

de diagnóstico eletrônico utilizado e não se chegou à solução. Estamos<br />

no processo de diagnóstico, continuamos então, osciloscópio à mão<br />

para se ter certeza das informações que estavam na tela do computador<br />

eram para se dar crédito, e sim, eram reais, então vamos ao papel<br />

e lápis e colocar as informações e a nossa massa cefálica para trabalhar.<br />

Vejam, tenho as informações técnicas, tenho o conhecimento técnico<br />

do sistema operacional do veículo.<br />

Cheguei a uma conclusão e coloquei ao colega. Tenho alteração em<br />

tempo de injeção, alteração no valor de depressão, o valor alterado do sensor<br />

de posição do acelerador era simplesmente a regulagem do corpo (ME-<br />

CÂNICO), sim, aquele parafuso que nem sempre mexemos, agora regulado,<br />

o sinal do sensor voltou ao normal, e os demais?<br />

Conclusão: depois de uma verificação detalhada, viu se um pequeno<br />

fiapo dentro do sensor de leitura da depressão do propulsor,<br />

removido o fiapo, tudo voltou à sua ordem.<br />

O que se passou aqui, a todos, é que temos que nos atualizar em<br />

conhecimento e técnicas e auxílio em relação a equipamentos que<br />

existem no mercado para nos auxiliar no diagnóstico. Vejam nesse<br />

caso em si, houve uma soma para se poder chegar à solução, talvez<br />

alguns diriam: era só substituir o devido sensor, mas não somos trocadores<br />

de componentes, e sim reparadores responsáveis.<br />

Ei, pessoal, sabe aquele primeiro defeito que comentei, o que estava<br />

sem arrancada e consumo de combustível, (SISTEMA de EMBREA-<br />

GEM), os detalhes ficam para vocês raciocinarem, afinal temos essa responsabilidade<br />

de nos dar a solução aos problemas que batem à nossa porta.<br />

Então: ouvir o cliente, diagnosticar e dar solução.<br />

Até a próxima!<br />

* Diretor Responsável do Departamento Técnico de Manutenção Preventiva<br />

e Corretiva de Autos Mingau e presidente do Grupo GOE (Grupo<br />

de Oficinas Especializadas)


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DHB conquista medalha de<br />

bronze no PGQP<br />

Destaque entre as empresas premiadas pelo Programa<br />

Gaúcho de Qualidade e Produtividade <strong>2010</strong> (PGQP), a<br />

DHB Componentes Automotivos – fornecedora de produtos<br />

para montadoras de todo o Brasil e presente em<br />

mais de 20 países no exterior – recebeu a medalha de<br />

bronze pelo trabalho de aprimoramento do sistema de<br />

gestão, iniciado em 2009 e já certificado pelas ISO<br />

9001/14001/TS16949. A entrega do prêmio ocorreu<br />

no dia 20 de julho na Fiergs, em Porto Alegre (RS).<br />

Novas bombas d’água chegam ao mercado<br />

de reposição<br />

A Delphi Soluções em Produtos e Serviços dispõe<br />

ao mercado 20 novas bombas d’água que atendem<br />

a aplicações em modelos de veículos das<br />

plataformas Audi, Volkswagen, Fiat, Ford, General<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Motors, Mercedes-Benz, Renault, Hyundai, Mitsubishi,<br />

Suzuki e Chrysler. Produzido com materiais<br />

de alta qualidade e proporcionando melhor<br />

resistência e desempenho ao veículo, o lançamento proporcionou à<br />

Delphi a cobertura de mais de 70% da frota circulante da América do<br />

Sul, além de torná-la a única do mercado a oferecer soluções completas<br />

que variam desde bombas d’água, radiadores, condensadores e<br />

compressores, até aditivos.<br />

Cofap traz de volta o cachorrinho mais famoso<br />

do Brasil<br />

Conhecido como Cofapinho, o cão da raça Dachshund ficou famoso na<br />

campanha dos anos 80 e está de volta com o slogan “O melhor amigo do<br />

carro e do dono do carro”. As novidades são o formato em desenho animado<br />

e os spots que visam estimular a prática da verificação preventiva<br />

dos amortecedores. Com produção da W/Brasil, o Cofapinho reestreia em<br />

oito vinhetas de 10 segundos veiculadas em canais como ESPN, HBO e<br />

Globonews, além de exibidas em 44 salas de cinema.<br />

Seminário debate Segurança no Trânsito<br />

O seminário “Os Novos Desafios da Engenharia de Segurança<br />

Veicular”, organizado e promovido pela Associação<br />

de Engenharia <strong>Automotiva</strong> (AEA) – no dia 10 de agosto, no<br />

Millenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP) –<br />

levou a público palestras sobre segurança. Dentre as apresentadas,<br />

“A Correta Utilização do ABS – Segurança Ativa e<br />

suas Utilizações” foi ministrada por Carlos Gilbran, gerente<br />

de Marketing da Bosch, que esclareceu como os freios ABS<br />

funcionam e as maneiras corretas de usá-lo.<br />

Osram agita o mercado de tuning<br />

Uma das líderes mundiais em iluminação automotiva<br />

lança no Brasil a linha OSRAM X-RACER®<br />

COOL BLUE, com dois modelos de lâmpadas. A<br />

luz branca azulada é semelhante às lâmpadas de<br />

xenon e ainda conta com três diferenciais importantes:<br />

é cerca de 20% mais brilhante do que as<br />

opções convencionais do mercado nacional, dispensa<br />

o uso de relé auxiliar e está equipada com a<br />

consolidada tecnologia UV-STOP da OSRAM, capaz<br />

de filtrar a radiação ultravioleta e evitar o amarelamento da lente<br />

do farol. É importante ressaltar que os modelos H4 e H7 da série<br />

foram desenvolvidos em total conformidade com as normas internacionais<br />

ECE R37 e a Resolução CONTRAN 2<strong>27</strong>.<br />

Primeiro gerador flex do mundo é destaque<br />

na FIIEE<br />

O gerador de energia desenvolvido pela Grameyer e Jimenez<br />

equipado com motor da FPT - Powertrain Technologies, com<br />

tecnologia flex, foi apresentado pela primeira vez ao público na<br />

13ª Feira Internacional da Indústria Elétrica e Eletrônica<br />

(FIIEE), dentre os dias 10 e 13 de agosto no Expominas, em<br />

Belo Horizonte (MG). O protótipo é equipado com o novo motor<br />

E.torQ 1.8 16V, foi lançado recentemente e equipa veículos da<br />

linha 2011 da Fiat Automóveis, como o Punto e o Novo Idea.<br />

Utilizado no grupo gerador, o propulsor gera 70 KVA de energia<br />

e pode ser alimentado com etanol, gasolina ou a mistura dos<br />

dois, em qualquer proporção.<br />

Monroe lança novo catálogo de produtos<br />

A Monroe, uma das líderes mundiais no desenvolvimento<br />

e fabricação de amortecedores, acaba<br />

de lançar seu novo catálogo de produtos para o<br />

mercado de reposição. Com o layout reformulado,<br />

a edição é totalmente ilustrada e se destaca pela<br />

presença de dicas técnicas sobre os produtos. A<br />

lista foi atualizada com 25 inclusões para a Linha<br />

Leve, cinco para a Linha Pesada e duas para a<br />

Linha Rancho. O novo catálogo de produtos, que<br />

também está disponível na internet (www.sa-tenneco-automotive.com),<br />

permite ao usuário efetuar consultas online ou fazer o<br />

download do conteúdo em formato pdf.


eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 33<br />

Responsabilidade social com o meio ambiente<br />

Uma nova árvore plantada, a cada elevador automotivo comercializado.<br />

Este é o ponto de partida do projeto de responsabilidade socioambiental<br />

da Hidromar, indústria instalada em Londrina (PR) há 60 anos e com<br />

atuação em 22 estados brasileiros. A iniciativa já conta com parceiros<br />

como a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e o Viveiro Municipal de<br />

Londrina, órgão responsável pela formação das mudas das árvores que<br />

serão plantadas em praças públicas e em áreas urbanas que precisam<br />

de recuperação de mata ciliar, como a do fundo do vale Rio das Pedras.<br />

Inflação do carro em julho é de 0,60%<br />

Conforme apontam dados levantados pela<br />

Agência AutoInforme, a inflação cresceu<br />

0,60% no mês de julho. Enquanto no acumulado<br />

do ano o motorista teve um aumento<br />

de 0,85% nos gastos para rodar e<br />

fazer a manutenção preventiva do veículo.<br />

O estudo levantou, ainda, os preços de<br />

mais de 30 itens para a cesta de produtos e serviços, como peças<br />

de reposição e seguro, além dos combustíveis, e calcula o custo<br />

de cada um por quilômetro rodado. Em março e junho deste ano,<br />

houve deflação dos preços, o que contribuiu para a redução da inflação<br />

acumulada.<br />

Novo filtro Wix chega este mês aos distribuidores<br />

A partir deste mês, a Affinia começa a entregar aos seus distribuidores<br />

o novo produto da Wix. A linha – que já contava com filtros<br />

de combustíveis, de ar e de óleo – incorpora o filtro de cabine<br />

ao mix para atender à demanda do mercado de filtros automotivos.<br />

Trata-se de um componente vinculado à saúde respiratória do motorista,<br />

pois inibe a entrada de partículas do ar, como pó e fuligem,<br />

para dentro da cabine do veículo. Tudo isso com 95% de eficiência<br />

na capacidade de filtragem. Para mais informações,<br />

acesse www.wixfiltros.com.br.<br />

Honeywell comemora dez anos do primeiro<br />

motor brasileiro 1.0 turbo<br />

A Honeywell Turbo Technologies comemorou em sua fábrica instalada<br />

em Bonsucesso, Guarulhos (SP), dez anos do lançamento do<br />

turbo Garrett GT 12, utilizado no motor 1.0 dos automóveis Gol<br />

Turbo e Parati Turbo. O projeto fez do motor Volkswagen 16V a<br />

primeira ação efetiva do processo de downsizing, atualmente adotado<br />

pela indústria automobilística mundial para a redução das<br />

emissões de CO2 (dióxido de carbono). O motor 1.0 Turbo atingiu<br />

torque de 155 Nm, a 2.000 rpm, e potência de 112 cv, uma das<br />

mais elevadas do mundo para automóveis de passeio de produção<br />

em grande série, com níveis iguais a de motores 2,0 litros. Em<br />

termos de consumo de combustível, obteve 11,5 km/l em ciclo urbano<br />

e 16,5 km/l em ciclo rodoviário.<br />

MTE-Thomson lança Sensor Lambda<br />

Planar Universal<br />

Para completar a linha de Sensores Lambda, a<br />

MTE-Thomson lança o Sensor Lambda Planar Universal,<br />

cuja principal vantagem é o rápido aquecimento,<br />

se comparado ao Lambda Convencional<br />

(Finger), seu antecessor. O uso deste equipamento<br />

é recomendado quando não é possível encontrar<br />

a Lambda específica com o conector do<br />

veículo. Sua aplicação deve seguir à risca todas as<br />

recomendações do manual, que vem junto à embalagem.<br />

Para mais aplicações e produtos, consulte<br />

o catálogo online de peças no<br />

www.cattemperatura.mte-thomson.com.br ou faça o download pelo<br />

www.mte-thomson.com.br, na guia lateral “catálogos”.<br />

Linha Rodabrill: Agora na versão Tuning<br />

A Rodabrill Tuning chega às prateleiras<br />

de todo país com embalagem inspirada<br />

no design de utilitários esportivos. São<br />

quatro diferentes modelos que trazem os<br />

tradicionais produtos da marca, com<br />

preços que variam entre R$ 8 (Lava<br />

Autos, Lava Autos com Cera e Pneu<br />

Pretinho) e R$ 12 (Cera Líquida). Além de vendido separadamente,<br />

o produto também está disponível em kits com duas<br />

unidades, dentro de um caminhão cegonha. A nova linha estará à<br />

venda nos maiores varejistas de autopeças, centros automotivos,<br />

supermercados e lojas do ramo de todo o país.<br />

Cidades brasileiras adotam medidas para melhorar a<br />

qualidade do ar<br />

São Paulo deu o primeiro passo quando começou, em 2008, a realizar<br />

a inspeção veicular ambiental. A medida, que já reduziu as<br />

emissões de gases como o monóxido de carbono, apresentou bons<br />

resultados e passou a incentivar outras cidades do país. A partir de<br />

então, São Bernardo do Campo (SP) iniciou a inspeção veicular<br />

voluntária e gratuita nos veículos movidos a diesel e, em breve,<br />

Joinville representará a primeira cidade de Santa Catarina a fiscalizar<br />

e multar motoristas que transitam com veículos em desacordo<br />

com as leis ambientais e de trânsito.<br />

Turbos BorgWarner garantem presença na<br />

“Motores Melhores do Mundo”<br />

No primeiro semestre deste ano, 71 jornalistas de<br />

todo o mundo formaram o corpo de jurados da<br />

eleição do “Motor do <strong>Ano</strong>”, tradicional promoção de<br />

uma editora inglesa. Dentre os oito melhores motores,<br />

cinco possuíam turbo BorgWarner, ou seja,<br />

62,5% dos eleitos . No total, os turbocompressores<br />

BorgWarner estão os presentes nos motores premiados de 21<br />

modelos das montadoras Volkswagen, BMW, Audi, Cooper e Peugeot,<br />

com turbos que vão de 1,600 um 3,000 centímetros ³ de cilindrada.<br />

Mais de mil credenciados Bosch Service se reúnem<br />

em Salvador<br />

Entre os dias 16 e 19 de agosto, a Bosch reuniu no hotel IberoStar,<br />

em Salvador (BA), seus mais de mil credenciados à Rede Bosch Car<br />

Service, Truck Service e Bosch Diesel Center de todo o Brasil.<br />

Realizada a cada dois anos, a convenção busca levar aos participantes<br />

o que há de novo em manutenção automotiva, e também<br />

conhecimentos sobre gestão de empresas, atendimento ao cliente,<br />

comercialização, administração e marketing. Este ano, a Bosch<br />

propôs palestras com a apresentação de diferentes cases: o sucesso<br />

da Azul linhas aéreas, a nova visão da rede de postos Ipiranga<br />

(Rodo Rede) e as oportunidades de negócio do mercado brasileiro.<br />

NGK realiza palestras na oficina do<br />

“Lata Velha”<br />

A NGK, fabricante e especialista em velas de<br />

ignição e sensores de oxigênio, em parceria<br />

com o Centro Automotivo Garage 59 – produtora<br />

oficial dos carros do Lata Velha,<br />

quadro do programa Caldeirão do Huck, da<br />

Rede Globo – está realizando uma série de<br />

palestras técnicas para mecânicos e profissionais<br />

do setor. Com periodicidade mensal, o curso oferece<br />

dicas de como prevenir possíveis problemas nos sensores de<br />

oxigênio, velas, cabos de ignição, dentre outros esclarecimentos.<br />

O próximo curso será no dia 26 de agosto, em São<br />

Paulo (SP). Para mais informações: 0800 197 112.


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34<br />

PALAVRA DE<br />

QUEM ENTENDE<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Vectra 2.2, ano 2001 Turbo com módulo de<br />

Injeção Eletrônica Autronic SM 2<br />

funcionando com álcool hidratado<br />

FOTOS: Jł ROCHA / DIVULGAÇ‹O<br />

BREVE RELATO SOBRE A UNIDADE DE INJEÇ‹O ELETRłNICA UTILIZADA<br />

Após ler e experimentar vários tipos de preparação de motores<br />

turbo, tais como: bicos refurados (retrabalhados), clamper<br />

para M.A.P., reguladores de pressão com ajuste, etc., resolvi<br />

utilizar uma unidade de injeção eletrônica inteiramente reprográmavel,<br />

partir para vários contatos por telefone, e-mail e outros, mundo<br />

afora, na tentativa de descobrir qual a melhor unidade reprogramável<br />

à venda. Em meados de 2001 consegui adquirir uma unidade SM 2,<br />

da Autronic.<br />

Com a unidade na mão, parti para estudar a mesma e saber como<br />

poderia tirar o maior proveito de toda a sua capacidade.<br />

Só para que vocês possam quantificar a capacidade dessa unidade<br />

com relação à programação e uso, vou citar algumas:<br />

1 - Podem ser usadas em motores de 1 a 16 cilindros.<br />

2 - Podem funcionar em motores de 4 ou 2 tempos.<br />

3 - Podem controlar pressão de turbo em função de rotação e da<br />

temperatura do motor. Por exemplo, a 3000 rpms, quero 1,2 kg de<br />

pressão de turbo, mais a 6000 rpms, quero 0,8kg de pressão, mais isso<br />

só irá ocorrer caso a temperatura da água seja superior a 70 graus,<br />

abaixo desse valor manter a pressão de turbo em 0.4kg serve para proteger<br />

o motor na fase fria de funcionamento ou não deixar a pressão<br />

passar de 0,4kg, se a temperatura subir acima de 110 graus.<br />

4 - Podem acionar a função Anti-Lag, (um sistema no qual a<br />

unidade atrasa o ponto e enriquece a mistura, mantendo dessa forma<br />

uma grande quantidade de ar aquecido para com isso diminuir o<br />

atraso (lag) do turbo nas retomadas de aceleração e soltar as formidáveis<br />

labaredas de fogo e estampidos na descarga).<br />

Texto: José Augusto Miranda*<br />

5 - Podem acionar o eletroventilador de arrefecimento na temperatura<br />

desejada pelo preparador, por exemplo, ligar aos 95 e desligar<br />

aos 90 graus centrigados em função do sinal do sensor de temperatura<br />

da água (saída - fan cooler).<br />

6 - Podem modificar o valor do tempo de injeção de cilindro<br />

para cilindro (útil quando existem variações do coletor de admissão<br />

ou rendimento diferente entre cilindros ou temperaturas<br />

de descarga).<br />

7- A unidade acima descrita possui no seu interior um M.A.P.<br />

com capacidade de medir depressão e pressão 0 até 3bar, com isso<br />

pode ser usada em carros aspirados ou turbos, sendo necessário ligar<br />

uma mangueira após a borboleta para que a unidade leia essas informações<br />

(carga do motor).<br />

8- Podemos determinar o valor da mistura em cada faixa de<br />

rotação e carga do motor e analisar o que está acontecendo, fazendo<br />

um Datalogging - a unidade acumula dados de carga do motor, depressão<br />

ou pressão no coletor de admissão, valor lido no M.A.P. interno<br />

da unidade, rotação, posição de borboleta, temperatura da<br />

água e do ar do motor, mistura, valor programado na unidade de injeção<br />

e valor lido pela sonda colocada no escape durante o processo<br />

de ajuste do motor, tempo de injeção, ângulo final de injeção, ângulo<br />

de avanço de ignição, etc. Mostrando tudo isso para o preparador<br />

em forma de gráfico.<br />

9 - Utilizando a mesma com um motor de quatro cilindros,<br />

controla todas as funções até 16000rpms. E muito mais.<br />

10 - Partida a frio do motor, compensa rotação de marcha lenta e<br />

corrige a mistura enriquecendo para facilitar o funcionamento do<br />

motor nessa condição (função afogador), etc.<br />

Obs: Essas unidades de injeção eletrônica mais famosas, Autronic, Motec,<br />

Haltech, Xede, e outras tantas, são todas fabricadas na Austrália, acho eu que<br />

isso aconteceu em função do filme Mad Max (rs).<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

PALAVRA DE<br />

<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | QUEM ENTENDE 35<br />

FOTOS: Jł ROCHA / DIVULGAÇ‹O<br />

PARTINDO PARA A INSTALAÇÃO<br />

PROPRIAMENTE DITA<br />

Primeiro passo é a colocação de dois sensores HALL, um no<br />

eixo de manivelas que irá gerar dois pulsos a cada volta do motor e<br />

outro no eixo do comando de válvulas para gerar um pulso a cada<br />

duas voltas do eixo de manivelas (motor).<br />

Os sensores escolhidos foram os da WV usados no gol geração <strong>III</strong>,<br />

tendo sido feita uma polia de alumínio com dois pinos separados a<br />

180 graus de distância para sensibilizar o sensor quando passar pelo<br />

mesmo, montada internamente na polia do eixo<br />

de manivelas. O suporte para o sensor tem<br />

furos oblongos para ajustar o valor do ponto do<br />

motor com o valor setado na unidade de injeção<br />

(avanço), por exemplo, foi setado 10 graus de<br />

avanço inicial na unidade de injeção, com a pistola<br />

de ponto e usando a graduação feita na<br />

polia de alumínio verificamos o ponto real e a<br />

partir desse valor ajustamos a posição do sensor<br />

(como se fôssemos colocar um carro no ponto<br />

SENSOR DE ROTAÇ‹O<br />

usando o distribuidor).<br />

Para o eixo do comando de válvulas foi usinada uma polia de ajuste na<br />

qual um dos parafusos de fixação sai na parte de trás da mesma e passa na<br />

frente do sensor instalado na capa da correia dentada logo à frente da tampa<br />

de óleo do motor.<br />

Esse sensor e utilizado pela unidade para realizar a injeção de combustível<br />

em fase com a abertura da válvula de admissão.<br />

Injeção sequencial de combustível.<br />

O sensor de temperatura do ar<br />

de admissão foi colocado logo após<br />

o intercooler o mais próximo possível<br />

da borboleta para podemos ter<br />

a temperatura mais fiel possível do<br />

ar admitido, o mesmo acompanha o<br />

SENSOR DE FASE<br />

kit de instalação da unidade de injeção<br />

eletrônica, pois se trata de um sensor especialmente fabricado<br />

com tempo de resposta de leitura extremamente rápido.<br />

O sensor de temperatura da água<br />

é o mesmo utilizado no Vectra 2.2,<br />

ano 2001(a unidade funciona com<br />

sensor de temperatura Bosch comum<br />

disponível no nosso comércio).<br />

SENSOR DA TEMPERATURA DA ˘GUA<br />

SENSOR DE TEMPERATURA DO AR<br />

O potenciômetro de borboleta<br />

(TPS) utilizado é o mesmo do carro<br />

original, a unidade de injeção tem<br />

um procedimento de aprendizado<br />

que quando executado determina o 0<br />

e os 100% de abertura da borboleta.<br />

Na próxima edição, a continuação desta matéria.<br />

* Proprietário, projetista e sócio da Charger, do Rio de Janeiro (RJ)<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Inspeção Ambiental Veicular:<br />

oportunidade e desafio<br />

ARTIGO<br />

35<br />

*Texto: César Samos<br />

Apesquisa realizada pelo<br />

SINDIREPA-SP – Sindicato<br />

da Indústria de Reparação<br />

de Veículos e Acessórios do<br />

Estado de São Paulo, em 50 oficinas<br />

divididas por regiões (centro, norte,<br />

sul, leste e oeste) da cidade de São<br />

Paulo revela que 54% motoristas só<br />

levam os veículos para revisão após<br />

os mesmos serem rejeitados/reprovados<br />

na inspeção ambiental veicular,<br />

22% disseram que fazem uma<br />

revisão pré e 24% afirmaram que vão<br />

ao mecânico de confiança antes e depois<br />

da inspeção.<br />

Isso mostra que o brasileiro ainda<br />

não tem o hábito da prevenção.<br />

Contudo, a inspeção tem mostrado<br />

uma mudança de comportamento<br />

dos donos dos veículos que são obrigados<br />

a fazerem a manutenção<br />

quando é identificado algum problema<br />

no carro. Apesar de não se<br />

sentirem à vontade com a situação,<br />

eles sabem que precisam cuidar melhor<br />

do veículo a partir de agora. Portanto,<br />

cabe ao reparador orientá-los<br />

sobre esse assunto. Mais do que<br />

nunca é necessário informar o<br />

cliente e explicar todas as possibilidades<br />

que podem ocorrer na inspeção.<br />

O mecânico de confiança deve<br />

ser o porto seguro do seu cliente que<br />

está desinformado e assustado com<br />

essa nova medida.<br />

Essa dedicação exige esforço permanente<br />

do reparador em mostrar<br />

os benefícios da inspeção ao cliente<br />

que, num primeiro momento, se<br />

parece insatisfeito.<br />

O mecânico jamais deve reclamar<br />

da medida com o seu cliente,<br />

pelo contrário, é ele quem deve<br />

mudar o conceito do motorista que,<br />

por falta de conhecimento, não consegue<br />

enxergar o lado positivo da<br />

inspeção que pode melhorar a qualidade<br />

do ar, reduzir o consumo de<br />

combustível e garantir a diminuição<br />

de doenças respiratórias causadas<br />

pela poluição. Quando há o entendimento<br />

de todo o contexto fica mais<br />

fácil aceitar a mudança que mexe<br />

com o lado sensível do consumidor:<br />

o bolso.<br />

O SINDIREPA-SP acaba de<br />

criar a Comissão de Avaliação da Inspeção<br />

Veicular Ambiental do Município<br />

de São Paulo justamente para<br />

que o setor de reparação de veículos<br />

discuta questões e esclareça dúvidas<br />

sobre a inspeção ambiental veicular.<br />

*Diretor técnico do SINDIREPA-<br />

SP – Sindicato da Indústria de Reparação<br />

de Veículos e Acessórios do<br />

Estado de São Paulo – e sócio da<br />

Oficina Mecânica do Gato


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36<br />

LANÇAMENTO ARTIGO<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong><br />

O Idea mudou<br />

Motores E.torQ, nova frente, lanternas com LED’s,<br />

são algumas das novidades incorporadas à segunda<br />

geração do monovolume fabricado pela Fiat<br />

A ameaça dos<br />

produtos piratas<br />

*Texto: Antônio Carlos Bento<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Dia 30 de julho, no Guarujá (SP), a Fiat Automóveis mostrou<br />

para a imprensa especializada brasileira e da América<br />

Latina o Novo Idea. A versão de entrada agora tem a designação<br />

Attractive. Ela é equipada com o propulsor 1.4 8V Flex,<br />

com 80 cv (Gasolina) / 81 cv (Etanol) e 12,2 kgfm (G) /12.4 kgfm<br />

(E) de torque disponíveis a 2.250 rpm.<br />

A fabricante também incorporou ao modelo a nova família de motores<br />

E.torQ: 1.6 16V (115 cv (G) / 117 cv (E)- Torque de 16,2 kgfm<br />

(G / 16,8 kgfm (E) a 4.500 rpm) e 1.8 16V (130 cv (G) / 132 cv (E)-<br />

Torque de 18,4 kgfm (G) / 18,9 kgfm (E) a 4.500 rpm).<br />

Os propulsores foram desenvolvidos pela engenharia da FPT - Powertrain<br />

Technologies, sendo que o E.TorQ é fabricado no Paraná e o<br />

Fire em Minas Gerais.<br />

Não foram feitas alterações na arquitetura do veículo, as versões<br />

equipadas com os propulsores 1.6 16V e 1.8 16V receberam nova calibragem<br />

na suspensão, por causa da diferença de peso entre os motores.<br />

No visual, a frente teve o capô, para-choque e grade dianteira redesenhados,<br />

ela ficou mais arredondada. A traseira ganhou tampa com<br />

aerofólio integrado e um novo vidro posterior, o para-choque traseiro<br />

segue a forma do dianteiro. E a principal novidade é a inclusão das lanternas<br />

traseiras com sistema de iluminação por LEDs e guias de luz,<br />

desenvolvido pela Magneti Marelli, que também fornece o câmbio automatizado<br />

Dualogic.<br />

A versão Attractive (1.4 8V Fire) tem preço sugerido de R$ 43.590.<br />

Com acabamento Essence (1.6 16V) o valor sugerido é de R$ 45.610<br />

(câmbio manual) e R$ 47.720 (Dualogic), desde o modelo de entrada<br />

o ar-condicionado é opcional. A Fiat adicionou a versão de acabamento<br />

Sporting no mix de produtos, a qual usa o propulsor E.TorQ 1.8 16V,<br />

ao preço de R$ 54.280 (câmbio manual) e R$ 56.390 (Dualogic), neste<br />

caso o ar-condicionado é de série.<br />

E a Adventure equipada com motor E.TorQ 1.8 16V, câmbio manual,<br />

custa R$ 56.900, com a transmissão automatiza Dualogic o valor<br />

cobrado é de R$ 59.010.<br />

A expectativa da Fiat é de comercializar mensalmente uma média<br />

de 2.400 unidades do Novo Idea.<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Apirataria é um problema mundial. Essa prática existe em<br />

países desenvolvidos também e envolve vários setores da<br />

economia. Os criminosos atuam quando encontram facilidades.<br />

Por isso, é importante fechar o cerco. Na Europa, há uma<br />

prática de falsificar uma embalagem fazendo mudanças cosméticas<br />

no nome da empresa, mas que nos iludem numa primeira “olhada”.<br />

As cores da empresa são as mesmas, a logomarca é muito parecida<br />

e feita de forma a nos enganar.<br />

Não dá para generalizar até porque há muitas falsificações tão bem<br />

feitas que podem enganar até mesmo o mais experiente dos mecânicos.<br />

No entanto, acredito que a grande maioria dos mecânicos experientes<br />

desconfia sim, uma vez que os preços desses produtos são muito baixos,<br />

quando comparados com o produto de origem comprovada. Todo o<br />

esforço do GMA – Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong> – está na direção<br />

de convencer o mecânico sobre a importância do seu papel ao escolher<br />

uma peça para o seu cliente, ganhando com merecimento a fidelidade<br />

do seu cliente.<br />

Por isso, deve ficar atento e não se iludir com preços muito abaixo<br />

do mercado. Não existe milagre. Para se proteger, deve procurar uma<br />

loja de autopeças conhecida e devidamente estabelecida. Também deve<br />

exigir a nota fiscal do produto e apresentar ao seu cliente. Optar por<br />

marcas conhecidas e de qualidade. Orientar o cliente quando o mesmo<br />

traz uma peça que parece de origem duvidosa e não colocá-la no veículo<br />

em caso de suspeita.<br />

Comercializar produto falsificado como verdadeiro ou perfeito,<br />

mercadoria falsificada ou deteriorada, incide em diversos crimes, como<br />

fraude no comércio, artigo 175 do Código Penal, cuja pena é fixada de<br />

seis meses a dois anos de prisão ou multa, bem como crime contra relação<br />

de consumo, artigo 7º da Lei 8.137/90, com pena de dois a cinco<br />

anos de detenção ou multa; crime de sonegação fiscal, tipificado na Lei<br />

4.729/65, com pena de seis meses a dois anos e multa de até cinco vezes<br />

o valor do tributo.<br />

O assunto é sério e o GMA está criando uma central de inteligência<br />

e disque-denúncia para coibir a comercialização de peças piratas e<br />

falsificadas. O Sindipeças criou um grupo de estudo para criar a certificação<br />

compulsória acreditada pelo INMETRO de vários componentes.<br />

Isso representa um grande avanço e uma enorme barreira para<br />

a entrada de produtos de origem duvidosa e que não atendem às mínimas<br />

especificações exigidas pelas montadoras.<br />

É necessário fechar o cerco contra essas ações criminosas que<br />

podem colocar em risco a vida de milhares de pessoas. Mas, nunca é<br />

demais lembrar que, conscientização, ética e cidadania, sempre farão a<br />

diferença no combate a essa prática. O cidadão não deve fazer concessões<br />

de nenhum tipo à sua consciência relevando práticas que possam<br />

parecer inofensivas, mas não são.<br />

*Coordenador do GMA – Grupo de Manutenção <strong>Automotiva</strong>


FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

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eparacao<strong>27</strong>novo_Layout 1 8/19/<strong>2010</strong> 2:37 PM Page 38<br />

38 TÉCNICA<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Partida a frio<br />

Texto: Antonio Gaspar Oliveira *<br />

No início, na década<br />

de 80, os carros movidos<br />

a álcool tinham<br />

dificuldades nas partidas<br />

nas manhãs frias. Bastava apertar<br />

um botão para que a gasolina<br />

fosse injetada, o carro<br />

pegava e o problema estava<br />

resolvido.<br />

O sistema era composto<br />

por um reservatório de gasolina,<br />

uma bomba elétrica, um<br />

tubo de três vias no formato de<br />

um “T” e mangueiras.<br />

Com a melhora do sistema,<br />

foi instalada válvula de três<br />

vias, sensor de temperatura e<br />

passou a ser temporizado, ou<br />

seja, enquanto o motor de partida<br />

estivesse funcionando, a<br />

injeção de gasolina também<br />

estaria funcionando.<br />

Continuando a evolução,<br />

chegamos ao sistema flex, original<br />

de fábrica, que reúne tecnologia<br />

na eletrônica<br />

embarcada e melhoria na eficiência<br />

do motor para funcionar<br />

com gasolina, álcool ou<br />

mistura dos dois combustíveis.<br />

Curiosamente, a eletrônica<br />

deveria ajudar e está ajudando,<br />

mas não resolve tudo e a consequência<br />

são mais carros nas<br />

oficinas com problema de partida<br />

nas frias manhãs.<br />

Muitos problemas poderão<br />

ser resolvidos na oficina, como<br />

verificação do sistema que<br />

pode estar com gasolina muito<br />

velha, a bomba não funciona,<br />

sensor de temperatura com<br />

defeito, cabos e velas de ignição.<br />

Motores com problemas<br />

de regulagem ou assentamento<br />

de válvulas, veículos que a<br />

FOTO: JOSÉ NASCIMENTO<br />

mistura “AF” ar/combustível<br />

altera (álcool 9:1, nove partes<br />

de ar por uma de combustível<br />

e gasolina 13,3:1), e para aqueles<br />

que colocam um pouquinho<br />

de gasolina misturada<br />

no álcool achando que a partida<br />

será mais fácil, terá uma<br />

surpresa, pois, em dias com<br />

temperaturas mais baixas, o<br />

sistema inibe a partida a frio.<br />

O sistema de gerenciamento<br />

da injeção eletrônica do<br />

automóvel pode ter leituras<br />

que podem induzir ao erro de<br />

informação sobre o combustível<br />

que está no tanque, e por<br />

causa desta falha, a partida<br />

a frio também não será<br />

acionada.<br />

Até quando o óleo lubrifi-<br />

cante não é trocado<br />

por período longo<br />

e que está contaminado<br />

pelo combustível,<br />

pode<br />

ocorrer erro. Isso<br />

acontece porque os<br />

gases do óleo são<br />

queimados e a<br />

sonda lambda faz a<br />

leitura que pode<br />

provocar uma indicação<br />

errada para o<br />

sistema de injeção, inibindo a<br />

partida a frio.<br />

Em determinados casos, é<br />

necessário até recorrer à concessionária<br />

para fazer o telecarregamento,<br />

pois, do contrário,<br />

não é possível resolver o problema<br />

de partida a frio.<br />

MUITOS PROBLEMAS SOBRE PARTIDA A FRIO PODEM SER RESOLVIDOS NAS OFICINAS<br />

*Diretor técnico do Sindirepa-SP<br />

(Sindicato da Indústria<br />

de Reparação de<br />

Veículos e Acessórios do Estado<br />

de São Paulo)


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40 TÉCNICA<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Princípios da filtração do ar<br />

Entenda o processo de filtração do ar nos veículos leves e qual sua importância<br />

para o funcionamento dos motores de ciclo Otto<br />

Texto: Rodrigo Malagutti Pereira*<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Filtragem significa a ação de um meio que impossibilita a passagem<br />

de uma substância indesejada. A diferença entre o tamanho<br />

da partícula contaminante do meio ambiente e a<br />

capacidade de retenção do filtro estabelece o princípio fundamental<br />

sobre a filtração do ar ou líquidos.<br />

Exemplos:<br />

Filtração do Ar, Óleo e Combustível<br />

IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE FILTRAÇÃO<br />

O filtro automotivo é um componente integrante do veículo,<br />

cuja finalidade é reter as partículas contaminantes insolúveis no<br />

fluido ou ar, nocivas ao sistema.<br />

A retenção dos contaminantes realiza-se através de um dispositivo<br />

(filtro) que usa meio poroso para remover ou separar partículas<br />

contaminantes através de um processo mecânico ou físico, por intermédio<br />

de um meio filtrante que pode ser de tela, algodão, lã,<br />

poliéster, feltro, fibras, papel, etc.<br />

Filtração Líquida<br />

POR QUE OS FILTROS SÃO IMPORTANTES?<br />

O contínuo desenvolvimento dos motores tem exigido que os<br />

óleos lubrificantes trabalhem sob severas condições de aplicação,<br />

tornando necessário o uso de sistemas de lubrificação e filtração<br />

mais eficientes e que proporcionem aos motores e seus componentes<br />

uma vida útil mais prolongada. Devido à presença de substâncias<br />

poluentes em suspensão no ar, de impurezas e corpos estranhos<br />

existentes no combustível e de minúsculas partículas produzidas<br />

pelo desgaste normal das peças do motor, os filtros de ar, combustível<br />

e óleo são de uma importância fundamental, evitando a entrada<br />

de partículas contaminantes no sistema, evitando danos aos<br />

componentes do motor.<br />

Amostras de Filtros<br />

De acordo com as figuras acima, durante o processo de filtração,<br />

encontramos a presença de contaminantes. Estes contaminantes<br />

são substâncias indesejadas que podem afetar o motor do veículo.<br />

*Engenheiro e supervisor de assistência técnica da Sogefi<br />

Filtration do Brasil, fabricante dos filtros FRAM


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42<br />

LANÇAMENTO ARTIGO<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong><br />

FOTOS: JOSÉ NASCIMENTO<br />

Chinês, compacto<br />

e completo<br />

Face é o novo modelo da Chery Motors que chega<br />

para disputar o segmento de entrada, ele vem<br />

equipado com ar-condicionado, direção hidráulica,<br />

air bag e ABS/EBD<br />

Texto: Edison Ragassi<br />

Em 6 de agosto, a fabricante chinesa de veículos Chery mostrou<br />

para a imprensa especializada, em Itu (SP), o compacto Face.<br />

Seu principal atrativo é o preço sugerido para venda de<br />

R$ 31.900.<br />

O compacto é equipado com motor ACTECO de 1.300 cc, 16<br />

válvulas, com duplo comando tipo DOHC e curso dos pistões mais<br />

longo que o diâmetro dos cilindros. Desenvolvido em parceria tecnológica<br />

entre a fabricante chinesa e a indústria austríaca AVL, o propulsor<br />

1.3L entrega 84 cv de potência a 5.750 rpm e torque de 12,4<br />

kgfm disponíveis entre 3.500/ 4.500 rpm.<br />

A suspensão dianteira é do tipo McPherson independente, a traseira<br />

é de braço vertical dependente e uma barra estabilizadora<br />

transversal.<br />

Usa freios a disco ventilados nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras<br />

com sapatas de frenagem de alta performance.<br />

Como item de série, o carro é equipado com ABS que ajuda a<br />

manter o controle da direção reduzindo e o travamento das rodas durante<br />

uma frenagem e EBD, que regula a força da frenagem aplicada<br />

proporcionalmente nas rodas dianteiras e traseiras.<br />

O Face ainda sai de fábrica com air bag para motorista e passageiro,<br />

retrovisores, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, sensor de<br />

marcha ré, computador de bordo, sistema de som com entrada de<br />

MP3, entre outros itens.<br />

A Chery trabalha no desenvolvimento do motor flex fuel para os<br />

modelos comercializados no Brasil,<br />

e também na implantação de uma<br />

fábrica, para atender o mercado nacional<br />

e América Latina.<br />

Certificada e em<br />

constante evolução<br />

*Texto: Ingo Pelikan<br />

Não é possível falar em certificação de oficinas de reparação<br />

sem envolver todas as empresas que participam da cadeia<br />

automotiva. Para colher os benefícios do Selo da Qualidade,<br />

como o oferecido pelo IQA - Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>,<br />

as oficinas precisam trabalhar em sincronia, com sistema,<br />

processo, produto e serviço de qualidade, pois este conjunto permite<br />

oferecer ao cliente um serviço de excelência.<br />

O foco de toda a certificação tem como base fundamental o cliente.<br />

Então, ao focar o cliente, as oficinas certificadas passam por um processo<br />

de mudança estrutural, a começar pelo atendimento, organização<br />

e a limpeza do ambiente. Além disso, focar na satisfação dos consumidores<br />

também significa que se deve buscar constantemente a eficácia<br />

nos resultados e ser eficiente em todos os aspectos. Além disso, a empresa<br />

precisa agregar valor ao que faz, um diferencial para garantir a<br />

credibilidade do serviço e fidelidade dos clientes.<br />

A grande vantagem da certificação é que a empresa pode combater<br />

as causas dos problemas organizacionais, avaliando os métodos de gerenciamento<br />

dos seus negócios. Com a certificação, é possível organizar<br />

a estrutura, melhorar o negócio e gerar benefícios. Além destes<br />

aspectos, outro efeito positivo é que a empresa tem a chance de reduzir<br />

seus custos, ao eliminar desperdícios e agilizar processos. O resultado<br />

é que o cliente fica feliz, porque as boas mudanças refletem<br />

lá na ponta e o consumidor poderá até obter um serviço superior com<br />

custos menores.<br />

Mas estar certificado não significa que você, empresário da reparação,<br />

não deva se preocupar com mais nada, e que seu espaço no mercado<br />

estará garantido no futuro próximo. A empresa tem um diferencial<br />

ante a concorrência - isto é fato, mas não se deve nunca cruzar os braços.<br />

Justamente por estar à frente é que se deve evitar a estagnação, porque<br />

o mercado evolui muito rápido e, para garantir e conquistar a<br />

clientela, a empresa não pode parar de investir.<br />

A certificação tem validade de dois anos e precisa ser renovada pelo<br />

reparador para que não perca o efeito. Após esse período, a oficina deve<br />

manter sempre atualizada as suas operações, dando continuidade ao<br />

processo de melhoria contínua, bem como às pesquisas de satisfação<br />

dos clientes. Em outras palavras, buscar sempre o melhor!<br />

Além disso, é importante e necessário que a certificação seja estendida<br />

a todos os elos que compõe a cadeia automotiva, começando pelas<br />

montadoras, concessionárias, autopeças, distribuidores de autopeças<br />

até chegar às lojas de serviços. A soma de tudo isso é um atendimento<br />

final de qualidade. A certificação traz bons resultados para a empresa,<br />

mas requer controles constantes da qualidade.<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

*Diretor do IQA -<br />

Instituto da Qualidade <strong>Automotiva</strong>


FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

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44 TÉCNICA<br />

FOTOS: DIVULGAÇ‹O<br />

Bobinas ou Magnetos do sistema de<br />

embreagem dos compressores de<br />

ar-condicionado automotivo<br />

Texto: Mario Meier Ishiguro*<br />

As bobinas ou magnetos são eletroímãs, que quando recebem<br />

tensão (12 ou 24 volts), são utilizadas nos sistemas de<br />

embreagem eletromagnética de muitos compressores de<br />

ar-condicionado automotivo.<br />

Quando excitadas com 12 ou 24 volts, criam uma indução magnética,<br />

e fazem a aproximação do<br />

platô (espelho, cubo ou campana) de<br />

embreagem contra a polia conduzida<br />

do compressor.<br />

As bobinas 12 volts têm uma resistência<br />

por volta de 3 a 5 ohms a<br />

20°C e um consumo de corrente de<br />

cerca de 2,5 a 4,5 ampéres.<br />

Quando há o aquecimento demasiado da bobina, ela pode<br />

derreter o verniz isolante dos fios do enrolamento, assim baixando<br />

seu isolamento, ela pode entrar em curto e queimar.<br />

Geralmente a bobina queima por fatores externos, como tensão<br />

maior que a normal ou aquecimento demasiado, causado por falta<br />

de arrefecimento no condensador ou até mesmo um filtro secador<br />

saturado (ASTRA é comum).<br />

Se o rolamento da polia do<br />

compressor estiver ruidoso, com<br />

desgaste, certamente vai gerar<br />

maior aquecimento, o que poderá<br />

afetar a durabilidade da bobina,<br />

além é claro das vedações<br />

do compressor também.<br />

Ligação na escala de<br />

200ohms para medir a resistência<br />

de uma bobina.<br />

Se a resistência ôhmica da bobina for baixa, a bobina tende a<br />

entrar em curto e queimar.<br />

Algumas bobinas possuem dispositivos de proteção contra a temperatura,<br />

um sensor que se exposto a cerca de 110°C abre um contato<br />

e interrompe a corrente para o bobinado até que a temperatura baixe,<br />

uma espécie de disjuntor.<br />

| <strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

Detalhe da bobina<br />

CVC com o termofusível<br />

(180°C)<br />

Muitos compressores possuem diodos junto às bobinas, para<br />

evitar um pico de corrente no relé, ao desligar a bobina. Quando<br />

o chicote da bobina está rompido e nova ligação é feita, se a polaridade<br />

for invertida, pode queimar o diodo, CUIDADO!<br />

(Na bobina do compressor CVC, de um lado fica o diodo (na<br />

entrada dos fios) e do outro fica o termofusível).<br />

O correto é procurar a causa<br />

deste aquecimento, pois a falta<br />

de arrefecimento, por um problema<br />

elétrico no eletroventilador,<br />

pode ocasionar sobrecarga e<br />

temperaturas altas no compressor,<br />

o que leva à queima<br />

da bobina.<br />

Detalhe da bobina do compressor aquecida pelo atrito<br />

com a polia PAJERO 95<br />

O isolamento baixou e esta bobina pode entrar em<br />

curto (queimar).<br />

Detalhe de uma bobina e<br />

um rolamento danificado<br />

ZEXEL<br />

Algumas bobinas até podem<br />

ser reparadas, fazendo-se novo<br />

enrolamento em oficinas especializadas.<br />

Mas o recomendado<br />

é trocar por peça nova.<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Detalhe de uma bobina<br />

SANDEN SCROLL com<br />

disjuntor térmico<br />

Alguns compressores já não utilizam embreagem eletromagnética,<br />

dispensando o uso de bobinas de embreagem, assunto<br />

para uma outra edição.<br />

*Proprietário da Ishi Ar-condicionado Automotivo.<br />

www.ishi.com.br


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www.reparacaoautomotiva.com.br<br />

<strong>Agosto</strong> de <strong>2010</strong> - Edição <strong>27</strong> | MERCADO 45<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Inspeção Ambiental Veicular<br />

Pesquisa do SINDIREPA-SP aponta os serviços mais realizados nas oficinas. A<br />

maioria (54%) dos motoristas só procura as oficinas após ter o seu veículo<br />

rejeitado/reprovado na inspeção ambiental da cidade de São Paulo<br />

Oestudo realizado pelo<br />

SINDIREPA-SP – Sindicato<br />

da Indústria de<br />

Reparação de Veículos e Acessórios<br />

do Estado de São Paulo, em 50 oficinas<br />

divididas por regiões (centro,<br />

norte, sul, leste e oeste) da cidade de<br />

São Paulo revela que 54% motoristas<br />

só levam os veículos para revisão após<br />

os mesmos serem rejeitados/reprovados<br />

na inspeção ambiental veicular,<br />

22% disseram que fazem uma revisão<br />

pré e 24% afirmaram que vão ao<br />

mecânico de confiança antes e depois<br />

da inspeção.<br />

A pesquisa revelou que os principais<br />

serviços executados em veículos<br />

de passeio para pré e pós-inspeção<br />

Texto: Redação<br />

ambiental veicular são:<br />

Descarbonização (limpeza do<br />

sistema de injeção eletrônica e lubrificação<br />

para a retirada de<br />

resíduos acumulados em áreas internas<br />

do motor);<br />

Revisão do cabeçote;<br />

Revisão do carburador;<br />

Revisão completa (verificação do<br />

sistema alimentação, escapamento,<br />

motor, sistema de ig<br />

nição, suspensão, freio e direção);<br />

Revisão do sistema de injeção<br />

eletrônica;<br />

Revisão do sistema de escapamento<br />

(catalisador – troca ou colocação);<br />

Sonda lambda;<br />

Troca de filtros de óleo;<br />

Regulagem do motor.<br />

O estudo identificou também<br />

que a ampliação da inspeção ambiental<br />

veicular para toda a frota de<br />

São Paulo provocou aumento do<br />

SELEÇ‹O DE OFICINAS<br />

movimento nas oficinas pesquisadas<br />

em até 36%, sendo que este maior<br />

índice foi constado na zona leste,<br />

30% no centro e região sul e 21% na<br />

parte oeste da cidade.<br />

Pensando em melhor atender os clientes de oficinas mecânicas, o SINDIREPA-SP criou<br />

programa de Seleção de Oficinas para Atendimento Pré e Pós-Inspeção Ambiental<br />

Veicular em Veículos/Motocicletas do Ciclo Otto e Ciclo Diesel, que conta com o apoio<br />

da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo.<br />

Para se ter uma ideia, a iniciativa visa orientar as oficinas a adotarem serviços e equipamentos<br />

necessários para realizar a pré e pós-inspeção e tem a parceria de empresas<br />

especializadas em produtos e equipamentos relacionados à inspeção e que atendem<br />

às exigências da legislação (Alfatest, Bosch, Napro, Mastra, Snap-on e Tecnomotor),<br />

sendo possível oferecer a assistência necessária para as oficinas que desejam ingressar<br />

no programa.<br />

Por fim, o consumidor pode consultar no site da entidade www.sindirepa-sp.org.br a<br />

lista com 280 oficinas credenciadas ao programa que estão separadas por regiões da<br />

cidade de São Paulo e também por tipo de veículo (carro, moto e caminhão).


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46 ARTIGO<br />

FOTO: DIVULGAÇ‹O<br />

Para que<br />

a pressa?<br />

*Texto: Fernando Calmon<br />

Dentro de alguns dias o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)<br />

vai se reunir para tentar resolver problemas envolvendo a<br />

polêmica inspeção ambiental veicular (IAV), da capital paulista. No<br />

ano passado, de forma equivocada, apenas carros a gasolina, etanol ou flex produzidos<br />

entre 2003 e 2008 passaram pela inspeção, ou seja, os de emissões zero<br />

ou quase zero, segundo regulamentos de homologação. Mais grave, automóveis<br />

licenciados em dezembro, com placas de final 1, foram obrigados a se submeter<br />

ao teste após apenas três meses de uso.<br />

Em 2009, os aprovados pagaram e receberam de volta a tarifa de IAV.<br />

Porém, o tempo perdido no agendamento, pagamento de boleto e deslocamentos<br />

inúteis nem enrubesceu os responsáveis pela Secretaria Municipal do<br />

Verde e do Meio Ambiente. Em <strong>2010</strong>, incluiu-se a frota inteira e a tarifa de<br />

R$ 56,44 não é devolvida. Aquela esdrúxula obrigação sobre veículos de primeiro<br />

licenciamento continuou e sem justificativa.<br />

Na realidade, há uma razão dissimulada. Como a evasão entre veículos<br />

mais antigos é e será grande, pelo poder aquisitivo limitado dos proprietários,<br />

sustenta-se o equilíbrio financeiro da empresa concessionária impondo ônus<br />

aos donos dos carros seminovos. Resultado: outro imposto disfarçado e baixo<br />

impacto sobre a qualidade do ar. Noutros países a inspeção começa no terceiro<br />

ou quarto licenciamento.<br />

Para complicar, vários modelos de automóveis com um ou dois anos de<br />

uso, nacionais e importados, estão sendo barrados na IAV, sem motivo aparente.<br />

Depois de revisão apurada, continuaram condenados. Polêmica formada, a<br />

Anfavea alega que o limite exigido na inspeção – 0,3% de CO – é inferior ao<br />

homologado – 0,5% – e explicaria as reprovações. Na verdade, 95% dos modelos<br />

emitem 0% de CO ao passar pela homologação. Portanto, um fator de<br />

deterioração para 0,3% já inclui grande margem, pondera o órgão ambiental<br />

do Estado de São Paulo.<br />

A coluna ouviu engenheiros e especialistas que apresentaram explicações<br />

plausíveis. O procedimento de teste inclui aquecimento do catalisador, acelerando<br />

o motor até 2.500 rpm, para primeira leitura dos gases. Na prática, o período<br />

de descontaminação da sonda de escapamento revelou-se inadequado<br />

em alguns casos. Além disso, os 30 segundos em marcha lenta, presumidos na<br />

leitura automática pelo computador, também são escassos. Como o programa<br />

impede a leitura fora daquele limite de tempo, o técnico se vê obrigado a reprovar<br />

o veículo.<br />

O advento de motores com aceleradores eletrônicos também aumenta um<br />

pouco o intervalo para estabilização e leitura da marcha lenta. Durante o processo<br />

de homologação oficial não faz diferença, mas a linha de inspeção tem<br />

outra dinâmica – ou pressa – que exige revisão urgente. O motorista pagante<br />

nunca poderia ser prejudicado.<br />

A inspeção de ruído – incluída na IAV sem poder de reprovação no momento<br />

– ainda suscita dúvidas e também caberá ao Conama solucionar.<br />

Dentro de um ano todos os estados e municípios com mais de três<br />

milhões de veículos (boa parte do País) deverão estruturar a IAV. O que acontece<br />

hoje, na cidade de São Paulo, é uma demonstração de erros inadmissíveis,<br />

em algo tão essencial como o ar que respiramos.<br />

*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico,<br />

de comunicação e mercado. fernando@calmon.jor.br


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