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e sugando o mel não pode deixar de sorrir. Mas se ele<br />
pensa que está quite com Deus a propósito do beija-flor<br />
porque sorriu enternecido, não compreendeu. O sorriso<br />
é uma das fases do pensamento humano, mas de fato este<br />
voa mais alto, é mais sério, mais profundo. O sorriso é<br />
um dos aspectos panorâmicos do nosso itinerário para o<br />
Absoluto, mas não é a razão do nosso olhar para a coisa.<br />
Por esse motivo, a própria Sainte-Chapelle tem uma<br />
unção régia, uma gravidade divina, uma seriedade majestosa<br />
e composta, dentro da qual o sorriso é um aspecto.<br />
Por mais que se glorifique esse aspecto, ele não deixa<br />
de ser colateral que não pode ser transformado no principal.<br />
Pelo contrário, é uma espécie de momento em que<br />
Deus faz o homem descansar um pouco. Não é descansar<br />
d’Ele, mas é mostrar n’Ele e nas suas criaturas aspectos<br />
feitos para aliviar o homem neste vale de lágrimas.<br />
Por exemplo, os esquilos. A conduta deles, como parecem<br />
compreender as brincadeiras que fazemos e quase<br />
brincar conosco! Vê-se que esse animalzinho foi feito<br />
por Deus para que uma alma se deleitasse, sorrisse,<br />
mas depois subisse ainda mais alto e pensasse: “Como<br />
Deus é grande. Entretanto, na grandeza d’Ele cabe tanta<br />
bondade que, ao dar aos homens todas essas magnificências,<br />
ainda deixou uma ‘caixa de bombons’ para os<br />
homens se deliciarem. Essa ‘caixa de bombons’ é o con-<br />
Leandro W. Daniel A.<br />
Gabriel K.<br />
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