Revista da Sociedade OUTUBRO 28p
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REVISTA<br />
DA SOCIEDADE<br />
GESTÃO 2019/2020<br />
DESDE 1967 | <strong>OUTUBRO</strong> | 2019<br />
ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS, ARQUITETOS<br />
E AGRÔNOMOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO<br />
EXPO RIO PRETO 2019<br />
Negócios e transferência<br />
de tecnologia<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
O biodiesel brasileiro<br />
e a legislação<br />
ENGENHARIAS<br />
Engenharia agronômica<br />
e sua importância
02 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
Palavra <strong>da</strong> Diretoria<br />
<strong>OUTUBRO</strong><br />
É MÊS DO<br />
AGRO<br />
Outubro é mês de celebrar a Engenharia<br />
Agronômica, profissão <strong>da</strong>s mais nobres<br />
e importantes do mundo, responsável<br />
por garantir o plantio e a colheita de<br />
alimentos.<br />
É mês de Expo Rio Preto, feira agropecuária<br />
com volume de negócios que confirma o<br />
protagonismo econômico do município e que<br />
conta com importante colaboração técnica<br />
<strong>da</strong> Associação dos Engenheiros, Arquitetos e<br />
Agrônomos de São José do Rio Preto – SP.<br />
Em nosso espaço dentro do recinto de<br />
exposições, a Associação dos Engenheiros,<br />
Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto<br />
– SP contribui para que o evento seja também<br />
destaque na área de transferência de tecnologias,<br />
com a promoção de palestras e minicursos, entre<br />
outras ativi<strong>da</strong>des com o objetivo de ampliar os<br />
conhecimentos.<br />
Outubro é mês <strong>da</strong> tradicional Festa do<br />
Agrônomo <strong>da</strong> Associação dos Engenheiros,<br />
Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio<br />
Preto – SP. Realizado há 44 anos, em 2019 o<br />
grande encontro <strong>da</strong> engenharia local e regional<br />
acontece no último sábado deste mês, dia 26.<br />
Outubro é mês <strong>da</strong> <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de<br />
dedicar uma edição especial sobre a agronomia,<br />
com reportagens e artigos abor<strong>da</strong>ndo alguns dos<br />
temas de maior relevância na área.<br />
Nós <strong>da</strong> Associação dos Engenheiros,<br />
Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio<br />
Preto – SP aguar<strong>da</strong>mos vocês em nosso espaço<br />
na Expo Rio Preto entre os dias 2 e 6, e na nossa<br />
sede, no dia 26, na Festa do Agrônomo. Enquanto<br />
isso, uma ótima leitura!<br />
César Antônio Vessani, presidente <strong>da</strong> Associação<br />
dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José<br />
do Rio Preto – SP<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 03
ÍNDICE<br />
03 - Palavra <strong>da</strong> Diretoria<br />
Outubro é mês do agro<br />
05 - Dias <strong>da</strong>s Crianças<br />
Brincadeiras que vão além <strong>da</strong> diversão<br />
07 - Engenharia de Custos<br />
A Engenharia de Custos e a Análise de<br />
Conformi<strong>da</strong>de de Preços<br />
08 - Sustentabili<strong>da</strong>de<br />
Biodiesel brasileiro<br />
11 - EXPO 2019<br />
Oportuni<strong>da</strong>des de negócios e de ampliar o conhecimento<br />
12 - Associação<br />
Os diretores <strong>da</strong> gestão 2019-2020<br />
14 - Ativi<strong>da</strong>de<br />
76ª Soea amplia acesso à informação e inovação<br />
21 - Engenharias<br />
Engenharia agronômica<br />
GESTÃO 2019/2020<br />
Engenheiro Civil<br />
Paulo Henrique <strong>da</strong> Silva<br />
1º Vice-Presidente<br />
Engenheiro Civil<br />
Lucas Tamelini<br />
1º Secretário<br />
Engenheiro Agrônomo<br />
Carlos Henrique Ravacci Pires<br />
1º Tesoureiro<br />
Arquiteto<br />
Marco Antônio Miceli<br />
Diretor de Sede<br />
Arquiteto<br />
Antônio Sérgio Agustini<br />
Diretor Cultural<br />
REVISTA<br />
DA SOCIEDADE<br />
ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS, ARQUITETOS<br />
E AGRÔNOMOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO<br />
Composição nova diretoria biênio<br />
janeiro 2019 - dezembro 2020<br />
Diretoria<br />
Engenheiro Civil<br />
Cesar Antônio Vessani<br />
Presidente<br />
Expediente<br />
Diretor de Produção<br />
Vergílio Dalla Pria Jr.<br />
Engenheiro Agrônomo<br />
Maurício Tucci Marconi<br />
2º Vice-Presidente<br />
Engenheiro Eletricista<br />
Fábio Henrique dos Reis<br />
2º Secretário<br />
Eng. Metalurgista e de Segurança<br />
Ricardo Scandiuzzi Neto<br />
2º Tesoureiro<br />
Engenheiro Civil<br />
Rogério C. Azevedo Souza<br />
Diretor de Esportes<br />
Engenheiro Civil<br />
Renato Luis Grollla<br />
Diretor Social<br />
Diretor de Arte<br />
Thiago Dantas<br />
Diretor de Jornalismo<br />
Marcelo Ferri | MTB: 39.205/SP<br />
Colaboração<br />
Michelle Monte Mor | MTB: 31.925/SP<br />
Fotografia<br />
Editora<br />
Impressão<br />
Gráfica São Sebastião<br />
Distribuição<br />
BR2<br />
Tiragem<br />
15.000 exemplares<br />
Publicação mensal<br />
Mídias Sociais<br />
socengriopreto<br />
socie<strong>da</strong>de.engenheiros<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de é uma publicação mensal<br />
<strong>da</strong> RP Industria Gráfica e Editora em Parceria <strong>da</strong><br />
Associação do Engenheiros, Arquitetos e<br />
Agrônomos de São José do Rio Preto.<br />
Associação dos Engenheiros<br />
Rua Raul Silva, 1417, Nova Redentora<br />
CEP 15090-260<br />
São José do Rio Preto/SP<br />
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São José do Rio Preto/SP - CEP 15051-325<br />
Fone: (17) 3215-0700<br />
(17) 99775-3383<br />
04 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
Dias <strong>da</strong>s Crianças<br />
BRINCADEIRAS QUE VÃO ALÉM DA DIVERSÃO<br />
Colocar a criança<strong>da</strong> em movimento só traz vantagens;<br />
brincadeiras antigas são boas dicas para driblar a tecnologia<br />
Pique-esconde, amarelinha, stop, passa-<br />
-anel, bolinha de gude, pipa, peão... Há<br />
alguns anos, as brincadeiras infantis não<br />
utilizavam nenhuma tecnologia. Bastava<br />
reunir a criança<strong>da</strong> e <strong>da</strong>r asas à criativi<strong>da</strong>de.<br />
As brincadeiras vão muito além de proporcionar<br />
diversão. Quando as crianças participam<br />
de ativi<strong>da</strong>des em que se colocam no lugar <strong>da</strong>s outras,<br />
aprendem sobre as diferenças e são estimula<strong>da</strong>s<br />
a ter empatia.<br />
Para a pe<strong>da</strong>goga Juliana Christina Rezende<br />
de Souza a infância é um período de intensas<br />
construções a partir <strong>da</strong>s relações que a criança<br />
estabelece em seu convívio.<br />
As brincadeiras fazem a diferença na experiência<br />
presente e futura <strong>da</strong>s crianças, contribuindo<br />
de forma única para a formação integral<br />
delas como ci<strong>da</strong>dãs.<br />
“O ser humano é um ser social. Aprendemos<br />
na relação com os demais e com o mundo.<br />
Aumentamos o vocabulário uns dos outros, equalizamos<br />
os modelos comportamentais de referência<br />
e construímos nossos esquemas ético-morais<br />
não apenas pela escuta, mas na convivência diária.<br />
Além disso, a presença e o toque disparam<br />
neurotransmissores de prazer. Um abraço pode<br />
ser instrumento de cura, segundo alguns pesquisadores”,<br />
explica Carolina Manzato, professora<br />
de Língua Portuguesa, gradua<strong>da</strong> em Letras pela<br />
Unesp, mestra em Educação pela UFSCar e psicope<strong>da</strong>goga<br />
pela Famerp.<br />
A professora explica ain<strong>da</strong> que a criança,<br />
para se desenvolver como pode e merece, deve<br />
conviver com adultos, que serão fonte de modelos<br />
sociais já estabelecidos, e com outras crianças.<br />
“Essas últimas pela questão do mesmo estágio do<br />
aprender: aprender a compartilhar, a conviver, a<br />
respeitar, a ouvir, a tolerar, a compreender. Tudo<br />
isso se dá na relação entre crianças”, revela.<br />
A importância do brincar<br />
Além <strong>da</strong> diversão, as brincadeiras aju<strong>da</strong>m<br />
as crianças a crescerem fortes e saudáveis. Isso<br />
acontece porque quando elas correm e saltam,<br />
estão queimando energia e construindo seus<br />
músculos.<br />
Muitas brincadeiras também auxiliam na<br />
socialização e no desenvolvimento, como aquelas<br />
ao ar livre, que envolvem a imaginação. Além<br />
disso, são notáveis os benefícios para força, resistência<br />
e equilíbrio. As brincadeiras antigas, como<br />
esconde-esconde e pega-pega, aju<strong>da</strong>m na coordenação<br />
do corpo e a dormir e comer melhor.<br />
“Jogos com bola, por exemplo, aumentam a<br />
capaci<strong>da</strong>de aeróbica, fortalecem os ossos, aumentam<br />
a agili<strong>da</strong>de, além de trabalhar a coordenação<br />
motora e aju<strong>da</strong>r a melhorar a circulação”, diz a<br />
professora de educação física Alessandra Vessani,<br />
que também indica brincadeiras na piscina,<br />
como caça ao tesouro, na qual a criança tem de<br />
mergulhar para encontrar uma moe<strong>da</strong> no fundo.<br />
“Além de diverti<strong>da</strong> é uma ativi<strong>da</strong>de refrescante<br />
que melhora a capaci<strong>da</strong>de aeróbica”.<br />
Ao brincar com jogos que estimulem sua<br />
imaginação e exijam mais do corpo, é possível<br />
que as crianças tenham grandes avanços no desenvolvimento.<br />
Jogos de amarelinha, por exemplo,<br />
permitem que as crianças criem noção de<br />
espaço, coordenação motora e equilíbrio, além de<br />
ensinar noções importantes sobre seguir regras.<br />
“A ciran<strong>da</strong>, o pega-pega, o esconde-esconde,<br />
por exemplo, são brincadeiras com regras<br />
muito claras a serem cumpri<strong>da</strong>s e estimulam o<br />
corpo e a consciência espacial. Além disso, estar<br />
ao ar livre pode ser ótima oportuni<strong>da</strong>de de contato<br />
com o sol e ganho de vitamina D, sem contar<br />
a os benefícios <strong>da</strong> sensação <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de para a<br />
alma”, diz a professora Carolina Manzato.<br />
Ela explica ain<strong>da</strong> que os pais podem e devem<br />
brincar. “Crianças que recebem atenção direta,<br />
sentem-se mais seguras”, afirma.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 05
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06 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de<br />
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Engenharia de Custos<br />
A ENGENHARIA<br />
DE CUSTOS<br />
E A ANÁLISE DE<br />
CONFORMIDADE<br />
DE PREÇOS<br />
Paulo Roberto Vilela Dias<br />
A globalização <strong>da</strong> economia transforma<br />
o mercado onde, todos os dias, aparecem novos<br />
participantes, sejam parceiros, clientes ou competidores,<br />
com novos conceitos, métodos, tecnologias<br />
e produtos.<br />
Os processos são ca<strong>da</strong> vez mais dinâmicos<br />
e a Engenharia Simultânea substitui gra<strong>da</strong>tivamente<br />
a Engenharia Serial, com reflexos nos<br />
custos a partir dos novos regimes contratuais,<br />
dos novos modelos de concessões e <strong>da</strong>s novas estruturas<br />
organizacionais, mais rasas, bem como<br />
a formação de consórcios e pulverização de empresas.<br />
A mensuração na Era do Conhecimento<br />
adquire novas formas, pela nova dinâmica proporciona<strong>da</strong><br />
pela Tecnologia de Informação e Comunicações,<br />
porém a arquitetura de informação<br />
permanece.<br />
O mercado está mu<strong>da</strong>ndo rapi<strong>da</strong>mente,<br />
ca<strong>da</strong> vez mais complexo, exigindo que as companhias<br />
reduzam preços, acelerem operações e<br />
aumentem quali<strong>da</strong>de e inovem constantemente.<br />
A resposta <strong>da</strong>s empresas passa por diversas<br />
transformações, do número de níveis hierárquicos,<br />
expansão lateral de responsabili<strong>da</strong>des com<br />
os profissionais executando tarefas e não funções<br />
e uma revisão constante de estratégias, táticas e<br />
processos operacionais.<br />
O desenvolvimento de Tecnologias de Informação<br />
e Comunicações (TIC) estabelece um<br />
elo muito importante entre estratégias de negócios,<br />
processos de negócios e engenharia de produtos.<br />
A nova Ciência do Conhecimento reconhece<br />
que o conhecimento é construído, mantido a<br />
partir <strong>da</strong> informação e desenvolvido através de<br />
processos de comunicação e difusão de informações,<br />
adicionando-se as experiências pessoais de<br />
especialistas, conforme as equações: informação<br />
= <strong>da</strong>dos + contexto; conhecimento = informação<br />
+ experiência.<br />
Quanto à Engenharia de Custos atual, temos<br />
que o preço de ven<strong>da</strong> de um serviço de engenharia<br />
é formado pela soma dos seguintes itens:<br />
Preço de Ven<strong>da</strong> = Mão de Obra + Materiais +<br />
Equipamentos + Administração local + Benefício<br />
e Despesas indiretas (BDI).<br />
Na próxima edição voltamos ao tema com<br />
a descrição item a item dessa soma para obtenção<br />
do preço de ven<strong>da</strong>.<br />
Engenharia de Custos no agronegócio<br />
O IBEC acredita que a aplicação correta <strong>da</strong><br />
Engenharia de Custos no setor pode contribuir,<br />
e muito, para seu desenvolvimento. Dessa maneira,<br />
propõe-se a iniciar e participar de um grupo<br />
de estudos sobre o assunto. Quem tiver interesse<br />
em contribuir, pode entrar em contato conosco<br />
através do e-mail: ibec@ibec.org.br<br />
Paulo Roberto Vilela Dias é presidente do Instituto<br />
Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC),<br />
presidente <strong>da</strong> Associação Fluminense de Engenheiros<br />
e Arquitetos (AFEA), Diretor do International Cost<br />
Engineering Council (ICEC)<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 07
Sustentabili<strong>da</strong>de<br />
BIODIESEL<br />
BRASILEIRO<br />
Mostra que desenvolvimento econômico<br />
e ambiental podem caminhar juntos<br />
08 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
Sustentabili<strong>da</strong>de<br />
Desde 2016, a legislação brasileira prevê importantes<br />
avanços para o setor de transportes e combustíveis,<br />
com a previsibili<strong>da</strong>de de incremento do<br />
uso de biodiesel para substituir gradualmente o<br />
diesel fóssil – desde 1° de setembro de 2019, todo o diesel<br />
fóssil vendido no Brasil conta com 11% de biodiesel.<br />
A atual política de biocombustíveis foi construí<strong>da</strong> a<br />
partir de necessi<strong>da</strong>des latentes no cenário brasileiro: valorização<br />
dos produtos nacionais, diminuição do desemprego,<br />
fortalecimento <strong>da</strong> indústria, segurança energética e cui<strong>da</strong>do<br />
com o meio ambiente e com a saúde <strong>da</strong> população.<br />
Em 2018, o Brasil produziu o recorde de 5,3 bilhões<br />
de litros de biodiesel para abastecer o mercado interno.<br />
Com isso, não só os consumidores puderam utilizar um<br />
combustível mais limpo como também a indústria pôde retomar<br />
sua produção e consoli<strong>da</strong>r a posição do país como segundo<br />
produtor global deste biocombustível (atrás apenas<br />
dos EUA). Já em 2019, a produção e o consumo no Brasil<br />
devem marcar novo recorde: 6 bilhões de litros/ano.<br />
No final do ano passado, o Conselho Nacional de<br />
Política Energética (CNPE) aprovou uma resolução que<br />
deu previsibili<strong>da</strong>de inédita para o setor. O cronograma<br />
do CNPE estabelece o aumento de 1% ao ano no teor de<br />
biodiesel adicionado ao diesel fóssil até 2023. Com isso, a<br />
previsão é alcançar o B15 (15% de biodiesel) até março de<br />
2023.<br />
O que é biodiesel<br />
O biodiesel é uma alternativa renovável para o combustível<br />
mais usado no Brasil — o diesel fóssil. Quanto<br />
maior a produção e consumo deste biocombustível, menor<br />
a dependência de diesel fóssil importado.<br />
Para o presidente <strong>da</strong> Ubrabio (União Brasileira do<br />
Biodiesel e Bioquerosene), Juan Diego Ferrés, o B11 chega<br />
em boa hora e pode aju<strong>da</strong>r a indústria que vem sofrendo<br />
com capaci<strong>da</strong>de ociosa. “O biodiesel representa o equilíbrio.<br />
Equilibra as emissões de carbono, que há centenas de anos<br />
se acumula na atmosfera pelo uso dos combustíveis fósseis.<br />
Equilibra também a exploração dos potenciais brasileiros,<br />
reduzindo importação de combustível e fortalecendo a indústria”,<br />
celebra Ferrés.<br />
Acordo de Paris<br />
Desde o início do programa de biodiesel no Brasil em<br />
2005 (voluntário) até maio deste ano, com o B10 obrigatório,<br />
o biodiesel já ajudou o Brasil a diminuir em mais de 70<br />
milhões de tonela<strong>da</strong>s as emissões de CO2.<br />
“Este potencial de contribuir com a redução de gases<br />
causadores do efeito estufa foi reconhecido pelo governo<br />
brasileiro no documento que traça as estratégias para cum-<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 09
Sustentabili<strong>da</strong>de<br />
prir as metas do Acordo de Paris. A expansão dos<br />
biocombustíveis consegue unir desenvolvimento<br />
econômico e sustentável, gerando riqueza para o<br />
país e preservando a saúde e a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> população”, explica o diretor superintendente<br />
<strong>da</strong> Ubrabio, Donizete Tokarski.<br />
Renovabio e novos investimentos<br />
Outra importante iniciativa do Estado para<br />
promover desenvolvimento em sintonia com o<br />
movimento mundial de alinhar crescimento econômico<br />
e sustentabili<strong>da</strong>de ambiental, a Política<br />
Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) tem<br />
como cerne a expansão <strong>da</strong> produção e do uso de<br />
combustíveis renováveis na nossa matriz energética.<br />
A evolução do uso de biodiesel, além de<br />
estar em linha com o RenovaBio, vai atrair investimentos<br />
em novas uni<strong>da</strong>des de produção <strong>da</strong><br />
ordem de R$ 1,2 bilhão, projeta a Ubrabio.<br />
Serão necessárias 12 novas uni<strong>da</strong>des de<br />
produção de biodiesel com a capaci<strong>da</strong>de média de<br />
170 milhões de litros/ano, para atender o B15<br />
nos próximos quatro anos. Isso significa novos<br />
empregos, geração de ren<strong>da</strong> e movimentação <strong>da</strong><br />
economia.<br />
Outro setor que será alavancado é o de<br />
processamento de soja. A Ubrabio estima um<br />
acréscimo de 15 milhões de tonela<strong>da</strong>s no processamento<br />
de soja, o que vai deman<strong>da</strong>r investimento<br />
do setor privado equivalente a R$ 3,8 bilhões,<br />
além de promover agregação de valor à produção<br />
agrícola e fortalecimento <strong>da</strong> indústria nacional<br />
de carnes e derivados.<br />
“To<strong>da</strong>s essas iniciativas demonstram que<br />
o Brasil vem, ca<strong>da</strong> vez mais, compreendendo<br />
seu potencial para se tornar uma superpotência<br />
verde, capaz de produzir riquezas para a nação<br />
a partir do aproveitamento inteligente e sustentável<br />
<strong>da</strong> sua biodiversi<strong>da</strong>de”, comenta Tokarski.<br />
Eficiência e quali<strong>da</strong>de<br />
Além de representar o melhor custo x benefício<br />
entre os combustíveis comercializados no<br />
país, a excelência na especificação garante a quali<strong>da</strong>de<br />
do biodiesel desde a produção até o consumo.<br />
Nenhum outro combustível no Brasil possui<br />
especificação com tantas análises. A Agência<br />
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis<br />
(ANP) vem aprimorando os requisitos de<br />
especificação do biodiesel desde o início do Programa<br />
Nacional de Produção e Uso do Biodiesel<br />
(PNPB).<br />
Já em 2019, foi concluído o maior programa<br />
de testes em motores já realizado no mundo para<br />
a vali<strong>da</strong>ção de misturas de biodiesel superiores a<br />
15% com resultados favoráveis que permitiram<br />
a consoli<strong>da</strong>ção do cronograma do CNPE, com o<br />
início do B11 em 2019.<br />
Além disso, os benefícios ambientais e de<br />
saúde pública resultado <strong>da</strong> substituição crescente<br />
do diesel fóssil pelo biodiesel são extensos. Um<br />
dos principais exemplos é a redução <strong>da</strong>s emissões<br />
de diversos poluentes presentes no diesel extremamente<br />
nocivos à saúde, inclusive os cancerígenos.<br />
O biodiesel proporciona, ain<strong>da</strong>, um uso nobre<br />
para o sebo bovino, outros óleos não tradicionais<br />
e óleo residual (fritura), aproveitados como<br />
matéria-prima, contribuindo para eliminar formas<br />
de descarte inadequa<strong>da</strong>s que contaminavam<br />
especialmente as águas.<br />
“A Ubrabio permanece firme no propósito<br />
de produzir combustíveis limpos, reconhecidos,<br />
testados e aprovados pela ANP, para melhorar a<br />
quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de”, ressalta o<br />
presidente <strong>da</strong> Ubrabio, Juan Diego Ferrés.<br />
Para Ferrés, é preciso também contar com<br />
o apoio e a participação <strong>da</strong>queles que querem ver<br />
o Brasil avançar, sem ficar refém de tecnologias<br />
estrangeiras. Por isso, A Ubrabio estará em São<br />
José do Rio Preto (SP), no dia 18 de outubro para<br />
dialogar sobre essas questões, durante o seminário<br />
“Biocombustíveis: a nova reali<strong>da</strong>de do Brasil”.<br />
O evento acontecerá na Câmara Municipal de São<br />
José do Rio Preto e é organizado pela Associação<br />
dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos.<br />
Foto Divulgação<br />
10 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
EXPO 2019<br />
Foto Divulgação<br />
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS<br />
E DE AMPLIAR O CONHECIMENTO<br />
Além <strong>da</strong> expectativa de volume de negócios, área de transferência<br />
de tecnologias é destaque <strong>da</strong> Expo Rio Preto<br />
Realiza<strong>da</strong> pela prefeitura de São José Rio<br />
Preto, por meio <strong>da</strong> Secretaria de Agricultura<br />
e Abastecimento, em parceria<br />
com a Associação Comercial e Empresarial<br />
de São José do Rio Preto (Acirp) e com<br />
apoio <strong>da</strong> Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />
(Embrapa) e do Governo do Estado de<br />
São Paulo, a Expo Rio Preto tem histórico de volume<br />
de negócios que coloca o município como<br />
protagonista econômico regional.<br />
Protagonismo, este, reforçado em números:<br />
Na edição anterior, em 2018, a Expo Rio<br />
Preto movimentou cerca de R$ 5 milhões em negócios,<br />
com média de público de 40 mil pessoas.<br />
Além do volume de negócios, a Expo Rio<br />
Preto também é destaque na área de transferência<br />
de tecnologia, com a promoção de uma diversifica<strong>da</strong><br />
grade de palestras de interesses específicos<br />
do agronegócio.<br />
Grande parte dessas ativi<strong>da</strong>des acontecem<br />
no espaço onde está instala<strong>da</strong> a Associação dos<br />
Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São<br />
José do Rio Preto – SP. Presidi<strong>da</strong> pelo engenheiro<br />
civil César Antônio Vessani, a enti<strong>da</strong>de tem se<br />
consoli<strong>da</strong>do como ambiente de busca por conhecimentos<br />
que valorizem o profissional.<br />
Expectativa<br />
Neste ano a organização espera receber<br />
mais de 60 mil visitantes entre os dias 2 e 6 de<br />
outubro, no Recinto de Exposições.<br />
Uma <strong>da</strong>s novi<strong>da</strong>des deste ano é a volta <strong>da</strong><br />
exposição de equinos, com o Núcleo do Centro<br />
Oeste Paulista do Cavalo Mangalarga Marchador.<br />
Chegando a 57ª edição em 2019, a feira<br />
agropecuária traz 14 raças entre bovinos, equinos<br />
e ovinos, somando mais de 2 mil animais<br />
para exposição, julgamento e leilões. Na edição<br />
anterior, em 2018, foram 11 raças e pouco mais<br />
de 1 mil animais.<br />
“A expectativa é enorme entre criadores e<br />
expositores, já que este ano vamos dobrar o número<br />
de animais no recinto”, destacou o coordenador<br />
geral <strong>da</strong> Expo Rio Preto, o secretário<br />
de Agricultura e Abastecimento, Antonio Pedro<br />
Pezzuto Júnior.<br />
Paulo Sader, presidente <strong>da</strong> Acirp e <strong>da</strong> comissão<br />
organizadora, atribui o crescimento <strong>da</strong><br />
Expo Rio Preto ao trabalho de reposicionamento<br />
<strong>da</strong> feira, iniciado em 2017. “Buscamos garantir<br />
um ambiente leal, transparente, com estruturas e<br />
regras para que os agroempresários tenham confiança<br />
para investir, gerem ren<strong>da</strong> e, consequentemente,<br />
empregos para a ci<strong>da</strong>de e a região”, pontuou.<br />
Entretenimento<br />
O evento conta ain<strong>da</strong> com uma programação<br />
de entretenimento variado, pensa<strong>da</strong> para<br />
agra<strong>da</strong>r to<strong>da</strong> a família. Destaque para o 1º Festival<br />
Nacional De Mo<strong>da</strong> De Viola, que vai homenagear<br />
o compositor rio-pretense Valdemar Reis.<br />
O festival distribuirá R$ 22 mil em prêmios,<br />
além de troféus. Além <strong>da</strong> competição, o<br />
festival também terá, to<strong>da</strong>s as noites, apresentação<br />
de artistas consagrados <strong>da</strong> música sertaneja,<br />
como Sérgio Reis, As Galvão, Divino e Donizete,<br />
e Almir Sater.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 11
Associação<br />
OS DIRETORES DA GESTÃO 2019-2020<br />
Saiba quem é quem na diretoria <strong>da</strong> Associação dos Engenheiros, Arquitetos e<br />
Agrônomos de São José do Rio Preto – SP<br />
Recriar a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto<br />
– SP como espaço de valorização profissional e de distribuição de informação técnica à comuni<strong>da</strong>de<br />
em geral é missão que requer empenho.<br />
Para superar esses e outros tantos desafios, a enti<strong>da</strong>de conta com uma diretoria forma<strong>da</strong><br />
por profissionais realmente dispostos a dedicar parte do tempo a um projeto de interesse de<br />
to<strong>da</strong> uma classe. Saiba um pouco mais sobre ca<strong>da</strong> um deles.<br />
PRESIDENTE<br />
César Antônio Vessani,<br />
47 anos, engenheiro civil<br />
“Assumi a presidência<br />
no início de 2019 com<br />
objetivo de conquistar<br />
novos associados e fazer com<br />
que os já existentes fiquem<br />
mais tempo dentro <strong>da</strong> associação. Para<br />
isso temos buscado retomar a enti<strong>da</strong>de<br />
como ambiente de desenvolvimento<br />
profissional, facilitando o acesso à<br />
informação de quali<strong>da</strong>de por meio de<br />
cursos, palestras e outras ativi<strong>da</strong>des.”<br />
1º VICE-PRESIDENTE<br />
Paulo Henrique <strong>da</strong> Silva,<br />
36 anos, engenheiro civil com MBA<br />
em gerenciamento de projetos<br />
“O objetivo é voltar a<br />
distribuir informação<br />
técnica para a comuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
engenharia e para a socie<strong>da</strong>de<br />
em geral. Já o termômetro que temos<br />
para saber se o nosso trabalho está, de<br />
fato, sendo bem executado passa pela<br />
maior adesão dos associados.”<br />
2º VICE-PRESIDENTE<br />
Maurício Tucci Marconi,<br />
45 anos, engenheiro agrônomo<br />
“Represento a<br />
associação no CREA-<br />
SP como conselheiro<br />
<strong>da</strong> Câmara de Agronomia.<br />
Tenho o papel de atualizar<br />
e modernizar a associação,<br />
agregando pessoas e ideias. Quanto mais<br />
gente, mais cabeças, mais ideias, mais<br />
possibili<strong>da</strong>des. Temos de conquistar<br />
gente nova e poder contar com a<br />
participação de gente com experiência”<br />
DIRETOR FINANCEIRO<br />
(1º TESOUREIRO)<br />
Henrique Ravacci,<br />
57 anos, engenheiro agrônomo<br />
com pós-graduação em<br />
administração de marketing<br />
“Sou associado há mais<br />
de 30 anos. A enti<strong>da</strong>de<br />
encontrava-se fragiliza<strong>da</strong> e o<br />
primeiro desafio foi reequilibrar<br />
as contas para voltar a produzir. Já<br />
estamos colhendo resultados. Deixamos<br />
de operar no vermelho.”<br />
12 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
SETPAR, urbanizando ci<strong>da</strong>des<br />
e construindo sonhos<br />
Há 21 anos no mercado, a urbanizadora rio-pretense se prepara para<br />
realizar mais um lançamento na capital do noroeste paulista.<br />
Quando se pensa em uma boa ci<strong>da</strong>de para viver,<br />
independente <strong>da</strong> preferência de ca<strong>da</strong> um, alguns<br />
parâmetros tornam-se comuns a todos. Normalmente,<br />
esses pontos se resumem em morar em um lugar com<br />
uma boa infraestrutura, seguro, com amplo espaço<br />
para lazer, próximo a serviços de educação e saúde de<br />
quali<strong>da</strong>de, e tudo o mais que lhe permita ter uma vi<strong>da</strong><br />
ideal. Mas para existir esse lugar tranquilo e que permita<br />
o desenvolvimento e evolução em potencial dos seus<br />
habitantes, investimentos se fazem necessários em<br />
determinados momentos e cenários.<br />
Diante deste cenário, surge a Setpar Empreendimentos<br />
com o objetivo de investir e proporcionar quali<strong>da</strong>de de<br />
vi<strong>da</strong>, destinando um lugar ideal para se viver. Desde<br />
1998, é uma empresa prepara<strong>da</strong> para aproximar<br />
as pessoas <strong>da</strong> realização dos sonhos de clientes e<br />
parceiros, e que compactua com o desejo <strong>da</strong>s pessoas<br />
em conquistar um imóvel próprio. Mais de 50 mil<br />
famílias já deram o primeiro passo para a realização do<br />
sonho <strong>da</strong> casa própria com a compra de um terreno<br />
Setpar.<br />
Uma incorporadora que constrói bairros planejados<br />
e estruturados voltados para a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong>s pessoas, em ci<strong>da</strong>des com grande potencial de<br />
crescimento e investimento. Atuante em cinco estados<br />
do Brasil, a empresa busca aproximar as pessoas<br />
do sonho do imóvel próprio, de acordo com as<br />
necessi<strong>da</strong>des e possibili<strong>da</strong>des do cliente.<br />
SetValley fase 2<br />
Mantendo o preceito e a identi<strong>da</strong>de que a urbanizadora<br />
respeita, a ci<strong>da</strong>de de Rio Preto está recebendo mais um<br />
investimento em sua região leste. Seguindo o mesmo<br />
sucesso do bairro SetValley, em 2016, a Setpar lança<br />
este ano o SetValley fase 2, um loteamento aberto e<br />
planejado, com infraestrutura e área de lazer completa.<br />
Garanta o seu sonho de morar em um lugar planejado,<br />
que completa o seu estilo de vi<strong>da</strong>. Ca<strong>da</strong>stre-se no<br />
ponto de atendimento localizado no Max Atacadista,<br />
na Av. Dr. Antônio Marques dos Santos, garanta as<br />
condições especiais de lançamento e ganhe até R$<br />
200,00 de vale-compra no Max Atacadista.<br />
Conheça mais sobre esse incrível empreendimento em<br />
Rio Preto nas próximas páginas!<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 13
14 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 15
16 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de<br />
(17) 99775-3383
Associação<br />
DIRETOR FINANCEIRO<br />
(2º TESOUREIRO)<br />
Ricardo Scandiuzi,<br />
58 anos, engenheiro<br />
metalurgista com especialização<br />
em engenharia de segurança do<br />
trabalho, engenharia ambiental<br />
e sanitária, direito ambiental.<br />
“Sou inspetor e delegado estadual do<br />
CREA-SP. Nossa ideia é melhorar a<br />
associação do ponto vista <strong>da</strong> valorização do<br />
profissional. Isso já vem acontecendo. Essas<br />
mu<strong>da</strong>nças são importantes para o melhor<br />
desenvolvimento tecnológico e sustentável de<br />
to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong>de.”<br />
DIRETOR DE<br />
ESPORTES<br />
Rogério Azevedo,<br />
32 anos, engenheiro civil<br />
mestre em geotecnia e<br />
especializado em engenharia<br />
de estruturas<br />
“A tarefa é <strong>da</strong>r<br />
continui<strong>da</strong>de à<br />
promoção de eventos<br />
esportivos, além de manter<br />
as ativi<strong>da</strong>des existentes em<br />
pleno funcionamento, como o tênis e o<br />
futebol e outras pratica<strong>da</strong>s na quadra<br />
poliesportiva.”<br />
DIRETOR DE SEDE<br />
Marco Antônio Miceli,<br />
63 anos, arquiteto<br />
“Sou associado há 38<br />
anos e é a sexta vez que<br />
componho uma diretoria<br />
<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de. Atualmente<br />
o objetivo é recuperar<br />
fisicamente a sede, que ficou<br />
por anos abandona<strong>da</strong>. Promover<br />
a reforma e a adequação de todo o espaço.<br />
Temos um projeto em an<strong>da</strong>mento para<br />
implantação de acessibili<strong>da</strong>de. O desafio<br />
maior, no entanto, é que algumas obras<br />
vão precisar de um bom dinheiro para<br />
serem executa<strong>da</strong>s.”<br />
DIRETOR SOCIAL<br />
Renato Luís Grolla,<br />
37 anos, engenheiro civil<br />
“Nosso trabalho tem<br />
o objetivo de reerguer<br />
a associação, levar<br />
mais pessoas para os<br />
eventos técnicos e sociais<br />
<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de. A missão é que a<br />
associação volte a ter prestígio<br />
entre os associados e entre a socie<strong>da</strong>de<br />
em geral. Queremos fazer valer a pena<br />
ser associado e retomar a influência e a<br />
participação na socie<strong>da</strong>de civil organiza<strong>da</strong>.<br />
Assim fortalecemos as profissões.”<br />
1º SECRETÁRIO<br />
Lucas Tamelini,<br />
36 anos, engenheiro<br />
civil com MBA em<br />
gerenciamento de projetos<br />
“Aumentar<br />
a<br />
representativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
classe profissional na<br />
socie<strong>da</strong>de civil organiza<strong>da</strong><br />
é muito importante. E trazer<br />
gente boa para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de<br />
ao trabalho já iniciado por gente mais<br />
experiente é fun<strong>da</strong>mental. Temos de<br />
ter um projeto coletivo de valorização<br />
profissional.”<br />
2º SECRETÁRIO<br />
Fábio Henrique dos Reis,<br />
36 anos, engenheiro<br />
eletricista<br />
“Sou inspetor <strong>da</strong> CAF<br />
(Comissão Auxiliar de<br />
Fiscalização do CREA-<br />
SP) em São José do Rio<br />
Preto e integrante <strong>da</strong> comissão<br />
de empreendedorismo e inovação<br />
tecnológica, que vem trabalhando na<br />
elaboração de uma pós-graduação para<br />
profissionais registrados no CREA-<br />
SP. Nossa busca é pela integração e<br />
valorização <strong>da</strong> classe <strong>da</strong> nossa classe.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 17
Ativi<strong>da</strong>de<br />
76ª SOEA<br />
AMPLIA ACESSO<br />
À INFORMAÇÃO<br />
E INOVAÇÃO<br />
18 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
Ativi<strong>da</strong>de<br />
A<br />
ci<strong>da</strong>de de Palmas – TO sediou dos dias 16 a 19 de<br />
setembro a 76ª Soea (Semana Oficial <strong>da</strong> Engenharia<br />
e <strong>da</strong> Agronomia). Considerado o mais importante<br />
encontro de tecnologia do Brasil, o evento<br />
reuniu estu<strong>da</strong>ntes e profissionais do Sistema Confea/Crea<br />
em mais de 120 ativi<strong>da</strong>des, entre painéis, minicursos e debates.<br />
Os participantes tiveram a oportuni<strong>da</strong>de de conhecer<br />
projetos inovadores <strong>da</strong>s áreas de sustentabili<strong>da</strong>de e urbanização.<br />
Também puderam debater questões técnicas de<br />
diversos setores, como saneamento e acessibili<strong>da</strong>de, por<br />
exemplo.<br />
Representando a Associação dos Engenheiros, Arquitetos<br />
e Agrônomos de São José do Rio Preto, o engenheiro<br />
civil e presidente <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de, César Antônio Vessani,<br />
participou durante quatro dias de diversas ativi<strong>da</strong>des<br />
e destacou a importância <strong>da</strong> troca de informações entre<br />
profissionais dos quatro cantos do país proporciona<strong>da</strong> pela<br />
Soea.<br />
“A Soea é o maior encontro <strong>da</strong>s engenharias do Brasil.<br />
O volume de informações que temos a possibili<strong>da</strong>de de<br />
acessar é imenso. A troca de experiências com profissionais<br />
de todos os cantos do país também é enriquecedora”, disse<br />
César, que também elogiou a organização do evento na capital<br />
do Tocantins.<br />
Marco do Saneamento é tema de painel concorrido<br />
na Soea<br />
Em um dos painéis mais esperados <strong>da</strong> 76ª Soea, Clóvis<br />
Nascimento, presidente <strong>da</strong> Fisenge (Federação Interestadual<br />
de Sindicatos de Engenheiros), Vinícius Ragghianti,<br />
presidente <strong>da</strong> Acesa (Associação Catarinense de Engenheiros<br />
Sanitaristas e Ambientais), Joel Krüger, presidente<br />
do Confea, Vinicius Marchese, presidente do CREA-SP,<br />
e o deputado federal Eugênio Zuliani (DEM-SP) debateram<br />
sobre o novo Marco do Saneamento (Projeto de Lei<br />
3261/2019), tema que tem provocado discussões acalora<strong>da</strong>s.<br />
Nascimento, que é engenheiro sanitário, é crítico do<br />
projeto, que para ele “estabelece um novo conjunto de regras<br />
para o saneamento básico no país como solução de todos<br />
os males, fazendo parecer que o saneamento brasileiro<br />
está todo por se fazer, o que não é ver<strong>da</strong>de”.<br />
Na opinião do presidente <strong>da</strong> Fisenge, o projeto é eivado<br />
de inconstitucionali<strong>da</strong>des. “Pode gerar uma saraiva<strong>da</strong><br />
de ações judiciais. Propõe quebrar o pacto federativo,<br />
caçar a titulari<strong>da</strong>de municipal, acabar com o contrato de<br />
programa. Tudo isso está contemplado nesse projeto de<br />
lei”, afirma, ressaltando que 94% <strong>da</strong> população brasileira<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 19
Ativi<strong>da</strong>de<br />
são atendi<strong>da</strong>s com água potável e que não há a<br />
concorrência que muitos pregam em relação ao<br />
saneamento, por tratar-se um monopólio natural.<br />
Zuliani, que tem domicílio eleitoral em<br />
Olímpia e é relator do projeto de lei, afirmou estar<br />
procurando abrir mais debates sobre o tema<br />
para assim conhecer melhor a reali<strong>da</strong>de de outros<br />
estados. “Debates como esse são sempre de<br />
grande relevância. Criam soluções importantes<br />
e abrem caminhos para esclarecimento de dúvi<strong>da</strong>s”,<br />
disse o deputado federal.<br />
Vinicius Marchese, presidente do CREA-<br />
-SP apontou a necessi<strong>da</strong>de de fugir do debate polarizado<br />
em busca <strong>da</strong> convergência de opiniões.<br />
“A perspectiva tem de ser de não trabalhar os extremos,<br />
mas sim tentar buscar um consenso para<br />
que a gente possa avançar”.<br />
Os rumos do saneamento<br />
O presidente <strong>da</strong> Acesa, o engenheiro sanitário<br />
Vinícius Ragghianti, o debate sobre a renovação<br />
do marco regulatório do saneamento está<br />
polarizado em torno <strong>da</strong> questão dos investimentos<br />
públicos e privados, e propõe que o momento<br />
seja de aproveitar a oportuni<strong>da</strong>de para resolver<br />
os problemas ain<strong>da</strong> existentes no país.<br />
Acessibili<strong>da</strong>de é um dos principais desafios<br />
dos municípios brasileiros<br />
A acessibili<strong>da</strong>de também foi destaque na<br />
76ª Soea. O painel sobre o tema foi moderado<br />
pelo engenheiro agrônomo Edson Perez Guerra,<br />
Vinicius Marchese, presidente do CREA – SP<br />
falou sobre a importância do consenso<br />
coordenador <strong>da</strong> Comissão de Acessibili<strong>da</strong>de do<br />
CREA-PR, e apresentado por três profissionais<br />
com vasta experiência no tema.<br />
A engenheira civil Lenita Secco Brandão,<br />
diretora financeira e conselheira do CREA-SP,<br />
apresentou o tema “Legislação e Inclusão Social”.<br />
Lenita mostrou um levantamento do IBGE<br />
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)<br />
apontando que mais de 36 milhões dos brasileiros,<br />
o equivalente a 20% <strong>da</strong> população, possuem<br />
algum tipo de deficiência ou mobili<strong>da</strong>de reduzi<strong>da</strong>.<br />
A engenheira civil reiterou que a preocupação<br />
com a acessibili<strong>da</strong>de deve ser ca<strong>da</strong> dia<br />
maior, considerando que o número de idosos está<br />
aumentando. Em 1980, o Brasil tinha 20% de<br />
idosos e 80% de jovens. Hoje, a população idosa<br />
chega a aproxima<strong>da</strong>mente 50% e em 2050 a<br />
projeção é de que seja 25% de jovens e 75% de<br />
idosos. “Se não nos preocuparmos com a acessibili<strong>da</strong>de,<br />
pensando de forma coletiva e altruísta,<br />
iremos nos preocupar de maneira egoísta, já que<br />
estamos envelhecendo”.<br />
Lenita ressaltou que apesar <strong>da</strong> Norma Brasileira<br />
[NBR 9050] ser bem abrangente e contemplar<br />
tudo o que é necessário, sua aplicabili<strong>da</strong>de<br />
ain<strong>da</strong> é limita<strong>da</strong>.<br />
Outro tema abor<strong>da</strong>do pela profissional foram<br />
os sete princípios do desenho universal. O<br />
igualitário – uso equiparável; o a<strong>da</strong>ptável – flexibili<strong>da</strong>de<br />
no uso; o óbvio – uso simples e intuitivo;<br />
20 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
Ativi<strong>da</strong>de<br />
o conhecido – informação de fácil percepção; o<br />
seguro – tolerante ao erro; o sem esforço – baixo<br />
esforço físico; e o abrangente – dimensão e espaço<br />
para aproximação e uso.<br />
Ao final <strong>da</strong> sua apresentação, Lenita convidou<br />
dois participantes para enfrentar dois tipos<br />
de deficiência. Um deles teve os olhos ven<strong>da</strong>dos<br />
e com o auxílio de uma bengala caminhou por<br />
12 metros. Depois foi a vez <strong>da</strong> engenheira civil<br />
Nelma Moraes se deslocar em uma cadeira de ro<strong>da</strong>s.<br />
“Primeira vez que sentei em uma cadeira de<br />
ro<strong>da</strong>s. É muito difícil, pois envolve muito jeito e<br />
força física”, ressaltou.<br />
Lenita ain<strong>da</strong> usou seu tempo para ensinar<br />
que existem três cores diferentes de bengalas<br />
para pessoas com deficiência visual: a branca<br />
para pessoas com deficiência visual, a branca e<br />
vermelha para deficientes visuais e auditivos, e a<br />
verde para quem tem baixa visão.<br />
Edificações acessíveis<br />
A engenheira civil Karen Daniela Miran<strong>da</strong>,<br />
vice-presidente do CREA-BA, apresentou o<br />
tema “Edificações Acessíveis”. Ela destacou ser<br />
dever do engenheiro projetar edificações e criar<br />
condições que propiciem a inclusão social de pessoas<br />
com necessi<strong>da</strong>des especiais ou mobili<strong>da</strong>de<br />
reduzi<strong>da</strong>.<br />
“Nosso país tem um grande desafio que é<br />
eliminar as barreiras arquitetônicas como pisos<br />
irregulares, ausência de rampas, portas estreitas,<br />
César Vessani, ao centro, confere a programação <strong>da</strong> 76ª Soea<br />
maçanetas inadequa<strong>da</strong>s, elevadores e plataformas<br />
irregulares. A<strong>da</strong>ptações simples, como piso tátil,<br />
botões com leitura em braile e aviso sonoro nos<br />
elevadores, corrimãos, podem tornar o trânsito<br />
pelos ambientes mais acessíveis”, observou.<br />
A coordenadora <strong>da</strong> Câmara de Engenharia<br />
Civil do CREA-PR, Célia Rosa, apresentou “Calça<strong>da</strong>s<br />
– Um caminho a ser percorrido”.<br />
Célia esclareceu que a construção de calça<strong>da</strong>s<br />
e sua manutenção são de responsabili<strong>da</strong>de<br />
do poder público, ao contrário do que muitos<br />
pensam. Como exemplo citou o município de Pinhais,<br />
no Paraná. “Em Pinhais estão sendo construí<strong>da</strong>s<br />
calça<strong>da</strong>s em todos os bairros, utilizando<br />
concreto poroso com custo baixo e mais resistente<br />
às enchentes”, ressaltou.<br />
Célia ain<strong>da</strong> acrescentou que é necessário<br />
entender que as calça<strong>da</strong>s devem oferecer conforto<br />
e segurança para todos que nelas transitam, já<br />
que boa parte de acidentes ocorrem lá. “Em algumas<br />
ci<strong>da</strong>des do Paraná mais de 40% de traumas<br />
ortopédicos ocorrem nas calça<strong>da</strong>s, o que é muito<br />
preocupante”, finalizou.<br />
Colaboração:<br />
Almir Moura (CREA-MG)<br />
Erta Souza (CREA-RN)<br />
Charlene Frota (CREA-RO)<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 21
22 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
<strong>Revista</strong> Anúncio <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Gratuito 23
RESOLUÇÃO Nº 1.118, DE 26 DE JULHO DE 2019<br />
Institui o programa de recuperação de créditos no âmbito do Sistema<br />
Confea/Crea para o exercício de 2020, destinado à regularização<br />
dos débitos <strong>da</strong>s Pessoas Físicas e Jurídicas registra<strong>da</strong>s e dá<br />
outras providências.<br />
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA<br />
– CONFEA, no uso <strong>da</strong>s atribuições que lhe confere a alínea “f” do<br />
art. 27 <strong>da</strong> Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e Considerando<br />
o disposto no parágrafo 2º do artigo 6º <strong>da</strong> Lei nº 12.514, de<br />
28 de outubro de 2011, que expressamente autoriza os Conselhos<br />
Federais de Profissões Regulamenta<strong>da</strong>s a estabelecerem regras de<br />
recuperação de créditos;<br />
Considerando o disposto no art. 24 <strong>da</strong> Lei nº 5.194, de 1966, que<br />
define que o Confea e os Creas são organizados de forma a assegurarem<br />
uni<strong>da</strong>de de ação;<br />
Considerando o disposto nos arts. 28 e 35 <strong>da</strong> Lei nº 5.194, de<br />
1966, que definem a ren<strong>da</strong> do Confea e dos Conselhos Regionais<br />
de Engenharia e Agronomia - Creas;<br />
Considerando o disposto nos arts. 63, 64, 65 e 66 <strong>da</strong> Lei n° 5.194,<br />
de 1966, que tratam <strong>da</strong> obrigatorie<strong>da</strong>de de pagamento de anui<strong>da</strong>de<br />
aos Creas de pessoas físicas e jurídicas pertencentes ao Sistema<br />
Confea/Crea;<br />
Considerando o disposto no art. 73, alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e<br />
“e”, <strong>da</strong> Lei nº 5.194, de 1966, e no art. 3º <strong>da</strong> Lei nº 6.496, de 7 de<br />
dezembro de 1977, que estipulam as multas a serem cobra<strong>da</strong>s de<br />
pessoas físicas e jurídicas autua<strong>da</strong>s pelos Creas;<br />
Considerando a necessi<strong>da</strong>de de instituir um Programa de Recuperação<br />
de Créditos no âmbito do Sistema Confea/Crea para que<br />
os Conselhos Regionais possam adotar medi<strong>da</strong>s administrativas e<br />
judiciais com o objetivo de reverter o quadro de inadimplência tanto<br />
em acordos administrativos como em audiências de conciliação,<br />
nos termos <strong>da</strong> Lei nº 12.514, de 2011;<br />
Considerando a orientação do Conselho Nacional de Justiça e do<br />
Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamenta<strong>da</strong>s, juntamente<br />
com os Tribunais Regionais Federais, no sentido de promover<br />
política sistematiza<strong>da</strong> de conciliação relaciona<strong>da</strong> aos débitos<br />
existentes nos respectivos Conselhos;<br />
Considerando as solicitações encaminha<strong>da</strong>s ao Confea pelos Conselhos<br />
Regionais de Engenharia e Agronomia requerendo a instituição<br />
de Programa de Recuperação de Créditos,<br />
RESOLVE:<br />
Art. 1º Instituir o programa de recuperação de créditos no âmbito<br />
do Sistema Confea/Crea para o exercício de 2020, autorizando<br />
os Creas a promover conciliações administrativas e judiciais nas<br />
condições estipula<strong>da</strong>s nesta Resolução.<br />
§ 1º Poderão aderir ao programa de recuperação de créditos as<br />
pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, inclusive<br />
aquelas que se encontrarem com o registro suspenso ou que tenham<br />
tido o registro cancelado.<br />
§ 2º O programa de recuperação de créditos abrange todos os<br />
débitos de natureza tributária e não tributária dos Creas, vencidos<br />
até 31 de dezembro de 2018, constituídos ou não, com exigibili<strong>da</strong>de<br />
suspensa ou não, inscritos ou não em dívi<strong>da</strong> ativa, mesmo<br />
em fase de execução fiscal já ajuiza<strong>da</strong>, inclusive aqueles objeto<br />
de parcelamentos anteriores ativos ou não integralmente quitados,<br />
ain<strong>da</strong> que cancelados por falta de pagamento, em discussão administrativa<br />
ou judicial.<br />
§ 3º A adesão ao programa de recuperação de créditos ocorrerá<br />
por meio <strong>da</strong> celebração de Termo de Confissão de Dívi<strong>da</strong>, mediante<br />
requerimento do interessado ao Crea, a ser efetuado até o dia<br />
31 de julho de 2020.<br />
CAPÍTULO I<br />
DOS PARCELAMENTOS<br />
Art. 2º A adesão ao programa de recuperação de créditos implicará:<br />
I - a confissão irrevogável e irretratável dos débitos existentes em<br />
nome <strong>da</strong> pessoa física ou jurídica;<br />
II - a aceitação plena e irretratável pela pessoa física ou jurídica de<br />
to<strong>da</strong>s as condições estabeleci<strong>da</strong>s;<br />
III - o dever de pagar regularmente as parcelas dos débitos consoli<strong>da</strong>dos<br />
no programa de recuperação de créditos; e<br />
IV - o dever de manter atualizado o ca<strong>da</strong>stro junto ao Crea, informando<br />
qualquer alteração nos endereços residencial e comercial,<br />
inclusive eletrônicos, e nos telefones de contato.<br />
Art. 3º A pessoa física ou jurídica que aderir ao programa de recuperação<br />
de créditos poderá liqui<strong>da</strong>r os débitos de que trata o<br />
art. 1º desta Resolução mediante a opção por uma <strong>da</strong>s seguintes<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des:<br />
I - liqui<strong>da</strong>do integralmente, em parcela única, com redução de até<br />
90% (noventa por cento) dos juros de mora;<br />
II - parcelado em até 06 (seis) parcelas mensais e sucessivas, com<br />
redução de até 60% (sessenta por cento) dos juros de mora;<br />
III - parcelado em até 12 (doze) parcelas mensais e sucessivas, com<br />
redução de até 40% (quarenta por cento) dos juros de mora; e<br />
IV - parcelado em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais e sucessivas,<br />
com redução de até 30% (trinta por cento) dos juros de<br />
mora.<br />
§ 1º A dívi<strong>da</strong> objeto do parcelamento abrangerá todos os débitos<br />
<strong>da</strong> pessoa física ou jurídica perante o Crea vencidos até 31 de<br />
dezembro de 2018, consoli<strong>da</strong>dos na <strong>da</strong>ta do requerimento de adesão<br />
ao programa de recuperação de créditos e será dividi<strong>da</strong> pelo<br />
número de prestações indica<strong>da</strong>s.<br />
§ 2º Os valores <strong>da</strong>s parcelas de que trata este artigo não serão inferiores<br />
a R$ 100,00 (cem reais) para pessoas físicas e R$ 150,00<br />
(cento e cinquenta reais) para pessoas jurídicas.<br />
§ 3º O Crea emitirá o(s) boleto(s) bancário(s) em nome <strong>da</strong> pessoa<br />
física ou jurídica que aderir ao programa de recuperação de créditos<br />
para pagamento <strong>da</strong>(s) parcela(s) de que trata este artigo.<br />
Art. 4º A falta de pagamento de qualquer parcela acarretará a<br />
imediata rescisão do parcelamento e a exclusão <strong>da</strong> pessoa física<br />
ou jurídica do programa de recuperação de créditos, implicando a<br />
exigibili<strong>da</strong>de imediata <strong>da</strong> totali<strong>da</strong>de do débito confessado e ain<strong>da</strong><br />
não pago, restabelecendo-se, em relação ao saldo remanescente<br />
<strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>, a integrali<strong>da</strong>de dos acréscimos legais devidos.<br />
Art. 5º O Crea poderá emitir certidão positiva com efeito de negativa<br />
de débitos, durante a vigência do parcelamento de que trata<br />
o artigo 3º, a pedido <strong>da</strong> pessoa física ou jurídica interessa<strong>da</strong>, com<br />
prazo de vali<strong>da</strong>de não superior a 30 (trinta) dias.<br />
CAPÍTULO II<br />
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS<br />
Art. 6º Para instituir o programa de recuperação de créditos no<br />
âmbito de sua circunscrição, o Crea deverá elaborar a estimativa<br />
do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios 2020, 2021<br />
e 2022, com a demonstração de que a renúncia foi considera<strong>da</strong><br />
na estimativa de receita <strong>da</strong> proposta orçamentária e de que não<br />
afetará as metas de resultados fiscais previstas, nos termos <strong>da</strong> Lei<br />
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabili<strong>da</strong>de<br />
Fiscal.<br />
§ 1º A estimativa de receita de que trata o caput observará as<br />
normas técnicas e legais, considerará os efeitos <strong>da</strong>s alterações na<br />
legislação, <strong>da</strong> variação do índice de preços, do crescimento econômico<br />
ou de qualquer outro fator relevante e será acompanha<strong>da</strong> de<br />
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, <strong>da</strong> projeção<br />
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e <strong>da</strong> metodologia<br />
de cálculo e premissas utiliza<strong>da</strong>s.<br />
§ 2º A instituição do programa de recuperação de créditos deverá<br />
ser aprova<strong>da</strong> no Plenário do Crea, na forma de seu Regimento.<br />
§ 3º A proposta orçamentária do Crea para exercício 2020, a ser<br />
apresenta<strong>da</strong> ao Confea até 15 de outubro de 2019, nos termos <strong>da</strong><br />
Resolução nº 1.037, de 21 de dezembro de 2011, deverá contemplar<br />
os requisitos exigidos no presente artigo, se for o caso.<br />
Art. 7º Os Creas deverão <strong>da</strong>r ampla publici<strong>da</strong>de ao programa de<br />
recuperação de créditos em seus sítios eletrônicos e em todos os<br />
seus meios de comunicação institucionais, inclusive mídias sociais,<br />
bem como, se possível, em jornais de grande circulação local, rádio,<br />
televisão, e por quaisquer outros meios de comunicação.<br />
Art. 8º Esta Resolução entrará em vigor na <strong>da</strong>ta de sua publicação,<br />
com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2020.<br />
Art. 9º Revogam-se a Resolução nº 479, de 29 de agosto de 2003,<br />
e os §§ 4º e 5º do art. 3º e os §§ 4º e 5º do art. 10, todos <strong>da</strong><br />
Resolução nº 1.066, de 25 de setembro de 2015.<br />
Brasília, 1º de agosto de 2019<br />
Eng. Civ. Joel Krüger<br />
Presidente<br />
Publica<strong>da</strong> no DOU de 2 de agosto de 2019, Seção 1 – página 76<br />
24 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de
Engenharias<br />
ENGENHARIA<br />
AGRONÔMICA<br />
Garantir o plantio, a colheita e,<br />
consequentemente, a comi<strong>da</strong> no prato <strong>da</strong>s<br />
pessoas é papel do engenheiro agrônomo<br />
Doze de outubro é Dia do Engenheiro Agrônomo.<br />
Nessa <strong>da</strong>ta, em 1933, a profissão acabava<br />
de ser regulamenta<strong>da</strong> no Brasil. A <strong>Revista</strong><br />
<strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de dá sequência à série de<br />
reportagens sobre engenharias, trazendo um pouco<br />
do que é essa profissão, fun<strong>da</strong>mental para garantir o<br />
plantio, a colheita, e o alimento <strong>da</strong>s pessoas.<br />
O engenheiro agrônomo é um profissional de<br />
atuação ampla. Na zona rural, pode trabalhar com<br />
agricultura, políticas de preservação e conservação<br />
ecológica, além de poder li<strong>da</strong>r com zootecnia. Na área<br />
urbana, o agrônomo pode envolver-se com parques e<br />
jardins, em indústrias de mecanização <strong>da</strong> agricultura<br />
e com comércio de produtos agropecuários.<br />
Em resumo, seja no campo ou na ci<strong>da</strong>de, as ativi<strong>da</strong>des<br />
do engenheiro agrônomo estão sempre liga<strong>da</strong>s<br />
à agropecuária e à utilização de recursos naturais<br />
(água, solo e ar).<br />
O curso superior de Engenharia Agronômica<br />
dura em média 5 anos. O profissional <strong>da</strong> área deve<br />
ter registro nos Conselhos Regionais de Engenharia,<br />
Arquitetura e Agronomia (CREAs) e no Conselho<br />
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia<br />
(Confea).<br />
Em um país de economia fortemente agropecuária<br />
como o Brasil, o engenheiro agrônomo é carreira<br />
crucial para o desenvolvimento. Foi essa importância<br />
que levou Ronaldo Sérgio <strong>da</strong> Silva, 66 anos, a<br />
escolher seguir a profissão, ain<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 1970.<br />
Confira trechos <strong>da</strong> entrevista.<br />
O que o levou a escolher a engenharia agronômica?<br />
A motivação é oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> parte paterna <strong>da</strong> família.<br />
Morávamos em Cruzeiro, ci<strong>da</strong>de paulista do<br />
Vale do Paraíba, e desde moleque ia para a fazen<strong>da</strong><br />
com meus primos. Me acostumei com essa vi<strong>da</strong>. Depois<br />
falaram que era a profissão do futuro. Gostei do<br />
que ouvi e fui atrás.<br />
É o primeiro engenheiro agrônomo <strong>da</strong> família?<br />
Sim. O primeiro e único engenheiro agrônomo<br />
<strong>da</strong> família to<strong>da</strong>. Sou natural de Santos e o pessoal até<br />
hoje estranha um engenheiro agrônomo <strong>da</strong> baixa<strong>da</strong><br />
santista.<br />
Quando e onde se formou?<br />
Me formei em 15 de dezembro de 1976. Não<br />
me esqueço dessa <strong>da</strong>ta. Foi na Universi<strong>da</strong>de Federal<br />
Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica – RJ.<br />
O que o trouxe para São José do Rio Preto?<br />
Em 1978 fui para Jaboticabal trabalhar na área<br />
de crédito rural no Grupo Bradesco. Foi um período<br />
em que rodei o Brasil todo a serviço. Cheguei a São<br />
José do Rio Preto em novembro de 1989, transferido<br />
de Jaboticabal.<br />
Durante a carreira, qual a inovação tecnológica<br />
foi mais marcante?<br />
Sem dúvi<strong>da</strong>s o uso <strong>da</strong> tecnologia e <strong>da</strong> informática<br />
foi um marco na profissão. Foi quando surgiu o<br />
que chamamos de agricultura de precisão. A chega<strong>da</strong><br />
de softwares sofisticados. Lembro que foi na déca<strong>da</strong><br />
de 1990 que o setor deu seus primeiros passos nesse<br />
sentido.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de 25
Engenharias<br />
Ronaldo Sérgio <strong>da</strong> Silva,<br />
engenheiro agrônomo<br />
O que mudou no dia a dia do engenheiro<br />
agrônomo naquela época? Houve muita dificul<strong>da</strong>de<br />
de a<strong>da</strong>ptação?<br />
O aprimoramento profissional foi algo que mudou<br />
para melhor. Quanto às dificul<strong>da</strong>des, não foram<br />
muitas, pois a introdução <strong>da</strong> informática foi compassa<strong>da</strong>,<br />
gra<strong>da</strong>tiva.<br />
O que significa ser engenheiro agrônomo?<br />
Significa cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> terra, garantir o plantio e a<br />
colheita de alimentos para o mundo. Somos o grande<br />
celeiro de terras agricultáveis do mundo. Não existe<br />
outro país com terras tão férteis quanto a nossa.<br />
Quanto ao desmatamento. É possível ser<br />
celeiro do mundo sem a necessi<strong>da</strong>de de derrubar<br />
florestas?<br />
O Brasil é o maior protetor de florestas do<br />
mundo. Temos as leis mais adianta<strong>da</strong>s do mundo sobre<br />
sustentabili<strong>da</strong>de e de defesa do meio ambiente.<br />
Muito tem se falado em flexibilização dessas<br />
leis. Isso é necessário para o desenvolvimento<br />
do agronegócio no Brasil?<br />
A flexibilização de algumas leis ambientais é<br />
ideia váli<strong>da</strong>, desde que não interfira na segurança<br />
do país. Sabemos que o nosso subsolo é muito rico<br />
e temos de ter a consciência de que dá para explorar<br />
essas riquezas sem prejudicar o meio ambiente. Já temos<br />
tecnologia para isso.<br />
Quais os desafios que a engenharia agrônoma<br />
terá de enfrentar no futuro?<br />
Acho que o principal desafio é manter a produtivi<strong>da</strong>de<br />
do agronegócio em alta.<br />
Qual o papel do pequeno agricultor nessa<br />
manutenção <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de?<br />
Muito se fala do avanço <strong>da</strong> soja e do milho sobre<br />
outras culturas, mas isso não é o problema. No<br />
Brasil os plantios são setoriais. Em São Paulo predomina<br />
a cana-de-açúcar. Nos estados do Sul é a soja e o<br />
milho. No Mato Grosso o algodão. No sul de Minas,<br />
café. Então é possível instalar o pequeno produtor.<br />
Temos terra suficientes para isso. Temos to<strong>da</strong>s as<br />
condições naturais para isso.<br />
Essa história de agricultor familiar versus<br />
grandes corporações então é bobagem?<br />
Quando o bolo é grande, rende fatias grandes.<br />
Ca<strong>da</strong> um deve ter sua fatia. Aqui o bolo é grande.<br />
Tem espaço para todos no Brasil. Na nossa região,<br />
onde predomina a cana-de-açúcar, temos agricultura<br />
familiar.<br />
Temos de olhar tanto para as grandes empresas<br />
quanto para o pequeno produtor. Insisto, no Brasil<br />
tem espaço para todo mundo, para o pequeno, para<br />
o médio e para o grande produtor. Não é necessário<br />
priorizar um em detrimento de outros.<br />
Como alcançar esse equilíbrio que permita<br />
o desenvolvimento sustentável?<br />
O primeiro passo é ter cui<strong>da</strong>do para não degra<strong>da</strong>r<br />
a terra e para isso precisamos de mais técnicos<br />
visitando as proprie<strong>da</strong>des para orientar sobre plantio,<br />
conservação de solo. Isso é primordial. Em matéria<br />
de alimentação nós temos condições de alimentar o<br />
mundo, mas ain<strong>da</strong> tem gente passando fome. Isso tem<br />
de pautar qualquer discussão.<br />
O que nos falta para vencer a fome no mundo?<br />
Não conseguimos por questões políticas. Nos<br />
falta aplicar mais tecnologia, facilitar o crédito. O pequeno<br />
produtor precisa ter acesso facilitado à informação<br />
e ao crédito.<br />
O grande já conta com to<strong>da</strong> a estrutura e consegue<br />
se virar bem. Já o pequeno produtor precisa<br />
ter consciência que o grande não vai atrapalhar. Tem<br />
espaço e mercado para todos.<br />
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