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Clareira Flamejante - O Norte do Paraná antes e depois do advento da energia elétrica

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. A obra foi lançada em 2007.

No papel de empresa cidadã, a Romagnole presta um importante apoio à preservação da memória e dos valores de um povo. A obra foi lançada em 2007.

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A colonização

Planejada em meados dos anos 1920, a colonização do

Norte do Paraná ocorreria nas décadas seguintes em ritmo

alucinante, como poucas vezes se viu no mundo, o que fez da falta

de energia elétrica um grande problema.

Simon Joseph Fraser,

o perspicaz Lord

Lovat da Escócia

Tudo começou quando Simon Joseph Fraser, o Lord Lovat da Escócia, tinha

vindo ao Brasil para pesquisar terras apropriadas ao plantio de algodão, atendendo

interesses da indústria têxtil britânica. Experiente, viajou por várias regiões do

interior paulista e, seguindo a trilha do café, viu-se diante das terras vermelhas

recobertas por floresta no Paraná.

Adentrando ao Estado, percorreu fazendas entre os rios Paranapanema e

Tibagi, onde avistou-se com cafeicultores. Bem impressionado, soube que a

Estrada de ferro Sorocabana, cuja linha ia até a divisa com o Paraná, em

Ourinhos, havia construído um ramal em direção ao município paranaense

de Cambará, o que facilitava o escoamento da safra cafeeira para a capital

paulista.

Por orientação de Lovat, os ingleses adquiriram algumas propriedades

para cultivar algodão e fundaram uma empresa, a Brazil Plantation Sindicate,

que ficou sob o comando do escocês Arthur Thomas. Percebeu-se, logo

depois, que o investimento na cotonicultura não seria promissor.

No entanto, diante de tamanha área inexplorada e vislumbrando a

oportunidade de desenvolver um grande projeto de colonização, os ingleses

adquiriram 515 mil alqueires de terras junto ao governo do Estado e, em Londres, no

ano de 1925, fundam outra empresa, a Paraná Plantation Sindicate que, no Brasil,

teria o seu braço, a Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP).

Como eram terras com muitos rios e ramificações de afluentes, os lotes podiam

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