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Quando em 1940, em companhia de outros familiares, Francisco RomagnoloJunior e sua mulher Natalina Stramandinoli pegaram a estrada em direção ao Paraná,deixaram para trás uma história comum entre os descendentes de italianos no Estadode São Paulo. Francisco representava parte do legado dos pais, Ércole PaoloRomagnolo e Maria Ravegnani que, em 1888, partiram com três filhos da provínciade Rovigo, nas cercanias de Pádova, no Vêneto, norte da Itália. Lá, suas famíliaslidavam tradicionalmente com o cultivo de vinhas.Após longa jornada em um vapor na travessia do Atlântico, Ércole, Maria e osfilhos aportaram em Santos, no litoral brasileiro, de onde, em lombo de burros,seguiram para São Paulo, cidade que recebia com muitas oportunidades todos os quechegavam do estrangeiro, principalmente quem se dispusesse a enveredar pelointerior e trabalhar no campo. Dessa forma, naquelasmesmas condições de transporte, os Romagnolodeixaram a capital e fixaram-se em uma propriedadedenominada Fazenda do Banco, no município deBotucatu, a mais de 200 quilômetros de distância.Devotado a trabalhar na terra, que foi o quesempre fez na vida, Ércole o mais novo dentre trêsirmãos adaptou-se bem à nova vida e aprendeu logoa formar lavouras de café, passando a prestar esseserviço para fazendas na região. Àquela época, oscafezais faziam a riqueza da maior parte dos municípiospaulistas, de modo que bons profissionaiseram valorizados. Com tal ofício, ao qual dedicou-sepor muitos anos, Ércole conseguiu juntar algumpatrimônio e, ao lado de Maria, criar e encaminhar na vida uma prole formada de oitofilhos - os homens Giovani, Guerino, Giusepe, Santo e Francisco, as mulheresTereza, Emília e Albina -, a maioria nascida na virada do século. Ter uma famílianumerosa, com muitos braços, era conveniente para que se pudesse enfrentar odesafio do trabalho diário e prosperar.Um dos filhos, Francisco, havia nascido em 3 de outubro de 1908 no povoadode Pardinho. Como os outros irmãos, ele cresceria ouvindo os pais comunicaremsediariamente no idioma pátrio e a quase tudo entendia sem dificuldades. Ositalianos de origem, mesmo vivendo há muito tempo no País, não abandonavamseus hábitos, que transmitiam naturalmente aos herdeiros. Desde cedo Franciscopassou a ajudar o pai na lavoura e a compreender que, um dia, quando homemfeito, teria também a sua oportunidade de ser independente, constituir família,dar muitos netos aos “nonos” e tentar realizar o sonho de ter a própria terra. Jámuito novo ele revelaria interesse por negócios, comprando e vendendoTrabalhadoresitalianos em lavourade café no Estadode São Paulo.Acervo EdgardLeuenroth(Unicamp)39
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