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Revista Dr Plinio 260

Novembro de 2019

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<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> comenta...<br />

Flávio Lourenço<br />

Martírio de São Maurício e Legião Tebana<br />

Abadia de São Maurício, Ebermunster, França<br />

Samuel Holanda<br />

Martírio de Santa Bárbara<br />

Museu Metropolitano de<br />

Arte, Nova Iorque, EUA<br />

no de Deus, deve ser morto, exerce<br />

uma prerrogativa divina.<br />

Por exemplo, um homem é um assassino<br />

e deve ser morto num ato de<br />

legítima defesa ou porque a lei mandou<br />

que fosse executado. O Estado<br />

tem o direito de mandar matar, nas<br />

ocasiões em que é justo, bem como<br />

qualquer pessoa possui o direito de<br />

matar na sua própria defesa ou de terceiros.<br />

Assim, tem-se o direito de matar<br />

na defesa da Santa Igreja Católica<br />

Apostólica Romana, nos casos em<br />

que a Moral católica permite 1 . Portanto,<br />

quando se combate em nome da ira<br />

de Deus e movido por uma cólera inspirada<br />

pela graça, há uma beleza especial<br />

no exercício dessa justiça. Então, o<br />

cavaleiro que vai à guerra não só disposto<br />

a morrer, mas a matar para que<br />

a vida espiritual, sobrenatural se espalhe<br />

sobre a Terra, também representa<br />

a Deus a um título especial, e exerce<br />

uma missão divina.<br />

Compreende-se por que os nossos<br />

antepassados julgavam uma tal maravilha<br />

um cavaleiro entrar, por exemplo,<br />

num lugar onde havia cinquenta<br />

maometanos e, com várias espadagadas,<br />

decapitar a todos. Por que era<br />

uma beleza? Porque os maometanos<br />

estavam atacando terras católicas ou<br />

impedindo a pregação do Evangelho.<br />

Há certos trovões que se propagam<br />

por várias séries de explosões<br />

até uma plenitude final. O trovão<br />

é lindo porque dá a impressão<br />

de uma divina vontade de arrasar o<br />

que não deve existir, e que vai derrubando<br />

obstáculo por obstáculo até<br />

destruir tudo. É uma sinfonia! Para<br />

mim, mais bonito do que o trovão, só<br />

o órgão. São as duas supremas belezas<br />

em matéria de sons. Sou um entusiasta<br />

da trovoada. Qualquer trovãozinho<br />

que eu ouça, acompanho<br />

Santa Teresinha do Menino Jesus<br />

com gosto sua harmonia cheia de estampidos.<br />

Esta é a alma do guerreiro quando<br />

ele, movido por uma cólera santa,<br />

mata um, outro e, ao fim do dia, matou<br />

muitos. Ele está como uma trovoada<br />

que descarregou toda a sua eletricidade,<br />

e repousa plácido depois porque<br />

a sua ira santa foi preenchida. É<br />

o repouso de um guerreiro depois de<br />

ter combatido, ter raspado pela morte,<br />

na véspera de outra batalha onde ele<br />

poderá morrer. Ele está continuamen-<br />

Arquivo <strong>Revista</strong><br />

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