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10 Publicação da Revista Figuras&Negócios<br />

<strong>BALAIO</strong>•bares<br />

por contar-nos. Na minha adolescência<br />

comecei a dar a primeira ajuda [no<br />

sítio] que nos tínhamos no Algarve. Outro<br />

factor teve a ver com a vontade de<br />

abrir algo diferente, um novo conceito.<br />

Apesar de haver oferta na cidade de<br />

Luanda, creio que são quase sempre<br />

os mesmos conceitos,” remata. “Então, o<br />

Infinitus surge nesse sentido: criar algo<br />

novo, um conceito novo, uma nova alternativa,”<br />

conclui.<br />

E pelos vistos, a aceitação do<br />

público local tem sido positiva. “Desde<br />

do dia em que o Infinitus abriu, sempre<br />

tivemos um feedback bastante positivo.<br />

As pessoas rapidamente identificamse<br />

com o bar e o conceito. Gostam<br />

particularmente da nossa decoração<br />

e classificam o bar como um ‘bar com<br />

alma’; gostam também da ideia dos<br />

petiscos/tapas diversificadas, que<br />

fogem dos tradicionais nos restaurantes<br />

e bares luandenses.”<br />

Mas neste país, a aceitação do<br />

público nem sempre é suficiente, porque<br />

realmente a nossa realidade socio-económica<br />

não ajuda. Nem tudo tem sido<br />

um mar de rosas. E Nelson admite: “Os<br />

principais problemas estão diretamente<br />

relacionados com a actual conjuntura do<br />

pais, com o mercado e câmbios flutuantes,<br />

que faz com que haja uma constante<br />

alteração de preços de compra e consequentemente<br />

preço de venda,” começa<br />

por explicar-nos. “Outro problema evidente,<br />

é a escassez de produtos e a dificuldade<br />

de encontrar com consistências<br />

os produtos importados. E infelizmente,<br />

sentimos que a operação Stop da PNA<br />

faz com que as pessoas ‘fugam’ da Ilha<br />

e os que vão, o poder de consumo é<br />

bastante reduzido.”<br />

Não obstante, a crise tem sido o<br />

maior desafio ao trabalho da equipa<br />

do Infinitus. “Vivemos da importação<br />

de muitos produtos, e com a crise é<br />

muito mais difícil encontrar esses mesmos<br />

produtos nos supermercados, nos<br />

fornecedores e nos mercados. Naturalmente,<br />

em relação aos clientes, nota-se<br />

um poder de compra mais baixo, um<br />

consumo mais racionado e controlado,”<br />

constata. E como contornar este desafio?<br />

“As estratégias passam pela exploração<br />

dos produtos nacionais e o desenvolvimento<br />

de receitas de bebida e comida<br />

com uma aposta mais forte em produtos<br />

nacionais,” partilha.<br />

Porém, existem também as vantagens<br />

de ter aberto este espaço único.<br />

“Creio que as vantagens estão relacionadas<br />

com o facto de Luanda poder<br />

contar com uma espaço com um conceito<br />

diferente,” diz-nos, confiante. “Tentamos<br />

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