TECLASEAFINS60
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materia de capa<br />
© Divulgação - Giorgio D’Onofrio<br />
Amilton Godoy dispensa apresentações.<br />
Pianista, dono de incomparável<br />
conhecimento musical, técnica precisa<br />
e criatividade ímpar, mantém atividade<br />
tanto como músico quanto como professor<br />
no CLAM, escola fundada por ele e por<br />
seus companheiros de Zimbo Trio, o<br />
grupo instrumental mais influente da<br />
música brasileira em todos os tempos. E é<br />
exatamente a essa fase de sua carreira que<br />
seu trabalho mais recente alude.<br />
No Tributo ao Zimbo Trio, Godoy se juntou<br />
ao baterista Edu Ribeiro e ao contrabaixista<br />
Sidiel Vieira para homenagear o conjunto<br />
instrumental que construiu a base da<br />
moderna música brasileira e imprimiu sua<br />
marca em 49 anos de existência e mais<br />
de 50 discos gravados. Responsável por<br />
descobrir e divulgar novos talentos, como<br />
Milton Nascimento, Gilberto Gil e tantos<br />
outros, o grupo correu o mundo com seu<br />
estilo único e serviu de inspiração para<br />
muitos trios, além de acompanhar os mais<br />
influentes artistas da época.<br />
Como surgiu a ideia desse disco?<br />
A ideia surgiu quando o Blue Note, de São<br />
Paulo, me convidou para tocar lá. O Blue<br />
Note me lembrou muito a casa em que<br />
começamos nossa carreira, o Baiúca, uma<br />
casa na Praça Roosevelt, em que o Zimbo<br />
Trio foi constituído, em 1963, quando<br />
fui convidado pelo Rubinho (Barsotti) e<br />
pelo Luiz (Chaves) para tocarmos juntos,<br />
porque eles tinham a ideia de formar um<br />
grupo instrumental. O Rubinho e o Luis<br />
tocavam com um pianista chamado Moacir<br />
Peixoto, irmão do Cauby Peixoto, um bom<br />
32 / abril 2019 teclas & afins