Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. A obra foi lançada em 2007.
No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. A obra foi lançada em 2007.
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Registros
O que ficou para a história
LEÃO JÚNIOR
Na véspera do Natal de 1900, Agostinho Ermelino de Leão Júnior - que em maio
de 1901 fundaria a empresa Leão Júnior - estava em viagem à Argentina, comercializando
mate. Durante visita à cidade de Córdoba, mostrou-se impressionado com o
desenvolvimento da mesma e, especialmente, a iluminação pública. Em carta
endereçada à esposa Maria Clara de Abreu Leão, ele assim escreveu:
“Aqui chegamos ontem as 2 e meia da tarde, tendo embarcado anteontem em
Buenos Aires. Foram 18 h de estrada de ferro!!! Os carros dormitórios são bons
porem jogam extraordinariamente quase como os vapores. Córdova é maior que
Curitiba, em todos os sentidos. É iluminada a luz eléctrica, gaz incandescente,
tendo também o acetileno... Já percorri os armazeneiros e terça-feira seguirei para
Rosário. Beijos aos filhos, saudades à todos... Do teu esposo que muito lhe quer...
Sinhozinho.”
TODESCHINI
Em 1878, o italiano Giuseppe Todeschini, natural da província de Verona,
Itália, se casa em Curitiba com Domênica Cemin. Seis anos mais tarde, o casal
adquire uma chácara na Avenida Sete de Setembro, iniciando nesse local, no ano
seguinte, a atividade industrial de primeira fábrica de macarrão do Sul do Brasil,
com 6 empregados. Nessa época, a escassez de energia elétrica na capital, não
diminuiu o ânimo do italiano, ele próprio idealizador das máquinas para a sua
indústria. Giuseppe costumava ir, pessoalmente, de casa em casa, oferecendo o
macarrão, alimento ainda pouco conhecido da maior parte da população.
ARTES GRÁFICAS
Em Curitiba, as artes gráficas tiveram um impulso significativo a partir de 1880.
Esse período coincide, praticamente, com o advento da energia elétrica na cidade,
quando os serviços de tipografia passaram a utilizar o preto mecânico. O
equipamento viabilizou o lançamento de revistas, a edição de livros e a melhoria
da periodicidade de jornais como o “Dezenove de Novembro” que, em 1884,
passou a ter edição diária. Alguns estabelecimentos tornaram conhecidos seus
trabalhos de litografia, como a Impressora Paranaense, a Litografia de Alfredo
Hoffmann, a Litografia Progresso e a Sociedade Metalgráfica.
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