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Entrevista<br />
Madalena<br />
Silva<br />
(Des)Conhecida Arte<br />
Fábio Brito<br />
Madeira - 600 Anos<br />
à descoberta da Folia<br />
sofia FERNANDES<br />
ANO XXII › €2,50<br />
N.º262 mensal MARÇO 2019
NOVA IMAGEM<br />
REVISTA SABER madeira<br />
A Revista da Madeira<br />
www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira sabermadeira@yahoo.com 291 911 300
sumario<br />
04<br />
É uma voz empenhada na luta<br />
contra a violência doméstica<br />
Madalena Silva, que tem vindo<br />
a alertar para a problemática<br />
através da escrita de livros e na participação<br />
em iniciativas de debate público. A autora de<br />
“Renascida”, entre outros livros que deu já à<br />
estampa, respondeu à entrevista...<br />
07<br />
13<br />
14<br />
15<br />
16<br />
17<br />
18<br />
20<br />
22<br />
23<br />
24<br />
25<br />
Carnaval 2019<br />
Sob o signo dos 600 anos do<br />
descobrimento da Madeira e<br />
Porto Santo<br />
Lugares de Cá<br />
Miradouro do Pico dos Barcelos<br />
Opinião<br />
António Castro: Ao frio...<br />
Marcas Icónicas<br />
Iris Apflel<br />
Opinião<br />
Isabel Fagundes: Elocução<br />
sobre pessoas<br />
Atualidade<br />
Violência Doméstica: 7 de março é<br />
Dia de Luto Nacional<br />
A-Z<br />
Hugo Castro Andrade<br />
(Des)Conhecida Arte<br />
A fotografia de Fábio Brito<br />
Opinião<br />
Hélder Spínola: O Novo<br />
Inimigo Público<br />
Educação<br />
Bicho da Seda: Novas formas de<br />
pensar e estar em Educação<br />
Bem-Estar<br />
A água energizada como terapia<br />
Blogue de...<br />
Miguel Pires: Do Pai<br />
18<br />
26<br />
28<br />
30<br />
31<br />
32<br />
33<br />
Câmara Municipal do Funchal<br />
Festival de teatro de rua na<br />
primavera<br />
Viajar com Saber<br />
Malta<br />
Cinema<br />
Snu<br />
Tecnologia<br />
Mobile World Congress: o 5G<br />
e os smartphones dobráveis<br />
DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA<br />
Dia Europeu da Terapia da Fala:<br />
Autismo: a comunicação faz toda<br />
a diferença<br />
Nutrição<br />
Alison Jesus: Março, o mês da<br />
primavera<br />
34<br />
36<br />
38<br />
40<br />
42<br />
45<br />
52<br />
54<br />
Dicas de Moda<br />
Lúcia Sousa: 1.ª Comunhão<br />
13<br />
Makeover<br />
Mary Carfora: um dia com Marta Gomes<br />
Motores<br />
Nélio Olim: o novo RAV4 da Toyota<br />
Fashion Advisor<br />
Jorge Luz: tendências primavera/<br />
verão 2019<br />
Agenda Cultural<br />
Março<br />
Social<br />
À mesa com...<br />
Fernando Olim<br />
Site do Mês<br />
www.fixando.pt<br />
saber MARÇo 2019<br />
3
ENTREVISTA<br />
Madalena Silva<br />
Até ao início do mês de março de<br />
2019, onze mulheres e uma criança<br />
foram assassinadas em Portugal num<br />
contexto de violência doméstica.<br />
Dizem as estatísticas que foram<br />
detidos 126 suspeitos da prática<br />
deste tipo de crimes estatística e<br />
que cerca de 80% dos processos de<br />
investigação acabam arquivados; dos<br />
poucos que chegam a julgamento,<br />
aproximadamente 2/3 acabam<br />
em condenação e que 90% dessas<br />
condenações são com pena suspensa.<br />
Tudo isto no mês tradicionalmente<br />
dedicado ao Dia Internacional da<br />
Mulher com rosas, perfumes e festas<br />
mas em que nem tudo é um mar de<br />
rosas no âmbito desta problemática.<br />
Que o diga a autora de livros sobre<br />
a temática da violência doméstica,<br />
Madalena Silva, ela própria também,<br />
outrora, uma vítima. Natural de<br />
Mirandela e a residir em Lisboa há<br />
alguns anos, onde completou o<br />
ensino secundário e empenhou-se na<br />
luta contra a violência doméstica,<br />
Madalena Silva tem vindo a alertar<br />
para a violência contra as mulheres<br />
através da escrita de livros e na<br />
participação em iniciativas de debate<br />
público. Ao expôr as situações,<br />
Madalena diz que tem ajudado muitas<br />
pessoas, conforme nos conta nesta<br />
entrevista à qual nos respondeu por<br />
escrito desde Lisboa.<br />
Dulcina Branco<br />
gentilmente cedidas pela entrevistada.<br />
4 saber MARÇo 2019
Assiste-se à situação em que vizinhos e familiares sabem das<br />
agressões mas calam-se porque “entre marido e mulher não se<br />
mete a colher”. Sinto que, de uma forma geral, não há um grande<br />
esforço para mudar a situação<br />
“<br />
”<br />
A Madalena Silva tem sido uma voz nacional<br />
ativa na problemática da luta contra a violência<br />
doméstica expondo situações da vida real<br />
em livros que escreve. Como é que começou a<br />
escrever e o que é que conta nos seus livros?<br />
- Desde criança que gosto muito de escrever<br />
e de teatro. Fiz o 12.º ano e, atualmente, para<br />
além de escrever, trabalho também na área da<br />
Estética e do Coaching de Auto-ajuda. Fui vítima<br />
de violência doméstica durante anos e com<br />
um filho, atualmente com 18 anos, percebi que<br />
tinha uma história para contar. Foi assim que surgiu<br />
o meu primeiro livro em que conto a minha<br />
história e outros 16 relatos de violência doméstica<br />
de que tive conhecimento. As pessoas contavam-me<br />
as suas histórias e com isso, senti que<br />
tinha que fazer alguma coisa. Foi assim que surgiu<br />
a ideia para o primeiro livro; atualmente,<br />
tenho três publicados e que são: “Renascida”, o<br />
primeiro, “Eu Sou a Voz dos Silêncios” o segundo<br />
e, mais recentemente, “Sim, sou diferente.<br />
As palavras que nunca vos disse”. Este último é<br />
especial porque foca-se essencialmente no problema<br />
dos filhos vítimas da violência doméstica.<br />
Os filhos - como o meu filho foi, são testemunhas<br />
silenciosas e muitas vezes esquecidos nas<br />
situações. As vítimas estão tão centradas em si e<br />
no seu problema que não repara que, os filhos<br />
estão envolvidos e sofrem. Estes filhos da violência<br />
ficam com marcas profundas, com sequelas e<br />
traumas. Senti a necessidade de falar deste problema<br />
e neste meu último livro, que tem o prefácio<br />
do ator Ruy de Carvalho, pedi apoio a diversos<br />
especialistas (juristas, advogados, polícias,<br />
psicólogos, etc.) para que escrevessem sobre as<br />
suas experiências relacionadas com o problema<br />
da violência doméstica. Então, através dos livros,<br />
pretendo não só alertar para o problema e ajudar<br />
as vítimas. Ao expôr as situações, sinto que estou<br />
a ser ajudar pessoas que vivem este problema da<br />
violência doméstica e garantir que, ao longo destes<br />
anos, já ajudei dezenas e dezenas de pessoas<br />
vítimas de violência doméstica.<br />
Qual é a sua percepção sobre o problema em<br />
termos de números, ou seja, os casos têm vindo<br />
a aumentar e como é que o país e a sociedade<br />
em geral, olha para este problema?<br />
- Cada dia morrem mais pessoas, mais mulheres,<br />
mas a sociedade olha para este problema<br />
com alguma complacência, do tipo: coitada, foi<br />
mais uma!. Assiste-se à situação em que vizinhos<br />
e familiares sabem das agressões mas calam-se<br />
porque “entre marido e mulher não se mete a<br />
colher”. Sinto que, de uma forma geral, não há<br />
um grande esforço para mudar a situação. Estou<br />
certa de que, se a sociedade contribuir mais, este<br />
saber MARÇo 2019<br />
5
ENTREVISTA<br />
flagelo diminuirá. Há a pena suspensa, o agressor<br />
volta para casa e continua com a sua vida, e<br />
muitas vezes, é nesta liberdade que termina a<br />
vida de tantas mulheres. Então, o que defendo<br />
é que as penas sejam pesadas. Precisamos com<br />
urgência de uma Justiça a sério, penas de prisão<br />
mais pesadas para os agressores, mais ajudas<br />
psicológicas para as vítimas, mais averiguações<br />
sobre o que se passa naquele lar que ninguém<br />
quer intervir e não ter medo de denunciar.<br />
Já esteve na Madeira a apresentar os seus<br />
livros. Que percepção tem da realidade social<br />
madeirense em termos de violência doméstica?<br />
- Posso garantir que há por cá muita violência<br />
doméstica escondida, e casos muito graves.<br />
Quando lancei o livro em 2013, na Madeira,<br />
muitas mulheres me procuraram na altura<br />
e contaram-me as suas histórias. E não apenas<br />
mulheres. Tive homens que me relataram os<br />
seus silêncios, os seus medos e os seus pesadelos<br />
no dia-a-dia partilhado com mulheres agressoras.<br />
A Madeira tem muita violência doméstica<br />
escondida.<br />
Há mulheres vítimas mas há também aquelas<br />
que são agressoras, que agridem os maridos...<br />
- Sim, há homens que sofrem deste flagelo. De<br />
uma forma geral, o homem tem vergonha de<br />
expôr o seu problema e opta por sofrer em silêncio.<br />
Quando aí estive, em 2013, tive dois homens<br />
que me contactaram, um era polícia e outro que<br />
trabalhava numa televisão, para falarem dos<br />
seus problemas de violência doméstica. Pediram<br />
o máximo de sigilo por causa do seu trabalho<br />
e da sociedade mas sim, há homens que são<br />
vítimas, também.<br />
Qual é o perfil psicológico do agressor, de uma<br />
forma geral?<br />
- Nenhum é igual a outro mas, normalmente,<br />
é do sexo masculino adulto jovem, em que<br />
demonstra ser ou calculista, ou ciumento, ou<br />
possessivo, ou agressivo, ou violento, ou louco e<br />
ou bipolar (fora de casa causa a melhor impressão<br />
mas dentro de casa, trata mal a mulher).<br />
Outros há que exercem violência psicológica<br />
sobre a mulher, ou seja, maltratam psicologicamente<br />
através da ofensa, chamando à mulher<br />
nomes feios e desrespeituosos e outros há que<br />
culpam a mulher pelas suas frustrações, ou seja,<br />
a mulher é a culpada por ter ficado desempregado,<br />
doente, etc. Não existe uma descrição certa<br />
ou um padrão uniforme do agressor e. no caso<br />
da vítima, o que se verifico é que, esta ou tem<br />
medo do agressor, ou depende dele em termos<br />
financeiros ou ainda pensa gostar dele pelo<br />
que, em alguns casos, não denuncia ou quando<br />
denuncia, volta atrás na denuncia e desiste da<br />
denuncia da violência doméstica.<br />
Havendo filhos no casal, qual é que deve ser o<br />
procedimento?<br />
- Desde que o progenitor não seja um pedófilo<br />
ou não tenha cometido um crime que possa considerar<br />
que o filho esteja em perigo, o filho será<br />
sempre filho do agressor mas deverá ser protegido<br />
ao máximo, da situação de violência familiar.<br />
E fazer queixa sempre, mesmo que pareça<br />
que as autoridades não atuem. No meu último<br />
livro, foco precisamente o problema dos filhos<br />
das vítimas em contexto de violência doméstica<br />
e o que se verifica é que estes ficam marcados<br />
para a vida, devido ao problema. Crianças e<br />
jovens ficam com traumas e sequelas para a vida<br />
e o que se constata é que estes ficam um pouco<br />
esquecidos nas situações. As ajudas que existem<br />
são poucas e não são suficientes. É preciso haver<br />
mais ajuda psicológica, e gratuita, para acompanhar<br />
crianças e jovens filhos das vítimas de<br />
violência doméstica, quer nas escolas, quer nas<br />
suas casas. A justiça tem que proteger mais estas<br />
vítimas inocentes e que toda a sociedade esteja<br />
atenta às mesmas. Custa-me, pessoalmente,<br />
falar especificamente, destas vítima inocentes,<br />
como aconteceu com este último caso chocante,<br />
em que o pai assassinou a própria filha bebé<br />
para se vingar da mãe da menina. Então, todos<br />
Muitas conquistas foram<br />
alcançadas nos últimos<br />
anos mas a luta continua.<br />
Há um longo caminho a<br />
percorrer no sentido<br />
de não se precisar de<br />
festejar o Dia da Mulher<br />
“<br />
”<br />
temos o dever de estar atentos ao que se passa<br />
à nossa volta.<br />
Como é que olha para a comemoração do Dia<br />
Internacional da Mulher?<br />
- O Dia da Mulher é todos os dias mas face à crueldade<br />
com que nos deparamos diariamente e que<br />
resulta neste crime que é a violência doméstica,<br />
faz todo o sentido assinalar para chamar a atenção<br />
para este problema. Muitas conquistas foram<br />
alcançadas nos últimos anos mas a luta continua.<br />
Há um longo caminho a percorrer no sentido<br />
de não se precisar de festejar o Dia da Mulher.<br />
A Lei Maria da Penha, que entrou em vigor no<br />
Brasil em 2006, é um exemplo do esforço da<br />
sociedade em proteger a mulher e garantir seus<br />
direitos, punindo inclusive crimes de maus tratos<br />
à mulher dentro do lar. De resto, há aspetos<br />
da Lei que precisam de ser melhorados e reforçados,<br />
nomeadamente quando a punição não<br />
é severa para com o agressor, as vítimas não são<br />
devidamente protegidas dos agressores, assim<br />
como os filhos das vítimas. Todos temos uma<br />
responsabilidade social e perante um crime de<br />
violência doméstica, é nosso dever intervir no<br />
sentido de parar com a agressão. Todos temos o<br />
dever de intervir perante um crime monstruoso<br />
como é a violência doméstica. Enquanto não se<br />
alterar uma série de coisas, os monstros irão continuar<br />
a matar sem dó nem piedade. s<br />
6 saber MARÇo 2019
Festas de<br />
Carnaval<br />
Madeira 2019<br />
CARNAVAL<br />
É, logo a seguir ao Natal, a época festiva<br />
mais importante em termos de animação<br />
de rua na Madeira. O Carnaval<br />
remete para o ambiente de samba brasileiro<br />
mas na Madeira acrescenta-se-lhe a tradição<br />
das terras como Santana, onde acontece<br />
o carnaval mais madeirense: a Festa dos Compadres.<br />
A Festa dos Compadres marca a abertura<br />
da época de Carnaval na Madeira, uma<br />
tradição com mais de 50 anos que tem como<br />
pontos altos a sentença dos compadres e o<br />
cortejo etnográfico. Depois da Festa dos Compadres,<br />
foi tempo de na capital madeirense, se<br />
preparar para o Grande Cortejo Alegórico, que<br />
este ano saíu à rua na noite de sábado do dia<br />
2 de março no itinerário compreendido entre<br />
a Avenida Francisco Sá Carneiro, a Rotunda<br />
Francisco Sá Carneiro, a Avenida do Mar e das<br />
Comunidades Madeirenses (faixa sul), até à<br />
Praça da Autonomia. O cortejo teve a participação<br />
de mais de 1900 foliões divididos por 14<br />
trupes, tendo sido considerado o maior evento<br />
do género até ao momento realizado isto<br />
porque teve por trás as comemorações dos<br />
600 anos do descobrimento da Madeira e Porto<br />
Santo. Por isso mesmo, estas festas de carnaval<br />
tiveram como pano de fundo o tema<br />
“Madeira – 600 Anos à descoberta da Folia”.<br />
Por causa da previsão de ventos e chuva intensa,<br />
o cortejo do Trapalhão no Funchal do dia 9<br />
de março foi adiado para o sábado seguinte<br />
o que, apesar da alteração, não demoveu da<br />
intenção de desfilarem e de se divertirem, muitos<br />
foliões. Este cortejo de sátira e crítica social<br />
teve a participação de cerca de 600 foliões que<br />
criticaram a TAP, o Brexit, o gado nas serras da<br />
Madeira, etc.. Realizou-se ainda o tradicional<br />
cortejo das Crianças na placa central da Avenida<br />
Arriaga e que teve a participação de muitas<br />
centenas de alunos de várias escolas do ensino<br />
básico. Fora do Funchal, os concelhos de<br />
Câmara de Lobos e de São Vicente apostaram<br />
também nos seus cortejos de rua para celebrarem<br />
o Carnaval, momentos esses que recordamos<br />
nas imagens a seguir. s<br />
Dulcina Branco<br />
Câmaras municipais de São Vicente e de Santana,<br />
Miguel Moniz e Cícero Castro.<br />
saber MARÇo 2019<br />
7
carnaval<br />
CORTEJO<br />
ALEGORICO<br />
DO FUNCHAL<br />
8 saber MARÇo 2019
CARNAVAL carnaval<br />
saber MARÇo 2019<br />
9
carnaval<br />
CORTEJO<br />
DO<br />
TRAPALHÃO<br />
10 saber MARÇo 2019
CARNAVAL carnaval<br />
CORTEJO<br />
DAS<br />
CRIANÇAS<br />
saber MARÇo 2019<br />
11
carnaval<br />
CORTEJO<br />
FORA<br />
DO FUNCHAL<br />
12 saber MARÇo 2019
Miradouro<br />
do Pico dos<br />
Barcelos<br />
LUGARES DE CÁ<br />
Construído em 1950, o Miradouro do<br />
Pico dos Barcelos está situado na freguesia<br />
de Santo António a cerca de<br />
355 metros de altitude. A partir deste<br />
miradouro é possível contemplar uma panorâmica<br />
deslumbrante sobre a baía e a cidade<br />
do Funchal, com as ilhas Desertas em segundo<br />
plano. Este miradouro foi recentemente<br />
remodelado, contemplando agora mais espaços<br />
verdes e zonas de comercialização de produtos<br />
regionais, artesanais e de restauração,<br />
novas áreas de lazer e de apoio e uma melhoria<br />
substancial no acesso e circulação pedonal<br />
e automóvel. Reza a história que o sítio tirou<br />
o nome de Diogo Barcelos, um dos primitivos<br />
povoadores «que por ali possuía alguns tractos<br />
de terreno». Miradouro fundamental na<br />
história da cidade do Funchal e do Turismo<br />
Madeirense, o Miradouro do Pico dos Barcelos<br />
sofreu, entretanto, obras de remodelação.<br />
A obra “Requalificação do Miradouro do Pico<br />
dos Barcelos e Jardim envolvente“, foi realizada<br />
para a ADERAM – Agência de Desenvolvimento<br />
da Região Autónoma da Madeira. s<br />
Dulcina Branco<br />
Wikipédia e visitmadeira.com<br />
saber MARÇo 2019<br />
13
OPINIÃO<br />
António Castro<br />
Professor e Escritor<br />
Ao frio...<br />
Só a ilusão tem sido transversal<br />
às diferentes épocas: em novos,<br />
julgamo-nos senhores do leme<br />
que, feito barca ou veleiro, nos<br />
comandará a vida; a velhice tardará<br />
em chegar e, muito mais ainda, o<br />
amargo do fracasso e a limitação da<br />
doença.<br />
“Contra a poesia das nuvens, opomos<br />
a poesia da terra firme, cabeça fria,<br />
coração quente”. Nicanor Parra.<br />
Sentou-se numa esplanada, ao frio,<br />
onde o ar respirava. Uma parte das árvores<br />
– troncos e galhos nus – contrastava com a<br />
outra, plena de folhas dançantes e maquilhadas,<br />
nas tonalidades de castanho e amarelo.<br />
As gaivotas trocaram a cólera do mar pelos<br />
candeeiros esguios e ainda em repouso. As<br />
pessoas, abraçadas ao seu outro eu por baixo<br />
da espessura dos casacos, caminhavam<br />
com o auxílio de botas protetoras e meias,<br />
grossas, de lã. - Só os loucos ficam lá fora! –<br />
pareceu dizer-lhe, só com o olhar e através<br />
do vidro da montra, alguém acompanhado<br />
que ficara a tiritar de frio, no interior do café.<br />
Tinha o ar de ser um esforçado e apaixonado<br />
sexagenário, vivenciando a temperatura<br />
que a idade permitia. Lembrou-se então<br />
das considerações gratuitas, mesmo no que<br />
tem a ver com a idade. Ou se é muito novo (e<br />
por isso “nada se sabe” da vida), ou se é já<br />
velho (e é como se se carregasse um calendário<br />
vetusto e emprestado). Noutros tempos,<br />
à adolescência e juventude eram impostos<br />
exagerados limites, quase tudo era pecado e<br />
pouco faltava para ter de se pedir desculpa,<br />
apenas por se tentar viver a vida em pleno.<br />
Em contrapartida, era certo que se cuidaria<br />
dos “velhinhos” (aqueles que, muitas vezes,<br />
nunca tinham tido a oportunidade de serem<br />
novos). Só a ilusão tem sido transversal às<br />
diferentes épocas: em novos, julgamo-nos<br />
senhores do leme que, feito barca ou veleiro,<br />
nos comandará a vida; a velhice tardará em<br />
chegar e, muito mais ainda, o amargo do fracasso<br />
e a limitação da doença. Só o tempo,<br />
pleno das mais diversas surpresas e enigmas,<br />
provará o contrário. - Ou se é novo demais<br />
(e por isso desmiolado ou imberbe), ou se<br />
é novo de menos (e, por conseguinte, mais<br />
limitado e menos capaz)! Nessa tarde, sentado<br />
na tal esplanada, ao frio, onde o ar respirava,<br />
continuou a cruzar ainda mais os pensamentos<br />
do que a perna, no contraste cromático<br />
das árvores e no habitat improvável<br />
das gaivotas. - Há frios que aquecem e calores<br />
que gelam! – pensou. E as pessoas, abraçadas<br />
ao seu outro eu por baixo da espessura<br />
dos casacos, continuavam a caminhar, auxiliadas<br />
por botas protetoras e meias, grossas,<br />
de lã. - Que fique ao frio quem quer ficar ao<br />
frio: como me sinto bem aqui! E a paz abraçava<br />
o ar. E as pessoas olhavam, fosse para<br />
onde fosse, menos para o telemóvel! O Natal<br />
aproximava-se e já não se podia ouvir falar<br />
em compras; nem em obrigações de família;<br />
nem de pessoas que revelavam o seu<br />
hercúleo esforço para estarem juntas; nem<br />
de filhos que se constava terem abandonado<br />
os pais no hospital; nem de seres humanos<br />
que passavam a ter ceia e abrigo apenas<br />
por uma noite. Na complexidade adormecida<br />
pela rotina, como era bom estar sentado ao<br />
frio, em pausa reflexiva. No regresso, quando<br />
cedo se fez noite, os carros circulavam pela<br />
avenida, os faróis como luzes da árvore de<br />
Natal, a piscarem ligeiros, mas não exageradamente,<br />
devido aos semáforos. A respiração<br />
ficava marcada no ar, devido ao frio, e a paz,<br />
quase absoluta, mantinha-se. Essa paz interior<br />
que, para si, constituía o mais importante<br />
e valioso presente de Natal. s<br />
14 saber MARÇo 2019
Iris Apfel<br />
MARCAS ICÓNICAS<br />
O<br />
elegante cabelo branco, óculos com<br />
armações redondas, lábios vermelhos<br />
e combinações de pulseiras e<br />
colares. É desta forma que se apresenta<br />
Iris Apfel, empresária, designer de interiores<br />
e um ícone da moda mundial. Aos 97 anos,<br />
Iris Apfel assinou com uma das maiores agências<br />
de modelos do mundo, a IMG Models, que conta<br />
com modelos como Kaia Gerber, Gigi Hadid<br />
ou Gisele Bundchen. Para além do seu estilo<br />
inconfundível e dos designs de interiores que<br />
assinou para a Casa Branca, é a prova de que o<br />
estilo não tem idade. Iris Apfel nasceu em Nova<br />
Iorque, no dia 29 de agosto de 1921. Foi a única<br />
filha de Sadye e Samuel Barrel, ambos judeus.<br />
O pai trabalhava na área da joalharia e a mãe<br />
tinha uma loja de roupa para mulher. Estudou<br />
História da Arte em Nova Iorque e frequentou<br />
a Escola de Arte da Universidade do Wisconsin.<br />
Terminado os estudos universitários, começou<br />
a trabalhou no jornal da indústria da Moda, o<br />
Women’s Wear Daily. Trabalhou com o decorador<br />
de interiores Elinor Johnson e foi assistente<br />
do ilustrador Robert Goodman. Casou-se com<br />
Carl Apfel em 22 de fevereiro de 1948. Dois anos<br />
depois, lançaram juntos a tecelagem Old World<br />
Weavers, empresa que administraram até 1992<br />
quando se reformaram. De 1950 a 1992 liderou<br />
uma série de projetos de decoração e restauro<br />
na Casa Branca e durante nove mandatos diferentes:<br />
Truman, Eisenhower, Kennedy, Johnson,<br />
Nixon, Ford, Carter, Reagan e Clinton. O casal viajou<br />
pelo mundo em busca de inspiração, matérias-primas<br />
e técnicas artesanais. Ao longo dessas<br />
viagens, adquiriam roupas especiais e artesanais,<br />
em especial em viagens ao Oriente que<br />
revendiam para celebridades da Televisão e da<br />
Moda. Em setembro de 2005, foi inaugurada no<br />
Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque,<br />
a exposição “Rara Avis (Pássaro raro), A irreverência<br />
de Iris Apfel”. A exposição, cuja curadoria<br />
ficou a cargo de Stéphane Houy-Towner, foi<br />
um enorme sucesso tendo sido posteriormente<br />
apresentada em outros museus dos Estados<br />
Unidos. O Festival de Cinema de Nova Iorque<br />
de 2014 dedicou-lhe o documentário biográfico<br />
Iris e em 2018, quando tinha 96 anos, tornou-se<br />
na pessoa com mais idade de sempre a ter uma<br />
Barbie com a sua imagem. s<br />
Dulcina Branco<br />
maag.pt e Wikipédia.<br />
saber MARÇO MARÇo 2019<br />
15
OPINIÃO<br />
Isabel Fagundes<br />
Exerce funções numa escola do Funchal<br />
Elocução<br />
sobre pessoas<br />
“(…) nos momentos em que falo com<br />
os meus botões, pergunto-me que<br />
faço aqui neste canto, por entre<br />
tanta maldade e desejo de fazer mal<br />
ao outro, quando estamos aqui para<br />
servir o outro, amar o outro, dar a<br />
mão ao outro e minimizar a dor do<br />
outro, sem nunca descurarmos de<br />
nós próprios.”<br />
Às vezes falo com os meus botões. Profiro<br />
palavras em tom baixo e pausado,<br />
sem grandes alaridos, mas falo<br />
com eles. O ser humano tem necessidade<br />
de falar, de exteriorizar sentimentos, emoções,<br />
revoltas, dúvidas existenciais, mas muitas<br />
vezes não tem quem o possa ouvir. Talvez<br />
porque as pessoas capazes de ouvir são demasiado<br />
poucas, talvez porque existe falta de pessoas<br />
a quem possamos confiar o que nos vai<br />
no mais íntimo, ou talvez porque tantas pessoas<br />
não entendem a nossa linguagem. Quando<br />
guardamos palavras dentro de nós, daquelas<br />
que nos sufocam e teimam em oprimir a garganta,<br />
elas transformam-se em doenças para o<br />
nosso corpo, o que é muito mau. Não podemos<br />
deixar que as palavras nos matem lentamente,<br />
por isso temos de libertá-las. Mas, essas palavras<br />
carregadas de sentimento têm de ter um<br />
destino, têm de ter alguém que as acolha e as<br />
transmute, e esses “alguéns” são pessoas muito<br />
especiais, o que é raro encontrar. É comum as<br />
pessoas interpretarem erroneamente as palavras<br />
que se proferem, as emoções que se soltam<br />
pela boca e os sentimentos que se exteriorizam<br />
de forma espontânea. Porque cada um tem<br />
um mundo no seu cérebro e muitas vezes esse<br />
mundo é muito diferente entre a gente. Existem<br />
pessoas que vêem sempre o lado menos<br />
bom das coisas e com essa visão interpretam<br />
tudo o que lhes é apresentado, e não ajudam a<br />
criar uma energia positiva que auxilie na construção<br />
de um trilho melhor. E existem aquelas<br />
que têm a luz no coração, encaram as questões<br />
da vida com o sentimento do bem, com<br />
maturidade e sem julgamentos. Sentem o lado<br />
bom do ser humano e desatam-se do que não<br />
é importante. E eu amo essas pessoas que me<br />
permitem ver o lado do bem, da harmonia e da<br />
paz, que é o que nos ajuda a prosseguir nas sendas<br />
sinuosas da vida. Tantas pessoas têm gosto<br />
em dizer mal, fazer mal, reagir mal e sei lá mais<br />
que mal gostam elas. E essas pessoas são tantas<br />
que me provocam náusea. Causam-me um<br />
desconforto tal que quase que me assoma um<br />
temporal por dentro. E eu definitivamente não<br />
as entendo. Vivo num mundo à parte de todo o<br />
mal que se possa dizer ou fazer, que algumas<br />
das vezes, nos momentos em que falo com os<br />
meus botões, pergunto-me que faço aqui neste<br />
canto, por entre tanta maldade e desejo de<br />
fazer mal ao outro, quando estamos aqui para<br />
servir o outro, amar o outro, dar a mão ao outro<br />
e minimizar a dor do outro, sem nunca descurarmos<br />
de nós próprios. Certas pessoas olham<br />
os outros lá do alto do seu pedestal e julgam-se<br />
deuses, principalmente aqueles que são políticos.<br />
E eu só apoio a política do bem, que já<br />
vamos vendo por aí, graças às pessoas do bem<br />
que vão surgindo e ganhando coragem para<br />
destronar aqueles do menos bem. Sinto compaixão<br />
pelas pessoas do pedestal, porque elas<br />
não percebem que o pedestal não é eterno e<br />
que quanto mais arrogância emanarem de lá<br />
de cima mais abominados serão quando tocarem<br />
no chão. Por todas estas razões eu falo com<br />
os meus botões de vez em quando, e eles são<br />
complacentes comigo, quando melancolicamente<br />
lhes confesso que não me identifico com<br />
este mundo em que me encontro, e que preciso<br />
que me permitam fazer mais para que o resto<br />
da minha vida faça sentido. Porque neste local<br />
onde estou ainda não consigo fazer tudo o que<br />
preciso fazer. São assim, algumas das pessoas<br />
que existem por aí, aquelas do menos bem que<br />
eu abomino e aquelas do bem que eu amo. s<br />
16 saber MARÇo 2019
Violência Doméstica:<br />
7 de março é Dia de Luto Nacional<br />
atualidade<br />
Rosa. Tatiana. Flávia. Fernanda. Maria.<br />
Helena... A lista continua e é negra<br />
como a noite em que Mário pegou na<br />
faca da cozinha e foi direto ao coração<br />
de Rosa. Os nomes de mulheres que morreram<br />
às mãos dos maridos, companheiros,<br />
namorados, amantes, têm que fazer refletir<br />
uma sociedade em que, ainda, alguns se<br />
calam e não interferem quando ouvem os gritos<br />
de uma mulher na sua casa. Não somos<br />
uma sociedade desenvolvida quando um<br />
marido mata a mulher, ou os filhos, à facada,<br />
a tiros de caçadeira. Em Portugal, não há<br />
semana em que não se oiça falar de um caso<br />
destes. A violência doméstica é um flagelo<br />
e um crime, um crime grave, que diz respeito<br />
a toda a sociedade. Como podemos ficar<br />
indiferentes ao homem que matou a sogra e<br />
depois, a própria filha de apenas dois anos?<br />
Este ano de 2019 já é um ano negro no contexto<br />
deste crime. No momento em que se<br />
escreve este artigo, são já 11 as mulheres<br />
assassinadas – e uma criança, no contexto da<br />
violência doméstica. O que é isto e como está<br />
a responder o sistema face a este problema?<br />
Rui do Carmo, procurador responsável pela<br />
Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio<br />
em Violência Doméstica, considerou, num<br />
artigo publicado numa revista nacional, que<br />
não estamos a ser capazes de cumprir a lei<br />
porque da polícia aos magistrados e aos profissionais<br />
de saúde, o grau de risco continua<br />
a ser desvalorizado. “Não estamos a conseguir<br />
fazer cumprir o que está na lei. Falta formação<br />
às forças de segurança para saberem<br />
como agir em casos destes, que o Ministério<br />
Público deve fazer um acompanhamento<br />
mais próximo das diligências efetuadas<br />
e ainda que, sempre que há crianças envolvidas,<br />
deve fazer-se de imediato a avaliação<br />
do risco que correm”. Elisabete Brasil, dirigente<br />
da UMAR - União de Mulheres Alternativa<br />
e Resposta, disse à mesma revista que o<br />
crime de homicídio até tem vindo a baixar ao<br />
longo dos anos, “o que não baixa é o femicídio”,<br />
rematando que “ainda temos muita dificuldade<br />
em perceber que um pai que agride<br />
uma mãe não é bom pai”. Em 2018, 18 anos<br />
depois de a lei prever que a violência doméstica<br />
é um crime público - e que quem tem<br />
conhecimento tem o dever de intervir – registaram-se<br />
28 mulheres assassinadas pelos<br />
companheiros ou ex-companheiros. Avaliando<br />
as queixas do ano anterior, em 85% dos<br />
casos não houve acusação. 2019 ainda não<br />
vai a meio e a contabilidade das mortes por<br />
violência doméstica já chega aos 11 casos.<br />
O dia 7 de março de 2019 foi decretado pelo<br />
Governo da República como Dia de Luto<br />
Nacional em memória das mulheres assassinadas<br />
em contexto de violência doméstica.<br />
Não basta apenas sensibilizar, chamar a atenção<br />
ou fazer um minuto de silêncio. É preciso<br />
atuar no sentido de prever o pior. Infelizmente,<br />
para algumas mulheres, a ajuda e algumas<br />
medidas avançadas chegam tarde... s<br />
Dulcina Branco<br />
revista Sábado e CEBI.ES<br />
saber MARÇo 2019<br />
17
A - Z<br />
Hugo Castro Andrade<br />
Está na origem do projeto “Olho-te” que implementou em 2014 no<br />
maior bairro social da Madeira - o bairro da Nazaré (Funchal) e<br />
que, passados estes anos, demonstrou que é possível melhorar,<br />
com o recurso a atividades artísticas, a vida dos que moram em<br />
espaços das periferias muitas vezes ostracizados. Mestre em<br />
Teatro e Comunidade, é Técnico de Educação Ambiental. é irmão<br />
gémeo do professor Marco Castro Andrade, gosta de ler, ouvir<br />
música, passear e ir ao cinema. Hugo Castro neste a - Z...<br />
Dulcina Branco<br />
Hugo Castro Andrade.<br />
a<br />
Amor<br />
Em tudo o que acredito e me<br />
preponho fazer.<br />
Amigos<br />
A seguir à família, outro pilar<br />
importante de Vida.<br />
Arte<br />
Tudo o que a Natureza dá.<br />
Animais de Estimação<br />
Chili e Yuma (o meu gato e a<br />
gata do meu irmão.).<br />
Bebidas<br />
Vinhos, licores, champanhes.<br />
Deixei de beber refrigerantes.<br />
Brinquedos<br />
Quase Todos! Memórias que<br />
não quero perder.<br />
Beijo<br />
Sem pressa, quente e<br />
comunicativo.<br />
B<br />
F<br />
D<br />
Deus<br />
Omnipresente e manifestase<br />
na NATUREZA. Acredito<br />
mas não num só, caso<br />
contrário não aceitaria a<br />
diferença.<br />
Decoração<br />
A minha casa.<br />
Doces<br />
Mousse de chocolate.<br />
Família<br />
Um dos pilares mais<br />
importantes.<br />
Filme<br />
Lista de Shindler de Steven<br />
Spielberg.<br />
Futebol<br />
Futebol Clube do Porto,<br />
Marítimo e CR7.<br />
Flores<br />
Todas. São perfeitas.<br />
c e g<br />
Casamento<br />
Não acredito.<br />
Curiosidade<br />
Sobre o quê e quem? Nada e ninguém<br />
em especial.<br />
Cores<br />
Azul e Verde, as minhas preferidas,<br />
mas são precisas todas, para<br />
“pintar” um mundo melhor.<br />
Erros<br />
Faço e muitos.<br />
Estilo<br />
Não tenho ou<br />
simpatizo com quase<br />
todos.<br />
Emoção<br />
Alegria.<br />
Ginástica<br />
Pratiquei.<br />
Gula<br />
um dos meus “pecados”.<br />
18 saber MARÇo 2019
hIlha<br />
A nossa Madeira.<br />
Internet<br />
Além de ser uma ferramenta<br />
de trabalho e laser, não<br />
deixo de fazer outras coisas.<br />
j<br />
Humildade<br />
Aprecio e valorizo muito<br />
quem a tem.<br />
Humor<br />
Tenho de sobra.<br />
i<br />
Justiça<br />
Igualdade para<br />
todos os cidadãos<br />
naquilo que é justo<br />
e correto.<br />
n<br />
l<br />
Livro<br />
O PERFUME de Patrick<br />
Suskind. Pena ser só um.<br />
Tenho mais ….<br />
Lua<br />
Não acredito que lá foram.<br />
mMúsica<br />
Imagine- John Lennon, um HINO<br />
mundial.<br />
Marcas<br />
Algumas: Colgate, Calvin Klein, Skip,<br />
Mon Chérri, Armani, Hugo Boss, Olá,<br />
Nissan, Terras do Avô, entre outras.<br />
Mania<br />
Benzer-me “três vezes” antes de sair<br />
de casa, logo de manhã.<br />
Moda<br />
Aprecio mas não sigo.<br />
Notícias<br />
Aborrecem-me.<br />
Objetivos<br />
Escrever um livro – Práticas Artísticas<br />
na(s) Comunidade(s) e Oportunidades<br />
vs Inclusão.<br />
Ostentação<br />
Orgulho.<br />
Ódio<br />
pNão tenho por nada nem por ninguém.<br />
Perfumes<br />
Gosto de variar mas não me separo<br />
do meu clássico Hugo.<br />
Presentes<br />
Gosto mais de oferecer a receber.<br />
Política<br />
Sou um cidadão que gosto de ser/<br />
estar informado, ativo, exigente e<br />
participativo (voto).<br />
q<br />
Qualidades<br />
Só os outros poderão<br />
descrever. O que para mim<br />
pode ser uma qualidade,<br />
para outros poderá ser<br />
defeito.<br />
Rádio<br />
Ouço muito pouco.<br />
Referências<br />
Os meus pais, alguns<br />
professores, amigos, filmes,<br />
livros, artistas<br />
(todos os géneros), ….<br />
s<br />
o<br />
r<br />
Surpresa<br />
Kinder.<br />
Sexo<br />
Excelente anti-stress.<br />
Signo<br />
Não troco o meu, Touro.<br />
Sonho<br />
Viajar pelo mundo, sem<br />
rumo e sem pressa de<br />
voltar.<br />
t<br />
Televisão<br />
Algumas séries e filmes do cabo<br />
TV.<br />
Telemóvel<br />
Dependência, infelizmente.<br />
Trabalho<br />
Responsabilidade e a segunda<br />
(das três) casa. Atualmente<br />
adoro e vivo o que<br />
u<br />
faço.<br />
Utopia<br />
Erradicação da fome, das<br />
guerras e corrupção (a<br />
todos os níveis).<br />
v<br />
Vitória<br />
Quando erradicarmos<br />
os plásticos do planeta,<br />
sobretudo dos Oceanos.<br />
Vida<br />
Tem sentido quando reúnes<br />
as condições/ motivos/<br />
oportunidades para a viver.<br />
Viagem<br />
Austrália.<br />
Vício<br />
Doces.<br />
x<br />
Xenofobia<br />
Totalmente contra.<br />
Xadrez<br />
Adorava saber jogar.<br />
z<br />
Zoologia<br />
a ciência que estuda<br />
o animal.<br />
Zelo<br />
Privacidade.<br />
saber MARÇo 2019<br />
19
[DES]CONHECIDA ARTE<br />
FÁBIO BRITO<br />
Designer Gráfico<br />
Facebook Fabio Brito Design<br />
Este designer gráfico tem o dom<br />
da fotografia, um mundo mágico a<br />
que volta sempre que a ocasião se<br />
proporciona. Fábio Brito começou<br />
em criança a captar o mundo que<br />
tinha ao seu redor numa máquina<br />
fotográfica que pertencia a sua<br />
mãe e que estabeleceu uma relação<br />
que permanece inquebrável na<br />
atualidade. Tendo nascido no<br />
Funchal há 31 anos mas vivido na ilha<br />
de Porto Santo até aos três anos,<br />
frequentou o Ensino Especial no<br />
Funchal por causa da sua condição<br />
de surdo-mudo. Concluiu na cidade<br />
de Coimbra o ensino secundário e<br />
licenciou-se em Design e Multimédia<br />
na Escola Superior da Universidade<br />
de Coimbra. Tem permanecido na<br />
Fotografia com colaborações<br />
diversas, para empresas e privados<br />
na Madeira e em Porto Santo.<br />
Dulcina Branco<br />
FÁBIO BRITO<br />
20 saber MARÇo 2019
Como define Fotografia?<br />
- É-me muito difícil explicar. É um mundo mágico<br />
onde consigo extrair e expor toda a minha<br />
alma. É uma área artística, sem dúvida. Como<br />
sou surdo e não falo, penso que é uma forma<br />
que me possibilita falar com o coração e<br />
a mente.<br />
O facto de ser surdo mudo já o prejudicou,<br />
de alguma forma, no seu trabalho, nomeadamente<br />
fotográfico e como é que ultrapassa<br />
essa dificuldade?<br />
- Sim. É uma limitação e limita. Já me senti<br />
descriminado em relação a outros fotógrafos<br />
devido às minhas limitações mas tento ultrapassar<br />
essas situações e consigo gerir as emoções.<br />
Quando me pedem para fazer uma foto<br />
ou um determinado trabalho fotográfico, peço<br />
que escrevam, ou seja, peço que, façam esse<br />
pedido por escrito. Desta forma, percebo o<br />
que me pedem e tento corresponder o melhor<br />
possível.<br />
Como é que começou a fotografar?<br />
- Ainda em criança. A minha mãe tinha uma<br />
máquina antiga que acabei por estragar de<br />
tanto mexer nela. Não me lembro muito bem<br />
como foram as minhas primeiras fotos mas sei<br />
que adoro fotografar e aquilo que capto, fascina-me.<br />
O que é que gosta de fotografar?<br />
- Geralmente, paisagens. As paisagens oferecem-me<br />
tantos contextos! Mas também gosto<br />
muito de fotografar pessoas pois agrada-me<br />
captar sorrisos e situações.<br />
Com as novas tecnologias à disposição da<br />
fotografia, é mais fácil hoje fotografar do<br />
que há uns anos?<br />
- Sim. As tecnologias são fortes aliadas da fotografia,<br />
na atualidade. A foto que fiz do eclipse<br />
lunar era impensável realizá-la há uns anos.<br />
Uma boa aliada é a lente que foi desenvolvida<br />
neste campo.<br />
O que é que faz um bom fotógrafo?<br />
- Acho que é amar aquilo que se faz e dar o nosso<br />
melhor. Sou muito exigente comigo próprio.<br />
O que é uma boa Fotografia?<br />
- É aquela que capta o momento único, a<br />
essência e a magia. Temos a ideia que tem<br />
que obedecer a um padrão, obedecer a uma<br />
ou outra regra de composição mas cada um<br />
tem a sua própria visão do momento. Existem<br />
infinitas maneiras de se compor uma fotografia<br />
mas, na minha opinião, simplesmente tem<br />
de ter alma.<br />
Para quando uma exposição?<br />
- Tenho muitas fotos e sim, gostaria de, no<br />
futuro, realizar uma exposição em nome individual.<br />
s<br />
saber MARÇo 2019<br />
21
OPINIÃO<br />
O Novo Inimigo<br />
Público<br />
Era expectável que as mais de<br />
8 mil milhões de toneladas de<br />
plástico produzidas desde meados<br />
do século XX fossem resultar em<br />
consequências muito gravosas para<br />
o ambiente.<br />
Hélder Spínola<br />
Biólogo/Professor Universitário<br />
Há um novo inimigo público e, digo-o<br />
com muita satisfação, ainda bem. Há<br />
atos banais do nosso dia a dia, como<br />
beber uma garrafa de água ou abrir um<br />
pacote de arroz, que, de tão frequentes, e multiplicados<br />
por largos milhões, são hoje a causa de uma<br />
forma de poluição persistente que está a chegar a<br />
todo o lado, no Planeta e no nosso corpo. Falo-vos<br />
dos plásticos, um material produzido a partir do<br />
petróleo que, na natureza, demora centenas de<br />
anos até que a sua degradação ocorra. Era expectável<br />
que as mais de 8 mil milhões de toneladas de<br />
plástico produzidas desde meados do século XX<br />
fossem resultar em consequências muito gravosas<br />
para o ambiente. Estamos a falar de mais de uma<br />
tonelada de plástico por cada pessoa atualmente<br />
existente na Terra, plástico este que anda por aí,<br />
uma parte ainda em uso, mas a grande maioria já<br />
descartado no ambiente, em aterros e lixeiras, ou<br />
espalhados por mar, continentes e ilhas. É muito<br />
plástico! Vemo-lo nas praias, a boiar nas ondas<br />
do mar, esfiapado na vegetação nas margens das<br />
ribeiras, no meio dos silvados, nos nossos quintais,<br />
nos campos de cultivo, em todo o lado. E, mesmo<br />
sem o conseguirmos ver, os plásticos já estão nos<br />
nossos alimentos, na nossa água, no nosso sal e<br />
até no ar que respiramos, sob a forma de microplásticos.<br />
As correntes marinhas estão a acumular<br />
os plásticos em algumas zonas, como é o caso<br />
de um aglomerado que já atinge uma dimensão<br />
equivalente à Península Ibérica, localizado no<br />
Pacífico, próximo ao Arquipélago do Havai. Para<br />
além da poluição visual, estes plásticos afetam a<br />
vida marinha por se entalarem nos seus corpos<br />
ou serem ingeridos por confusão com alimentos.<br />
Por outro lado, com a sua fragmentação, originam<br />
microplásticos, tornando mais fácil a sua penetração<br />
na cadeira alimentar e impossibilitando qualquer<br />
ideia para a sua remoção do ambiente. Felizmente,<br />
talvez pela evidência e gravidade do problema,<br />
estamos atualmente a assistir a uma vaga<br />
de preocupações e ações de combate aos plásticos.<br />
Surgem medidas aos níveis europeu, nacional<br />
e regional, para além das ações que muitos cidadãos<br />
estão a implementar, para combater o plástico<br />
descartável. O primeiro combate está a ser feito<br />
contra o plástico de uso único, como o das palhinhas,<br />
cotonetes, copos, sacos, mas estão prometidas<br />
para breve medidas também contra as embalagens<br />
de plástico que, por exemplo, são utilizadas<br />
para engarrafar água ou sumos. Há uma ideia que<br />
me foi apresentada como sendo do atual Ministro<br />
do Ambiente e da Transição Energética, João<br />
Pedro Matos Fernandes, que resume muito bem a<br />
questão: não faz sentido que o plástico, um material<br />
feito para durar, seja utilizado em produtos<br />
para descartar. E é mesmo isto. O lugar do plástico<br />
não pode ser o descartável, o uso único. A sua<br />
aplicação faz mais sentido em produtos com um<br />
ciclo de vida útil longo. No entanto, a questão não<br />
pode ficar por aqui. É preciso mudar o paradigma<br />
e não, simplesmente, mudar o descartável de plástico<br />
para descartável de outro material qualquer,<br />
seja papel, vidro, metal ou bioplástico. É fundamental<br />
reduzir o descartável ao mínimo essencial.<br />
Apostar em soluções, algumas já usadas no passado<br />
outras inovadoras, para combater o descartável.<br />
Os lenços de pano devem regressar aos nossos<br />
bolsos e carteiras, para com eles enxugarmos<br />
as mãos em vez de utilizar guardanapos de papel,<br />
tão comuns nas casas de banho de uso público.<br />
As garrafas reutilizáveis devem andar sempre<br />
connosco, cheias com água da rede pública, que<br />
não deve nada à qualidade, em vez de comprarmos,<br />
e bebermos, água engarrafada. Quem tem,<br />
no trabalho, o hábito de tomar café fornecido por<br />
máquina de venda automática deve munir-se do<br />
seu próprio copo ou chávena reutilizável, em vez<br />
de contribuir com centenas de copos descartáveis<br />
para o lixo produzido todos os anos. São hábitos<br />
que, se forem mudados de forma coletiva, no<br />
trabalho, na família, na escola, entre amigos, são<br />
fáceis de assimilar e, inclusive, tornam a nossa vida<br />
bem mais interessante. s<br />
22 saber MARÇo 2019
EDUCAÇÃO<br />
Novas formas de pensar<br />
e estar em Educação<br />
Maria Hermínia<br />
Teixeira Pontes<br />
Maria Hermínia Teixeira Pontes,<br />
diretora Centro de Estudos Criativos<br />
da Criança - Bicho da Seda.<br />
O<br />
Centro de Estudos Criativos da<br />
Criança – Bicho da Seda, encontra-<br />
-se no seu 6.º ano de funcionamento.<br />
Acolhe crianças desde os 5 meses<br />
até aos 6 anos de idade, altura em que a criança<br />
ingressa no 1o Ciclo do ensino básico. Acolhe<br />
também crianças e jovens que frequentam<br />
os 1.º, 2.º e 3.º ciclos e Ensino Secundário, em<br />
formato de apoio individual, visando melhorias<br />
nos seus processos de ensino e aprendizagem.<br />
Trata-se de um projeto pensado à medida de<br />
cada criança e jovem, com o respeito pela singularidade<br />
de todas elas, contemplando também<br />
as interações socias que vão acontecendo no dia<br />
a dia dentro dos grupos e entre eles.<br />
É um projeto diferente, com um paradigma concetual<br />
diferente. A construção deste paradigma<br />
teve em conta uma perspetiva eclética, que<br />
contempla alguns aspetos de diferentes modelos<br />
educacionais. Além disso, integra as novas<br />
descobertas da neurociência, nomeadamente<br />
a unificação corpo/cérebro. Assim sendo, há<br />
efetivamente um caminho que se percorre diariamente<br />
em que a pedagogia anda de mãos<br />
dadas com a neurociência.<br />
É um projeto que aborda uma nova conceção<br />
da criança, que respeita as dinâmicas familiares<br />
vigentes e que proporciona aos seus colaboradores<br />
novas formas de pensar e estar em<br />
educação.<br />
Sabendo que o desenvolvimento da criança não<br />
é linear, que alguns desvios podem acontecer<br />
e que os mesmos terão implicações futuras na<br />
altura das aprendizagens formais, este contexto<br />
educativo estuda cada criança individualmente,<br />
para atuar no tempo ótimo em que estes desvios<br />
acontecem. É um projeto com muito rigor<br />
científico, mas que coloca em primeiro lugar a<br />
felicidade das crianças e das suas famílias.<br />
O nosso histórico indica-nos claramente que<br />
algumas das crianças que nos procuram são<br />
portadoras de Necessidades Educativas Especiais.<br />
O histórico indica-nos, igualmente, que o<br />
sucesso educativo com estas crianças tem sido<br />
muito elevado. Temos vindo a observar trajetórias<br />
de desenvolvimento muito bonitas e saudáveis.<br />
Estamos, sem sombra de dúvida, a trabalhar<br />
num projeto que se mostra verdadeiramente<br />
inclusivo.<br />
O projeto, de iniciativa privada, desde sempre<br />
sobreviveu exclusivamente com a mensalidade<br />
paga pelos pais (o que nem sempre é fácil). É<br />
projeto cujos princípios que o norteiam são diferentes<br />
do que se faz em termos de educação de<br />
infância na RAM, daí que, acreditamos que faz<br />
todo o sentido a sua existência no contexto do<br />
ensino regional. s<br />
saber MARÇo 2019<br />
23
BEM-ESTAR<br />
Sara<br />
de Freitas<br />
Sara de Freitas,<br />
Terapeuta Holística. sdf.terapeuta@gmail.com<br />
Internet<br />
A Água Energizada<br />
como Terapia<br />
O<br />
Sol é a própria vida deste nosso planeta<br />
e o grande médico da Humanidade.<br />
A energia solar e a água energizada<br />
são recursos que são usados no<br />
método designado por Cromoterapia e que permite<br />
reforçar e melhorar o nosso estado geral<br />
de saúde. A água energizada funciona como um<br />
componente energético que permite absorver<br />
as propriedades terapêuticas da energia solar.<br />
Além de energizar a água através do Sol, conseguimos<br />
também aproveitar os benefícios das<br />
cores através da Cromoterapia. Para o efeito,<br />
deve-se utilizar sempre uma garrafa de vidro e<br />
não de plástico, previamente lavada com água<br />
e sabão, e esterilizada. A garrafa pode ser transparente<br />
e deve ser envolvida em papel colorido,<br />
como por exemplo o celofane, material este que<br />
pode ser reutilizado, na cor pretendida, ou então<br />
utilizar uma garrafa colorida. Ambas as formas<br />
têm os mesmos benefícios e o mesmo tempo<br />
de exposição solar. A maneira mais simples de<br />
obter uma água energizada é a seguinte: comece<br />
por preparar a sua garrafa com a cor pretendida,<br />
encha de água, tape e coloque ao sol entre 40<br />
a 45 minutos, de preferência ao meio do dia; se o<br />
dia estiver de chuva, coloque a garrafa em exposição<br />
todo o dia. E como escolher a cor? A cor da<br />
garrafa ou do papel que a envolve tem a ver com<br />
a necessidade que a pessoa sente no momento,<br />
ou seja: Azul - relaxante, calmante, equilibrante;<br />
Verde - processos inflamatórios, problemas<br />
circulatórios; Amarelo - problemas<br />
intestinais no caso de retenção, restaurador<br />
de células, problemas glandulares; Laranja<br />
- energiza, problemas ósseos e musculares;<br />
Vermelho - restabelece o metabolismo, pressão<br />
arterial baixa, problemas circulatórios;<br />
Indigo - processos inflamatórios e infecciosos<br />
na fase inicial; Violeta - processos bacterianos<br />
e viroses. Após o processo de exposição ao sol,<br />
tome o conteúdo da garrafa nos próximos 15 a<br />
30 dias, dois copos diários, um copo de manhã<br />
e outro à noite antes de deitar. Aconselho a usar<br />
uma cor de cada vez, sendo que, a escolha da cor<br />
da garrafa é por mim indicada depois da avaliação<br />
do problema que a pessoa que a mim recorre,<br />
apresenta. Avaliada a situação e a causa principal<br />
do problema, indico a cor a utilizar com vista<br />
à resolução do problema de saúde. Em síntese:<br />
“Poderemos fazer onde estivermos recorrendo<br />
aos benefícios da energia solar na sua forma<br />
mais pura e mais ampla. Basta querermos!”. s<br />
24 saber MARÇo 2019
o blogue de...<br />
Há muito que me apetece escrever<br />
sobre isto. Por todos os motivos e<br />
mais alguns. A minha vivência com<br />
o meu Pai sempre me fez acreditar<br />
e gostar da Paternidade. Gostar genuinamente<br />
da relação entre um Pai e um Filho.<br />
Seja numa posição ou noutra. Tenho para<br />
mim que o Pai deve ser um super-herói. Mesmo<br />
depois de velhinho e com alguma limitação<br />
que possa vir a ter. Aos meus olhos foi, é<br />
e será sempre um super-herói. O meu Herói.<br />
O Johnny Depp quando pegou no primeiro<br />
filho ao colo pela primeira vez, terá dito<br />
alguma coisa do género: “ah! Então é para<br />
isto que eu existo!”. Não sei se será bem só<br />
para ser Pai que se existe. Mas, na minha opinião,<br />
nenhuma existência é plena sem se ser<br />
Pai. Sem participar na concepção e educação<br />
de uma ou mais crianças. E o meu Pai fê-<br />
-lo. De forma exemplar. Três vezes. Ou seja,<br />
se mais nada lhe restar na vida, terá sempre<br />
a consciência que ajudou a conceber e<br />
a educar três pessoas. Com forças e fraquezas,<br />
com qualidades e defeitos. Mas, acima<br />
de tudo, gente boa. Sobre os meus Irmãos,<br />
asseguro-vos que são gente boa. Sobre mim,<br />
é deselegante estar a por-me medalhas de<br />
bom comportamento. Quem me conhece<br />
terá seguramente a sua opinião. O meu Pai<br />
é um Homem bom. Foi disciplinador quando<br />
teve de ser, foi doce e incentivador quando<br />
teve de ser. E primou (e prima) pelo equilíbrio<br />
dos conselhos que dá. Pela facilidade<br />
que tem em dar tudo o que pode aos Filhos,<br />
ensinando-lhes ao mesmo tempo o valor do<br />
trabalho honesto e o orgulho que se deve ter<br />
em atingir objectivos. Sejam eles materiais<br />
ou não. E pela naturalidade com que nunca<br />
pediu nada em troca e que abdicou de muita<br />
coisa em favor da prole. O meu Pai é Granmiguel<br />
pires<br />
músico<br />
miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)<br />
Do Pai<br />
INTERNET<br />
de. E quando ele for embora, asseguro-vos<br />
que o Mundo vai ficar muito mais pobre. Eu<br />
vou ficar muito mais pobre. Vai faltar-me um<br />
pedaço. Apetecia-me pedir-lhe que vivesse<br />
para sempre. Mas isso é o meu lado egoísta.<br />
Peço-lhe então que fique por cá enquanto<br />
puder. Porque isto sem ele não é a mesma<br />
coisa... Confesso-vos que há muito gostava<br />
de ser Pai. Acima de tudo e antes de<br />
tudo, pelo exemplo que tenho em casa (…).<br />
Tenho noção plena, pelos exemplos de casa<br />
e de amigos meus que já o são, da responsabilidade<br />
e da entrega que são necessárias.<br />
Que são obrigatórias. A imagem que mais<br />
me ocorre quando penso em como gostaria<br />
de ser Pai é a de uma Criança (que não pediu<br />
para nascer) a dar-me um puxão nas calças e<br />
a pedir-me ou a queixar-se de alguma coisa.<br />
E tudo pára. Tudo tem de parar para lhe dar<br />
atenção. A atenção que ela pede, precisa e<br />
merece. Durante o tempo que for necessário.<br />
E tudo o que me apoquentar tem de ficar em<br />
“stand-by”. Porque o que ela precisa é de um<br />
super-herói. Não é de um homem normal. A<br />
vida muda quando somos Pais. Muda de um<br />
momento para o outro. E muda para sempre.<br />
Para melhor. Ao meu Pai agradeço-lhe por<br />
tudo o que fez e por tudo o que não fez. Agradeço-lhe<br />
desde já por tudo o que vai fazer.<br />
Por ser quem é. Por existir. E espero, com<br />
todo o meu coração, um dia poder ser metade<br />
do Homem que ele é. E espero, eventualmente,<br />
poder vir a ser metade do Pai que ele<br />
é. Se fosse só assim, os meus Filhos já seriam<br />
seguramente felizes. Exemplos e outras pessoas<br />
que admiro em várias áreas, também<br />
as há. Como é óbvio. Mas exemplo de vida e<br />
de humanidade, só tenho dois: os meus Pais.<br />
Beijos & Abraços, MP. Nota final - penso que<br />
em Maio escrevo sobre a Mãe. s<br />
saber MARÇo 2019<br />
25
PUBLIREPORTAGEM<br />
Funchal aposta em Festival<br />
de Teatro de Rua na Primavera<br />
Câmara Municipal do Funchal.<br />
A<br />
cidade do Funchal terá, este ano, um<br />
inédito festival de teatro de rua, que<br />
será promovido pela Câmara Municipal,<br />
entre os dias 11 e 13 de abril.<br />
Paulo Cafôfo explica que “o Festival de Teatro<br />
de Rua do Funchal é uma das novidades<br />
do programa cultural anual do Município, e<br />
tem como principais objetivos a promoção<br />
de projetos e artistas regionais, a mobilização<br />
de públicos diferenciados e, ainda, a revitalização<br />
do comércio local, pelo que contamos<br />
que os nossos comerciantes adiram a mais<br />
esta iniciativa e capitalizem-na a favor dos<br />
seus negócios. O evento será organizado em<br />
parceria com a Fundação INATEL e com o Teatro<br />
Bolo do Caco, e levará às ruas e praças do<br />
município projetos de teatro regionais, mas<br />
também nacionais, numa manifestação cultu-<br />
26 saber MARÇo 2019
al a céu aberto que vai procurar interagir não<br />
só com os espaços circundantes, mas igualmente<br />
com o público presente. Estão previstos<br />
três dias dedicados às mais diversas manifestações<br />
culturais através da arte teatral, utilizando<br />
o espaço público como autêntica sala<br />
de espetáculos ao ar livre. O programa irá prolongar-se<br />
pelo dia e irá percorrer estrategicamente<br />
o Largo do Chafariz, o Largo do Corpo<br />
Santo, o Largo do Município, o Largo da Restauração<br />
(Avenida Arriaga) e a Praça Cristóvão<br />
Colombo (Praça Amarela). No cerne do projeto<br />
está a valorização deste que é um património<br />
cultural imaterial português e madeirense,<br />
através de experiências que se pretendem<br />
imersivas para quem estiver a assistir. Destaca-se,<br />
de igual modo, o vínculo ao espaço edificado<br />
envolvente e a transposição de barreiras<br />
linguísticas, dado o predomínio da expressão<br />
corporal, da mímica e de outros formatos<br />
de alcance universal. Paulo Cafôfo relembra<br />
que “a cidade do Funchal tem-se notabilizado,<br />
ao longo dos últimos anos, por uma indiscutível<br />
vitalidade cultural, decorrente, em grande<br />
parte, dos projetos que a Autarquia tem vindo<br />
a promover, com especial atenção a conceitos<br />
novos e irreverentes, fruto de uma conjugação<br />
de esforços com os agentes locais, sendo<br />
de destacar, sem qualquer dúvida, a mais-<br />
-valia para a cidade que tem sido trazida por<br />
este tipo de parcerias.” O Presidente acrescenta<br />
que o festival terá igualmente uma vertente<br />
formativa dirigida a várias faixas etárias,<br />
“o que salienta o seu carácter versátil e diferenciador,<br />
pretendendo-se não só descentralizar<br />
e democratizar o acesso à cultura na<br />
cidade, transportando-a a públicos e locais<br />
distintos, mas também valorizar o seu potencial<br />
educador em termos sociais e culturais.”<br />
Comerciantes locais serão convidados a ter<br />
um papel-chave. Para Paulo Cafôfo, “um dos<br />
efeitos assegurados por iniciativas como esta<br />
é o aumento da circulação de pessoas pelas<br />
artérias e praças do Funchal, o que constitui,<br />
desde logo, uma excelente oportunidade<br />
para os nossos comerciantes dinamizarem<br />
os seus espaços, associando-se a um festival<br />
que está na rua exatamente para interagir<br />
com quem vive diariamente na nossa cidade,<br />
desde cidadãos de todas as idades, passando<br />
pelos negócios e produtos locais, até os turistas<br />
que nos visitam.” A Câmara Municipal do<br />
Funchal conta, por isso, com a restauração e<br />
o comércio local para que se associem a mais<br />
esta iniciativa, e apresentem menus e propostas<br />
próprias, no sentido de capitalizar a<br />
curiosidade das pessoas e fixar as audiências<br />
onde as performances estiverem a decorrer.<br />
Ao longo das próximas semanas, os técnicos<br />
do Departamento de Economia e Cultura da<br />
CMF irão abordar presencialmente os comerciantes<br />
das zonas em causa neste sentido. O<br />
Presidente termina com a convicção de que<br />
“a iniciativa será mais um exemplo de sucesso<br />
da cultura como veículo dinamizador da economia<br />
local, valorizando o espaço público e o<br />
património edificado, mas também o talento<br />
regional, que precisa de palco para brilhar<br />
e ser reconhecido, quer pelos madeirenses,<br />
quer por todos aqueles que nos visitam, tendo<br />
como principais aliados os nossos comerciantes,<br />
com quem temos trabalhado em tão<br />
grande proximidade nos últimos anos, neste<br />
processo de revitalização urbana com a qual<br />
temos todos tanto a ganhar.” s<br />
PUB<br />
saber MARÇo 2019<br />
27
viajar coM saber<br />
ANTÓNIO CRUZ<br />
AUTOR E VIAJANTE › antonio.cruz@abreu.pt<br />
Malta<br />
1] A tonalidade das texturas é perfeita ao final de mais um dia de soalheiro<br />
e de temperaturas amenas. O casario típico, as cúpulas sempre<br />
a despontar para onde quer que se vir o olhar, a harmonia das cores e<br />
dos toques contrastantes. Malta é uma lição de arquitectura que atravessa<br />
a História.<br />
Malta, esse país-ilha ali no fundo da Europa quase a confinar<br />
com culturas mais orientais. Um lugar de História e Património<br />
verdadeiramente exemplares no que a simbolismo e riqueza<br />
diz respeito. Um país onde já queria ter ido e que consegui<br />
finalmente transportar do sonho à materialização do mesmo.<br />
António cruz › António Cruz escreve de acordo com a antiga ortografia.<br />
1]<br />
Perdida a conta das vezes que já fui por Nova Iorque, e<br />
estando agora a braços com um projecto de Viagens (im)<br />
prováveis, que passa muito pro ir ao encontro de lugares<br />
e espaços diferentes dos habitualmente visitados, Coney<br />
Island era um daqueles que já andava debaixo de olho. Foi<br />
desta!<br />
28 saber MARÇo 2019
2]<br />
3]<br />
2] Lugares como Mosta, e a sua magnífica catedral,<br />
fazem-nos perceber o quão importante e significativo é<br />
o percurso deste país que foi decisivo no conflito mundial<br />
da 2ª grande guerra. Por aqui se travaram batalhas<br />
e foram lançadas bombas destruidoras.<br />
3] Reconhecida pelas suas baías de águas cristalinas e<br />
sossegadas, ao longo do litoral maltês vamo-nos cruzando<br />
com lugares que, não sendo perfeitos, conseguem<br />
imitar a perfeição de lugares que afinal são só deles.<br />
Com cristalinidade e azuis q.b.<br />
5] De pronúncia, e grafismo complicados, a vila de pescadores<br />
de Masarxlokk é a mais atractiva e digna de postal ilustrado,<br />
prometendo momentos de evasão sensorial enquanto<br />
se degusta um fabuloso robalo na companhia de um branco<br />
bem fresco e frutado. O paraíso afinal não fica assim tão longe.<br />
4]<br />
5]<br />
4] Pequeninas vilas, singelas aldeias, Malta é polvilhada por umas e<br />
outras, sem nunca se esquecerem do mar e dos que por ali espreitam<br />
a imensidão dos horizontes e a ternura dos lugares poéticos. Que<br />
[nos] sorriem em plenitude.<br />
6] E porque ir a Malta sem ir a Comino e a Gozo não faz sentido, nada<br />
como atravessar a ilha até norte e ali apanhar uma embarcação ou um ferry<br />
que nos leve às ilhas. E a esses azuis que se fazem maravilhosos. Com<br />
o património sempre à espreita, sempre presente em qualquer olhar.<br />
6]<br />
7] E uma palavra final, sem excessos, para o fabuloso Hotel<br />
Westin Dragonara, onde me “aquartelei” durante uma semana<br />
de descobertas e acumulação de conhecimentos e tesouros<br />
que guardarei em mim com a certeza de um regresso.<br />
7]<br />
saber MARÇo 2019<br />
29
CINEMA<br />
Título Original<br />
Snu<br />
Realizador<br />
Patrícia Sequeira<br />
Actores<br />
Inês Castel-Branco, Pedro Almendra, Nádia<br />
Santos<br />
Género<br />
Drama, Biografia<br />
Classificação<br />
M/12<br />
País<br />
Portugal<br />
Data de estreia<br />
06/03/2019<br />
Distribuidora<br />
NOS Audiovisuais<br />
Ano<br />
2019<br />
Duração (minutos)<br />
120<br />
Snu<br />
Snu é dinamarquesa e a fundadora da<br />
editora D. Quixote, publicando livros<br />
que desafiam a censura do Estado<br />
Novo. Francisco é um dos mais carismáticos<br />
políticos portugueses. Ambos são<br />
casados. Ele tem cinco filhos e ela tem três.<br />
Snu Abecassis conhece Francisco Sá-Carneiro<br />
no dia 6 de Janeiro de 1976. Apaixonam-se<br />
irremediavelmente e decidem assumir esse<br />
amor num Portugal em plena reconstrução<br />
das cinzas do fascismo, abalando as convenções<br />
nacionais. Partilham valores e ambição,<br />
lutam juntos pela democracia e pela liberdade,<br />
deixando a sua marca na política e na<br />
sociedade. Morrem tragicamente em 1980,<br />
protagonizando uma das grandes histórias<br />
de amor do século XX. s<br />
Dulcina Branco<br />
cinemas.nos.pt/filmes e www.meo.pt/ filme-snu<br />
30 saber MARÇo 2019
TECNOLOGIA<br />
Mobile World Congress: o 5G<br />
e os smartphones dobráveis<br />
A<br />
Mobile World Congress decorreu no<br />
final de fevereiro, como costuma<br />
ser, e o MaisTecnologia.com esteve<br />
presente no evento para conhecer<br />
todas as novidades na área mobile. Há<br />
uma coisa que se destacou: o 5G, que será a<br />
conectividade do futuro. Futuro breve, tendo<br />
em conta o quanto vimos a sua referência em<br />
toda a feira. Parece não haver dúvidas que o<br />
5G irá dominar o ano de 2019, apesar de sinceramente<br />
ter algumas dúvidas sobre a veracidade<br />
desta afirmação, este é a grande referência<br />
da MWC para quem esteve dentro da<br />
feira, mas é inegável que o que mais se destacou<br />
para o público em geral foi o novo smartphone<br />
dobrável da Huawei, o Mate X.<br />
Não há quaisquer dúvidas que o 5G, assim<br />
que chegar, permitirá chegar a novos níveis<br />
na conexão tecnológica em tempo real, sejam<br />
os carros autónomos, a transferência de<br />
dados, os jogos em tempo real, seja as mil e<br />
uma opções que a tecnologia poderá fazer<br />
com o acesso mais rápido à internet. Na feira,<br />
todas as empresas falaram do 5G, seja por<br />
parte das empresas de infraestruturas, para<br />
promoverem o que já conseguem fazer e<br />
demonstrarem que já estão preparados para<br />
o 5G, seja das fabricantes, que grande parte<br />
falou ou apresentou dispositivos com 5G.<br />
Começando pela Samsung, que falou desse<br />
equipamento mas não revelou o preço,<br />
até à OnePlus, que no stand da Qualcomm<br />
tinha o seu equipamento preparado para o<br />
5G. Nesta área, o grande destaque foi para<br />
a Xiaomi, que apresentou o Mi Mix 3 5G que<br />
custará (apenas) 549€, um preço arrebatador,<br />
quando os valores que se têm falado<br />
para estes equipamentos são superiores aos<br />
1000€. Mas além do 5G, houve outro aspeto<br />
que não pode passar ao lado, a chegada<br />
dos ecrãs dobráveis e da apresentação dos<br />
primeiros smartphones, sendo de destacar o<br />
novo Mate X, a aposta da Huawei que muito<br />
impressiona.<br />
Com todas as inovações a que temos direito,<br />
o Mate X promete ser o equipamento dobrável<br />
que todos queremos, com especificações<br />
de topo e 5G, sendo que vários jornalistas<br />
tiveram a oportunidade de experimentar<br />
o produto, e está funcional e recomenda-se.<br />
No entanto, o preço não é para qualquer bolso,<br />
já que o equipamento irá custa 2299€. Mas<br />
apesar de este ser o smartphone dobrável<br />
que mais nos impressionou, há outros dois<br />
que temos de referir, o Samsung Fold, que<br />
ainda só vimos imagens e nem fotografias<br />
foi possível captar durante o MWC 2019, mas<br />
também o Royole FlexPai, o primeiro smartphone<br />
dobrável que já está em pré-venda e<br />
é o primeiro dobrável que podemos experimentar.<br />
Apesar de o equipamento ter algumas<br />
falhas, a sua funcionalidade é melhor do<br />
que esperávamos, tendo em contas os vários<br />
vídeos sobre o equipamento que existem na<br />
internet. No entanto, podemos verificar algumas<br />
folgas na área dobrável do smartphone,<br />
o que é a grande questão neste inovação: Até<br />
que ponto estes equipamento são fiáveis?<br />
Teremos de esperar para ver, mas sem dúvida<br />
que este ano de 2019 há duas coisas que iremos<br />
ouvir falar e muito: o 5G e os smartphones<br />
dobráveis. s<br />
www.maistecnologia.pt (MaisTecnologia- portal<br />
informativo sobre tecnologia) e T3<br />
saber MARÇo 2019<br />
31
DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA<br />
Dia Europeu da Terapia da Fala:<br />
“Autismo: a comunicação faz<br />
toda a diferença”<br />
Carlota Nunes e Ana Marques<br />
Terapeutas da Fala (exercem funções no Centro de Desenvolvimento da<br />
Criança do Hospital Dr. Nélio de Mendonça e integram a Associação dos<br />
Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica da RAM).<br />
TSDT MADEIRA<br />
Carlota Nunes<br />
e Ana Marques<br />
No dia 6 de Março, comemora-se o Dia<br />
Europeu da Terapia da Fala. A comemoração<br />
desta data visa consciencializar<br />
a comunidade para as perturbações<br />
da comunicação, linguagem e fala,<br />
bem como para os distúrbios da deglutição e<br />
da importância que o terapeuta da fala tem<br />
na reabilitação/habilitação destas capacidades.<br />
Este ano, e sob o tema: “Autismo: a comunicação<br />
faz toda a diferença”, damos a conhecer<br />
um pouco mais sobre esta perturbação e o<br />
papel do terapeuta da fala na intervenção com<br />
esta população. Segundo a Associação Americana<br />
de Psiquiatria, as Perturbações do Espetro<br />
do Autismo (PEA) «são um síndroma neuro-comportamental<br />
com origem em perturbações<br />
do sistema nervoso central que afeta o<br />
normal desenvolvimento da criança. Os sintomas<br />
ocorrem nos primeiros três anos de vida<br />
e incluem três grandes domínios de perturbação:<br />
social, comportamental e comunicacional».<br />
Não havendo nenhum marcador biológico<br />
específico para identificar o autismo, as PEA<br />
são identificadas através dos comportamentos<br />
clinicamente observáveis. As características do<br />
autismo estão descritas em sistemas internacionais<br />
de diagnóstico e classificação: o DSM-<br />
5 da Associação Americana de Psiquiatria e o<br />
ICD 10 da Organização Mundial de Saúde. (…).<br />
O autismo é uma das mais graves perturbações<br />
de desenvolvimento da criança, que resulta<br />
numa incapacidade que se prolonga durante<br />
toda a vida. Está geralmente associada a dificuldades<br />
em utilizar a imaginação, em aceitar alterações<br />
de rotinas, a um défice de atenção e de<br />
concentração, à falta de motivação e à exibição<br />
de comportamentos estereotipados, implicam<br />
também um défice na flexibilidade de pensamento<br />
e um modo de aprender particular. (…).<br />
A intervenção adequada nesta patologia deve<br />
ser personalizada e ajustada a cada indíviduo.<br />
(…) Crianças com uma PEA deverão ser acompanhadas<br />
por uma equipa multidisciplinar<br />
onde intervenham diversos profissionais. (…)<br />
As componentes desta intervenção poderão ser<br />
a nível farmacológico (quando e se necessário,<br />
dependendo do grau de severidade), comportamental,<br />
educacional e psicológico. As intervenções<br />
na comunicação e linguagem são de<br />
grande importância, uma vez que o desenvolvimento<br />
destas capacidades<br />
são os preditores mais<br />
fortes na evolução da perturbação,<br />
ou seja, tornam-se<br />
indicadores de um bom ou<br />
mau prognóstico. Por tal, o<br />
desempenho da linguagem<br />
expressiva é uma característica<br />
importante a avaliar em<br />
termos de prognóstico, uma<br />
vez que, segundo diversos<br />
estudos, é um bom preditor<br />
a longo prazo. É inquestionável<br />
a importância do<br />
papel do terapeuta da fala<br />
na intervenção com estas<br />
crianças, uma vez que este<br />
profissional poderá ajudar a<br />
reabilitar/habilitar uma das ferramentas mais<br />
poderosas através da qual todos nós podemos<br />
aprender. (…) A Terapia da Fala nas PEA tem<br />
como objetivo diminuir a frequência ou até<br />
mesmo eliminar as formas pré-simbólicas não<br />
convencionais (p.e. gritos), substituindo-as por<br />
instrumentos convencionais de comunicação,<br />
pré-simbólicos e simbólicos, alargando as suas<br />
intenções comunicativas às categorias pragmáticas<br />
não utilizadas. (…) O desenvolvimento<br />
da capacidade de comunicação significará<br />
para estas crianças uma maior compreensão<br />
do que acontece à sua volta, bem como maiores<br />
possibilidades de expressarem as suas próprias<br />
necessidades e o acesso a atividades mais<br />
complexas (ensino). s<br />
32 saber MARÇo 2019
NUTRIÇÃO<br />
Alison Karina<br />
de Jesus<br />
Alison Karina de Jesus<br />
Nutricionista (2874N)<br />
facebook.com/nutricionalmentebem<br />
instagram.com/nutricionalmentebem<br />
alisonkjesusnutricionista@gmail.com<br />
Internet<br />
Março: o mês da primavera<br />
Já estamos em março! Num abrir e<br />
fechar de olhos chegou o mês da primavera.<br />
Para além disso, celebramos<br />
este ano o carnaval, altura em que as<br />
malassadas e os sonhos banhados em mel,<br />
açúcar ou canela são os grandes anfitriões<br />
no meio dos trapalhões. Apesar da época<br />
de carnaval ser relativamente curta sempre<br />
há lugar para alguns excessos alimentares<br />
e em termos de bebidas alcoólicas, daí ser<br />
crucial uma boa hidratação. Lembre-se que<br />
água é sempre a melhor opção. Para compensar<br />
estes excessos calóricos não há forma<br />
melhor do que através do aumento da prática<br />
de atividade física. Não tem tempo? Lembre-se<br />
que o dia tem 1440 minutos, só precisa<br />
de pelo menos 30 minutos para realizar<br />
atividade física. Desde dança, corrida, subir<br />
e descer escadas ao invés de usar os elevadores….<br />
Tudo conta e verá que a sua saúde<br />
agradecerá. Por falar em escolhas inteligentes,<br />
muitas vezes há a ideia de que após<br />
os excessos é necessário optar por uma dieta<br />
detox, de maneira a “desintoxicar” o organismo<br />
dos excessos cometidos… Felizmente<br />
temos órgãos como os rins e fígado que<br />
já tratam dessa desintoxicação naturalmente.<br />
Resumindo: Uma alimentação saudável,<br />
entenda-se por completa, equilibrada e variada,<br />
sem carências nutricionais juntamente<br />
com a prática regular de atividade física, um<br />
sono de qualidade, assim como evitar situações<br />
geradoras de stress e que são os ingredientes<br />
da dieta detox, que deverá praticar no<br />
seu dia-a-dia. Para além disso, é importante<br />
que procure ser “detox” com o ambiente que<br />
o rodeia. As nossas escolhas alimentares têm<br />
impacto não só na sua saúde e carteira mas<br />
também no meio ambiente. Procure escolher<br />
alimentos locais, assim ajuda não só a economia<br />
local e aos pequenos agricultores, como<br />
também evita que os alimentos viajem quilómetros<br />
e quilómetros até chegar à sua casa,<br />
ao seu prato. Perdem-se características nutricionais<br />
como também prejudica o ambiente.<br />
Outro aspeto importante é respeitar a sazonalidade<br />
dos alimentos. Assim que quando for<br />
às compras opte pelos chamados “alimentos<br />
da época”. Em termos de frutas desta época<br />
podemos destacar: a tangerina, pera, maçã,<br />
limão, laranja, kiwi, banana, ananás e amora.<br />
Em relação aos hortícolas: abóbora, acelga,<br />
agrião, alface, beterraba, brócolos, couves,<br />
espinafres, grelos, nabiças, nabo, rabanete,<br />
repolho e rúcula são alguns exemplos de hortícolas<br />
da época. Não se deixe enganar pelos<br />
mitos. Faça sempre escolhas inteligentes e<br />
na dúvida, consulte um nutricionista. Certifique-se<br />
sempre que o seu nutricionista é mesmo<br />
um profissional dessa área. Para tal, basta<br />
consultar o registo nacional no site da Ordem<br />
dos Nutricionistas. Como acontece em todas<br />
as áreas, infelizmente também na nutrição<br />
temos os “falsos profetas” e cabe-nos a todos<br />
colocar a nutrição na Ordem. s<br />
saber MARÇo 2019<br />
33
DICAS DE MODA<br />
Lúcia Sousa<br />
Fashion Designer Estilista › 914110291<br />
www.luciasousa.com<br />
Facebook › LUCIA SOUSA-Fashion Designer estilista<br />
1.ª Comunhão Vintage<br />
Aproxima-se a época das primeiras<br />
comunhões. Nesta rubrica, apresento<br />
um vestido com inspiração<br />
no estilo “vintage”. A escolha deste<br />
vestido foi pensada ao pormenor e glamour<br />
pela Susana Silva, mãe da princesa<br />
Leonor. Susana Silva, apaixonada por rendas,<br />
optou por um vestido em tons de marfim.<br />
Uma das características principais é a<br />
silhueta sem volume na saia com sobreposição<br />
de várias camadas de tecidos. Os tecidos<br />
de renda, linho e seda resultaram numa conjugação<br />
muito interessante e elegante para o<br />
dia especial de princesa. s<br />
Agradecimento: Susana e Leonor.<br />
Lúcia Sousa<br />
Tiago Sousa - No Words Productions<br />
34 saber MARÇo 2019
saber MARÇo 2019<br />
35
MAKEOVER<br />
Mary Correia de Carfora<br />
Maquilhadora Profissional › Facebook Carfora Mary Makeup<br />
A<br />
Marta é mais uma princesa de “Um<br />
dia com Mary Carfora”. A Marta foi<br />
mãe de três filhos. Dois estão no<br />
Céu. Um na Terra. Como entender<br />
este sofrimento? Mais uma guerreira e que<br />
é um exemplo de vida e para a vida. Diz-se<br />
que “Não há pé tão pequeno que não deixe<br />
pegadas no coração de alguém”. É verdade.<br />
E comprova-se na história de vida da Marta<br />
que nos contou. “Chamo-me Marta Gomes<br />
e os meus anjos chamam-se Martim, e Maria<br />
Helena. O Martim foi concebido em 2008, tendo<br />
nascido de 32 semanas. Foi diagnosticado<br />
com hérnia diafragmática com 650 gramas.<br />
Morreu no parto. Mandei o seu corpo<br />
para a Universidade no Porto para estudo.<br />
Não querendo fazer funeral, e como eu tinha<br />
uma criança de 8 anos, o Gonçalo, achámos<br />
que seria melhor assim. Passados sete anos,<br />
engravidei novamente. Estava com 42 anos e<br />
fiquei grávida de uma menina. Uma benção,<br />
sim, porque os nossos filhos são uma benção<br />
de Deus. A Maria Helena era uma menina<br />
muito forte, cheia de vida, pontapés a todo<br />
o momento. Uma gravidez normal, análises<br />
normais, tudo normal dentro do período<br />
gestacional. Uma vez que as análises estavam<br />
normais , tudo dentro dos parâmetros<br />
normais, decidimos não fazer amniocentese.<br />
Acontece que, numa consulta gestacional,<br />
feita a ecografia detetou-se que a Maria tinha<br />
dificuldade em abrir as mãos. Nada de alarmante,<br />
disseram-nos, mas que seria de analisar<br />
por outro médico. Assim foi. Voltei ao<br />
hospital e feita nova ecografia, voltou a verificar-se<br />
que a bebé continuava com as mãos<br />
fechadas. Por causa desta situação, estive no<br />
internamento durante um mês. Depois disto,<br />
a Maria Helena nasceu de cesariana planeada<br />
a 28 de Outubro de 2015. A minha filha nasceu<br />
e não chorou. Ora, aquele momento porque<br />
todas as mães aguardam quando nasce<br />
o seu filho, não aconteceu. A Maria Helena<br />
não chorou. Foi um entra e sai do bloco operatório.<br />
A Maria Helena foi entubada e ligada<br />
às máquinas, mais precisamente a um ventilador<br />
que a ajudava a respirar. Foi colocada<br />
numa incubadora nos Cuidados Intensivos. A<br />
nossa menina tão pequenina e tão frágil lutava<br />
agora pela vida. Nestes momentos, tudo<br />
pela nossa cabeça!. Estava tudo a acontecer<br />
uma vez mais! Não! Não pode ser! Deus não<br />
iria permitir tal coisa! Nenhuma mãe merece<br />
ver os seus filhos sofrer e morrer!. Mas com<br />
todos os cuidados de todos, a Maria Helena<br />
recuperou, até que, de um momento para<br />
outro, piorou. Voltou para o ventilador. Sentimos<br />
que ela lutou pela sua vida até que houve<br />
um momento em que nada mais havia a<br />
fazer. Não se conseguia fazer mais. Ao fim de<br />
cinco dias de luta, foi-nos dada a pior notícia:<br />
pediram-nos que fossemos despedir da nossa<br />
filha, da irmã. A Maria Helena morreu no<br />
dia 2 de novembro de 2015 aos seis dias de<br />
vida. Tudo acabou. Ficamos sem chão. Que<br />
mal fiz eu a Deus por merecer tamanha injustiça,<br />
tanto sofrimento? Metade de mim, metade<br />
de nós, partiu com a morte da Maria Helena.<br />
Revoltei-me contra Deus. Que Deus permite<br />
estas coisas?. Com o tempo, foi acontecendo<br />
o discernimento da situação. Aos poucos,<br />
vamos fazendo o nosso luto, encontrando<br />
forças para viver, sobreviver. Voltei-me<br />
para Deus e fortaleci o meu espírito. Quando<br />
olho para o meu filho, atualmente com<br />
15 anos, e ele me diz que eu ainda tenho um<br />
filho (mas perdi outros dois) aí tudo se transforma.<br />
Toda aquela dor, a revolta vai sendo<br />
atenuada por uma oportunidade de vida que<br />
é o meu filho, um ser especial que precisa da<br />
sua mãe para viver. Então, agarro-me à vida<br />
e faço o meu luto. É doloroso de se viver porque<br />
nunca estamos completos e completamente<br />
felizes. A minha menina Maria Helena<br />
é o meu anjo. O meu Martim é o outro meu<br />
anjo. Estão os dois no céu e são anjos do<br />
Amor. Então, penso: sou grata a Deus por me<br />
ter dado o dom de ser mãe. Voltava a fazer<br />
tudo de novo ? Sim, voltava. Há uma diferença<br />
entre ter e não ter, e eu tive. Por tudo, agradeço<br />
ao meu filho Gonçalo e ao meu marido.<br />
O meu eterno amor e agradecimento a estes<br />
dois seres maravilhosos”.<br />
Este “Um dia com...” teve a ajuda de pessoas<br />
maravilhosas que dão o seu amor e tempo<br />
sem esperar nada em troca. O meu muito<br />
obrigado a todos. s<br />
Mary de Carfora.<br />
36 saber MARÇo 2019
Um dia com...<br />
Marta Gomes<br />
‹ Antes Depois ›<br />
Patrocinado por: Batalha HairStylist, Loja Noir, Saudade Madeira, Bárbara Photography, Perfumes & Companhia, Revista Saber Madeira, A Tulipa.<br />
saber MARÇo 2019<br />
37
MOTORES<br />
Ao volante do novo RAV4:<br />
o SUV 100% híbrido da Toyota<br />
É<br />
a mais recente novidade da Toyota e<br />
já se encontra à venda em Portugal,<br />
tendo inclusivamente algumas unidades<br />
já vendidas na nossa região. Falamos<br />
do novo Toyota RAV4, o SUV 100% híbrido<br />
do construtor nipónico que se apresenta<br />
ao público de cara lavada e cheio de argumentos<br />
capazes de cativar a sua atenção e de<br />
atiçar o seu desejo de querer ter um na sua<br />
garagem. Quando em 1994, a Toyota lançou o<br />
RAV4, este veículo assumiu-se como um lançamento<br />
pioneiro que combinava a capacidade<br />
de chegar a qualquer lugar com a robustez<br />
de um veículo de dimensões compactas e próximas<br />
dos veículos usados no dia a dia. Desta<br />
feita, a marca nipónica apresenta esta quinta<br />
geração com um estilo diferente e uma abordagem<br />
SUV muito completa. Comecemos pelo<br />
motor. Trata-se de, uma versão híbrida com<br />
2500 centímetros cúbicos e 218 cavalos. Surpreendido?<br />
Mas mal começamos!. O motor<br />
2.5 Hybrid Dynamic Force Engine de 218 cavalos<br />
pode chegar mais rápido, mais alto e mais<br />
longe, já que tem menos peso e mais potência<br />
do que nunca; e a tudo isto aliam-se características,<br />
como um baixo centro de gravidade<br />
e uma rigidez de carroçaria significativamente<br />
maior, sem que, contudo, se perdesse espaço<br />
interior. Os principais componentes, nos<br />
quais se incluem a Unidade de Controlo de<br />
Potencia e a bateria de hidretos metálicos de<br />
níquel, são mais compactos e leves, projetados<br />
para reduzir as perdas elétricas e mecânicas. O<br />
novo motor de quatro cilindros de injeção direta<br />
e indireta permite uma maior economia de<br />
combustível, já que conseguimos consumos na<br />
ordem dos 4 litros em regimes mais folgados e<br />
nunca ultrapassando os 6,5 litros/100km quando<br />
tentamos pôr os 218 cavalos todos no terreno.<br />
O novo RAV4 é ainda o primeiro Toyota a<br />
beneficiar de recursos adicionais para o Toyota<br />
Safety Sense, ampliando tecnologias avançadas<br />
para a prevenção de acidentes e que fornecem<br />
ao condutor um conjunto de informações<br />
importantes para a segurança a bordo. A<br />
aparência exterior é robusta e apelativa, com<br />
vários vincos e arestas que se conjugam numa<br />
aparência musculada. O habitáculo oferece<br />
uma elevada qualidade de construção, sendo<br />
sensorialmente apelativo, com imensas superfícies<br />
de toque suave, destacando-se o painel<br />
de bordo e os painéis das portas. A visibilidade<br />
geral para o exterior foi incrementada, bem<br />
como o espaço para os passageiros do banco<br />
traseiro e a capacidade de carga, que aumentou<br />
quase 80 litros face ao seu antecessor. O<br />
grande defeito poderá ser mesmo o preço, já<br />
que a carga fiscal faz com que este modelo se<br />
apresente acima dos 39 mil euros. Mas ainda<br />
assim, vale a pena visitar o concessionário<br />
Mendes Gomes & Cia Lda, no Caminho do Poço<br />
Barral, e descobrir as surpresas que este SUV<br />
100% híbrido reserva para si. s<br />
Nélio Olim<br />
38 saber MARÇo 2019
saber MARÇo 2019<br />
39
DICAS DE MODA<br />
JORGE LUZ<br />
www.facebook.com/jorgeluz83/<br />
Tendências primavera-verão 2019<br />
Olá! Está aí a primavera com os seus<br />
dias claros e temperaturas amenas,<br />
a sugerir que peças de roupa e acessórios<br />
da época podem começar a<br />
sair dos armários para nosso contentamento.<br />
Muitas são as sugestões para a nova estação.<br />
Avançamos com a meia estação, pois o tempo<br />
também não está favoravelmente quente,<br />
então, ainda usamos peças de meia manga<br />
ou até mesmo manga comprida. O padrão<br />
“print animal” veio mesmo para ficar. Por outro<br />
lado, há uma enorme paleta de cores ao dispor,<br />
o que significa que não há uma cor predominante<br />
na estação. Use e abuse das cores<br />
de que mais gosta e acha que lhe fica bem. Os<br />
incontornáveis estampados florais e geométricos<br />
continuam em alta na primavera-verão<br />
2019. Os vestidos compridos e fluídos são também<br />
uma constante. Os estampados são grandes<br />
e marcantes pelo que, não se assiste a uma<br />
predominância nos acessórios (as peças marcantes<br />
falam por si próprias). As túnicas oversize<br />
vieram para ficar. Versáteis e confortáveis,<br />
conjugam-se com calças, leggings, calções e<br />
pantalonas. Deixo-vos com algumas sugestões<br />
para estar sempre bem e na onda da moda, em<br />
qualquer idade e em qualquer contexto. Boas<br />
compras!. s<br />
Jorge Luz Pedro ferraz<br />
› modelo Vera Freitas e Alzira Ribeiro.<br />
40 saber MARÇo 2019
saber MARÇo 2019<br />
41
AGENDA CULTURAL<br />
DANÇA / MúSICA<br />
DANCE / MuSIC<br />
ASSOCIAÇÃO NOTAS E SINFONIAS<br />
ATLÂNTICAS / ORQUESTRA<br />
CLÁSSICA DA MADEIRA<br />
ASSOCIATION OF ATLANTIC<br />
NOTES AND SYMPHONIES<br />
/ MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />
MARÇO | MARCh 3, 6, 9, 16, 23, 27 & 30<br />
DOMINGO 3 MARÇO | 18h00 & 21h30<br />
TeaTro Municipal BalTazar Dias<br />
CONCERTO DE CARNAvAL<br />
ORQUESTRA CLÁSSICA DA MADEIRA<br />
Maestro convidado: luís andrade<br />
conservatório - escola das artes da Madeira<br />
[Formandos cpi, cpaei, cpiDc]<br />
J. strauss ii [1825 - 1899] - Die Fledermaus overture<br />
[1874]<br />
K. Badelt [n.1967] - pirata das caraíbas suite [2003]<br />
V. Monti [1868-1922] - czardas [1904]<br />
p. i. Tchaikovsky [1840-1893] - Da suite “lago dos<br />
cisnes” [1876]<br />
Valsa; Dança Húngara; Dança espanhola; Dança<br />
napolitana; Dança dos pequenos cisnes<br />
c. saint-säens [1835-1921] - o cisne [1886]<br />
p. i. Tchaikovsky [1840-1893] - Da suite “lago dos<br />
cisnes” [1876]<br />
scena<br />
W. a. Mozart [1756-1791] - Da sinfonia nº 40 -<br />
Molto allegro [1788]<br />
Geri Halliwell [n.1972] - it´s raining Men<br />
SUNDAY, MARCH 3 | 6:00PM & 9:30PM<br />
Baltazar Dias Municipal theatre<br />
CARNIvAL CONCERT<br />
MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />
Guest conductor: luís andrade<br />
conservatório - escola das artes da Madeira [trainees<br />
cpi, cpaei, cpiDc]<br />
J. strauss ii [1825 - 1899] - Die Fledermaus Overture<br />
[1874]<br />
K. Badelt [n.1967] – pirate of the caribbean suite [2003]<br />
V. Monti [1868-1922] - czardas [1904]<br />
p. i. tchaikovsky [1840-1893] - From suite “swan’s lake”<br />
[1876]<br />
Waltz; hungarian Dance; spanish Dance; neapolitan<br />
Dance; little swan’s Dance<br />
c. saint-säens [1835-1921] – the swan [1886]<br />
p. i. tchaikovsky [1840-1893] - From suite “swan’s lake”<br />
[1876]<br />
scena<br />
W. a. Mozart [1756-1791] – From symphony nº 40 - Molto<br />
allegro [1788]<br />
Geri halliwell [n.1972] - it´s raining Men<br />
2<br />
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REVISTA SABER madeira<br />
A REVISTA DA MADEIRA<br />
42 saber JANEIro 2019<br />
www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira<br />
sabermadeira@yahoo.com 291 911 300
SUGESTÕES DA<br />
AGENDA CULTURAL<br />
DA MADEIRA<br />
QUARTA 27 MARÇO | 21h30<br />
HoTel BelMonD reiD`s palace<br />
MúSICA DE CÂMARA<br />
MADBRASS5 “BRASS pORTRAITS”<br />
J. J. Mouret [1682-1738] - rondeau<br />
Victor ewald [1860-1935] - Quintet nº1<br />
J. ph. sousa [1854-1932] - The Washington post<br />
enrique crespo [n. 1941] - suite americana<br />
WEDNESDAY, MARCH 27 | 9:30PM<br />
hOtel BelMOnD reiD`s palace<br />
CHAMbER MuSIC<br />
MADbRASS5 “bRASS PORTRAITS”<br />
J. J. Mouret [1682-1738] - rondeau<br />
Victor ewald [1860-1935] - Quintet nº1<br />
J. ph. sousa [1854-1932] - the Washington post<br />
enrique crespo [n. 1941] - suite americana<br />
QUARTA 6 MARÇO | 21h30<br />
HoTel BelMonD reiD`s palace<br />
MúSICA DE CÂMARA<br />
QUINTETO DE SOpROS “ATLÂNTIDA”<br />
W. a. Mozart [1756-1791] - arr. r. Maros -<br />
Divertimento K.V.270<br />
Gabriel Fauré [1845-1924] arr. Gordon Davies -<br />
Dolly suite<br />
Jorge Maggiore [n. 1975] - corale e Disintegrazione<br />
Melvin Bird [n. 1955] - Verses and refrains : for abu<br />
Jusuf Jaqub ibn ishaq al-Kindi<br />
pedro camacho [n. 1979] - Memórias<br />
WEDNESDAY, MARCH 6 | 9:30PM<br />
hOtel BelMOnD reiD`s palace<br />
CHAMbER MuSIC<br />
WIND QuINTET “ATLâNTIDA”<br />
W. a. Mozart [1756-1791] - arr. r. Maros - Divertimento<br />
K.V.270<br />
Gabriel Fauré [1845-1924] arr. Gordon Davies - Dolly<br />
suite<br />
Jorge Maggiore [n. 1975] - corale e Disintegrazione<br />
Melvin Bird [n. 1955] - Verses and refrains: for abu Jusuf<br />
Jaqub ibn ishaq al-Kindi<br />
pedro camacho [n. 1979] - Memórias<br />
SÁBADO 9 MARÇO | 18h00<br />
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira<br />
IMpROvISO / hAppENING MUSICAL<br />
pERCUSSÃO, CONTRABAIxO,<br />
DECLAMAÇÃO<br />
Diogo correia pinto<br />
Gábor Bolba<br />
rui rodrigues<br />
Jorge Garcia<br />
SATURDAY, MARCH 9 | 6:00PM<br />
MaDeira reGiOnal asseMBly<br />
IMPROvISATION / HAPPENINg MuSICAL<br />
PERCuSSION, DOubLE bASS, DECLAMATION<br />
Diogo correia pinto<br />
Gábor Bolba<br />
rui rodrigues<br />
Jorge Garcia<br />
SÁBADO 16 MARÇO | 18h00<br />
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira<br />
ORQUESTRA DE CORDAS - MADEIRA<br />
CAMERATA<br />
OS NOSSOS INSTRUMENTOS - MAChETE,<br />
RAjÃO, vIOLA [*]<br />
Direção Musical: norberto Gomes<br />
solistas: samantha Muir e roberto Moniz<br />
cândido Drummond de Vasconcelos - orq.<br />
Francisco loreto - peças para Machete e orquestra<br />
de cordas [1846]<br />
roza polka<br />
Marcha n.º 1<br />
Tema e Variações<br />
a. Vivaldi [1678-1741] – concerto em ré maior rV.<br />
93<br />
antónio pereira da costa - concerto Grosso nº 5 [**]<br />
[*] em parceria com o MiMM [Museu de<br />
instrumentos Musicais da Madeira - Museu apa]<br />
www.museuapa.com<br />
[**]em parceria com a Dre/DseaM<br />
SATURDAY, MARCH 16 | 6:00PM<br />
MaDeira reGiOnal asseMBly<br />
STRINg ORCHESTRA - MADEIRA CAMERATA<br />
OuR MuSICAL INSTRuMENTS - MACHETE,<br />
RAjãO, vIOLA [*]<br />
Musical Management: norberto Gomes<br />
soloists: samantha Muir and roberto Moniz<br />
cândido Drummond de Vasconcelos - Orq. Francisco<br />
loreto – Works for Machete and string Orchestra [1846]<br />
roza polka<br />
March n. º 1<br />
theme and Variations<br />
a. Vivaldi [1678-1741] – concert in D major rV. 93<br />
antónio pereira da costa - concert Grosso nº 5 [**]<br />
[*] in partnership with MiMM [Museu de instrumentos<br />
Musicais da Madeira - Museu apa]<br />
www.museuapa.com<br />
[**] in partnership with Dre/DseaM<br />
SÁBADO 23 MARÇO | 18h00<br />
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira<br />
ORQUESTRA CLÁSSICA DA MADEIRA<br />
Maestro e solista convidado: Gordon Hunt<br />
W. a. Mozart [1756-1791] - sinfonia nº1 em mi<br />
bemol maior k16 [1764]<br />
W. a. Mozart [1756-1791] - concerto para oboé e<br />
orquestra em Dó maior K314 [1777]<br />
ludwig van Beethoven [1770-1827] - sinfonia nº4<br />
em si bemol maior op. 60 [1806]<br />
SATURDAY, MARCH 23 | 6:00PM<br />
MaDeira reGiOnal asseMBly<br />
MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />
Guest conductor and soloist: Gordon hunt<br />
W. a. Mozart [1756-1791] - symphony nº1 in e flat major<br />
k16 [1764]<br />
W. a. Mozart [1756-1791] – concert for oboé and orchestra<br />
in c major K314 [1777]<br />
ludwig van Beethoven [1770-1827] – symphony nº4 in B<br />
flat major Op. 60 [1806]<br />
SÁBADO 30 MARÇO | 18h00<br />
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira<br />
ORQUESTRA DE CORDAS - ENSEMBLE xxI<br />
CICLO jOvENS SOLISTAS<br />
Direção Musical: Yuriy Kyrychenko<br />
solista: Gonçalo abreu<br />
antónio pereira da costa- concerto Grosso nº 2 [*]<br />
Giovanni Bottesini [1821-1889] - Grande allegro di<br />
concerto “alla Mendelssohn”<br />
antónio pereira da costa - concerto Grosso nº 6 [*]<br />
ottorino respighi [1879-1936] - antiche danze et<br />
arie per liuto, suite nº3 [1932]<br />
[*]em parceria com a Dre/ DseaM<br />
SATURDAY, MARCH 30 | 6:00PM<br />
MaDeira reGiOnal asseMBly<br />
STRINg ORCHESTRA - ENSEMbLE XXI<br />
young soloists cycle<br />
Musical Management: yuriy Kyrychenko<br />
soloist: Gonçalo abreu<br />
antónio pereira da costa- concert Grosso nº 2 [*]<br />
Giovanni Bottesini [1821-1889] - Grande allegro di<br />
concerto “alla Mendelssohn”<br />
antónio pereira da costa - concert Grosso nº 6 [*]<br />
Ottorino respighi [1879-1936] - antiche danze et arie per<br />
liuto, suite nº3 [1932]<br />
[*] in partnership with Dre/ DseaM<br />
3<br />
4<br />
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ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE<br />
www.REVISTAFIESTA.pt Revista fiesta<br />
sabermadeira@yahoo.com 291 911 300<br />
saber Setembro 2019<br />
43
AGENDA CULTURAL<br />
A DIREÇÃO DE SERvIÇOS DE EDUCAÇÃO<br />
ARTíSTICA E MULTIMÉDIA (DSEAM)<br />
ApRESENTA:<br />
THE DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E<br />
MULTIMÉDIA (DSEAM) PRESENTS:<br />
MARÇO | MARCH 9, 10, 17, 24, 27 & 31<br />
“MúSICA NAS CApELAS”<br />
9 & 23 MARÇO | 20h30<br />
capela De são seBasTião – ponTa Do sol<br />
SÁBADO 9 MARÇO<br />
“D’REpENTE”<br />
Quatro amigos juntaram-se com o objetivo de<br />
dar uma nova roupagem à música tradicional<br />
madeirense e explorar novos géneros utilizando<br />
os cordofones tradicionais madeirenses. não só a<br />
música tradicional consta no seu repertório, como<br />
também repertório pop/rock, erudito e composições<br />
originais.<br />
Tânia Trindade: braguinha<br />
João caldeira: rajão<br />
renato spínola: viola d’arame<br />
ricardo correia: baixo<br />
SÁBADO 23 MARÇO<br />
“KAIROS”<br />
“Kairos” é um grupo musical que se juntou a partir<br />
de uma oportunidade casual. Daí surgiu o nome,<br />
que provém do grego e que se refere ao momento<br />
exato e propício para a ação, ou momento oportuno,<br />
aparecendo também definições na mitologia<br />
grega como “deus da oportunidade ou do tempo<br />
oportuno”.<br />
Três elementos compõem este grupo, com voz, guitarra<br />
e percussão.<br />
“kairos” marca a diferença pelas suas versões acústicas<br />
e pela sua versatilidade.<br />
cristina coelho: voz<br />
ricardo canessa: guitarra e voz<br />
Miguel Moreira: percussão<br />
5<br />
“MuSIC IN THE CHAPELS”<br />
MARCH 9 & 23 | 8:30PM<br />
capela De sãO seBastiãO – pOnta DO sOl<br />
SATURDAY, MARCH 9<br />
“D’REPENTE”<br />
Four friends reunited with the aim of giving a new<br />
approach to traditional Madeiran music and exploring<br />
new genres using the traditional Madeiran chordophones.<br />
not only the traditional music is in their<br />
repertoire, but also pop / rock repertoire, erudite and<br />
original compositions.<br />
tânia trindade: braguinha<br />
João caldeira: rajão<br />
renato spínola: viola d’arame<br />
ricardo correia: bass<br />
SATURDAY, MARCH 23<br />
“KAIROS”<br />
“Kairos” is a musical group joined by chance. hence the<br />
name was chosen, which comes from the Greek language<br />
and refers to the exact moment and favourable<br />
to action, or timing, also appearing definitions in Greek<br />
mythology as “god of opportunity or timing.”<br />
the group is composed by three musicians, with voice,<br />
guitar and percussion.<br />
“Kairos” makes the difference for its acoustic versions<br />
and its versatility.<br />
cristina coelho: vocals<br />
ricardo canessa: guitar and voice<br />
Miguel Moreira: percussion<br />
SÁBADO 9 MARÇO | 21h00<br />
ORQUESTRA DE<br />
BANDOLINS / CONCERTO<br />
INTERATIvO COM EB1/pE<br />
DA CALhETA, EB1/pE DO<br />
ESTREITO DA CALhETA,<br />
CEAM – pRAzERES, EB1/pE<br />
DO LOMBO DO GUINÉ, EB1/<br />
pE LADEIRA E LAMACEIROS<br />
auDiTório Do MuDas.Museu De arTe<br />
conTeMporânea Da MaDeira<br />
SATURDAY, MARCH 9 | 9:00PM<br />
MANDOLIM ORCHESTRA /<br />
INTERACTIvE CONCERT WITH<br />
SCHOOLS Eb1/PE FROM<br />
CALHETA, Eb1/PE FROM<br />
ESTREITO DA CALHETA, CEAM<br />
– PRAzERES, Eb1/PE FROM<br />
LOMbO DO guINÉ, Eb1/PE<br />
LADEIRA AND LAMACEIROS<br />
MuDas.cOnteMpOrary art MuseuM OF<br />
MaDeira - auDitOriuM<br />
DOMINGO 10 MARÇO | 17h00<br />
CONSORT BISEL<br />
cenTro De proMoção culTural De são<br />
VicenTe<br />
SUNDAY, MARCH 10 | 5:00PM<br />
CONSORT bISEL<br />
centrO De prOMOçãO cultural De sãO<br />
Vicente<br />
DOMINGO 10 MARÇO | 17h00<br />
ENSEMBLE DE CORDAS<br />
salão paroQuial ponTa Do parGo –<br />
calHeTa<br />
SUNDAY, MARCH 10 | 5:00PM<br />
STRINg ENSEMbLE<br />
parish hall pOnta DO parGO – calheta<br />
DOMINGO 17 MARÇO | 17h00<br />
ENSEMBLE DE GUITARRAS<br />
/ CONCERTO INTERATIvO<br />
COM EB1/pE DE SANTANA<br />
E ESCOLA DA SAGRADA<br />
FAMíLIA<br />
salão paroQuial De sanTana<br />
SUNDAY, MARCH 17 | 5:00PM<br />
guITAR ENSEMbLE /<br />
INTERACTIvE CONCERT WITH<br />
Eb1/PE FROM SANTANA AND<br />
ESCOLA DA SAgRADA FAMíLIA<br />
parish hall OF santana<br />
DOMINGO 24 MARÇO | 9h30<br />
CORO jUvENIL / CONCERTO<br />
E SOLENIzAÇÃO DE MISSA<br />
iGreJa Do JarDiM Da serra – câMara<br />
De loBos<br />
SUNDAY, MARCH 24 | 9H30AM<br />
juvENILE CHOIR / CONCERT<br />
AND MASS SOLEMNIzATION<br />
church OF JarDiM Da serra – câMara De<br />
lOBOs<br />
DOMINGO 24 MARÇO | 17h00<br />
ORQUESTRA DE SOpROS<br />
/ CONCERTO INTERATIvO<br />
COM EB1/pE DA pONTA DO<br />
SOL, EB1/pE DA LOMBADA,<br />
EB1/pE CARvALhAL E<br />
CARREIRA, EB1/pE vALE E<br />
COvA DO pICO<br />
cenTro culTural JoHn Dos passos –<br />
ponTa Do sol<br />
SUNDAY, MARCH 24 | 5:00PM<br />
WIND ORCHESTRA /<br />
INTERACTIvE CONCERT WITH<br />
Eb1/PE FROM PONTA DO SOL,<br />
Eb1/PE FROM LOMbADA, Eb1/<br />
PE CARvALHAL E CARREIRA,<br />
Eb1/PE vALE E COvA DO PICO<br />
cultural centre JOhn DOs passOs – pOnta<br />
DO sOl<br />
QUARTA 27 MARÇO | 19h00<br />
LíNGUAS DE pALCO/<br />
ESpETÁCULO INTERATIvO<br />
DE TEATRO – EvOÉ COM<br />
EBS/pE DA CALhETA / DIA<br />
MUNDIAL DO TEATRO<br />
MuDas.Museu De arTe conTeMporânea<br />
Da MaDeira - calHeTa<br />
WEDNESDAY, MARCH 27 | 7:00PM<br />
STAgE LANguAgES/<br />
INTERACTIvE THEATRE SHOW<br />
– EvOÉ WITH EbS/PE FROM<br />
CALHETA / INTERNATIONAL<br />
THEATRE DAY<br />
MuDas.cOnteMpOrary art MuseuM OF<br />
MaDeira - calheta<br />
DOMINGO 31 MARÇO | 18h00<br />
CONCURSO jOvENS<br />
ARTISTAS DSEAM<br />
auDiTório Do FóruM MacHico<br />
SUNDAY, MARCH 31 | 6:00PM<br />
YOuNg ARTISTS CONTEST<br />
DSEAM<br />
FOruM MachicO - auDitOriuM<br />
6<br />
Jornalismo com independência<br />
– todas as 6ª feira nas bancas –<br />
www.tribunadamadeira.pt<br />
www.facebook.com/semanariotribunamadeira<br />
44 saber JANEIro 2019<br />
CONTACTO<br />
LUÍSA AGRELA<br />
PEZO - Socorridos - Lote 7 - 9304-006 Câmara de Lobos<br />
291 911 300<br />
assinaturas@tribunadamadeira.pt
SOCIAL<br />
LUGARES DE CÁ<br />
›<br />
›<br />
Novo livro no Museu<br />
Casa da Luz<br />
› Exposição de chapéus de carnaval no Centro Cívico do Estreito<br />
› Parlamento dos Jovens 2019 na Assembleia Legislativa Regional da<br />
Madeira<br />
› Concurso Regional de Cocktails Madeira 2019<br />
› Cais do Carvão requalificado<br />
› Igreja do Monte recebeu eucaristia de D.Nuno Brás<br />
saber MARÇO 2019<br />
45
social<br />
“Na Toada da Vida”<br />
Assim se intitula o livro mais recente da autora Gizela Dias da Silva<br />
e que foi apresentado no Museu Casa da Luz. ‘Na Toada da Vida’ é<br />
uma edição de O Liberal que, segundo a autora, é uma homenagem<br />
às mulheres. Familiares e amigos da antiga professora marcaram<br />
presença numa apresentação animada por música, declamação<br />
e, claro está, sorrisos e alegria ou não fosse Gizela Dias da<br />
Silva uma das nossas autoras mais talentosas e acarinhadas. s<br />
Dulcina Branco<br />
Carolina Rodrigues.<br />
46 saber MARÇo 2019
Exposição de chapéus<br />
A EB1/PE do Estreito de Câmara de Lobos este ano letivo, decidiu<br />
aliar a temática do Carnaval ao Programa Eco-escolas e o resultado<br />
foi a magnífica exposição que se encontra no Centro Cívico do<br />
Estreito (…). A ideia surgiu no final do mês de janeiro, pelas coordenadoras<br />
do programa Eco-escolas, que com a anuência da direção,<br />
solicitaram a colaboração dos encarregados de educação e das<br />
famílias dos alunos da Educação Pré-escolar e do 1.°ciclo para elaborarem<br />
um chapéu com materiais reutilizáveis. A adesão das famílias<br />
foi maravilhosa, em 200 alunos, receberam cerca de 150 chapéus.<br />
As famílias recorreram aos mais variadíssimos materiais (…).<br />
Alguns pais aproveitaram a conceção do chapéu para exprimirem<br />
as suas ideias relativamente à situação dramática que se vive na<br />
Venezuela e no Brasil, entre outros temas. A montagem da exposição<br />
teve a colaboração dos formandos do Ensino Básico Recorrente,<br />
com idades compreendidas entre os 3 e os 80 anos de idade. s<br />
Gabriela Freitas<br />
EB1/PE do Estreito de Câmara de Lobos<br />
saber MARÇo 2019<br />
47
social<br />
Parlamento dos Jovens<br />
A Assembleia Legislativa Regional recebeu a Sessão Regional do Programa<br />
Parlamento dos Jovens – Ensino Secundário. Esta iniciativa<br />
da Secretaria Regional da Educação, através da Direção Regional de<br />
Juventude e Desporto, em parceria com a Assembleia da República e<br />
a Assembleia Legislativa Regional, envolveu alunos de 16 escolas do<br />
ensino secundário num total de cerca de 2796 jovens. Foram os alunos<br />
a dirigir os trabalhos do Plenário, assumindo o papel de deputados,<br />
apresentando propostas que foram analisadas e debatidas por todos,<br />
na generalidade e na especialidade. A edição deste ano versou sobre os<br />
“Alterações Climáticas - Reverter o Aquecimento Global”. Após a aprovação<br />
das medidas, foi elaborado um documento único que representará<br />
a delegação da Madeira na Sessão Nacional, agendada para os dias<br />
20 e 21 de maio, na Assembleia da República. A porta voz do círculo eleitoral<br />
da RAM é a deputada da Escola de Santa Cruz, Francisca Marujo.<br />
As escolas vencedoras deste ano foram a Escola Básica e Secundária de<br />
Santa Cruz, a Escola Secundária Francisco Franco e a Escola Básica e<br />
Secundária Dr. Francisco Freitas Branco (Porto Santo). s<br />
Dulcina Branco<br />
Prof. Agostinho Soares e Sara Freitas.<br />
48 saber MARÇo 2019
Concurso Regional<br />
de Cocktails<br />
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A Associação Barmen da Madeira realizou o Concurso<br />
Regional de Cocktails Madeira 2019 na Loja Coral,<br />
iniciativa que contou com 25 profissionais do setor.<br />
O concurso teve como objectivo o apuramento dos<br />
representantes madeirenses no concurso nacional<br />
que este ano se realizou no Algarve Loulé, durante<br />
o evento Loulé Wine Fest (29 e 30 de Março). O Concurso<br />
Nacional de Cocktails apura os dois campeões<br />
nacionais que representarão Portugal no Concurso<br />
Mundial da International Bartender’s Association,<br />
que este ano se realiza em Chengdu, na China. s<br />
Dulcina Branco<br />
Associação Barmen Madeira.<br />
saber MARÇo 2019<br />
49
social<br />
Cais do Carvão requalificado<br />
O Presidente da Câmara Municipal do Funchal inaugurou as obras de<br />
requalificação do Cais do Carvão, que passa a ser um novo polo cultural<br />
da cidade. A requalificação da histórica infraestrutura, inutilizada<br />
há várias décadas, foi levada a cabo pela Câmara Municipal do Funchal<br />
desde o Verão passado e representou um investimento cofinanciado na<br />
ordem dos 300 mil euros. “Podemos, assim, devolver agora à cidade,<br />
e a todos os madeirenses, este espaço de características únicas”, disse<br />
Paulo Cafôfo. O Cais do Carvão passará a ter um uso primordialmente<br />
cultural, estando já definido um calendário anual de eventos, com concertos<br />
gratuitos todos os meses. s<br />
Dulcina Branco<br />
Câmara Municipal do Funchal<br />
50 saber MARÇo 2019
D. Nuno Brás na Igreja de<br />
Nossa Senhora do Monte<br />
O bispo do Funchal, D. Nuno Brás, presidiu na Igreja de Nossa<br />
Senhora do Monte, cujo pároco é o Padre Vítor Sousa, a uma eucaristia.<br />
Foi a segunda eucaristia presidida pelo novo bispo do Funchal<br />
que substituiu no cargo o bispo D. António Carrilho a partir do<br />
mês de fevereiro deste ano. Recorde-se que, D.Nuno Brás tomou<br />
posse como 33º bispo da Diocese do Funchal, na Sé do Funchal, ao<br />
receber o báculo de D. António Carrilho, e apresentou como “verdadeiro<br />
programa pastoral” a “pobreza” e “o testemunho de Cristo<br />
ressuscitado”. D. Nuno Brás, de 55 anos, foi nomeado pelo Papa<br />
Francisco bispo do Funchal, após ter sido bispo auxiliar do Patriarcado<br />
de Lisboa desde 2011. No segundo dia como bispo do Funchal,<br />
D. Nuno Brás presidiu então a uma Missa na Igreja do Monte. s<br />
Dulcina Branco<br />
Ana Maria Andrade e Agência ECCLESIA/PR.<br />
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saber MARÇo 2019<br />
51
À MESA COM...<br />
As sugestões de<br />
FERNANDO OLIM<br />
Atualmente, comer fora de casa é<br />
uma atividade de lazer, mais que<br />
uma necessidade alimentar. Neste<br />
sentido, tem crescido a tendência<br />
para que os clientes possam comer, tomar<br />
uns copos e dançar no restaurante. Muitos<br />
já o fazem, prestando serviços de oferta de<br />
comida à tarde-noite mediante a transformação<br />
do local num espaço de festa para<br />
depois. Cada vez há mais clientes que procuram<br />
restaurantes onde possam comer<br />
às quatro da tarde, prolongar a conversa à<br />
mesa e ficar para mais tarde para beber uns<br />
cocktails. Os restaurantes que satisfazem<br />
esta necessidade têm vindo a ganhar popularidade.<br />
Um marketing de restaurantes misto<br />
onde as bebidas, cocktails e música ao vivo<br />
vão lado a lado com a cozinha. s<br />
Fernando Olim<br />
www.theforkmanager.com<br />
52 saber MARÇo 2019
entrada<br />
Bolinhos de carne<br />
e de bacalhau<br />
Ao bacalhau cozido e desfiado deverá<br />
juntar salsa, alho e cebola picada. A carne<br />
cozida em caldo de carne com condimentos<br />
diversos como colorau e alecrim. Fritar os<br />
bolinhos em azeite abundante.<br />
prato<br />
principal<br />
Costeleta de borrego<br />
com legumes salteados<br />
A costeleta de borrega limpa é frita e<br />
selada em manteiga. Acompanha com<br />
legumes diversos salteados em margarina<br />
ou manteiga, caldo de carne e molho de<br />
manteiga.<br />
sobremesa<br />
Muffin de<br />
chocolate<br />
O muffin é preparado com chocolate e acompanha no<br />
prato com frutos exóticos diversos, como maracujá e<br />
fisilis. Adicione pêssego caramelizado, creme de amora<br />
e de baunilha. Termine com açúcar em pó, coco ralado<br />
e chocolate em pó.<br />
saber JANEIro 2019<br />
53
SITE DO MÊS<br />
www.fixando.pt<br />
E-mail:<br />
www.sabermadeira.pt<br />
Facebook: Revista Saber Madeira<br />
sabermadeira@yahoo.com<br />
Telf. 291 911 300<br />
Propriedade:<br />
O.L.C., Lda<br />
Audiovisuais, TV, Multimédia,<br />
Jornais e Revistas, Lda<br />
Sociedade por Quotas; Capital Social:<br />
€100.000,00 Contribuinte: 509865720<br />
Matriculado na Conservatória Registo<br />
Comercial de Lisboa<br />
Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,<br />
Av. Infante D. Henrique, nº71<br />
9500 - 769 Ponta Delgada Açores<br />
Sócio-Gerente com mais de 10% do Capital:<br />
Edgar R. de Aguiar<br />
Director<br />
Edgar Rodrigues de Aguiar<br />
Redação<br />
Dulcina Branco Miguens<br />
Secretária de Redação<br />
Maria Camacho<br />
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portuguesa que facilita a<br />
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seja através da plataforma web<br />
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de serviços disponíveis, ajuda<br />
os utilizadores a simplificar o<br />
processo de contratação de<br />
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este na área da eletricidade,<br />
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Design Gráfico<br />
O.L.C.<br />
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ANIVERSÁRIO<br />
2019<br />
Nome<br />
Empresa<br />
Morada<br />
Código Postal<br />
Concelho<br />
Telem.<br />
Telefone<br />
E-mail<br />
Nova Assinatura<br />
Data de nascimento<br />
CUPÃO DE ASSINATURA<br />
Renovação Assinatura<br />
Localidade<br />
Contribuinte Nº<br />
Assinatura Data / /<br />
Fax<br />
SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:<br />
Cheque<br />
à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’<br />
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MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29<br />
“O Liberal”, Parque Empresarial da Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />
9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal<br />
Telefones: 291 911 300<br />
Fax: 291 911 309<br />
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Administração, Redação,<br />
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Composição e Impressão<br />
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Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />
9304-006 Câmara de Lobos<br />
Madeira / Portugal<br />
Telefones: 291 911 300<br />
Fax: 291 911 309<br />
Email: preimpressao@oliberal.pt<br />
Depósito Legal nº 109138/97<br />
Registo de Marca Nacional nº 376915<br />
ISSN 0873-7290<br />
Registado no Instituto da Comunicação<br />
Social com o nº 120732<br />
Membro da Associação da Imprensa<br />
Não Diária - Sócio P-881<br />
Foto de capa<br />
Miguel Moniz<br />
Tiragem<br />
6.000 exemplares<br />
[Escrita de acordo com<br />
novo acordo ortográfico]<br />
54 saber MARÇo 2019
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a editora e autor<br />
Edifício O Liberal › Parque Emp.da Zona Oeste › PEZO › Socorridos, Lote 7 › 9304-006 Câmara de Lobos › T: 291 911 300 › Fax: 291911 309 › comercial@oliberal.pt